SÍNDROMES FEBRIS Flashcards

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1
Q

‘Doença cuja TRANSMISSÃO decorre da Picada das fêmeas dos mosquitos Aedes aegypti infectadas com o vírus (arbovírus RNA gênero Flavivírus, família Flaviviridae, quatro sorotipos: 1, 2, 3 e 4). Hábitos diurnos e vespertinos. Autonomia de voo = 200 m.

Obs.: O sorotipo 5 já foi identificado, mas apenas no continente asiático

A

DENGUE

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2
Q

Possível transmissor da DENGUE (não associado na BR):

A

Aedes albopictus

Obs.: Já foram registrados casos de transmissão vertical (gestante – bebê) e por transfusão sanguínea.

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3
Q

Tempo de incubação vírus da DENGUE:

A

4-10 dias (média de 5-6 dias)

Atenção! É o mesmo mosquito da Febre Amarela (FA) e da febre da Chikungunya! Risco de retorno da FA urbana!

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4
Q

Doença que cursa com febre, usualmente entre dois e sete dias, que apresentou duas ou mais das manifestações seguintes: exantema, cefaleia, dor retro-orbitária, mialgia, artralgia, náusea, vômitos,petéquias, prova do laço positivo ou leucopenia.

Obs.: Também pode ser considerado caso suspeito toda criança proveniente de (ou residente em) área com transmissão de doença, com quadro febril agudo, usualmente entre dois e sete dias, e sem foco de infecção aparente.

A

DENGUE

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5
Q

Dengue com sinais de alarme: é todo caso de dengue que no período de declínio (defervescência) da febre apresenta 1 ou + dos seguintes sinais de alarme:

A

❯ Dor abdominal intensa e contínua, ou dor à palpação do abdome;
❯ Vômitos persistentes;
❯ Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, pericárdico);
❯ Sangramento de mucosas;
❯ Letargia ou irritabilidade;
❯ Hipotensão postural ou lipotimia;
❯ Hepatomegalia > 2 cm; abaixo do RCD;
❯ Aumento progressivo do hematócrito.

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6
Q

Dengue grave: será todo caso de dengue que apresente um ou mais dos seguintes achados:

A

❯ Choque devido ao extravasamento grave de plasma evidenciado por taquicardia, limites frios e tempo de pressão capilar ≥ 3 pulsos, pulso débil ou indetectável, diferencial convergente ≤ 20 mmHg; hipotensão arterial, funcionando de soluções em fase de compensação.

❯ Sangramento grave, segundo a avaliação do médico (ex.: hematêmese, melena, metrorragia volumosa, sangramento do SNC)

❯ Comprometimento grave de órgãos, tais como: dano hepático importante (AST, ALT > 1.000),
sistema nervoso central (alteração da consciência), coração (miocardite) ou outros órgãos.

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7
Q

O choque por dengue hemorrágica ocorre mais frequentemente:

A

NO FINAL DA FEBRE

O choque da dengue é mais comum entre o quarto e o quinto dia após o início da doença, logo após a redução da febre (momento em que ocorre o extravasamento plasmático).

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8
Q

SOBRE O DIAGNÓSTICO DA DENGUE, SÃO EXAMES INESPECÍFICOS:

A

EXAMES INESPECÍFICOS:

Hemograma: obrigatório a partir do grupo B e a critério médico no grupo A;

Albumina, transaminases, RX de tórax (PA, perfil e Laurell) e USG de abdome: a partir do grupo C;

Glicose, Ur, Cr, eletrólitos, gasometria, TAP, PTT, ECO: conforme a necessidade;

Fragilidade capilar = prova do laço positiva

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9
Q

OS EXAMES ESPECÍFICOS PARA DIAGNÓSTICO DA DENGUE devem ser solicitados para todos em períodos não epidêmicos, obrigatório nos grupos C e D, casos duvidosos ou sob orientação da Vigilância em períodos epidêmicos).

SÃO ELES:

A
  1. sorologia (ELISA-IgM) – a partir do sexto dia de doença. Não adianta solicitar antes!
    1. Antígeno NS1: detecta antígenos virais específicos (permite diagnóstico precoce – desde o primeiro dia de doença).
  2. Outras opções para a fase de viremia:
    1. isolamento viral e
    2. PCR

A sensibilidade dos exames de detecção viral (RT-PCR e NS1) é inferior à sensibilidade dos exames sorológicos. Isso significa que sorologia negativa realizada após o sexto dia afasta o diagnóstico de dengue, mas RT-PCR ou pesquisa de NS1 realizados até o quinto dia não são o suficiente para descartar a hipótese dessa infecção.

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10
Q

Profilaxia (P) + Tratamento (T) da DENGUE

A

Profilaxia: destruir criadouros potenciais do mosquito (água limpa e parada), saneamento básico, controle químico e medidas individuais, etc

Tratamento: suporte.

São contraindicados o AAS e os AINE, por aumentar o risco de hemorragias

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11
Q

A VACINA DA DENGUE É DADA EM 3 DOSES, SENDO LIBERADA PARA QUAL IDADE?

A

9 A 45 ANOS

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12
Q

A VACINA DA DENGUE É DADA EM 3 DOSES, SENDO INDICADA PARA QUAL SITUAÇÃO?

A

APENAS PARA QUEM JÁ TEVE A DENGUE.

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13
Q

OS GRUPOS CLÍNICOS DA DENGUE SÃO DE A AO D.

O grupo que tem sua clínica sem sangramento, prova do laço negativa, sem comorbidades, grupo de risco ou condições clínicas especiais, sem sinais de alarme → unidades primárias/atendimento de acordo com o horário de chegada. Conduta: Hidratação oral em domicílio.

A

GRUPO A

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14
Q

OS GRUPOS CLÍNICOS DA DENGUE SÃO DE A AO D.

O grupo que tem sua clínica sem sinais de alarme, com sangramento de pele espontâneo (petéquias) ou induzido (prova do laço +). Também estão incluídos os portadores de condições clínicas especiais e/ou de risco social ou comorbidades → hemograma para avaliar hemoconcentração, aguardar resultado com hidratação oral em leito de observação.

A

GRUPO B

Caso não haja hemoconcentração, hidratação oral (semelhante ao grupo A) e reavaliação clínica e laboratorial até 48h após a queda da febre ou imediata, na presença de sinais de alarme.

Em caso de hemoconcentração ou sinais de alarme, internar e tratar como grupo C.

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15
Q

OS GRUPOS CLÍNICOS DA DENGUE SÃO DE A AO D.

O grupo que tem sua clínica COM sinais de alarme → unidade terciária com leitos de internação/iniciar a reposição volêmica imediata, em qualquer ponto de atenção, independentemente do nível de complexidade, inclusive durante eventual transferência para uma unidade de referência.

A

GRUPO C

Nos grupos C e D, fazer hidratação venosa.

