SÍNDROMES FEBRIS Flashcards
‘Doença cuja TRANSMISSÃO decorre da Picada das fêmeas dos mosquitos Aedes aegypti infectadas com o vírus (arbovírus RNA gênero Flavivírus, família Flaviviridae, quatro sorotipos: 1, 2, 3 e 4). Hábitos diurnos e vespertinos. Autonomia de voo = 200 m.
Obs.: O sorotipo 5 já foi identificado, mas apenas no continente asiático
DENGUE
Possível transmissor da DENGUE (não associado na BR):
Aedes albopictus
Obs.: Já foram registrados casos de transmissão vertical (gestante – bebê) e por transfusão sanguínea.
Tempo de incubação vírus da DENGUE:
4-10 dias (média de 5-6 dias)
Atenção! É o mesmo mosquito da Febre Amarela (FA) e da febre da Chikungunya! Risco de retorno da FA urbana!
Doença que cursa com febre, usualmente entre dois e sete dias, que apresentou duas ou mais das manifestações seguintes: exantema, cefaleia, dor retro-orbitária, mialgia, artralgia, náusea, vômitos,petéquias, prova do laço positivo ou leucopenia.
Obs.: Também pode ser considerado caso suspeito toda criança proveniente de (ou residente em) área com transmissão de doença, com quadro febril agudo, usualmente entre dois e sete dias, e sem foco de infecção aparente.
DENGUE
Dengue com sinais de alarme: é todo caso de dengue que no período de declínio (defervescência) da febre apresenta 1 ou + dos seguintes sinais de alarme:
❯ Dor abdominal intensa e contínua, ou dor à palpação do abdome;
❯ Vômitos persistentes;
❯ Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, pericárdico);
❯ Sangramento de mucosas;
❯ Letargia ou irritabilidade;
❯ Hipotensão postural ou lipotimia;
❯ Hepatomegalia > 2 cm; abaixo do RCD;
❯ Aumento progressivo do hematócrito.
Dengue grave: será todo caso de dengue que apresente um ou mais dos seguintes achados:
❯ Choque devido ao extravasamento grave de plasma evidenciado por taquicardia, limites frios e tempo de pressão capilar ≥ 3 pulsos, pulso débil ou indetectável, diferencial convergente ≤ 20 mmHg; hipotensão arterial, funcionando de soluções em fase de compensação.
❯ Sangramento grave, segundo a avaliação do médico (ex.: hematêmese, melena, metrorragia volumosa, sangramento do SNC)
❯ Comprometimento grave de órgãos, tais como: dano hepático importante (AST, ALT > 1.000),
sistema nervoso central (alteração da consciência), coração (miocardite) ou outros órgãos.
O choque por dengue hemorrágica ocorre mais frequentemente:
NO FINAL DA FEBRE
O choque da dengue é mais comum entre o quarto e o quinto dia após o início da doença, logo após a redução da febre (momento em que ocorre o extravasamento plasmático).
SOBRE O DIAGNÓSTICO DA DENGUE, SÃO EXAMES INESPECÍFICOS:
EXAMES INESPECÍFICOS:
❯ Hemograma: obrigatório a partir do grupo B e a critério médico no grupo A;
❯ Albumina, transaminases, RX de tórax (PA, perfil e Laurell) e USG de abdome: a partir do grupo C;
❯ Glicose, Ur, Cr, eletrólitos, gasometria, TAP, PTT, ECO: conforme a necessidade;
❯ Fragilidade capilar = prova do laço positiva
OS EXAMES ESPECÍFICOS PARA DIAGNÓSTICO DA DENGUE devem ser solicitados para todos em períodos não epidêmicos, obrigatório nos grupos C e D, casos duvidosos ou sob orientação da Vigilância em períodos epidêmicos).
SÃO ELES:
-
sorologia (ELISA-IgM) – a partir do sexto dia de doença. Não adianta solicitar antes!
- Antígeno NS1: detecta antígenos virais específicos (permite diagnóstico precoce – desde o primeiro dia de doença).
- Outras opções para a fase de viremia:
- isolamento viral e
- PCR
A sensibilidade dos exames de detecção viral (RT-PCR e NS1) é inferior à sensibilidade dos exames sorológicos. Isso significa que sorologia negativa realizada após o sexto dia afasta o diagnóstico de dengue, mas RT-PCR ou pesquisa de NS1 realizados até o quinto dia não são o suficiente para descartar a hipótese dessa infecção.
