Síndromes pós-operações gástricas Flashcards

1
Q

VERDADEIRO ou FALSO:

Em geral quando não se esecifica qual parte do estômago foi ressecada, assume-se que foi a parte distal, ou seja, antro e/ou corpo.

A

VERDADEIRO

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

O estômago é dividido em quatro porções, quais são elas?

A
  • Cárdia
  • Fundo
  • Corpo
  • Antro
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

O fundo e o corpo é responsável pela secreção de _________ (ácido clorídrico / gastrina), enquanto o antro é responsável pela secreção de __________ (ácido clorídrico / gastrina).

A

Ácido clorídrico ; Gastrina.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Sobre operações gástricas: existem três tipos de vagatomias (usadas no tratamento das úlceras pépticas), quais são elas?

A
  • Troncular
  • Seletiva
  • Superseletiva.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Qual é o objetivo da cirurgia de vagotomia?

A

Cessar o estímulo neural através da secção do nervo vago que faz a inervação do estômago e que estímula as células a produzirem ácido clorídrico através da liberação de acetilcolina.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Na vagotomia troncular há secção do nervo vago antes da bifurcação e de suas ramificações. Sendo assim, além de seccionar o ramo __________ (esquerdo / direito) que inerva o estômago, a cirurgia também secciona o ramo ________ (esquerdo / direito), também chamado de ramo hepático, que inerva a vesicula.

A

Esquerdo; Direito.

Trata-se de uma pegadinha anatômica

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Quais efeitos colaterais da vagotomia troncular?

A
  • Diarreia (pela secção do ramo celíaco no nervo vago)
  • Estase biliar
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Quais efeitos colaterais da vagotomia seletiva?

A

devido a denervação do antro e do piloro, há uma atonia do piloro e, consequente, distensão funcional do estômago.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

VERDADEIRO ou FALSO:

A vagotomia supersseletiva, também chamada de vagotomia de células parietais, não tem efeito adverso de distensão gástrica funcional, pois não denerva o antro gástrico e denerva, apenas, o corpo gástrico e fundo gástrico onde há as celulas parietais responsáveis pela secreção de ácido clorídrico.

A

VERDADEIRO

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Qual exame é feito para diagnosticar a distensão gástrica funcional por lesão (secção) do nervo vago?

A

Tempo de esvaziamento gástrico (normal ficar até 10% do radiofarmaco da cintilografia).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Quais opções terapêuticas para casos de distensão gástrica funcional por secção do nervo vago?

A

Dilatação endoscópica do piloro, ou, Piloroplastia (em caso de falha terapêutica do primeiro método).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

VERDADEIRO ou FALSO:

Sempre que for feita uma vagotomia troncular ou seletiva, deve-se fazer um procedimento de drenagem para evitar a distensão gástrica.

A

VERDADEIRO

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Cite os diferentes tipos de gastrectomias:

A
  • Total (secciona no esôfago distal e no duodeno proximal, todo o estômago sai).
  • Parcial (Não sai todo o estômago)
    • Subtotal (fica apenas o fundo gástrico)
    • 4/5 (fica apenas o fundo gástrico com dois vasos breves)
    • 3/4 (Quando se preserva além do fundo, parte do corpo gástrico).
    • 2/3 (Quando se preserva além do fundo, parte do corpo gástrico - maior parte preservada que na 3/4).
    • Hemigastrectomia (fica metade do estômago)
    • Antrectomia (Secção no nível da incisura angularis)
    • Cunha ou atípica = retirado apenas uma parte do estômago, mantendo sua anatomia normal (geralmente usada para ressecção de GIST).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Após a gastrectomia é necessário se refazer o trânsito gástrico e a derivação bilio-pancreático. Quais são as técnicas cirúrgicas mais utilizadas para fazer as reconstruções?

A
  • Billroth
    • BI
    • BII
  • Y de Roux
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Descreva, suscintamente, a técnica de reconstrução Billroth I:

A

BI = Anastomose entre o corpo ou fundo e o duodeno

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Descreva, suscintamente, a técnica de reconstrução Billroth II:

A
  • Sepultar o coto duodenal;
  • Anastomose términolateral entre o coto gástrico e o jejuno.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

VERDADEIRO ou FALSO:

A reconstrução de Billroth I é a mais fisiológica.