Notificação: imediata para óbitos e semanal nos demais casos.

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16
Q

OS GRUPOS CLÍNICOS DA DENGUE SÃO DE A AO D.

O grupo que tem sua clínica COM sinais de choque → unidade terciária com leitos de CTI/emergência. Atendimento imediato!

A

GRUPO D

Nos grupos C e D, fazer hidratação venosa.

Notificação: imediata para óbitos e semanal nos demais casos.

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17
Q

DENGUE:

HIDRATAÇÃO ORAL (Grupos A e B)

A

60 ml/kg/dia, sendo 1/3 com solução salina e, no início, com volume maior. Para os 2/3 restantes, orientar a ingestão de líquidos caseiros (água, suco de frutas, soro caseiro, chás, água de coco, etc.), utilizando-se os meios mais adequados à idade e aos hábitos do paciente

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18
Q

DENGUE

HIDRATAÇÃO VENOSA (Grupo C)

A

❯ Iniciar 10 ml/kg/h de SF e proceder à reavaliação clínica (sinais vitais, PA, avaliar diurese: desejável 1 ml/kg/h) após uma hora, manter a hidratação de 10 ml/kg/hora, na segunda hora, até a avaliação do hematócrito que deverá ocorrer em 2 horas (após a etapa de reposição volêmica). Sendo o total máximo de cada fase de Expansão 20 ml/kg em 2 horas, para garantir administração gradativa e monitorada.

Se não houver melhora do hematócrito ou dos sinais hemodinâmicos, repetir a fase de expansão até três vezes. Seguir a orientação de reavaliação clínica (sinais vitais, PA, avaliar diurese) após uma hora, e de hematócrito em duas horas (após conclusão de cada etapa).

Se houver melhora clínica e laboratorial após a(s) fase(s) de expansão, iniciar a fase de manutenção:

– Primeira fase: 25 ml/kg em 6h. Se houver melhora iniciar segunda fase;

– Segunda fase: 25 ml/kg em 8h, sendo 1/3 com soro fisiológico e 2/3 com soro glicosado.

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19
Q

DENGUE

HIDRATAÇÃO VENOSA (Grupo D)

A

❯ Iniciar imediatamente fase de expansão rápida parenteral, com solução salina isotônica: 20 ml/kg em até 20min. Se necessário, repetir por até três vezes. Reavaliação clínica a cada 15-30 min e de hematócrito em 2h. Se houver melhora clínica e laboratorial após fases de expansão, retornar para a fase de expansão do Grupo C e seguir a conduta recomendada para o grupo.

Se a resposta for inadequada, avaliar a hemoconcentração:
❯ Hematócrito em ascensão e choque, após reposição volêmica adequada – utilizar expansores plasmáticos (albumina 0,5-1 g/kg) preparar solução de albumina a 5%: para cada 100 ml desta solução, usar 25 ml de albumina a 20% e 75 ml de SF a 0,9%; na falta desta, usar coloides sintéticos – 10 ml/kg/hora;

❯ Hematócrito em queda e choque – investigar hemorragias e coagulopatia de consumo:

– Se hemorragia, transfundir concentrado de hemácias (10 a 15 ml/kg/dia);

– Se coagulopatia, avaliar;

– Investigar coagulopatias de consumo e avaliar necessidade de uso de plasma (10 ml/kg), vitamina K e crioprecipitado (1 U para cada 5-10 kg);

– Considerar a transfusão de plaquetas nas seguintes condições: sangramento persistente não controlado, depois de corrigidos os fatores de coagulação e do choque, e com trombocitopenia e INR > 1,5 vezes o valor normal.

❯ Hematócrito em queda sem sangramentos: se instável, investigar hipervolume, ICC e tratar com diminuição da infusão de líquido, diuréticos e inotrópicos, quando necessário.

Se estável, melhora clínica. Promover reavaliação clínica e laboratorial contínua. Deve-se fazer controle radiológico e/ou ultrassonográfico nos derrames cavitários para identificar o início da melhora (reabsorção) do derrame (pleural, pericárdico e/ou peritoneal) e, assim, diminuir o volume oferecido pela hidratação venosa, evitando-se uma das causas de hiper-hidratação.

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20
Q

INDICAÇÕES PARA INTERNAÇÃO HOSPITALAR NA DENGUE

A

❯ Presença de sinais de alarme ou de choque, sangramento grave ou comprometimento grave de órgão (grupos C e D).
❯ Recusa na ingestão de alimentos e líquidos.
❯ Comprometimento respiratório: dor torácica, dificuldade respiratória, diminuição do murmúrio vesicular ou outros sinais de gravidade.
❯ Impossibilidade de seguimento ou retorno à unidade de saúde.
❯ Comorbidades descompensadas como diabetes mellitus, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, uso de dicumarínicos, crise asmática, etc.

❯ Outras situações a critério clínico.

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21
Q

CRITÉRIOS DE ALTA HOSPITALAR NA DENGUE

Os pacientes precisam preencher todos os critérios a seguir:

A

❯ Estabilização hemodinâmica durante 48h;
❯ Ausência de febre por 48h;
❯ Melhora visível do quadro clínico;
❯ Hematócrito normal e estável por 24h;
❯ Plaquetas em elevação e acima de 50.000/mm³;
❯ Derrames cavitários, quando presentes, em regressão e sem repercussão clínica (retirado do protocolo do MS em 2016).

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22
Q

A viremia da dengue tem início cerca de

A

1 dia antes do início dos sintomas, estendendo-se até o 5º dia da doença.

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23
Q

DOENÇA cuja TRANSMISSÃO se dá através do Patógeno: alphavírus, da família Togaviridade. Vetores: Aedes aegypti, Aedes albopictus. Tempo de incubação: 1-12 dias (média de 3-7 dias) No Brasil, desde 2010. Em 2014, primeiros casos autóctones. Embora não tenha alta letalidade, possui caráter epidêmico com elevada taxa de morbidade associada à artralgia persistente, com redução da produtividade e da qualidade de vida.
Imunidade adquirida com a doença provavelmente é duradoura!

A

FEBRE CHIKUNGUNYA

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24
Q

Doença com quadro agudo semelhante à dengue (febre alta, cefaleia, mialgia, exantema, artralgia), porém, geralmente, menos grave e com poliartralgia intensa de predomínio distal. Alguns pacientes desenvolvem doença crônica (> 3 meses), com artropatia.

A

FEBRE CHIKUNGUNYA

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25
Q

Sinais e sintomas atípicos da FEBRE CHIKUNGUNYA:

A

Dor retro-ocular, calafrios, conjuntivite sem secreção, faringite, náusea, vômitos, diarreia, dor abdominal e neurite.

As manifestações do TGI são mais presentes nas crianças.

Pode haver linfadenomegalias cervical, retroauricular e inguinal associadas.