Profilaxia (P) + Tratamento (T) da DENGUE
Profilaxia: destruir criadouros potenciais do mosquito (água limpa e parada), saneamento básico, controle químico e medidas individuais, etc
Tratamento: suporte.
São contraindicados o AAS e os AINE, por aumentar o risco de hemorragias
A VACINA DA DENGUE É DADA EM 3 DOSES, SENDO LIBERADA PARA QUAL IDADE?
9 A 45 ANOS
A VACINA DA DENGUE É DADA EM 3 DOSES, SENDO INDICADA PARA QUAL SITUAÇÃO?
APENAS PARA QUEM JÁ TEVE A DENGUE.
OS GRUPOS CLÍNICOS DA DENGUE SÃO DE A AO D.
O grupo que tem sua clínica sem sangramento, prova do laço negativa, sem comorbidades, grupo de risco ou condições clínicas especiais, sem sinais de alarme → unidades primárias/atendimento de acordo com o horário de chegada. Conduta: Hidratação oral em domicílio.
GRUPO A
OS GRUPOS CLÍNICOS DA DENGUE SÃO DE A AO D.
O grupo que tem sua clínica sem sinais de alarme, com sangramento de pele espontâneo (petéquias) ou induzido (prova do laço +). Também estão incluídos os portadores de condições clínicas especiais e/ou de risco social ou comorbidades → hemograma para avaliar hemoconcentração, aguardar resultado com hidratação oral em leito de observação.
GRUPO B
Caso não haja hemoconcentração, hidratação oral (semelhante ao grupo A) e reavaliação clínica e laboratorial até 48h após a queda da febre ou imediata, na presença de sinais de alarme.
Em caso de hemoconcentração ou sinais de alarme, internar e tratar como grupo C.
OS GRUPOS CLÍNICOS DA DENGUE SÃO DE A AO D.
O grupo que tem sua clínica COM sinais de alarme → unidade terciária com leitos de internação/iniciar a reposição volêmica imediata, em qualquer ponto de atenção, independentemente do nível de complexidade, inclusive durante eventual transferência para uma unidade de referência.
GRUPO C
Nos grupos C e D, fazer hidratação venosa.
Notificação: imediata para óbitos e semanal nos demais casos.
OS GRUPOS CLÍNICOS DA DENGUE SÃO DE A AO D.
O grupo que tem sua clínica COM sinais de choque → unidade terciária com leitos de CTI/emergência. Atendimento imediato!
GRUPO D
Nos grupos C e D, fazer hidratação venosa.
Notificação: imediata para óbitos e semanal nos demais casos.
DENGUE:
HIDRATAÇÃO ORAL (Grupos A e B)
❯ 60 ml/kg/dia, sendo 1/3 com solução salina e, no início, com volume maior. Para os 2/3 restantes, orientar a ingestão de líquidos caseiros (água, suco de frutas, soro caseiro, chás, água de coco, etc.), utilizando-se os meios mais adequados à idade e aos hábitos do paciente
DENGUE
HIDRATAÇÃO VENOSA (Grupo C)
❯ Iniciar 10 ml/kg/h de SF e proceder à reavaliação clínica (sinais vitais, PA, avaliar diurese: desejável 1 ml/kg/h) após uma hora, manter a hidratação de 10 ml/kg/hora, na segunda hora, até a avaliação do hematócrito que deverá ocorrer em 2 horas (após a etapa de reposição volêmica). Sendo o total máximo de cada fase de Expansão 20 ml/kg em 2 horas, para garantir administração gradativa e monitorada.
❯ Se não houver melhora do hematócrito ou dos sinais hemodinâmicos, repetir a fase de expansão até três vezes. Seguir a orientação de reavaliação clínica (sinais vitais, PA, avaliar diurese) após uma hora, e de hematócrito em duas horas (após conclusão de cada etapa).
❯ Se houver melhora clínica e laboratorial após a(s) fase(s) de expansão, iniciar a fase de manutenção:
– Primeira fase: 25 ml/kg em 6h. Se houver melhora iniciar segunda fase;
– Segunda fase: 25 ml/kg em 8h, sendo 1/3 com soro fisiológico e 2/3 com soro glicosado.
