S6 - Revisão antimicrobianos (terminado) Flashcards

1
Q

Definição de pneumonia

A

Infeção do parênquima pulmonar

É mal diagnosticada, mal tratada e subestimada

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2
Q

3 tipos de pneumonia

A

Pneumonia adquirida na comunidade (CAP) - indivíduos não comprometidos

Pneumonia adquirida no hospital (HAP) - associada a patogénios multirresistentes (pneumonia associada aos cuidados de saúde)

Pneumonia associada ao ventilador (VAP)

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3
Q

3 principais sintomas da pneumonia

A

Tosse com ou sem expetoração

Dispneia

Febre

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4
Q

5 microorganismos associados a pneumonia adquirida na comunidade, em ambulatório (do mais para o menos frequente)

A

Streptococcus pneumoniae

Mycoplasma pneumoniae

Haemophilus influenzae

C. pneumoniae

Vírus respiratórios

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5
Q

Vírus respiratórios que podem provocar pneumonia da comunidade

A

Vírus parainfluenza A e B

Metapneumovírus humano

Adenovírus

Vírus respiratório sincicial

Vírus parainfluenza

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6
Q

6 microorganismos associados a pneumonia adquirida na comunidade, em pacientes hospitalizados mas não na UCI (do mais para o menos frequente)

A

Streptococcus pneumoniae

Mycoplasma pneumoniae

Chlamydia pneumoniae

Haemophilus influenzae

Legionella

Vírus respiratórios

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7
Q

5 microorganismos associados a pneumonia adquirida na comunidade, em pacientes hospitalizados na UCI (do mais para o menos frequente)

A

Streptococcus pneumoniae

Staphylococcus aureus

Legionella

Bacilos gram-negativos

Haemophilus influenzae

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8
Q

Microorganismos associados a pneumonia adquirida na comunidade, mais recentemente identificados (4)

A

Metapneumovírus

Coronavírus responsáveis pela síndrome respiratória aguda grave (SARS)

Síndrome respiratória do Médio Oriente

Estirpes adquiridas na comunidade de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA)

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9
Q

Agentes típicos de pneumonia adquirida na comunidade (5)

A

Streptococcus pneumoniae

Haemophilus influenza

Staphylococcus aureus

Klebsiella Pneumoniae

Pseudomonas aeruginosa

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10
Q

Agentes atípicos de pneumonia adquirida na comunidade (3)

A

Mycoplasma pneumoniae

Chlamydia pneumoniae

Legionella

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11
Q

Caraterística e consequente tratamento dos patogéneos atípicos de pneumonia adquirida na comunidade

A

São intrinsecamente resistentes a todos os agentes beta-lactâmicos

Tratamento - macrólidos, uma fluoroquinolona ou tetraciclinas

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12
Q

Importância dos anaeróbios para a pneumonia adquirida na comunidade

A

Desempenham um papel significativo apenas quando um episódio de aspiração ocorreu dias a semanas antes da apresentação da pneumonia (abcessos e empiemas)

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13
Q

Fatores de risco para a pneumonia adquirida na comunidade (4)

A

Pacientes alcoólicos

Utilizadores de drogas

Distúrbios convulsivos

Gengivite

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14
Q

Relação entre pneumonia por Staphylococcus aureus e infeção por Influenza

A

A pneumonia por S. aureus complica a infeção por influenza

MRSA foi relatado como o agente etiológico primário da pneumonia adquirida na comunidade
(incomum - principal manifestação clínica: pneumonia necrotizante)

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15
Q

Tratamento no hospital de pacientes com pneumonia adquirida na comunidade

A

80% dos pacientes são tratados em ambulatório (taxa de mortalidade inferior a 1%)

20% dos pacientes são tratados como internados (taxa de mortalidade entre 12 a 40%)

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16
Q

Resistências do S. pneumoniae (3)

A

Incorporação direta de DNA e remodelação resultante do contacto com bactérias comensais orais intimamente relacionadas

Processo de transformação natural

Por mutação de certos genes

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17
Q

Resistências do CA-MRSA (3)