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26
Q

Uma das manifestações atípicas da FEBRE CHIKUNGUNYA bem conhecida é a

A

Convulsão (maior frequência em pessoas com história prévia de epilepsia e alcoolismo).

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27
Q

Quadro subagudo da FEBRE CHIKUNGUNYA:

A

Recaída após 14 dias de doença, com poliartrite distal associada à tenossinovite hipertrófica em punhos e tornozelos. Também pode ocorrer exantema maculopapular, prurido, lesões purpúricas, vesiculares e bolhosas, doença vascular periférica, fadiga e sintomas depressivos

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28
Q

Quadro crônico (> 3 meses) da FEBRE CHIKUNGUNYA:

A

flutuante, com dor articular, musculoesquelética e neuropática, sendo esta última muito frequente nesta fase. Também pode ocorrer fadiga, cefaleia, prurido, alopecia, exantema, bursite, tenossinovite, disestesias, parestesias, dor neuropática, fenômeno de Raynaud , alterações cerebelares, distúrbios do sono, alterações da memória, deficit de atenção, alterações do humor, turvação visual e depressão

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29
Q

SÃO EXAMES INESPECÍFICOS para o Diagnóstico de FEBRE CHIKUNGUNYA:

A

trombocitopenia leve, leucopenia e testes de função hepática alterados. ↑VHS e PC

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30
Q

SÃO EXAMES ESPECÍFICOS para o Diagnóstico de FEBRE CHIKUNGUNYA:

A

Sorologia (geralmente positiva no final da primeira semana),

Isolamento viral ou PCR.

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31
Q

Profilaxia (P) + Tratamento (T) da FEBRE CHIKUNGUNYA

A

P = controle do vetor, medidas individuais.

T (doença aguda) = suporte (hidratação, paracetamol ou dipirona, reservar opioide ou para artralgia mais grave). Evitar AAS/AINE (risco de hemorragia).

T (sintomas subagudos) = analgésicos comuns, AINE, opioides, corticoides sistêmicos, compressas frias, fisioterapia.

T (artropatia crônica) = corticoides sistêmicos, hidroxicloroquina, sulfassalazina, metotrexato, fisioterapia.

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32
Q

Notificação da FEBRE CHICUNGUNYA:

A

Notificação imediata: óbitos e casos em áreas sem transmissão.

Notificação Semanal nos demais casos.

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33
Q

Doença cuja Transmissão se dá pelo Patógeno vírus da família Flaviviridae, os Vetores são Aedes aegypti, Aedes albopictus. E o Tempo de incubação: 2-7 dias

A

FEBRE ZIKA

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34
Q

Doença autolimitada (3-7 dias), cujo quadro clínico se caracteriza por febre baixa intermitente, mal-estar geral, cefaleia leve, hiperemia conjuntival não purulenta, artralgia, mialgia e rash maculopapular pruriginoso que aparece durante o período de febre (na dengue geralmente ocorre na defervescência).

A

FEBRE ZIKA

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35
Q

Sobre a FEBRE ZIKA, Devido ao risco de transmissão sexual, para casais que desejam a concepção, recomenda-se:

A

❯ Aguardar até 6 meses após sinais/sintomas quando o homem foi infectado (tempo pelo qual o vírus pode ser encontrado no sêmen);

❯ Aguardar até 8 semanas após sinais/sintomas quando a mulher foi infectada (tempo máximo de viremia).

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36
Q

São EXAMES INESPECÍFICOS para o Diagnóstico de Zika Vírus:

A

trombocitopenia e leucopenia leves. ↑LDH, GGT e marcadores de atividade inflamatória.

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37
Q

São EXAMES ESPECÍFICOS para o Diagnóstico de Zika Vírus:

A
  • PCR ou isolamento viral até 4 dias de sintomas;
  • Sorologia a partir do sexto dia.
    Sorologia: risco de reação cruzada com o vírus da dengue (ambos Flavivirus).
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38
Q

Profilaxia (P) + Tratamento (T) do ZIKA VÍRUS

Notificação imediata: óbitos e casos em gestantes. Semanal nos demais casos.

A
**P = controle do vetor, medidas individuais.
T = suporte. Também evitar AAS/AINE.**

Parece uma dengue mais branda e com menor potencial de gravidade. Exceto em gestantes (risco de microcefalia e outras malformações fetais) e nos pacientes que desenvolvem síndrome de Guillain-Barré ou outras alterações neurológicas (encefalites, meningoencefalites, parestesias, paralisia facial e mielites).

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39
Q

Notificação do ZIKA VÍRUS:

A

Notificação imediata: óbitos e casos em gestantes.

Notificação Semanal nos demais casos.

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40
Q

Doença cuja Transmissão decorre do Patógeno: alphavírus, da família Togaviridae (mesma do CHIKV). Tem três genótipos: D, L, N. Vetor: Haemagogus (mesmo da FA), mas pode infectar Aedes (risco de urbanização), Culex, Mansonia, Psorophora e Sabethes. Tempo de incubação: 7-12 dias

A

FEBRE MAYARO

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41
Q

Quadro clínico tem uma fase aguda (3-4 dias): rash, febre, mialgia, dor retro-orbitária, cefaleia, diarreia, artralgia. Complicações: miocardite, encefalite, manifestações hemorrágicas, artralgia persistente (semelhante à Chikungunya)

A

FEBRE MAYARO

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42
Q

São EXAMES INESPECÍFICOS para o Diagnóstico de FEBRE MAYARO

A

Trombocitopenia leve, leucopenia.

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43
Q

São EXAMES ESPECÍFICOS para o Diagnóstico de FEBRE MAYARO:

A
  • sorologia (a partir do 3º dia),
  • isolamento viral,
  • PCR (2º ao 6º dia).

Sorologia: risco de reação cruzada com o CHIKV

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44
Q

Profilaxia (P) + Tratamento (T) da FEBRE MAYARO

A
P = controle do vetor, medidas individuais.
T = suporte (semelhante ao CHIKV).
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45
Q

Notificação da FEBRE MAYARO

A

Notificação imediata

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46
Q

Doença cuja Transmissão se dá pela Picada do mosquito infectado (vírus RNA, arbovírus, gênero Flavivírus, família Flaviviridae). Tempo de incubação: 3-6 dias.
Os Vetores são:
Forma urbana = Aedes aegypti. Forma silvestre = Haemagogus e Sabethes;
Forma urbana (homem → mosquito → homem): erradicada na América do Sul desde 1942;
Forma silvestre: penetração humana no ciclo de transmissão de outros primatas. Esta é a forma que aparece na mídia!

A

FEBRE AMARELA

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47
Q

Doença cujo Quadro clínico pode ter 3 fases:

1ª fase (período de infecção) → febre alta e dissociação pulso-temperatura (sinal de Faget), cefaleia intensa, mialgia, náusea e vômitos, prostração e calafrios.

