S6 - Revisão antimicrobianos (terminado) Flashcards

1
Q

Definição de pneumonia

A

Infeção do parênquima pulmonar

É mal diagnosticada, mal tratada e subestimada

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

3 tipos de pneumonia

A

Pneumonia adquirida na comunidade (CAP) - indivíduos não comprometidos

Pneumonia adquirida no hospital (HAP) - associada a patogénios multirresistentes (pneumonia associada aos cuidados de saúde)

Pneumonia associada ao ventilador (VAP)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

3 principais sintomas da pneumonia

A

Tosse com ou sem expetoração

Dispneia

Febre

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

5 microorganismos associados a pneumonia adquirida na comunidade, em ambulatório (do mais para o menos frequente)

A

Streptococcus pneumoniae

Mycoplasma pneumoniae

Haemophilus influenzae

C. pneumoniae

Vírus respiratórios

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Vírus respiratórios que podem provocar pneumonia da comunidade

A

Vírus parainfluenza A e B

Metapneumovírus humano

Adenovírus

Vírus respiratório sincicial

Vírus parainfluenza

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

6 microorganismos associados a pneumonia adquirida na comunidade, em pacientes hospitalizados mas não na UCI (do mais para o menos frequente)

A

Streptococcus pneumoniae

Mycoplasma pneumoniae

Chlamydia pneumoniae

Haemophilus influenzae

Legionella

Vírus respiratórios

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

5 microorganismos associados a pneumonia adquirida na comunidade, em pacientes hospitalizados na UCI (do mais para o menos frequente)

A

Streptococcus pneumoniae

Staphylococcus aureus

Legionella

Bacilos gram-negativos

Haemophilus influenzae

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Microorganismos associados a pneumonia adquirida na comunidade, mais recentemente identificados (4)

A

Metapneumovírus

Coronavírus responsáveis pela síndrome respiratória aguda grave (SARS)

Síndrome respiratória do Médio Oriente

Estirpes adquiridas na comunidade de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Agentes típicos de pneumonia adquirida na comunidade (5)

A

Streptococcus pneumoniae

Haemophilus influenza

Staphylococcus aureus

Klebsiella Pneumoniae

Pseudomonas aeruginosa

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Agentes atípicos de pneumonia adquirida na comunidade (3)

A

Mycoplasma pneumoniae

Chlamydia pneumoniae

Legionella

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Caraterística e consequente tratamento dos patogéneos atípicos de pneumonia adquirida na comunidade

A

São intrinsecamente resistentes a todos os agentes beta-lactâmicos

Tratamento - macrólidos, uma fluoroquinolona ou tetraciclinas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Importância dos anaeróbios para a pneumonia adquirida na comunidade

A

Desempenham um papel significativo apenas quando um episódio de aspiração ocorreu dias a semanas antes da apresentação da pneumonia (abcessos e empiemas)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Fatores de risco para a pneumonia adquirida na comunidade (4)

A

Pacientes alcoólicos

Utilizadores de drogas

Distúrbios convulsivos

Gengivite

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Relação entre pneumonia por Staphylococcus aureus e infeção por Influenza

A

A pneumonia por S. aureus complica a infeção por influenza

MRSA foi relatado como o agente etiológico primário da pneumonia adquirida na comunidade
(incomum - principal manifestação clínica: pneumonia necrotizante)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Tratamento no hospital de pacientes com pneumonia adquirida na comunidade

A

80% dos pacientes são tratados em ambulatório (taxa de mortalidade inferior a 1%)

20% dos pacientes são tratados como internados (taxa de mortalidade entre 12 a 40%)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Resistências do S. pneumoniae (3)

A

Incorporação direta de DNA e remodelação resultante do contacto com bactérias comensais orais intimamente relacionadas

Processo de transformação natural

Por mutação de certos genes

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Resistências do CA-MRSA (3)

A

Resistência à meticilina determinada pelo gene mecA - todos os beta-lactâmicos

Estas estirpes de CA-MRSA tendem a ser menos resistentes das estirpes adquiridas nos cuidados de saúde - mais suscetíveis a trimetoprim-sulfametoxazol, clindamicina, tetraciclina, vancomicina, linezolida

Distinção importante: estirpes de S. aureus resistentes a meticilina adquiridas na comunidade carregam genes que codificam para superantigénios e enterotoxinas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