A

Resistência à meticilina determinada pelo gene mecA - todos os beta-lactâmicos

Estas estirpes de CA-MRSA tendem a ser menos resistentes das estirpes adquiridas nos cuidados de saúde - mais suscetíveis a trimetoprim-sulfametoxazol, clindamicina, tetraciclina, vancomicina, linezolida

Distinção importante: estirpes de S. aureus resistentes a meticilina adquiridas na comunidade carregam genes que codificam para superantigénios e enterotoxinas

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18
Q

A resistência pneumocócica a … é devido a …

A

Beta-lactâmicos

Devido a proteínas de ligação à penicilina de baixa afinidade

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19
Q

Resistências às fluoroquinolonas (exemplos e 2)

A

(ciprofloxacina e levofloxacina)

1 - mutações nos locais alvo (topoisomerases II e IV), nos genes gyrA e parC, respetivamente

2 - bomba de efluxo pode desempenhar um papel na resistência pneumocócica às fluoroquinolonas

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20
Q

Resistência aos macrólidos (3)

A

1 - Modificação do local alvo ribossomal 23S codificado pelo gene Erm que resulta em resistência cruzada com licosamidas e estreptogramina

2 - Bombas de efluxo codificadas pelo gene mef

3 - Hidrolase por esterases (enterobacteriáceas)

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21
Q

As enterobacteriáceas são tipicamente resistentes …

A

Às cefalosporinas, assim utiliza-se geralmente fluoroquinolonas ou carbapenemas

Estas estirpes MDR são mais prováveis de estar envolvidas no HCAP

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22
Q

Tratamento da pneumonia adquirida na comunidade (3)

A

Terapia inicial, geralmente empírica, projetada para cobrir os agentes patogénicos mais prováveis

Após confirmação do agente, o tratamento pode ser alterado para cobrir um agente patogénico específico

Tratamento deve ser iniciado o mais rapidamente possível

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23
Q

Tratamento da pneumonia adquirida na comunidade - pacientes não hospitalizados (pacientes saudáveis sem toma de antibióticos nos últimos 3 meses)

A

Macrólido (claritromicina ou azitromicina)

OU

Doxiciclina

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24
Q

Tratamento da pneumonia adquirida na comunidade - pacientes não hospitalizados (pacientes com comorbilidades ou toma de antibióticos nos últimos 3 meses)

A

Fluoroquinolona respitarória
(moxifloxacina, gemifloxacina ou
levofloxacina)