A

VERDADEIRO:

Pois depois de passar pelo estômago, o alimento passa por todo o duodeno e o jejuno proximal, sendo absorvido mais nutrientes.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Qual é a principal desvantagem da cirirgia de reconstrução BIllroth II?

A

Toda a secreção biliopancreática passa pelo estômago, devido a anastomose do coto gástrico e do jejuno proximal com as substâncias citadas.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Sabendo-se que a reconstrução __________ (BI / BII) é a mais fisiológica, uma cirurgia de ressecção de úlcera benigna deve ser preferencialmente reconstruída com a técnica de ___________ (Billroth I / Billroth II)

A

BI; Billroth I.

20
Q

Quais nutrientes são absorvidos no duodeno e jejuno proximal (regiões pelas quais o alimento passa na reconstrução BI)?

A

Calcio, Ferro, Proteínas, Zinco, Vitaminas do complexo B (B1 e B2)

21
Q

Sabe-se que a reconstrução ________ (billroth I / Billroth II) é a mais fisiológica, contudo nem sempre dá para fazer a anastomose entre o duodeno e o coto gástrico, como em cirurgias oncológicas em que grande porção gástrica é ressecada e o duodeno não chega no coto para fazer anastomose. Nesses casos se lança mão da reconstrução ______________ (Billroth I / Billroth II)

A

Billroth I; Billroth II

22
Q

Quais são os efeitos colaterais da reconstrução Billroth I?

A

Esvaziamento gástrico acelerado (devido ressecção do piloro e do buldo pilótico);

23
Q

Na cirurgia de reconstrução Billroth II, a anastomose gastrojejunal pode ser:

A
  • Transmesocólica (por dentro do mesocólon)
  • Pré-cólica (por cima do cólon transverso)
24
Q

Na cirurgia de reconstrução Billroth II, o fluxo do conteúdo gástrico pode ser:

A
  • Isoperistáltico (com a alça “torcida”)
  • Anisoperistáltico
25
Q

Quais são os efeitos colaterais da cirurgia de reconstrução Billroth II?

A
  • Gástrite alcalina crônica (pela passagem da secreção hepatobiliar pelo o estômago).
  • Metaplasia intestinal (pela inflamação crônica ocasionada pela secreção hepatobiliar)
  • Predisposição ao câncer do coto gástrico.
26
Q

Qual é o tipo de reconstrução BII a seguir:

A

Billroth II transmesocólica isoperistáltica

27
Q

Descreva suscintamente a técnica cirurgica de reconstrução de Y de Roux:

A

Como se fosse uma B2, com a alça eferente seccionada e que não faz comunicação com o coto gástrico; mais uma anastomose da alça “eferente” com a alça aferente em seu terço médio.

28
Q

Quais são as três alças envolvidas na reconstrução de Y de Roux?

A
  • Alça biliopancreática
  • Alça alimentar (ligada ao estômago)
  • Alça comum (que junta a secreção biliopancrática ao conteúdo gástrico conduzido pela alça alimentar).
29
Q

VERDADEIRO ou FALSO:

Devido a baixa incidência de tratamento cirurgico para úlcera péptica (devido a melhora do tratamento clinico) e menor incidência de cirurgias oncológicas gástricas, quando comparada com a realização de cirurgia bariátrica, a derivação gastrojejunal em Y de Roux é a reconstrução mais realizada hoje em dia.

A

Verdadeiro.

30
Q

A derivação gastrojejunal em Y de Roux tem o nome de cirurgia de:

A

Fabi-Capella

31
Q

Descreva suscintamente a técnica cirurgica Fabi-Capella usada em cirurgia bariátrica:

A

Faz-se uma neo câmara gástrica de cerca de 50-100mL, exclusa do restante do estômago; preserva-se o restante do estômago e duodeno, porém sem comunicação com essa nova câmara, que está ligada ao esôfago. Faz-se então uma anastomose gastrojejunal da nova câmara gástrica, lingando a porção do jejuno (a 50cm do ângulo de treitz); faz-se uma nova anastomose ligando a porção distal do duodeno-jejuno residual (alça biliopancreática) À alça alimentar formada pela anastomose gastrojejunal, constituindo-se uma derivação em Y de Roux.