A resistência pneumocócica a … é devido a …

A

Beta-lactâmicos

Devido a proteínas de ligação à penicilina de baixa afinidade

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Resistências às fluoroquinolonas (exemplos e 2)

A

(ciprofloxacina e levofloxacina)

1 - mutações nos locais alvo (topoisomerases II e IV), nos genes gyrA e parC, respetivamente

2 - bomba de efluxo pode desempenhar um papel na resistência pneumocócica às fluoroquinolonas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Resistência aos macrólidos (3)

A

1 - Modificação do local alvo ribossomal 23S codificado pelo gene Erm que resulta em resistência cruzada com licosamidas e estreptogramina

2 - Bombas de efluxo codificadas pelo gene mef

3 - Hidrolase por esterases (enterobacteriáceas)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

As enterobacteriáceas são tipicamente resistentes …

A

Às cefalosporinas, assim utiliza-se geralmente fluoroquinolonas ou carbapenemas

Estas estirpes MDR são mais prováveis de estar envolvidas no HCAP

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Tratamento da pneumonia adquirida na comunidade (3)

A

Terapia inicial, geralmente empírica, projetada para cobrir os agentes patogénicos mais prováveis

Após confirmação do agente, o tratamento pode ser alterado para cobrir um agente patogénico específico

Tratamento deve ser iniciado o mais rapidamente possível

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Tratamento da pneumonia adquirida na comunidade - pacientes não hospitalizados (pacientes saudáveis sem toma de antibióticos nos últimos 3 meses)

A

Macrólido (claritromicina ou azitromicina)

OU

Doxiciclina

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Tratamento da pneumonia adquirida na comunidade - pacientes não hospitalizados (pacientes com comorbilidades ou toma de antibióticos nos últimos 3 meses)

A

Fluoroquinolona respitarória
(moxifloxacina, gemifloxacina ou
levofloxacina)

OU

Beta-Lactâmico (amoxicilina em
elevadas doses ou amoxicilina-ácido
clavulânico ou ceftriaxona/
cefpodoxima/cefuroxima) +
Macrólido
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Q

Tratamento da pneumonia adquirida na comunidade - pacientes hospitalizados, não na UCI

A

Fluoroquinolona respitarória
(moxifloxacina ou levofloxacina)

OU

Beta-Lactâmico (ceftriaxona/
ampicilina/cefotaxima/
ertapenem) + Macrólido
(claritromicina ou azitromicina)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
26
Q

Tratamento da pneumonia adquirida na comunidade - pacientes hospitalizados, na UCI

A

Beta-Lactâmico (ceftriaxona/
ampicilinasulbactam/cefotaxima) +
azitromicina ou fluoroquinolona

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
27
Q

Tratamento da pneumonia adquirida na comunidade - Pseudomonas

A

Beta-lactâmico (piperacilina-tazobactam, cefepima, imipenem ou meropenem) +
ciprofloxacina ou levofloxacina

OU

Beta-lactâmico + aminoglicosídeo (amicacina ou
tobramicina) + azitromicina

OU

Beta-lactâmico + aminoglicosídeo +
fluoroquinolona

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
28
Q

Tratamento da pneumonia adquirida na comunidade - CA-MRSA

A

Adicionar linezolida ou vancomicina à terapia

anteriormente implementada

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
29
Q

Tratamento da pneumonia adquirida na comunidade - pacientes previamente saudáveis e sem antibioterapia nos 3 meses anteriores (segundo DGS)

A

Amoxicilina (1ª linha, via oral)

Azitromicina ou claritromicina

Doxiciclina

(o tratamento deve ter duração de 7 dias - o tratamento só com azitromicina deve ter uma duração de 3 dias)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
30
Q

Tratamento da pneumonia adquirida na comunidade - pacientes com comorbilidades ou antibioterapia nos 3 meses anteriores (segundo DGS)

A

Amoxicilina + azitromicina/claritromicina/doxicilina

Levofloxacina ou moxifloxacina

(o tratamento deve ter duração de 7 dias - o tratamento só com azitromicina deve ter uma duração de 3 dias)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
31
Q

Causas de ineficácia do tratamento antibacteriano na pneumonia adquirida na comunidade

A

Condições não-infeciosas que mimetizem os sintomas de uma pneumonia
(edema pulmonar, TEP, carcinoma pulmonar…);

Se o tratamento tiver como alvo o microrganismo correto, o paciente pode
não responder ao tratamento devido a:
o Resistência ao antimicrobiano;
o Microorganismo num foco inacessível (abcesso pulmonar ou
empiema).