OU

Beta-Lactâmico (amoxicilina em
elevadas doses ou amoxicilina-ácido
clavulânico ou ceftriaxona/
cefpodoxima/cefuroxima) +
Macrólido
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25
Tratamento da pneumonia adquirida na comunidade - pacientes hospitalizados, não na UCI
Fluoroquinolona respitarória (moxifloxacina ou levofloxacina) OU Beta-Lactâmico (ceftriaxona/ ampicilina/cefotaxima/ ertapenem) + Macrólido (claritromicina ou azitromicina)
26
Tratamento da pneumonia adquirida na comunidade - pacientes hospitalizados, na UCI
Beta-Lactâmico (ceftriaxona/ ampicilinasulbactam/cefotaxima) + azitromicina ou fluoroquinolona
27
Tratamento da pneumonia adquirida na comunidade - Pseudomonas
Beta-lactâmico (piperacilina-tazobactam, cefepima, imipenem ou meropenem) + ciprofloxacina ou levofloxacina OU Beta-lactâmico + aminoglicosídeo (amicacina ou tobramicina) + azitromicina OU Beta-lactâmico + aminoglicosídeo + fluoroquinolona
28
Tratamento da pneumonia adquirida na comunidade - CA-MRSA
Adicionar linezolida ou vancomicina à terapia | anteriormente implementada
29
Tratamento da pneumonia adquirida na comunidade - pacientes previamente saudáveis e sem antibioterapia nos 3 meses anteriores (segundo DGS)
Amoxicilina (1ª linha, via oral) Azitromicina ou claritromicina Doxiciclina (o tratamento deve ter duração de 7 dias - o tratamento só com azitromicina deve ter uma duração de 3 dias)
30
Tratamento da pneumonia adquirida na comunidade - pacientes com comorbilidades ou antibioterapia nos 3 meses anteriores (segundo DGS)
Amoxicilina + azitromicina/claritromicina/doxicilina Levofloxacina ou moxifloxacina (o tratamento deve ter duração de 7 dias - o tratamento só com azitromicina deve ter uma duração de 3 dias)
31
Causas de ineficácia do tratamento antibacteriano na pneumonia adquirida na comunidade
Condições não-infeciosas que mimetizem os sintomas de uma pneumonia (edema pulmonar, TEP, carcinoma pulmonar…); Se o tratamento tiver como alvo o microrganismo correto, o paciente pode não responder ao tratamento devido a: o Resistência ao antimicrobiano; o Microorganismo num foco inacessível (abcesso pulmonar ou empiema). Dose ou frequência de administração incorreta (pacientes que demora a responder à terapia devem ser reavaliados ao fim de 72h)
32
Complicações da pneumonia adquirida na comunidade
Falência respiratória e multiorgânica Choque Infeção metastática Abcesso pulmonar Derrame pleural complicado
33
Infeções da pele e dos tecidos moles (SSTIs)
``` As infecções de pele e tecidos moles (SSTIs) abrangem uma variedade de condições, são responsáveis por uma grande percentagem das infeções que requerem hospitalização e estão associadas a morbidade substancial ``` ``` As SSTIs são entidades clínicas de apresentação, etiologia e gravidade variáveis que envolvem invasão microbiana das camadas da pele e dos tecidos moles subjacentes, desde infecções leves, como impetigo ou ectima, até infecções graves com risco de vida, como fascite necrotizante ```
34
Principais agentes patogénicos da SSTIs
Staphylococcus aureus - MRSA ou MSSA Streptococcus pyogenes
35
Impetigo
Bolhoso ou Não bolhoso Tratamento: antimicrobianos tópicos ou orais
36
Ectima
Tratamento - antimicrobianos orais
37
SSTIs: impetigo - antimicrobianos tópicos
Ácido fusidico, mupirocina ou retapamulina
38
SSTIs: impetigo ou ectima - antimicrobianos orais
Streptococcus - penicilina MSSA - flucloxacilina ou cefalexina MRSA
39
Abcessos cutâneos, furúnculos, carbúnculos | e cistos epidermoides inflamados - situações menos graves
Incisão e drenagem
40
Abcessos cutâneos, furúnculos, carbúnculos e cistos epidermoides inflamados - síndrome de resposta inflamatória sistémica (febre, taquipneia e taquicardia - situação severa)
Incisão e drenagem Antibacteriano contra S. aureus - terapia empírica - Se não grave: amoxicilina + ácido clavulânico, uma cefalosporina de 1ª geração ou clindamicina - Se grave ou com persistência de sintomas: fármacos eficazes contra MRSA
41
Tratamento do abcesso recorrente