DENGUE
HIDRATAÇÃO VENOSA (Grupo D)
❯ Iniciar imediatamente fase de expansão rápida parenteral, com solução salina isotônica: 20 ml/kg em até 20min. Se necessário, repetir por até três vezes. Reavaliação clínica a cada 15-30 min e de hematócrito em 2h. Se houver melhora clínica e laboratorial após fases de expansão, retornar para a fase de expansão do Grupo C e seguir a conduta recomendada para o grupo.
Se a resposta for inadequada, avaliar a hemoconcentração:
❯ Hematócrito em ascensão e choque, após reposição volêmica adequada – utilizar expansores plasmáticos (albumina 0,5-1 g/kg) preparar solução de albumina a 5%: para cada 100 ml desta solução, usar 25 ml de albumina a 20% e 75 ml de SF a 0,9%; na falta desta, usar coloides sintéticos – 10 ml/kg/hora;
❯ Hematócrito em queda e choque – investigar hemorragias e coagulopatia de consumo:
– Se hemorragia, transfundir concentrado de hemácias (10 a 15 ml/kg/dia);
– Se coagulopatia, avaliar;
– Investigar coagulopatias de consumo e avaliar necessidade de uso de plasma (10 ml/kg), vitamina K e crioprecipitado (1 U para cada 5-10 kg);
– Considerar a transfusão de plaquetas nas seguintes condições: sangramento persistente não controlado, depois de corrigidos os fatores de coagulação e do choque, e com trombocitopenia e INR > 1,5 vezes o valor normal.
❯ Hematócrito em queda sem sangramentos: se instável, investigar hipervolume, ICC e tratar com diminuição da infusão de líquido, diuréticos e inotrópicos, quando necessário.
Se estável, melhora clínica. Promover reavaliação clínica e laboratorial contínua. Deve-se fazer controle radiológico e/ou ultrassonográfico nos derrames cavitários para identificar o início da melhora (reabsorção) do derrame (pleural, pericárdico e/ou peritoneal) e, assim, diminuir o volume oferecido pela hidratação venosa, evitando-se uma das causas de hiper-hidratação.
INDICAÇÕES PARA INTERNAÇÃO HOSPITALAR NA DENGUE
❯ Presença de sinais de alarme ou de choque, sangramento grave ou comprometimento grave de órgão (grupos C e D).
❯ Recusa na ingestão de alimentos e líquidos.
❯ Comprometimento respiratório: dor torácica, dificuldade respiratória, diminuição do murmúrio vesicular ou outros sinais de gravidade.
❯ Impossibilidade de seguimento ou retorno à unidade de saúde.
❯ Comorbidades descompensadas como diabetes mellitus, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, uso de dicumarínicos, crise asmática, etc.
❯ Outras situações a critério clínico.
CRITÉRIOS DE ALTA HOSPITALAR NA DENGUE
Os pacientes precisam preencher todos os critérios a seguir:
❯ Estabilização hemodinâmica durante 48h;
❯ Ausência de febre por 48h;
❯ Melhora visível do quadro clínico;
❯ Hematócrito normal e estável por 24h;
❯ Plaquetas em elevação e acima de 50.000/mm³;
❯ Derrames cavitários, quando presentes, em regressão e sem repercussão clínica (retirado do protocolo do MS em 2016).
A viremia da dengue tem início cerca de
1 dia antes do início dos sintomas, estendendo-se até o 5º dia da doença.
DOENÇA cuja TRANSMISSÃO se dá através do Patógeno: alphavírus, da família Togaviridade. Vetores: Aedes aegypti, Aedes albopictus. Tempo de incubação: 1-12 dias (média de 3-7 dias) No Brasil, desde 2010. Em 2014, primeiros casos autóctones. Embora não tenha alta letalidade, possui caráter epidêmico com elevada taxa de morbidade associada à artralgia persistente, com redução da produtividade e da qualidade de vida.
Imunidade adquirida com a doença provavelmente é duradoura!
FEBRE CHIKUNGUNYA
Doença com quadro agudo semelhante à dengue (febre alta, cefaleia, mialgia, exantema, artralgia), porém, geralmente, menos grave e com poliartralgia intensa de predomínio distal. Alguns pacientes desenvolvem doença crônica (> 3 meses), com artropatia.