Dose ou frequência de administração incorreta

(pacientes que demora a responder à terapia devem ser reavaliados ao fim de 72h)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
32
Q

Complicações da pneumonia adquirida na comunidade

A

Falência respiratória e multiorgânica

Choque

Infeção metastática

Abcesso pulmonar

Derrame pleural complicado

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
33
Q

Infeções da pele e dos tecidos moles (SSTIs)

A
As infecções de pele e tecidos moles
(SSTIs) abrangem uma variedade de
condições, são responsáveis por uma
grande percentagem das infeções que
requerem hospitalização e estão
associadas a morbidade substancial
As SSTIs são entidades clínicas de
apresentação, etiologia e gravidade
variáveis que envolvem invasão
microbiana das camadas da pele e dos
tecidos moles subjacentes, desde
infecções leves, como impetigo ou
ectima, até infecções graves com risco
de vida, como fascite necrotizante
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
34
Q

Principais agentes patogénicos da SSTIs

A

Staphylococcus aureus - MRSA ou MSSA

Streptococcus pyogenes

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
35
Q

Impetigo

A

Bolhoso
ou
Não bolhoso

Tratamento: antimicrobianos tópicos ou orais

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
36
Q

Ectima

A

Tratamento - antimicrobianos orais

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
37
Q

SSTIs: impetigo - antimicrobianos tópicos

A

Ácido fusidico, mupirocina ou retapamulina

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
38
Q

SSTIs: impetigo ou ectima - antimicrobianos orais

A

Streptococcus - penicilina

MSSA - flucloxacilina ou cefalexina

MRSA

39
Q

Abcessos cutâneos, furúnculos, carbúnculos

e cistos epidermoides inflamados - situações menos graves

A

Incisão e drenagem

40
Q

Abcessos cutâneos, furúnculos, carbúnculos
e cistos epidermoides inflamados - síndrome de resposta inflamatória sistémica (febre, taquipneia e taquicardia - situação severa)

A

Incisão e drenagem

Se não grave: amoxicilina + ácido clavulânico, uma cefalosporina de 1ª geração ou clindamicina
-
Se grave ou com persistência de sintomas: fármacos eficazes contra MRSA

41
Q

Tratamento do abcesso recorrente

A

Investigar as causas da recorrência do abcesso

Drenagem do abcesso e cultura do material, o mais rapidamente possível

Se a infeção recorrente for por S. aureus, deve-se fazer descolonização com mupirocina intranasal, desinfeção com clorexidina e descontaminação de itens pessoais

42
Q

Erisipela

A

Eritema que aparece sobretudo nos dedos
das mãos e dos pés, pernas, braços e cara

Streptoccocus (S. aureus)

Dermite / Hipodermite superficial

43
Q

Celulite

A

Infeção mais profunda

Streptoccocus (S. aureus)

Dermite / Hipodermite profunda

44
Q

Celulite leve

A

Sem sinais sistémicos de infeção

Antibiótico específico para Streptococcus: penicilina V com potássio,
cefalosporina de 1ª geração, flucloxacilina, clindamicina

45
Q

Celulite moderada não purulenta

A

Com sinais sistémicos de infeção

Antibióticos sistémicos (cobertura contra MSSA)

46
Q

Celulite grave não purulenta

A

Associada a trauma penetrante, evidência de infeção ou colonização
nasal por MRSA, uso de drogas injetáveis ou SIRS

Vancomicina ou outro antimicrobiano eficaz contra MRSA e Streptococcus

47
Q

Erisipela e celulite: doentes gravemente comprometidos

A

Infeção grave

Tratamento empírico: vancomicina + piperacilina-tazobactam ou
imipenema/meropenema

48
Q

Erisipela e celulite: adultos não diabéticos

A

Corticóides sistémicos - prednisolona

49
Q

Celulite recorrente

A

3-4 episódios de celulite / ano

Profilaxia: penicilina ou eritromicina orais ou penicilina G benzatínica IM

50
Q

Erisipela e celulite: ambulatório

A

Doença leve não purulenta

Doentes que não apresentam SIRS, estado
mental alterado ou instabilidade
hemodinâmica