Investigar as causas da recorrência do abcesso Drenagem do abcesso e cultura do material, o mais rapidamente possível Se a infeção recorrente for por S. aureus, deve-se fazer descolonização com mupirocina intranasal, desinfeção com clorexidina e descontaminação de itens pessoais
42
Erisipela
Eritema que aparece sobretudo nos dedos das mãos e dos pés, pernas, braços e cara Streptoccocus (S. aureus) Dermite / Hipodermite superficial
43
Celulite
Infeção mais profunda Streptoccocus (S. aureus) Dermite / Hipodermite profunda
44
Celulite leve
Sem sinais sistémicos de infeção Antibiótico específico para Streptococcus: penicilina V com potássio, cefalosporina de 1ª geração, flucloxacilina, clindamicina
45
Celulite moderada não purulenta
Com sinais sistémicos de infeção Antibióticos sistémicos (cobertura contra MSSA)
46
Celulite grave não purulenta
Associada a trauma penetrante, evidência de infeção ou colonização nasal por MRSA, uso de drogas injetáveis ou SIRS Vancomicina ou outro antimicrobiano eficaz contra MRSA e Streptococcus
47
Erisipela e celulite: doentes gravemente comprometidos
Infeção grave Tratamento empírico: vancomicina + piperacilina-tazobactam ou imipenema/meropenema
48
Erisipela e celulite: adultos não diabéticos
Corticóides sistémicos - prednisolona
49
Celulite recorrente
3-4 episódios de celulite / ano Profilaxia: penicilina ou eritromicina orais ou penicilina G benzatínica IM
50
Erisipela e celulite: ambulatório
Doença leve não purulenta Doentes que não apresentam SIRS, estado mental alterado ou instabilidade hemodinâmica
51
Erisipela e celulite: hospitalização
Doença moderada / grave não purulenta Infeção mais profunda ou necrosante Doentes com baixa adesão à terapia, infeção em doentes gravemente imunocomprometidos ou falência do tratamento em ambulatório
52
Infeções de feridas cirúrgicas
Remoção da sutura e drenagem do líquido ``` Terapia antimicrobiana sistémica: - cefalosporina de 1ª G ou penicilina para MSSA (vancomicina, linezolida, daptomicina, telavancina ou ceftarolina para MRSA) ``` Infeção após cx na axila, TGI, períneo, trato genital feminino: - cefalosporina ou fluoroquinolona + metronidazol
53
Fasceíte necrotizante (gangrena de Fournier)
Grave, não purulenta: consulta cirúrgica urgente Tratamento antibiótico empírico amplo: ○ Vancomicina ou linezolida + piperacilina-tazobactam ou carbapenem ou + ceftriaxona e metronidazol ○ Penicilina + clindamicina, quando fasceíte necrotizante por Streptococcus do grupo A documentada
54
Piomiosite - terapia empírica inicial
Vancomicina
55
Piomiosite - doentes imunocomprometidos ou após trauma aberto nos músculos
Agente ativo contra bacilos Gram negativo
56
Piomiosite - piomiosite causada por MSSA
Cefazolina ou penicilina antiestafilocócica
57
Piomiosite
Drenagem precoce Antibióticos administrados por via intravenosa >> antibióticos orais
58
Gangrena Gasosa / Mionecrose por Clostridium
Grave, não purulenta: exploração cirúrgica urgente e desbridamento cirúrgico Ausência de diagnóstico etiológico definitivo: tratamento de amplo espetro ○ vancomicina + piperacilina-tazobactam, ampicilina/sulbactam ou carbapenem Mionecrose por Clostridium: ○ penicilina e clindamicina
59
Mordidas de Animais | – Cão e Gato : terapia antimicrobiana precoce preventiva
Imunocomprometidos Asplénicos Doença hepática avançada Edema preexistente ou resultante da área afetada Lesões moderadas a graves (especialmente nas mãos e face) Lesões que possam ter atingido o periósteo ou a cápsula articular
60
Tratamento de mordidas de animais
Agentes antimicrobianos ativos contra bactérias aeróbias e anaeróbias - Amoxicilina-clavulanato
61
Tratamento de mordidas de animais - antraz cutâneo
Penicilina V ``` Bioter. por exposição presumida de aerossol: ciprofloxacina IV ou levofloxacina IV ```
62
Tratamento de mordidas de animais - angiomatose bacilar
Eritromicina | ou doxiciclina
63
Tratamento de mordidas de animais - doença da arranhadura do gato
Azitromicina
64
Tratamento de mordidas de animais - erisipeloide
Penicilina ou amoxicilina
65
Tratamento de mordidas de animais - mormo
``` Ceftazidima, gentamicina, imipenem, doxiciclina ou ciprofloxacina ```