Remissão: no 3º ou 4º dia pode haver remissão do quadro. O caso pode evoluir para cura ou, horas depois do período de remissão, evoluir para a forma grave.

2ª fase (período toxêmico – apenas nas formas graves): caracteriza-se por reaparecimento da febre, diarreia e vômitos com aspecto de borra de café. Surgem também icterícia, dor abdominal alta e outras manifestações hemorrágicas. Podem surgir oligúria e outros sinais de insuficiência renal. Ocorre comprometimento do sensório, com obnubilação mental, torpor e, na fase final, evolução para coma.

A

FEBRE AMARELA

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48
Q

Forma clínica mais comum da FEBRE AMARELA é

A

Forma assintomática/oligossintomática (90%)

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49
Q

Na manifestação clássica da febre amarela, primeira fase da doença dura cerca de

A

2 A 4 DIAS

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50
Q

São EXAMES INESPECÍFICOS para o Diagnóstico da FEBRE AMARELA

A

Leucograma: na fase inicial → leucocitose com neutrofilia. Depois, leucopenia com linfocitose.
Bioquímica: aumento de transaminases, com predomínio de AST (pelo acometimento miocárdico e renal), bilirrubinas (predomínio da direta), TAP e PTT, ureia e creatinina.

Urina com proteinúria, hematúria e cilindrúria.

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51
Q

São EXAMES ESPECÍFICOS para o Diagnóstico da FEBRE AMARELA:

A

PCR até 5° dia de doença.
Sorologia específica a partir do 5º-6º dia de doença.

Possibilidade de reação cruzada por meio da sorologia IgM com o DENV e o ZIKV (todos são Flavivirus).

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52
Q

Profilaxia (P) + Tratamento (T) da FEBRE AMARELA

A

P = vacina antiamarílica (dose única de 0,5 ml) e controle do vetor.
Recomenda-se dose de reforço aos quatro anos de idade nos pacientes vacinados antes dessa idade.
Recomenda-se revacinação após oito anos nos pacientes que receberam dose fracionada (0,1 ml)

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53
Q

NOTIFICAÇÃO DA FEBRE AMARELA:

A

NOTIFICAR O CASO SUSPEITO!

54
Q

Quem recebe a vacina da FEBRE AMARELA?

A

Todos os residentes da área de recomendação de vacina acima de 9 meses de idade e todos os visitantes de áreas potenciais de transmissão viral (dez dias antes da viagem)

55
Q

Indicações de tratamento ambulatorial da FEBRE AMARELA:

A

❯ Formas clínicas leves ou moderadas;
❯ Paciente em regular estado geral, hidratado ou com desidratação leve, sem vômitos, sem história ou sinais de hemorragias, com nível de consciência normal;
❯ Exames laboratoriais normais ou com alterações discretas no hemograma (leucopenia, plaquetopenia acima de 150.000, hemoconcentração < 10% do valor de referência), transaminases menores que duas vezes o limite superior da normalidade e bilirrubina menor que 1,5 vezes o limite superior da normalidade, sem proteinúria, provas de coagulação normais;
❯ Possibilidade de voltar rapidamente ao serviço de saúde se houver piora do quadro;
❯ Presença de pessoas no domicílio que possam observar sinais de piora rapidamente

56
Q

Indicações de internação em enfermaria FEBRE AMARELA:

A

❯ Paciente em regular ou mau estado geral, desidratação moderada ou intensa e vômitos, sem hemorragias ativas, com nível de consciência normal;
❯ Exames laboratoriais com alterações discretas ou moderadas no hemograma (leucopenia, plaquetopenia, hemoconcentração < 20% do valor de referência), transaminases menores dez vezes o limite superior da normalidade e bilirrubina menor que cinco vezes o limite superior da normalidade, proteinúria + ou ++, provas de coagulação normais

57
Q

FEBRE AMARELA - FORMA LEVE/MODERADA:

SINAIS E SINTOMAS X ALTERAÇÕES LABORATORIAIS

A
  • Febre, cefaleia, mialgia, náusea, icterícia ausente ou leve
  • Plaquetopenia.
  • Elevação moderada de transaminases.
  • Bilirrubinas normais ou discretamente elevadas (predomínio de direta).
58
Q

FEBRE AMARELA - FORMA GRAVE:

SINAIS E SINTOMAS X ALTERAÇÕES LABORATORIAIS

A

Todos os anteriores.
Icterícia intensa.
Manifestações hemorrágicas.
Oligúria.
Diminuição de consciência.

Plaquetopenia intensa.
Aumento de creatinina.
Elevação importante de transaminases.

59
Q

FEBRE AMARELA - FORMA MALIGNA:

SINAIS E SINTOMAS X ALTERAÇÕES LABORATORIAIS

A

Todos os sintomas clássicos da forma grave intensificados.

Todos os anteriores +
CIVD - Coagulação intravascular disseminada.

60
Q

Sobre a febre amarela, considere as seguintes afirmativas:

  1. É uma infecção viral transmitida por picada de mosquito, que se caracteriza por sinais sistêmicos gerais, como febre, mal-estar, mialgia, cefaleia e manifestações gastrointestinais que duram em torno de 7 dias. Os sintomas hepáticos e renais ocorrem sempre após essa fase inicial.
  2. As manifestações hepáticas e renais da febre amarela ocorrem somente nos pacientes que evoluem para as formas graves e malignas da doença. As formas leves e moderadas não apresentam alterações hepáticas.
  3. A vacina da febre amarela é composta por vírus inativado, motivo pelo qual é contraindicada somente para pacientes com histórico de alergia à proteína de ovo.
  4. O diagnóstico laboratorial da febre amarela baseia-se em metodologias sorológicas, com a pesquisa de anticorpos IgG e IgM. Os testes para isolamento viral e de detecção de ácido nucleico também podem ser utilizados para pacientes que estejam em uma fase precoce da doença.

QUAL (IS) ESTÁ (ÃO) CORRETA (S)?.

A

2 E 4

I – Afirmativa incorreta. Na manifestação clássica da febre amarela, primeira fase da doença dura cerca de dois a quatro dias.

II – Esta afirmativa é correta segundo o gabarito, mas apresenta um erro. As formas leves a moderadas podem sim apresentar alterações hepáticas, como elevação de aminotransferases e/ou bilirrubinas, embora estas alterações não sejam graves.

III – Afirmativa incorreta. A vacina contra febre amarela é composta por vírus vivos atenuados, e é contraindicada também para imunossuprimidos e gestantes.

IV – Afirmativa correta. O diagnóstico de febre amarela pode ser realizado por meio de exame de biologia molecular (PCR) até o quinto dia de doença, ou sorológico após este período.