51
Q

Erisipela e celulite: hospitalização

A

Doença moderada / grave não purulenta

Infeção mais profunda ou necrosante

Doentes com baixa adesão à terapia, infeção em doentes
gravemente imunocomprometidos ou falência do tratamento
em ambulatório

52
Q

Infeções de feridas cirúrgicas

A

Remoção da sutura e
drenagem do líquido

Terapia antimicrobiana sistémica:
- cefalosporina de 1ª G ou penicilina
para MSSA
(vancomicina, linezolida,
daptomicina, telavancina ou
ceftarolina para MRSA)

Infeção após cx na axila, TGI,
períneo, trato genital feminino:
- cefalosporina ou fluoroquinolona +
metronidazol

53
Q

Fasceíte necrotizante (gangrena de Fournier)

A

Grave, não purulenta: consulta cirúrgica urgente

Tratamento antibiótico empírico amplo:

○ Vancomicina ou linezolida + piperacilina-tazobactam ou carbapenem ou + ceftriaxona e
metronidazol

○ Penicilina + clindamicina, quando fasceíte necrotizante por Streptococcus do grupo A documentada

54
Q

Piomiosite - terapia empírica inicial

A

Vancomicina

55
Q

Piomiosite - doentes imunocomprometidos ou após trauma aberto nos músculos

A

Agente ativo contra bacilos Gram negativo

56
Q

Piomiosite - piomiosite causada por MSSA

A

Cefazolina ou penicilina antiestafilocócica

57
Q

Piomiosite

A

Drenagem precoce

Antibióticos administrados por via intravenosa&raquo_space; antibióticos orais

58
Q

Gangrena Gasosa / Mionecrose por Clostridium

A

Grave, não purulenta: exploração cirúrgica urgente e desbridamento cirúrgico

Ausência de diagnóstico etiológico definitivo: tratamento de amplo espetro
○ vancomicina + piperacilina-tazobactam, ampicilina/sulbactam ou carbapenem

Mionecrose por Clostridium:
○ penicilina e clindamicina

59
Q

Mordidas de Animais

– Cão e Gato : terapia antimicrobiana precoce preventiva

A

Imunocomprometidos

Asplénicos

Doença hepática avançada

Edema preexistente ou resultante da área afetada

Lesões moderadas a graves (especialmente nas mãos e face)

Lesões que possam ter atingido o periósteo ou a cápsula articular

60
Q

Tratamento de mordidas de animais

A

Agentes antimicrobianos ativos contra bactérias aeróbias e
anaeróbias
-
Amoxicilina-clavulanato

61
Q

Tratamento de mordidas de animais - antraz cutâneo

A

Penicilina V

Bioter. por
exposição
presumida de
aerossol:
ciprofloxacina
IV ou
levofloxacina
IV
62
Q

Tratamento de mordidas de animais - angiomatose bacilar

A

Eritromicina

ou doxiciclina

63
Q

Tratamento de mordidas de animais - doença da arranhadura do gato

A

Azitromicina

64
Q

Tratamento de mordidas de animais - erisipeloide

A

Penicilina
ou
amoxicilina

65
Q

Tratamento de mordidas de animais - mormo

A
Ceftazidima,
gentamicina,
imipenem,
doxiciclina ou
ciprofloxacina
66
Q

Tratamento de mordidas de animais - peste bubónica

A

Estreptomicina
(IM) ou
doxiciclina

67
Q

Tratamento de mordidas de animais - tularemia

A

Casos graves:
estreptomicina
(IM) ou
gentamicina

Casos leves:
tetraciclina ou
doxiciclina

68
Q

Infeções urinárias não complicadas - epidemiologia

A

Maioritariamente observado em mulheres sem doença de base e sem
anomalias funcionais e estruturais do trato urinário;

Cerca de 50% das mulheres terão pelo menos 1 episódio de
infeção urinária ao longo da sua vida;

Apenas um pequeno número de homens adquire infeções urinárias não
complicadas

69
Q

Infeções urinárias - classificação

A

Não complicadas - cistite, pielonefrite, recorrentes ou urosépsis de baixo risco

Complicadas - cistite, pielonefrite, recorrentes, associadas a cateteres, em homens, urosépsis de alto risco

70
Q

Fatores de risco para ITUs em mulheres jovens e pré-menopáusicas

A

Atividade sexual

Uso de espermicinas

Um novo parceiro sexual

Mãe com história de ITU

História de ITUs durante a infância

71
Q

Fatores de risco para ITUs em mulheres idosas e pós-menopáusicas

A

História de ITU antes da menopausa

Incontinência urinária

Vaginite atrófica devido a deficiência de estrogénios

Cistocelo (prolapso anterior da bexiga)