66
Tratamento de mordidas de animais - peste bubónica
Estreptomicina (IM) ou doxiciclina
67
Tratamento de mordidas de animais - tularemia
Casos graves: estreptomicina (IM) ou gentamicina Casos leves: tetraciclina ou doxiciclina
68
Infeções urinárias não complicadas - epidemiologia
Maioritariamente observado em mulheres sem doença de base e sem anomalias funcionais e estruturais do trato urinário; Cerca de 50% das mulheres terão pelo menos 1 episódio de infeção urinária ao longo da sua vida; Apenas um pequeno número de homens adquire infeções urinárias não complicadas
69
Infeções urinárias - classificação
Não complicadas - cistite, pielonefrite, recorrentes ou urosépsis de baixo risco Complicadas - cistite, pielonefrite, recorrentes, associadas a cateteres, em homens, urosépsis de alto risco
70
Fatores de risco para ITUs em mulheres jovens e pré-menopáusicas
Atividade sexual Uso de espermicinas Um novo parceiro sexual Mãe com história de ITU História de ITUs durante a infância
71
Fatores de risco para ITUs em mulheres idosas e pós-menopáusicas
História de ITU antes da menopausa Incontinência urinária Vaginite atrófica devido a deficiência de estrogénios Cistocelo (prolapso anterior da bexiga) Aumento do volume residual pós-miccional Estado secretor dos antigénios do grupo sanguíneo Cateterização da urina e deterioração do estado funcional em mulheres idosas institucionalizadas
72
Agentes etiológicos - cistite não complicada
Escherichia coli (75 a 95%) Staphylococcus saprophyticus (5 a 10%) Enterobacteriáceas (ocasionalmente)
73
Episódio Agudo de Cistite Não Complicada - diagnóstico clínico
Sintomas do trato urinário baixo (disúria, polaquiúria, urgência miccional) e ausência de irritação vaginal Em mulheres idosas sintomas geniturinários podem não estar relacionados com uma ITU
74
Episódio Agudo de Cistite Não Complicada - diagnóstico laboratorial
Testes de urina com recurso a tiras reagentes Uroculturas
75
Tratamento da cistite aguda não complicada
1ª linha - fosfomicina - nitrofurantoína (evitar na deficiência da G6PD) - pivmecilinam Alternativas - ciprofloxacina (não usar durante gravidez) - levofloxacina (não usar durante gravidez) - ofloxacina (não usar durante gravidez) - cefalosporina Se conhecido padrão de resistência local à E. coli (inferior a 20%) - Trimetropima (não no primeiro trimeste de gravidez) - Trimetropima + sulfametoxazole (o último não no último trimeste da gravidez)
76
Episódio Agudo de Pielonefrite Não Complicada - diagnóstico clínico
Dor Lombar Náuseas Vómitos Febre Sintomas Idênticos a Cistite
77
Episódio Agudo de Pielonefrite Não Complicada - diagnóstico laboratorial
Análise de Urina (Glóbulos Brancos e Vermelhos na Urina) Culturas de Urina TSA (Testes de Suscetibilidade aos Antimicrobianos)
78
Episódio Agudo de Pielonefrite Não Complicada - tratamento (ORAL)
Tratamento antimicrobiano oral empírico - Ciprofloxacina (resistência às fluoroquinolonas deve ser inferior a 10%) - Levofloxacina (resistência às fluoroquinolonas deve ser inferior a 10%) (se forem usados os agentes seguintes, deve ser administrada uma dose intravenosa inicial de um antimicrobiano parentérico de longa duração (ex. ceftriaxona): - trimetoprima sulfametoxazol - cefpodoxima - ceftibuten Nas populações com taxa elevada de resistência às fluoroquinolonas e onde a E. coli produtoras de ESBL é superior a 10%, a terapia empírica inicial poderá ser efetuada com aminoglicosídeos e carbapenemas até que os testes de suscetibilidade demonstrem quais os fármacos orais que podem ser utilizados
79
Episódio Agudo de Pielonefrite Não Complicada - tratamento (PARENTÉRICO)
Terapia antimicrobiana parentérica empírica 1ª linha - Ciprofloxacina - Levofloxacina - Cefotaxima - Ceftriaxona 2ª linha - Cefepima - Piperacilina/tazobactam - Ceftolozane/avibactam - Gentamicina - Amicacina Alternativas (considerar carbapenemas apenas nos pacientes com resultados de cultura precoce que indica a presença de organismos multirresistentes) - Imipenem/cilastatina - Meropenem O tratamento com fluoroquinolonas é recomendado para os homens com infeções recorrentes ou pielonefrites com presença de febre, uma vez que é muito provável o envolvimento de infeções prostáticas