61
Q

Doença cuja Transmissão se dá pela Leptospira (L. interrogans patogênica) → relação de simbiose com os ratos, eliminadas por seus rins ao longo da vida → nas enchentes ou nas profissões que apresentam contato com
esgoto e lixo contaminados com urina de ratos, as leptospira penetram na pele que apresenta solução de continuidade e nas mucosas intactas. Rato é o principal, mas não o único reservatório! Tempo de incubação: 1-30 dias (média de 5-14 dias).

A

LEPTOSPIROSE

62
Q

Doença cujo Quadro clínico tem o endotélio vascular como seu principal alvo = → disfunção microcirculatória (com grande dilatação e aumento na permeabilidade capilar), perda de líquido para o terceiro espaço, diátese hemorrágica (por extravasamento de sangue) nas formas graves → diminuição do volume circulante efetivo, por desidratação e hemorragia.

A

LEPTOSPIROSE

63
Q

Forma anictérica ou fase precoce da LEPTOSPIROSE tem

A

Semelhança com a gripe comum, sendo febre remitente, calafrios, cefaleia frontal e retro-orbitária, vômitos, sufusão conjuntival** e mialgias. Dor de garganta e exantema não são muito comuns. **Dor nas panturrilhas é achado característico

64
Q

Forma íctero-hemorrágica ou fase tardia (síndrome de Weil) da LEPTOSPIROSE tem

A

começo do mesmo modo que a forma anictérica. Após quatro a nove dias, surgem icterícia e disfunção renal (nefrite intersticial aguda, disfunção predominante do túbulo contorcido proximal com ↑ na fração excretória de Na e, portanto, de K). IRA com K normal ou baixo. Geralmente não há um padrão bifásico de febre, e esta pode até piorar. O envolvimento pulmonar (por hemorragia) é comum e, às vezes, a principal manifestação. Tosse, dispneia, hemoptise e até insuficiência respiratória podem acontecer.

65
Q

QUADO CLÍNICO CLÁSSICO DA LEPTOSPIROSE =

A

icterícia rubínica (alaranjada)

66
Q

Causa mais comum de óbito na LEPTOSPIROSE =

A

hemorragia pulmonar maciça

67
Q

Síndrome de Weil =

A

icterícia +

disfunção renal aguda +

diátese hemorrágica

68
Q

Diagnóstico PADRÃO-OURO para Leptospirose:

A

Altos títulos no teste de microaglutinação (pouco disponível)

69
Q

Outros exames úteis para o Diagnóstico de Leptospirose

A
  • Isolamento de Leptospira a partir de qualquer espécime clínico (sangue, liquor, urina).
  • Sorologia específica (a partir da segunda semana de doença) OU teste rápido (disponível em alguns estados)
70
Q

Qual tipo de Bilirrubina está elevada na Leptospirose?

A

↑ bilirrubina direta

71
Q

Demais exames para diagnóstico de Leptospirose:

A

CPK,

Transaminases normais ou pouco aumentadas (não há necrose hepatocelular como na febre amarela),

↑ TAP que responde à vitamina K.

72
Q

Profilaxia (P) + Tratamento (T) de Leptospirose:

A

P = controle de ratos, controle de enchentes, melhora do saneamento básico, vacinação de animais. Uso de equipamentos de proteção individual durante exposição aos riscos ocupacionais. Educação dos profissionais e pessoas expostas ao contato com água e solos potencialmente contaminados durante atividades recreativas. Quimioprofilaxia com doxiciclina (controverso) nas exposições inadvertidas.

T = forma grave (íctero-hemorrágica): primeira escolha – penicilina G 1,5 milhão UI, IV, 6/6h. Outras opções – ampicilina 1 g, IV, 6/6h, amoxicilina 1 g, IV, 6/6h. Ceftriaxone: 1 a 2 g, IV, 24/24h; ou cefotaxima 1 g, IV, de seis em seis horas.

T = Forma branda (anictérica): primeira escolha – doxiciclina 100 mg VO 12/12h. Outras opções –
amoxicilina 500 mg VO de 8/8h.

73
Q

Terapia de Suportem para Pacientes críticos com Leptospirose:

A

suporte ventilatório,

baixa infusão de volume (risco de hemorragia pulmonar) e

hemodiálise precoce.

74
Q

Doença cuja Transmissão se dá pela Picada da fêmea do Anopheles infectada com o Plasmodium → Plasmodium vivax, P. falciparum, P. malariae. Seu quadro clínico tem Hemólise → crises febris (febre alta com calafrios, sudorese, tremor). Pode haver pródromos de náusea/vômitos, anorexia e astenia.

A

MALÁRIA

75
Q

SOBRE A MALÁRIA

  1. O tipo Mais comum no Brasil →
  2. O tipo Mais letal →
  3. Local de maior ocorrência =
A
  1. O tipo Mais comum no Brasil → P. vivax.
  2. O tipo Mais letal → P. falciparum. → invade hemácias de qualquer idade, ↑ parasitemia.
  3. Local de maior ocorrência = 99% dos casos = Amazônia.
76
Q

A febre quartã (a cada 4 dias) da MALÁRIA, é causada por qual tipo?

A

P. malariae

77
Q

A febre terçã (a cada três dias) da MALÁRIA, é causada por quais tipos?

A

P. vivax e P. falciparum

78
Q

O período de Incubação da Malária depende da espécie

P. falciparum =

P. vivax =

P. malarie =

A

para o P. falciparum = 8-12 dias

para o P. vivax = 13-17 dias

para o P. malarie = 18-30 dias

79
Q

Sobre os Período de infecção da Malária, temos:

A

Fase febril, precedida por calafrios, mal-estar, cansaço e mialgia.

Padrões cíclicos.

80
Q

Sobre o Período de remissão da Malária:

A

declínio dos sintomas + sensação de melhora (dura 48h nas febres terçãs e 72h na febre quartã).

Com o repetir das crises → anemia e hepatoesplenomegalia.

81
Q

Sobre o Período toxêmico da Malária:

A

evolução para formas graves, ↑ parasitemia = intensa resposta imune e dano microvascular extenso.

82
Q

Sinais e sintomas Indicadores de malária grave e complicada:

A

dor abdominal intensa, icterícia, mucosas muito hipocoradas, oligúria, vômitos persistentes, sangramentos, dispneia, cianose, taquicardia, convulsão, desorientação, prostração (em crianças), comorbidades descompensadas

83
Q

Laboratório Indicador de malária grave e complicada:

A

Anemia grave; hipoglicemia; acidose metabólica; insuficiência renal; hiperlactatemia; hiperparasitemia (> 250.000/mm³ para P. falciparum)

84
Q

São consideradas comorbidades que “Protegem contra Malária” →

A

Portadores de traço falcêmico e Talassemias.