Aumento do volume residual pós-miccional

Estado secretor dos antigénios do grupo sanguíneo

Cateterização da urina e deterioração do estado funcional em mulheres idosas institucionalizadas

72
Q

Agentes etiológicos - cistite não complicada

A

Escherichia coli (75 a 95%)

Staphylococcus saprophyticus (5 a 10%)

Enterobacteriáceas (ocasionalmente)

73
Q

Episódio Agudo de Cistite Não Complicada - diagnóstico clínico

A

Sintomas do trato urinário baixo (disúria, polaquiúria, urgência miccional) e ausência de
irritação vaginal

Em mulheres idosas sintomas geniturinários podem não estar relacionados com uma
ITU

74
Q

Episódio Agudo de Cistite Não Complicada - diagnóstico laboratorial

A

Testes de urina com recurso a tiras reagentes

Uroculturas

75
Q

Tratamento da cistite aguda não complicada

A

1ª linha

  • fosfomicina
  • nitrofurantoína (evitar na deficiência da G6PD)
  • pivmecilinam

Alternativas

  • ciprofloxacina (não usar durante gravidez)
  • levofloxacina (não usar durante gravidez)
  • ofloxacina (não usar durante gravidez)
  • cefalosporina

Se conhecido padrão de resistência local à E. coli (inferior a 20%)

  • Trimetropima (não no primeiro trimeste de gravidez)
  • Trimetropima + sulfametoxazole (o último não no último trimeste da gravidez)
76
Q

Episódio Agudo de Pielonefrite Não Complicada - diagnóstico clínico

A

Dor Lombar

Náuseas

Vómitos

Febre

Sintomas Idênticos a Cistite

77
Q

Episódio Agudo de Pielonefrite Não Complicada - diagnóstico laboratorial

A

Análise de Urina (Glóbulos Brancos e Vermelhos na Urina)

Culturas de Urina

TSA (Testes de Suscetibilidade aos Antimicrobianos)

78
Q

Episódio Agudo de Pielonefrite Não Complicada - tratamento (ORAL)

A

Tratamento antimicrobiano oral empírico

  • Ciprofloxacina (resistência às fluoroquinolonas deve ser inferior a 10%)
  • Levofloxacina (resistência às fluoroquinolonas deve ser inferior a 10%)

(se forem usados os agentes seguintes, deve ser administrada uma dose intravenosa inicial de um antimicrobiano parentérico de longa duração (ex. ceftriaxona):

  • trimetoprima sulfametoxazol
  • cefpodoxima
  • ceftibuten

Nas populações com taxa elevada de resistência às fluoroquinolonas e onde a E. coli produtoras de ESBL é superior a 10%, a terapia empírica inicial poderá ser efetuada com aminoglicosídeos e carbapenemas até que os testes de suscetibilidade demonstrem quais os fármacos orais que podem ser utilizados

79
Q

Episódio Agudo de Pielonefrite Não Complicada - tratamento (PARENTÉRICO)

A

Terapia antimicrobiana parentérica empírica

1ª linha

  • Ciprofloxacina
  • Levofloxacina
  • Cefotaxima
  • Ceftriaxona

2ª linha

  • Cefepima
  • Piperacilina/tazobactam
  • Ceftolozane/avibactam
  • Gentamicina
  • Amicacina

Alternativas (considerar carbapenemas apenas nos pacientes com resultados de cultura precoce que indica a presença de organismos multirresistentes)

  • Imipenem/cilastatina
  • Meropenem

O tratamento com fluoroquinolonas é recomendado para os homens com infeções recorrentes ou pielonefrites com presença de febre, uma vez que é muito provável o envolvimento de infeções prostáticas

80
Q

Infeções Urinárias Recorrentes Não Complicadas

A

São mais comuns em mulheres jovens

Diagnóstico clínico

  • Urina
  • Técnicas de imagem (casos atípicos)
81
Q

Prevenção das Infeções do Trato Urinário recorrentes inclui…

A

Modificação de
comportamentos de modo a evitar os fatores de risco, através de profilaxia com e sem
antibacterianos