FEBRE CHIKUNGUNYA
Sinais e sintomas atípicos da FEBRE CHIKUNGUNYA:
Dor retro-ocular, calafrios, conjuntivite sem secreção, faringite, náusea, vômitos, diarreia, dor abdominal e neurite.
As manifestações do TGI são mais presentes nas crianças.
Pode haver linfadenomegalias cervical, retroauricular e inguinal associadas.
Uma das manifestações atípicas da FEBRE CHIKUNGUNYA bem conhecida é a
Convulsão (maior frequência em pessoas com história prévia de epilepsia e alcoolismo).
Quadro subagudo da FEBRE CHIKUNGUNYA:
Recaída após 14 dias de doença, com poliartrite distal associada à tenossinovite hipertrófica em punhos e tornozelos. Também pode ocorrer exantema maculopapular, prurido, lesões purpúricas, vesiculares e bolhosas, doença vascular periférica, fadiga e sintomas depressivos
Quadro crônico (> 3 meses) da FEBRE CHIKUNGUNYA:
flutuante, com dor articular, musculoesquelética e neuropática, sendo esta última muito frequente nesta fase. Também pode ocorrer fadiga, cefaleia, prurido, alopecia, exantema, bursite, tenossinovite, disestesias, parestesias, dor neuropática, fenômeno de Raynaud , alterações cerebelares, distúrbios do sono, alterações da memória, deficit de atenção, alterações do humor, turvação visual e depressão
SÃO EXAMES INESPECÍFICOS para o Diagnóstico de FEBRE CHIKUNGUNYA:
trombocitopenia leve, leucopenia e testes de função hepática alterados. ↑VHS e PC
SÃO EXAMES ESPECÍFICOS para o Diagnóstico de FEBRE CHIKUNGUNYA:
Sorologia (geralmente positiva no final da primeira semana),
Isolamento viral ou PCR.
Profilaxia (P) + Tratamento (T) da FEBRE CHIKUNGUNYA
P = controle do vetor, medidas individuais.
T (doença aguda) = suporte (hidratação, paracetamol ou dipirona, reservar opioide ou para artralgia mais grave). Evitar AAS/AINE (risco de hemorragia).
T (sintomas subagudos) = analgésicos comuns, AINE, opioides, corticoides sistêmicos, compressas frias, fisioterapia.
T (artropatia crônica) = corticoides sistêmicos, hidroxicloroquina, sulfassalazina, metotrexato, fisioterapia.
Notificação da FEBRE CHICUNGUNYA:
Notificação imediata: óbitos e casos em áreas sem transmissão.
Notificação Semanal nos demais casos.
Doença cuja Transmissão se dá pelo Patógeno vírus da família Flaviviridae, os Vetores são Aedes aegypti, Aedes albopictus. E o Tempo de incubação: 2-7 dias
FEBRE ZIKA
Doença autolimitada (3-7 dias), cujo quadro clínico se caracteriza por febre baixa intermitente, mal-estar geral, cefaleia leve, hiperemia conjuntival não purulenta, artralgia, mialgia e rash maculopapular pruriginoso que aparece durante o período de febre (na dengue geralmente ocorre na defervescência).
FEBRE ZIKA
Sobre a FEBRE ZIKA, Devido ao risco de transmissão sexual, para casais que desejam a concepção, recomenda-se:
❯ Aguardar até 6 meses após sinais/sintomas quando o homem foi infectado (tempo pelo qual o vírus pode ser encontrado no sêmen);
❯ Aguardar até 8 semanas após sinais/sintomas quando a mulher foi infectada (tempo máximo de viremia).
São EXAMES INESPECÍFICOS para o Diagnóstico de Zika Vírus:
trombocitopenia e leucopenia leves. ↑LDH, GGT e marcadores de atividade inflamatória.
São EXAMES ESPECÍFICOS para o Diagnóstico de Zika Vírus:
- PCR ou isolamento viral até 4 dias de sintomas;
- Sorologia a partir do sexto dia.
Sorologia: risco de reação cruzada com o vírus da dengue (ambos Flavivirus).
Profilaxia (P) + Tratamento (T) do ZIKA VÍRUS
Notificação imediata: óbitos e casos em gestantes. Semanal nos demais casos.
**P = controle do vetor, medidas individuais. T = suporte. Também evitar AAS/AINE.**
Parece uma dengue mais branda e com menor potencial de gravidade. Exceto em gestantes (risco de microcefalia e outras malformações fetais) e nos pacientes que desenvolvem síndrome de Guillain-Barré ou outras alterações neurológicas (encefalites, meningoencefalites, parestesias, paralisia facial e mielites).