85
Q

São consideradas Complicações crônicas da Malária =

A

esplenomegalia tropical,

síndrome nefrótica (nefropatia membranosa – P. malariae),

linfoma de Burkitt e

infecções pelo EBV

86
Q

A Malária grave pelo P. falciparum causa as seguintes alterações:

A

malária cerebral,

hipoglicemia,

acidose lática,

edema pulmonar não cardiogênico,

insuficiência renal e

disfunção hepática

87
Q
  1. Para o Diagnóstico de Malária, o mais sensível e mais utilizado, ainda pode permitir a identificação da espécie é
  2. Outro bom método, menos sensível, porém melhor para identificar espécie é:
  3. Outros que são úteis em áreas de difícil acesso, mas NÃO identificam malária mista:
A

1. Gota espessa

2. Esfregaço do sangue periférico

3. Imunotestes rápidos

88
Q

Profilaxia (P) + Tratamento (T) da MALÁRIA

A

P = controle do vetor, quimioprofilaxia (questionável) com cloroquina, mefloquina, doxiciclina ou atovaquona/proguanil, sobretudo para os que viajam para áreas endêmicas – começar uma semana antes.

T = Malária clássica:
❯ P. vivax ou P. ovale → cloroquina + primaquina do 1º ao 3º dia + apenas primaquina do 4º ao 7º dia (existe um esquema longo, com 14 dias de primaquina em doses menores).
❯ P. vivax ou P. ovale em gestantes, puérpera < 1 mês ou criança < 6 meses → cloroquina 3 dias.
❯ P. falciparum → 1º ao 3º dia: artemeter + lumefantrina (coartem®) ou 1º ao 3º dia: artesunato + mefloquina. Associar primaquina em dose baixa no 1° dia (eliminar gametócitos, bloqueando transmissão para vetores).

Esquema alternativo: quinina 3 dias, doxiciclina 5 dias + primaquina no 6º dia. Agora pode usar artesunato e artemeter em gestantes e crianças < 6 meses! Antigamente (até 2020), o tratamento destes era quinina + clinda!

❯ P. vivax ou P. ovale + falciparum → 1º ao 3º dia: artemeter + lumefantrina ou artesunato + mefloquina. 1º ao 7º dia: primaquina.
❯ P. malarie → cloroquina por 3 dias.
Obs.: não usar: (1) primaquina em gestantes. puérperas < 1 mês e crianças < 6 meses; (2) cloroquina em crianças < 10 kg

T = Malária grave: artesunato IV ou IM. Se não tiver: clindamicina IV (menos eficaz).

89
Q

Nas Recaídas (P. vivax e P. ovale – hipnozoítas) e Recrudescências (P. falciparum e P. malariae) = retorno das crises febris em paciente já aparentemente curado, a Droga eficaz contra hipnozoítas é ___________________.

A

Primaquina – risco de hemólise. Também tomar cuidado com deficiência de G6PD (reduzir dose)

90
Q

Droga usada para Prevenção de recaídas por P. vivax: é

A

Cloroquina em dose única semanal.

91
Q

Controle de cura da MALÁRIA é feito através da

A

Lâmina de Verificação de Cura (LVC)

92
Q

Sobre o ciclo da Malária, no homem, há o ciclo hepático (1º ciclo) e o ciclo eritrocitário (2º). Hipnozoíta (uma forma de esquizonte) só ocorre com P. vivax e P. ovale.

Fase assexuada (esquizogonia) =

Fase sexuada (esporogonia) =

A

Fase assexuada (esquizogonia) = homem; e

Fase sexuada (esporogonia) = mosquito.

93
Q

Doença cuja TRANSMISSÃO decorre da Picada de fêmeas dos flebotomíneos (Lutzomyia) contaminadas com os protozoários do gênero Leishmania (no Brasil = L. chagasi). Reservatórios: cão, raposa, marsupiais. O tempo de incubação: 10 dias – 24 meses (média de 2-6 meses).

A

LEISHMANIOSE VISCERAL OU CALAZAR

94
Q

Quadro clínico

Período inicial: febre com duração inferior a 3-4 semanas + palidez cutâneo-mucosa + hepatoesplenomegalia.

Período intermediário: a febre se torna irregular, a hepatoESPLENOMEGALIA e a palidez aumentam. Surge emagrecimento, que pode ser acentuado.

Período final: febre contínua, piora do estado geral, hipoalbuminemia, síndrome edemigênica, ascite, icterícia e hemorragias.

A

LEISHMANIOSE VISCERAL OU CALAZAR

95
Q

Atenção!

Questão clássica → febre + perda ponderal + hepatoESPLENOMEGALIA + pancitopenia + hipoalbuminemia + hipergamaglobulinemia =

A

LEISHMANIOSE VISCERAL OU CALAZAR

é uma das causas de esplenomegalia gigante

96
Q

Principais complicações da LEISHMANIOSE VISCERAL OU CALAZAR

A

Infecções Bacterianas (neutropenia!)

97
Q

SOBRE O DIAGNÓSTICO DA CALAZAR, SÃO EXAMES INESPECÍFICOS:

A

Pancitopenia, hipoalbuminemia, hipergamaglobulinemia (inversão da relação albumina/globulina), VHS e PCR ↑. Pode ocorrer aumento das enzimas hepáticas e da bilirrubina, além de proteinúria e hematúria (glomerunonefrite subclínica)

98
Q

OS EXAMES ESPECÍFICOS PARA DIAGNÓSTICO DA CALAZAR são

A

Sorologia: teste rápido, IFI, ELISA rk39.

Diagnóstico parasitológico: visualização de formas amastigotas do parasito em material biológico obtido preferencialmente da medula óssea (por ser um procedimento mais seguro).

No entanto, punção esplênica é o método mais sensível.

Cuidado! Teste de Montenegro → geralmente negativo por conta da imunodepressão, logo não deve ser utilizado para o diagnóstico.

Obs.: Na forma tegumentar da leishmaniose, o teste de Montenegro geralmente é positivo

99
Q

Profilaxia (P) + Tratamento (T) da LEISHMANIOSE VISCERAL OU CALAZAR

A

P = detecção ativa e passiva de casos suspeitos de calazar; detecção e eliminação de reservatórios infectados; controle dos vetores flebotomíneos.

T = 1ª escolha no Brasil → antimonial pentavalente (N-metil glucamina).

Anfotericina B (preferencialmente lipossomal, desoxicolato como alternativa): escolha nos refratários ou que desenvolvam toxicidade ao antimonial; gestantes; idade menor que um ano ou > 50 anos; insuficiências (cardíaca, hepática ou renal); escore de gravidade: clínico > 4 ou clinicolaboratorial > 6 (ver adiante)*; intervalo QTc > 450ms ou usando drogas que alteram intervalo QT; HIV e demais imunodeprimidos

100
Q

Notificação LEISHMANIOSE VISCERAL OU CALAZAR

A

Notificação compulsória semanal.

101
Q

Doença cuja Transmissão direta decorre docontato com as mãos do doente ou portador) e indireta (oro-fecal) pela ingestão de água e alimentos contaminados com fezes ou urina de indivíduos com a Salmonella enterica sorotipo Typhi.

