PPT - Glicopéptidos (terminado) Flashcards

1
Q

Vancomicina - caraterísticas gerais e mecanismo de ação

A

A vancomicina é um antibacteriano apenas ativo em bactérias gram-positivas. O
seu mecanismo de ação envolve a inibição da polimerização ou reação de transglicosilase
(A) por ligação à extremidade terminal D-alanina-D-alanina da unidade precursora da
parede celular unida a seu transportador lipídico e por bloqueio a ligação ao polímero
glicopéptido (indicado pela letra n). Assim, enquanto os beta-lactâmicos inibem as
transpeptidases, a vancomicina inibe as transglicosilases (mais a montante)

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2
Q

Vancomicina - mecanismos de resistência

A

A resistência à vancomicina geralmente decorre da expressão de enzimas que
modificam precursores da parede celular mediante substituição de um D-alanina por uma
D-alanina terminal reduzindo afinidade da vancomicina em 1.000 vezes

Os casos de estirpes gram-positivas resistentes à vancomicina são mais relevantes
para o género Enterococcus, principalmente o E. faecium (10% dos Enterococcus). Essa
resistência resulta da alteração do alvo D-alanina-D-alanina em D-alanina-D-lactato ou
D-alanina-D-serina (depsidipéptidos), o que reduz afinidade dos glicopéptidos. Na prática
clínica, casos como esses são uma grande preocupação para endocardites enterocócicas
resistentes, principalmente se essas estirpes também forem resistentes à
aminoglicosídeos. Também já foram descritos casos de Staphylococcus resistentes à
vancomicina (VRSA), o que também representa uma preocupação à nível médico

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3
Q

Vancomicina - espectro e indicações

A

Por terem grande tamanho molecular, são incapazes de penetrar a membrana externa
das bactérias gram-negativas, por isso seu espectro de ação inclui bactérias grampositivas, incluindo MRSA

Destaque para uso de vancomicina como 1ª linha para colite pseudomembranosa (C.
difficile)

Vancomicina também é indicada nos casos de infeções por S. pneumonie resistentes
a beta-lactâmicos por alterações nas PBPs

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4
Q

Vancomicina - farmacocinética

A

A vancomicina não é bem absorvida por via oral, portanto deve ser administrada
por via intravenosa, e nunca intramuscular. O único caso em que está indicada
administração por via oral é na colite pseudomembranosa (ação tópica). É eliminada
maioritariamente por via renal

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5
Q

Efeitos adversos da vancomicina

A

Reações de hipersensibilidade, com exantemas cutâneos e anafilaxia foram
documentadas, assim como tromboflebites.

Muito relevante as reações de infusão, com libertação de histamina que causa rubor,
taquicardia e hipotensão, e por isso é importante a sua monitorização durante
administração IV.

Esse efeito tóxico pela libertação de histamina pode ocasionar o chamado “síndrome
do pescoço vermelho”.

Ototoxicidade está presente em casos com concentrações elevadas de vancomicina no
plasma, mas em geral esse efeito é reversível

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6
Q

Teicoplanina

A

Similar à vancomicina quanto ao mecanismo de ação, espectro de ação e via de
eliminação (renal), funcionando como um “upgrade” da vancomicina. Cobre algumas
resistências à vancomicina e pode ser administrada por via intravenosa ou intramuscular.
Ao contrário da vancomicina, não causa a reação de infusão (nem a síndrome do pescoço
vermelho) e tem uma semivida bem maior (100h, enquanto a vancomicina é de 6h), e isso
está associado à intensa ligação às proteínas plasmáticas (30% da vancomicina está ligada
enquanto 90-95% da teicoplanina liga-se)

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