Notificação do ZIKA VÍRUS:
Notificação imediata: óbitos e casos em gestantes.
Notificação Semanal nos demais casos.
Doença cuja Transmissão decorre do Patógeno: alphavírus, da família Togaviridae (mesma do CHIKV). Tem três genótipos: D, L, N. Vetor: Haemagogus (mesmo da FA), mas pode infectar Aedes (risco de urbanização), Culex, Mansonia, Psorophora e Sabethes. Tempo de incubação: 7-12 dias
FEBRE MAYARO
Quadro clínico tem uma fase aguda (3-4 dias): rash, febre, mialgia, dor retro-orbitária, cefaleia, diarreia, artralgia. Complicações: miocardite, encefalite, manifestações hemorrágicas, artralgia persistente (semelhante à Chikungunya)
FEBRE MAYARO
São EXAMES INESPECÍFICOS para o Diagnóstico de FEBRE MAYARO
Trombocitopenia leve, leucopenia.
São EXAMES ESPECÍFICOS para o Diagnóstico de FEBRE MAYARO:
- sorologia (a partir do 3º dia),
- isolamento viral,
- PCR (2º ao 6º dia).
Sorologia: risco de reação cruzada com o CHIKV
Profilaxia (P) + Tratamento (T) da FEBRE MAYARO
P = controle do vetor, medidas individuais. T = suporte (semelhante ao CHIKV).
Notificação da FEBRE MAYARO
Notificação imediata
Doença cuja Transmissão se dá pela Picada do mosquito infectado (vírus RNA, arbovírus, gênero Flavivírus, família Flaviviridae). Tempo de incubação: 3-6 dias.
Os Vetores são:
Forma urbana = Aedes aegypti. Forma silvestre = Haemagogus e Sabethes;
Forma urbana (homem → mosquito → homem): erradicada na América do Sul desde 1942;
Forma silvestre: penetração humana no ciclo de transmissão de outros primatas. Esta é a forma que aparece na mídia!
FEBRE AMARELA
Doença cujo Quadro clínico pode ter 3 fases:
1ª fase (período de infecção) → febre alta e dissociação pulso-temperatura (sinal de Faget), cefaleia intensa, mialgia, náusea e vômitos, prostração e calafrios.
Remissão: no 3º ou 4º dia pode haver remissão do quadro. O caso pode evoluir para cura ou, horas depois do período de remissão, evoluir para a forma grave.
2ª fase (período toxêmico – apenas nas formas graves): caracteriza-se por reaparecimento da febre, diarreia e vômitos com aspecto de borra de café. Surgem também icterícia, dor abdominal alta e outras manifestações hemorrágicas. Podem surgir oligúria e outros sinais de insuficiência renal. Ocorre comprometimento do sensório, com obnubilação mental, torpor e, na fase final, evolução para coma.
FEBRE AMARELA
Forma clínica mais comum da FEBRE AMARELA é
Forma assintomática/oligossintomática (90%)
Na manifestação clássica da febre amarela, primeira fase da doença dura cerca de
2 A 4 DIAS
São EXAMES INESPECÍFICOS para o Diagnóstico da FEBRE AMARELA
Leucograma: na fase inicial → leucocitose com neutrofilia. Depois, leucopenia com linfocitose.
Bioquímica: aumento de transaminases, com predomínio de AST (pelo acometimento miocárdico e renal), bilirrubinas (predomínio da direta), TAP e PTT, ureia e creatinina.
Urina com proteinúria, hematúria e cilindrúria.
São EXAMES ESPECÍFICOS para o Diagnóstico da FEBRE AMARELA:
PCR até 5° dia de doença.
Sorologia específica a partir do 5º-6º dia de doença.
Possibilidade de reação cruzada por meio da sorologia IgM com o DENV e o ZIKV (todos são Flavivirus).
Profilaxia (P) + Tratamento (T) da FEBRE AMARELA
P = vacina antiamarílica (dose única de 0,5 ml) e controle do vetor.
Recomenda-se dose de reforço aos quatro anos de idade nos pacientes vacinados antes dessa idade.
Recomenda-se revacinação após oito anos nos pacientes que receberam dose fracionada (0,1 ml)