80
Infeções Urinárias Recorrentes Não Complicadas
São mais comuns em mulheres jovens Diagnóstico clínico - Urina - Técnicas de imagem (casos atípicos)
81
Prevenção das Infeções do Trato Urinário recorrentes inclui...
Modificação de comportamentos de modo a evitar os fatores de risco, através de profilaxia com e sem antibacterianos
82
Infeções Urinárias Recorrentes Não Complicadas - tratamento
1. Modificações Comportamentais Algumas medidas comportamentais e de higiene pessoal aumentam o risco de rUTI. No entanto, estudos que exploraram esses fatores de risco documentaram uma falta de associação com rUTI 2. Profilaxia Não Antimicrobiana Existem muitas medidas não antimicrobianas recomendadas para rUTIs, mas apenas algumas são apoiadas por estudos bem planeados 3. Reposição Hormonal Em mulheres na menopausa, a reposição vaginal de estrogénio, mas não de estrogénio oral, mostrou uma possível prevenção da rUTI São necessários mais estudos para a recomendação definitiva a favor ou contra o seu uso: 4.Profilaxia Imunoativa 5.Profilaxia com probióticos (Lactobacillus spp) 6.Profilaxia com “cranberry” (Arando) 7.Profilaxia com D-manose 8.Instilação endovesical (a instilação endovesical de ácido hialurónico e sulfato de condroitina tem sido usada para a reposição da camada de glicosaminoglicano na terapia de cistite intersticial, bexiga hiperativa, cistite por radiação e para prevenção de rUTI)
83
Antimicrobianos para prevenir UTI recorrentes
Profilaxia antimicrobiana contínua de baixa dose e profilaxia após relação sexual: Nitrofurantoína (Furadantina) - Classe: Nitrofuranos - Uretrite e Cistite Bacteriana - Danifica DNA e ribossomas das bactérias sensíveis - Espetro de ação: Citrobacter; E.coli; Enterococcus faecalis; Klebsiella; Staphylococcus (MRSA), Streptococcus agalactiae Fosfomicina trometamol Durante a gravidez: Cefalexina (cefalosporina de 1ª geração) Cefaclor (cefalosporina de 2ª geração)
84
Tríade clínica das meningites
Febre Rigidez da nuca (patognomónico) - sinal de Kernig e sinal de Brudzinski Cefaleias (não são obrigatórios para suspeita de meningite)
85
Agentes Mais Frequentes de meningites
Streptococcus pneumoniae (50%) Listeria Monocytogenes (25%) Neisseria Meningitidis (25%) Outros Gram- negativos (<10%)
86
Tratamento Empírico da Meningite
Cefalosporinas de 3ª geração - cefotaxima, cefatriazona e cefepime Vancomicina Dexametasona (terapia adjuvante) Aciclovir (infeção por HSV é o diagnóstico diferencial mais frequente)
87
Tratamento Empirico da Meningite - Ampicilina
Crianças com menos 3 meses Adultos com mais 55 anos Gravidez Imunodeficiências Doença Crónica Transplante Orgãos ´ Cancro Terapia com imunossupresores
88
Tratamento Empirico da Meningite - metronidazole
``` Gram -negativos anaeróbios, S.Aureus, Enterococcus e Haemophilus em pacientes com - Otites - Rinosinusites - Mastoidite ```
89
Tratamento Específico da Meningite - S. pneumoniae
Penicilina G/cefalosporina 3ª geração Resistente à penicilina: adicionar vancomicina 2 semanas de tratamento Monitorização: PL 24 a 36 horas após início de antibioterapia
90
Tratamento Específico da Meningite - Listeria monocytogenes (sinergismo)
Ampicilina Gentamicina 3 semanas de tratamento Alergia à penicilina: cotrimoxazole
91
Tratamento Específico da Meningite - Neisseria meningitidis
Sensível à penicilina: penicilina G ou ampicilina Resistente à penicilina: cefalosporinas de 3ª geração 1 semana de tratamento
92
Tratamento Específico da Meningite - Gram negativos exceto P. aeruginosa
Cefalosporinas de 3ª geração 3 semanas de tratamento
93
Neisseria Meningitidis - vacinação
11-18 anos: Vacina glicoconjugada quadrivalente (serogrupos A, C, W135 e Y) 16-23 anos: vacina meningocócica do sorogrupo B (MenB)
94
Neisseria meningitidis - grupos de risco
Indivíduos que tiveram contato com as secreções orofaríngeas por meio de um beijo ou uso compartilhado de brinquedos, bebidas ou cigarros