82
Q

Infeções Urinárias Recorrentes Não Complicadas - tratamento

A
  1. Modificações Comportamentais
    Algumas medidas comportamentais e de higiene pessoal aumentam o risco de rUTI. No
    entanto, estudos que exploraram esses fatores de risco documentaram uma falta de
    associação com rUTI
  2. Profilaxia Não Antimicrobiana
    Existem muitas medidas não antimicrobianas recomendadas para rUTIs, mas apenas algumas
    são apoiadas por estudos bem planeados
  3. Reposição Hormonal
    Em mulheres na menopausa, a reposição vaginal de estrogénio, mas não de estrogénio oral,
    mostrou uma possível prevenção da rUTI

São necessários mais estudos para a recomendação definitiva a favor ou contra o seu uso:
4.Profilaxia Imunoativa
5.Profilaxia com probióticos (Lactobacillus spp)
6.Profilaxia com “cranberry” (Arando)
7.Profilaxia com D-manose
8.Instilação endovesical
(a instilação endovesical de ácido hialurónico e sulfato de condroitina tem sido
usada para a reposição da camada de glicosaminoglicano na terapia de cistite
intersticial, bexiga hiperativa, cistite por radiação e para prevenção de rUTI)

83
Q

Antimicrobianos para prevenir UTI recorrentes

A

Profilaxia antimicrobiana contínua de baixa dose e profilaxia após relação sexual:

Nitrofurantoína (Furadantina)
- Classe: Nitrofuranos
- Uretrite e Cistite Bacteriana
- Danifica DNA e ribossomas das bactérias sensíveis
- Espetro de ação: Citrobacter; E.coli; Enterococcus faecalis; Klebsiella;
Staphylococcus (MRSA), Streptococcus agalactiae

Fosfomicina trometamol

Durante a gravidez:
Cefalexina (cefalosporina de 1ª geração)
Cefaclor (cefalosporina de 2ª geração)

84
Q

Tríade clínica das meningites

A

Febre

Rigidez da nuca (patognomónico) - sinal de Kernig e sinal de Brudzinski

Cefaleias

(não são obrigatórios para suspeita de meningite)

85
Q

Agentes Mais Frequentes de meningites

A

Streptococcus
pneumoniae (50%)

Listeria
Monocytogenes
(25%)

Neisseria
Meningitidis (25%)

Outros Gram-
negativos (<10%)

86
Q

Tratamento Empírico da Meningite

A

Cefalosporinas de 3ª geração - cefotaxima, cefatriazona e cefepime

Vancomicina

Dexametasona (terapia adjuvante)

Aciclovir (infeção por HSV é o diagnóstico diferencial mais frequente)

87
Q

Tratamento Empirico da Meningite - Ampicilina

A

Crianças com menos 3 meses

Adultos com mais 55 anos

Gravidez

Imunodeficiências

Doença Crónica

Transplante Orgãos ´

Cancro

Terapia com
imunossupresores

88
Q

Tratamento Empirico da Meningite - metronidazole

A
Gram
-negativos anaeróbios,
S.Aureus, Enterococcus e
Haemophilus em pacientes
com
- Otites 
- Rinosinusites 
- Mastoidite
89
Q

Tratamento Específico da Meningite - S. pneumoniae

A

Penicilina G/cefalosporina 3ª geração

Resistente à penicilina: adicionar vancomicina

2 semanas de tratamento

Monitorização: PL 24 a 36 horas após início de antibioterapia

90
Q

Tratamento Específico da Meningite - Listeria monocytogenes (sinergismo)

A

Ampicilina

Gentamicina

3 semanas de tratamento

Alergia à penicilina: cotrimoxazole

91
Q

Tratamento Específico da Meningite - Neisseria meningitidis

A

Sensível à penicilina: penicilina G ou ampicilina

Resistente à penicilina: cefalosporinas de 3ª geração

1 semana de tratamento

92
Q

Tratamento Específico da Meningite - Gram negativos exceto P. aeruginosa

A

Cefalosporinas de 3ª geração

3 semanas de tratamento

93
Q

Neisseria Meningitidis - vacinação

A

11-18 anos: Vacina glicoconjugada
quadrivalente (serogrupos A, C, W135 e Y)

16-23 anos: vacina meningocócica
do sorogrupo B (MenB)

94
Q

Neisseria meningitidis - grupos de risco

A

Indivíduos que tiveram contato com as
secreções orofaríngeas por meio de um
beijo ou uso compartilhado de brinquedos,
bebidas ou cigarros