T12 - Revisão Integrada De Antibacterianos (terminado) Flashcards
Meningite bacteriana aguda - agentes comuns
Agentes comuns
• Neonatal: Streptococcus agalaciae e E. coli.
• Crianças: Neisseria meningitides e S. pneumonie.
• Adultos: S. pneumonie, N. meningitides e Listeria Monocytogenes
O tratamento base para crianças e adultos até 50 anos da meningite bacteriana aguda é
Cefotaxima ou ceftriaxona + vancomicina ou rifampicina
Tratamento da meningite bacteriana aguda para Streptococcus pneumonia suscetível à penicilina, consoante faixa etária
Cefotaxima ou ceftriaxona
Se mais de 50 anos ou mais de 18 e menos de 50 anos mas com fatores de risco para Listeria monocytogenes (diabetes mellitus, uso de imunossupressores, cancro) - ceftriaxona ou cefotaxima + amoxicilina/ampicilina/penicilina G
Tratamento da meningite bacteriana aguda com Streptococcus pneumonia de sensibilidade diminuída à penicilina, por faixa etária
Inferior a 1 mês: amoxicilina/ampicilina/penicilina + cefotaxima ou amoxicilina/ampicilina + aminoglicosídeo
1 mês até 50 anos: cefotaxima ou ceftriaxona + vancomicina ou rifampicina
Mais de 50 anos ou mais de 18 anos e menos de 50 anos com fatores de risco para Listeria monocytogenes: cefotaxima ou ceftriaxona + vancomicina ou rifampicina + amoxicilina/ampicilina/penicilina G
Agentes comuns da otite média aguda
Frequentemente bacteriana (por isso assume-se que é bacteriana no tratamento empírico).
Agentes comuns
• Streptococcus pneumonie
• Haemophilus influenzae
• Moraxella catarrhalis
Tratamento da otite média aguda
Amoxicilina (ou Amoxicilina + ácido clavulânico)
Para alérgicos à penicilina, podemos considerar uso das cefalosporinas de 3ª
geração (como ceftriaxona) ou clindamicina (caso haja falência do tratamento base)
Faringoamigdalite - agente mais comum
Frequentemente viral (uso de antibacterianos só após exame físico, que deve apresentar placas esbranquiçadas na garganta)
Agente mais comum - Streptococcus pyogenes
Tratamento base para faringoamigdalite
Amoxicilina (via oral)
Tratamentos alternativos para faringoamigdalite
Alternativa 1ª linha - penicilina G benzatídica (intramuscular - os restantes tratamentos são todos via oral) - se terapia oral não é possível ou quando não é expectável que a criança cumpra a totalidade do tratamento por via oral
Alergia à penicilina, hipersensibilidade de tipo 1 - claritromicina, eritromicina, azitromicina, clindamicina
Alergia à penicilina, hipersensibilidade não de tipo 1 - cefadroxil, cefeproxil, cefuroximeaxetil
Nos portadores crónicos - rifampicina (associação com penicilina)
2 considerações no tratamento da faringoamigdalite
Lembrar que S. pyogenes são consideradas “boas bactérias” para os humanos no
sentido de que não produzem beta-lactamases (não é necessário ácido clavulânico). Logo,
casos de resistência à terapêutica base com penicilina são extremamente raros (e devem
consistir em mutações das PBPs, e não por produção de beta-lactamases).