32
Q

Descreva a sindrome pós-vagotomia:

A
  • Colelitíase (vagotomia troncular)
  • Atonia gástrica
  • Náusea e distensão abdominal
  • Diarreia (geralmente associada a denervação do ramo celiaco - esquerdo)

CAND

(DEPOIS DA VAGOTOMIA, ELA FICOU UM DOCE!!!)

33
Q

Qual o quadro clínico da sindrome pós operatória da reconstrução Billroth II (síndrome da alça aferente)?

A
  • Dor abdominal
  • Vômito bilioso em jato

Quadro clínico devido alça aferente longa com estase da secreção biliopancreática na mesma.

Ou indivíduo pode ainda apresentar:

  • Epigastralgia - devido gastrite alcalina.
34
Q

Como fazer o diagnóstico da síndrome da alça aferente?

A

USG ou TC:

Visualização de dilatação do duodeno e do jejuno proximal

35
Q

Qual o tratamento para a síndrome da alça aferente?

A

Tratamento cirurgico com a amputação da alça aferente, com a anastomose da mesma no terço médio da alça eferente, modificando a derivação em um Y de Roux.

36
Q

Quais tratamentos podem ser feitos para tratar a gastrite alcalina produzida pela reconstrução Billroth II?

A

Tratamento clínico (antes de tentar o tratamento cirurgico): colestiramina, prócinéticos;

Tratamento cirúrgico (em falha do tratamento clínico): Derivação em Y de roux (deixando a alça alimentar mais longo, em torno de 60cm - normalmente tem 40cm).

37
Q

O que é síndrome de DUMPING?

A

Síndrome do esvaziamento gástrico acelerado:

  • Acontece em 15% pós-vagotomias e 50% pós-antrectomia + vagotomia, BII
  • Quadro clínico: dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia, sudorese, tontura, fraqueza, palpitação
38
Q

Como é feito o diagnóstico da síndrome de dumping?

A

Com cintilografia gástrica (para ver o tempo de esvaziamento gástrico).

39
Q

VERDADEIRO ou FALSO:

Quanto mais açucar contiver o alimento, mais sintomas da síndrome de Dumping o paciente terá.

A

VERDADEIRO:

Fato é explicado devido o açucar ser um componente muito osmolar e acelerar ainda mais o esvaziamento gástrico.

40
Q

Qual é o tratamento recomendado para Sd. de Dumping?

A
  • Dieta
  • Octreotida
  • Cirurgia
41
Q

Existem dois tipos de Síndrome de Dumping, quais são eles?

A
  • Precoce
  • Tardio
42
Q

Descreva a sd. de dumping precoce:

A

Acontece após cerca de 30 minutos após a alimentação

Ocorrem Sintomas vasomotores (hipotensão) e sintomas gastrointestinais, no pós operatório precoce, que pioram com a ingesta de doce (açucar e alimentos hiperosmolar).

Há sequestro de líquido e perda para o terceiro espaço

Ação é mediada pelo VIP - Peptídeo vasointestinal ativo

43
Q

Descreva a Sd. de dumping tardio:

A

Ocorre após cerca de 3h após a alimentação

Há sintomas vasomotores (decorrentes da hipoglicemia), sem sintomas gastrintestinais

É mediado pela hipersecreção pós alimentar: Hiperinsulinemia –> levando à hipoglicemia (porque paciente já absorveu todo o açúcar, devido o esvaziamento gástrico acelerado)

44
Q

Qual o tratamento preconizado para sd. de dumping tardio?

A
  • Dieta (fracionamento da alimentação para evitar hipoglicemia)
  • Octreotida
  • Insulina pós-prandial
45
Q

Quais são as complicações pós-bariátrica?

A

Mais comum: de parede abdominal, até 40%

Mas pode ocorrer; TEP e fístulas (mortalidade precoce 1%)

Complicações tardias: nutricionais (anemia, mais comum) e psiquiátricas (devido a carência disabsortiva dos nutrientes do antro, duodeno e jejuno proximal).

46
Q

Complicações do procedimento Fabi-Capella mais comuns:

A
  • Obstrução (HÉRNIA INTERNA) e impactação de alimentos (vômitos - tem que mastigar muito bem os alimentos)
  • Efeito dumping para açúcares (efeito esperado e desejado)
  • Anemia - Vitamina B12, ácido fólico e ferro
  • Aumento do turnover ósseo e diminuição da massa óssea (pela desabsorção de cálcio e vitamina D)