Patogenia: ocorre invasão da mucosa intestinal e disseminação hematogênica dentro do macrófago, com alojamento no sistema reticuloendotelial (fígado, baço, medula óssea, linfonodo).

Tempo de incubação: 1-3 semanas (média de duas semanas)

A

FEBRE TIFOIDE

102
Q

Doença cujo Quadro clínico e características principais são os achados de Febre + dor abdominal + exantema (roséola tífica) + confusão mental + viagem/morador de área endêmica.

A

FEBRE TIFOIDE

103
Q

Na 3ª/4ª da FEBRE TIFOIDE podem surgir as complicações (10% dos casos) → necrose tecidual, com sangramento digestivo e perfuração intestinal (principalmente íleo terminal), como:

A

Anemia falciforme → osteomielite por S. typhi.
Esquistossomose → forma prolongada

104
Q

Um paciente de quatro anos de idade apresenta febre há oito dias e dor abdominal difusa, além de obstipação intestinal, mialgia e cefaleia. Nega vômitos, diarreia ou disúria. Ao exame físico, estava pálido, hidratado, anictérico, prostrado, com hepatoesplenomegalia discreta e sem dor à descompressão brusca. Os exames laboratoriais revelaram leucopenia discreta, proteína C-reativa, transaminases elevadas, urina I normal e urinocultura negativa. Na hemocultura, houve crescimento de Salmonella typhi. Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa correta.

A) A reação de Widal tem alta acurácia diagnóstica para essa doença.

B) Sulfametoxazol + trimetoprima é a opção terapêutica.

C) Não há, até o momento, uma vacina para essa doença.

D) A hemocultura tem uma sensibilidade diagnóstica mais alta que a mielocultura e acoprocultura nessa doença.

E) Os portadores sãos dessa doença devem ser tratados por uma semana.

A

B

105
Q

O tratamento antibioticoterápico de primeira escolha para febre tifoide grave complicada é:

A

CEFTRIAXONA OU AZITROMICINA

106
Q

O tratamento antibioticoterápico de primeira escolha para febre tifoide crônica pode ser feito com:

A

ciprofloxacino,

amoxicilina ou

SMX-TMP

107
Q

A FEBRE TIFOIDE TEM SUA NOTIFICAÇÃO:

A

Notificação imediata

108
Q

Qual é o reservatório mais comum de Salmonella typhi, agente etiológico da febre tifoide, numa pessoa portadora?

A

Vesícula biliar.

109
Q

O exame mais sensível no diagnóstico laboratorial da febre tifoide, baseado no isolamento e identificação do agente etiológico é a:

A

MIELOCULTURA

110
Q

Profilaxia (P) + Tratamento (T) da FEBRE TIFÓIDE

A

P = condições sanitárias, higiene pessoal, vacina para viajantes, contactantes e na exposição ocupacional.

T = empírico: ceftriaxone ou azitromicina

Sensíveis a quinolonas: ciprofloxacino ou azitromicina.

Resistentes a quinolonas (NARST): ceftriaxone, azitromicina ou ciprofloxacino em doses mais altas.

Portador crônico: ciprofloxacino, amoxicilina ou SMX-TMP.

111
Q

Doença cuja Transmissão decorre da infecção por Rickettsia rickettsii (bactéria Gram-negativa) → transmitida entre os carrapatos (Amblyomma cajennense) via transovariana → humanos infectados pela mordida do carrapato, com saliva infectada. Atenção! Duração do ancoramento do carrapato → crítica para a transmissão!
Tempo de incubação: 2-14 dias (média de 7 dias).

A

FEBRE MACULOSA DAS MONTANHAS ROCHOSAS

112
Q

A FEBRE MACULOSA DAS MONTANHAS ROCHOSAS em suas Formas graves pode ter edema, hipovolemia, hipoalbuminemia e hipotensão com choque. Em casos muito graves ocorrem necrose e gangrena de extremidades. Letalidade no Brasil = 25%. Sua Tríade clássica tem

A

febre, cefaleia e rash (presente em apenas 44% dos casos).

113
Q

Diagnóstico da FEBRE MACULOSA pode ser feito com:

A

Sorologia pareada.
Detecção de bactérias: PCR, cultura.
Ex. lab.: células mieloides imaturas, trombocitopenia, coagulopatia, ↓ albuminemia, proteínas de fase aguda ↑.
Hiponatremia e hipocalcemia correlacionam-se com a gravidade, assim como os níveis de transaminases, creatinina, LDH e creatinofosfoquinase.

114
Q

Profilaxia (P) + Tratamento (T) da FEBRE MACULOSA

A

P = repelentes e vestimentas protetoras, como botas apropriadas. É útil checar se há carrapatos aderidos após exposição, com exame cuidadoso do couro cabeludo, da virilha e das axilas. A doença acomete a população economicamente ativa (20-49 anos), principalmente homens que relataram a exposição a carrapatos, animais domésticos e/ou silvestres ou frequentaram ambiente de mata, rio ou cachoeira.

T = doxiciclina, 100 mg 12/12h, via oral, com interrupção após três dias de apirexia. Não deve ser prescrita apenas nas mulheres grávidas e nos pacientes alérgicos.

Mulheres grávidas ou pacientes graves: única alternativa = cloranfenicol.

115
Q

FEBRE MACULOSA tem sua NOTIFICAÇÃO

A

NOTIFICAÇÃO IMEDIATA

116
Q

Doença cuja Transmissão decorre pela infecção com Borrelia burdgorferi → transmitida para a pele do hospedeiro pelo vetor carrapato Ixodes scapularis, mas geralmente após 48h de ingurgitamento (no Brasil, o principal carrapato vetor é o Amblyomma). Em 3 a 32 dias, o organismo migra para fora da pele, dissemina-se na linfa (adenopatia regional) ou no sangue para diferentes órgãos, como SNC, articulações,linfa coração, fígado e baço ou outros locais cutâneos (lesões anelares secundárias). Diagnóstico baseia-se no achado de alterações clínicas compatíveis em pacientes com história de exposição a carrapatos

A

DOENÇA DE LYME

117
Q

Quadro clínico DOENÇA DE LYME

A

Estágio I: eritema migratório e sintomas associados.

Estágio II: anormalidades neurológicas (meningoencefalite flutuante, com paralisia de um nervo craniano, geralmente o facial, e radiculoneuropatia periférica) ou cardíacas (graus diferentes de bloqueios atrioventriculares).

Estágio III: artrite (após semanas e até dois anos do início da doença).

118
Q

Profilaxia (P) + Tratamento (T) da DOENÇA DE LYME

A

P = igual à da febre maculosa.

T = fase precoce (14 dias).
Doxiciclina 100 mg VO 2x/dia.
Amoxicilina 500 mg VO 4x/dia.
Cefuroxime 500 mg VO 2x/dia.
Se houver intolerância: eritromicina 250 mg 4x/dia.