A amoxicilina é preferível em razão da penicilina G pois sempre que possível
devemos recorrer a terapia oral. Penicilina V (oral) não está disponível em Portugal, mas
em países onde ela existe é considerada primeira linha
Agentes comuns típicos da pneumonia adquirida na comunidade
Agentes comuns típicos – devem responder à terapia com beta-lactâmicos
• Streptococcus pneumonie
• Haemophilus influenzae
• Moraxella catarrhalis
• Outros mais raros: S.aureus e bacilos gram-negativos (K.pneumonie e P.aeruginosa)
Agentes comuns atípicos da pneumonia adquirida na comunidade
Agentes comuns atípicos – não respondem à terapia com beta-lactâmicos
• Mycoplasma pneumonie (é um Mollicutes; não possui parede celular)
• Chlamydia pneumonie (bactéria intracelular)
• Leogionella spp (gram negativa intracelular facultativa)
• Vírus respiratórios (Influenza A e B, Adenovírus…)
• Mais rara: Coxiella burnetti (bactéria intracelular)
O tratamento base em casos de PAC (pneumonia adquirida na comunidade) sem necessidade de internamento é:
Previamente saudáveis e sem antibioterapia nos 3 meses anteriores
- 1ª linha: amoxicilina
- alternativas: azitromicina, claritromicina, doxiciclina
Doentes com comorbilidades (DPOC, diabetes mellitus, doença cardíaca, hepática ou renal crónica, neoplasia, alcoolismo, esplenectomia, imunocomprometido ou fármacos imunossupressores) ou antibioterapia nos 3 meses anteriores
- 1ª linha: amoxicilina (alternativa, se intolerância: cefuroxima) associada a uma das 3 seguintes: azitromicina, claritromicina ou doxiciclina
- alternativas: levofloxacina ou moxifloxacina
No tratamento da pneumonia adquirida na comunidade, em que haja necessidade de internamento (sem cuidados intensivos),
o tratamento para PAC pode incluir as opções:
Associação de um macrólido mais: uma aminopenicilina (com ou sem inibidor de
beta-lactamase) ou cefalosporina de 3ª geração ou penicilina G
Fluoroquinolonas, como levofloxacina ou moxifloxacina
Agentes comuns de endocardite
Agentes comuns
• Streptococcus spp
• Staphylococcus spp
• Enterococcus spp
Tratamento das endocardites
Tratamento base:
Ampicilina + flucloxacilina/oxacilina + gentamicina
Ou
Vancomcina + gentamicina
- Deve-se acrescentar Rifampicina aos regimes de válvula prostérica
- O tratamento após identificação da espécie e testes de suscetibilidade pode sofrer
algumas alterações; ter atenção às resistência de E.faecium
Erradicação de H. Pylori - 1ª linha em áreas de baixa resistência à claritromicina (inferior a 15%)
Tripla: IBP + claritromicina + amoxicilina/metronidazole durante 14 dias
Quádrupla com bismuto: IBP + bismuto + tetraciclina + metronidazole durante 14 dias
Erradicação de H. Pylori - 1ª linha em áreas de alta resistência à claritromicina (superior a 15%)
Quádrupla com bismuto durante 14 dias
Quádrupla sem bismuto
- Concomitante: IBP + claritromicina + amoxicilina + nitroimidazole durante 14 dias
- Sequencial: IBP + amoxicilina (5 dias) e depois IBP + claritromicina + nitroimidazole (5 dias)
Erradicação de H. Pylori - 2ª linha (falência do primeiro tratamento)
Quádrupla com bismuto
Quádrupla sem bismuto
Tripla ou quádrupla com levofloxacina a substituir claritromicina
As infeções do trato urinário podem ser de 2 tipos:
Cistites
ou
Pielonefrites
Agentes comuns de ITUs
E. coli (>80% dos casos de cistites não complicadas)
S. saprophyticus
Klebsiella pneumonie
Proteus mirabilis
Tratamento de cistites (infeções na bexiga) não complicadas
Tratamento base: fosfomicina ou nitrofurantoína ou pivmecilinam
- A fosfomicina é muito prática (uso de apenas uma saqueta em um dia) e segura, pois
possui mecanismo de ação único - A nitrofurantoína é um fármaco que torna urina castanha e possui o estranho efeito
adverso de poder causar pneumonite aguda e fibrose pulmonar intersticial - O pivmecilinam é um beta-lactâmico que apenas age apenas em bactérias gram negativas
O tratamento alternativo envolve cefalosporinas ou cotrimoxazole
Em crianças(<6 anos), a falta de ensaios clínicos para fosfomicina e pivmecilinam
contraindica o uso desses fármacos nessa faixa etária. Assim, o tratamento indicado
consiste em nitrofurantoína ou cotrimoxazole ou amoxicilina+ ácido clavulânico
Tratamento de pielonefrites (infeções no rim) não complicadas
Terapia oral sugere:
Fluoroquinolonas (ciprofloxacina ou levofloxacina) ou cotrimoxazole ou cefalosporinas
A terapia parentérica de primeira linha envolve também fluoroquinolonas (cipro e levo) ou cefalosporinas de 3ª geração (ceftriaxona ou cefotaxima)
Infeções da pele e tecidos moles: causadas por S. aureus (impetigo, celulite e infeções purulentas) - MSSA
Isoxazilpenicilinas (oxaciclina; dicloxaciclina) ou cefalosporinas (cefazolina;
cefalexina) ou clindamicina ou tetraciclinas (doxiciclina; micociclina)