Manifestações neurológicas ou cardíacas (3-4 semanas): Paralisia facial isolada e/ou cardite: regimes orais com doxiciclina ou amoxicilina. Outras anormalidades neurológicas:
❯ Ceftriaxona 2 g IV/dia;
❯ Penicilina G 20 milhões de unidades IV/dia.

Artrite: mesmas drogas usadas para manifestações neurológicas, mas durante 30 dias.

Gravidez → terapia padrão para cada estágio da doença, mas evitar o uso da doxiciclina.

119
Q

Doença cuja transmissão se dá através da Inalação de partículas de aerossol contaminadas com fezes, saliva ou urina de roedores silvestres, ou através do contato direto com estes detritos contaminados com o vírus (gênero Hantavírus, família Bunyaviridae). O Período de incubação: 3-60 dias (média = 2-3 semanas). Seu quadro clínico na forma brasileira, (forma cardiopulmonar - SCPH – Síndrome Cardiopulmonar Por Hantavírus) apresenta 2 fases: 1. fase de sintomas inespecíficos: febre, mialgia, mal-estar, sintomas gastrointestinais como náusea, vômitos e dor abdominal. 2. Fase cardiopulmonar: insuficiência respiratória aguda e choque circulatório. Letalidade = 50%. O Diagnóstico se dá por Sorologia específica ou PCR de amostras sanguíneas ou tecidos.

A Febre Hemorrágica com Síndrome Renal (FHSR): sem importância no país. No roedor, a infecção pelo vírus não é letal..

A

HANTAVIROSE

120
Q

Profilaxia (P) + Tratamento (T) da HANTAVIROSE

A

P = controle de roedores nas redondezas das casas, coleta adequada de lixo, manutenção dos ambientes limpos e cuidado ao limpar cômodos fechados por longos períodos, lembrando de jogar água no chão e não varrer antes.

T = suporte.

121
Q

NOTIFICAÇÃO DA HANTAVIROSE

A

Doença de notificação imediata!

122
Q

Doença cuja Transmissão se dá pela Picada do mosquito infectado com o vírus (gênero Flavivírus, família Flaviviridae). Vetores: Culex pipiens, Culex quiquefasciatus (principal no Brasil). Vetores potenciais: Aedes albopictus, Anopheles. Reservatório: aves. Sobre o Quadro clínico, apenas 0,5 a 1% dos infectados desenvolve uma doença mais grave. Acredita-se que 80% dos casos sejam assintomáticos. A Maioria tem: febre (pode ser bifásica), mal-estar, cefaleia, náusea, anorexia, linfadenopatia generalizada e mialgia. Erupção não pruriginosa, maculopapular ou roseolar ocorre em 50%. Raramente: doença neurológica severa (encefalite do Nilo Ocidental). Maior fator de risco = idade avançada. O Diagnóstico é feito com Isolamento do vírus em 77% dos casos no 1º dia. Sorologia específica a partir do 5° dia e pode ser feito também pelo PCR.

A

FEBRE DO NILO

123
Q

Profilaxia (P) + Tratamento (T) da FEBRE DO NILO

A

P = controle do vetor, medidas individuais.

T = suporte.

Primeiro caso no Brasil: 2014 (Piauí).

124
Q

NOTIFICAÇÃO DA FEBRE DO NILO

A

Doença de notificação imediata!

125
Q

Doença cuja Transmissão se dá Pessoa a pessoa: contato direto com fluidos corporais contaminados de pacientes clinicamente doentes (sangue, urina, fezes, vômito, sêmen, leite materno e, possivelmente, suor,
saliva e lágrimas). Contágio também por objetos contaminados (fômites). O reservatório viral ainda é desconhecido, mas evidências sugerem que algumas espécies de morcego possam servir como fonte de infecção para humanos e primatas. Incubação: média de 8-12 dias (variando de 2 até 21 dias). O Quadro clínico, classicamente, inicia-se com quadro viral inespecífico, que pode evoluir, ao final da 1a semana, para rash cutâneo maculopapular eritematoso e não pruriginoso, diarreia, náusea, vômitos, dor abdominal e hemorragia (CIVD).

A

EBOLA

126
Q

EXAMES INESPECÍFICOS para Diagnóstico do EBOLA

A

leucopenia seguida por leucocitose com desvio, associada a plaquetopenia, aumento de transaminases, alargamento do TAP e do PTTa. Proteinúria e insuficiência renal com a progressão da doença.

127
Q

EXAMES ESPECÍFICOS para Diagnóstico do EBOLA:

A

em pacientes sob suspeita: detecção viral antigênica (ELISA) ou genética (PCR) no sangue ou fluidos corporais.

128
Q

Profilaxia (P) + Tratamento (T) EBOLA

A

P = isolamento, equipamento de proteção individual.

T = o principal é suporte; com especial atenção à manutenção da estabilidade hemodinâmica e à correção de coagulopatia. FDA já aprovou tratamentos baseados em anticorpos específicos contra o vírus.

NOTIFICAÇÃO IMEDIATA DE TODO CASO SUSPEITO

129
Q

A Febre de origem obscura (FOO) é atualmente definida como:

A
  1. Febre > 38,3°C em pelo menos duas ocasiões;
  2. Duração da doença > 3 semanas;
  3. Ausência de imunocomprometimento conhecido;
  4. Diagnóstico que permanece incerto após anamnese e exame físico detalhados e os seguintes exames obrigatórios:

determinação da velocidade de hemossedimentação (VHS) e proteína C-reativa; contagem de plaquetas; contagem total e diferencial de leucócitos; medidas dos níveis de hemoglobina, eletrólitos, creatinina, proteínas totais, fosfatase alcalina, alanina-aminotransferase, aspartato-aminotransferase, lactato desidrogenase, creatina-cinase, ferritina, fatores antinucleares e fator reumatoide; eletroforese de proteínas; exame comum de urina; hemoculturas (n = 3); urocultura; radiografia de tórax; ultrassonografia abdominal; e teste cutâneo com tuberculina (TCT) ou ensaio de liberação de gamainterferona (IGRA).

130
Q
A
131
Q

A Febre Q é uma infecção zoonótica, com manifestações agudas e crônicas. Tem distribuição mundial. Mamíferos, pássaros e artrópodes podem ser reservatórios para o patógeno causador, mas, o principal são os carrapatos. As fontes de infecção humana mais comumente identificadas são animais de fazenda, como gado, cabras e ovelhas. A infecção aguda tem manifestações semelhantes a uma gripe, com febre alta, fadiga, cefaleia e mialgia. Geralmente é autolimitada, com remissão espontânea em até 2 semanas. Pode evoluir para a cronicidade, com endocardites, infecções de aneurismas ou enxertos vasculares, infecções osteoarticulares.

É causada pela bactéria:

A

Coxiella burnetii