CM 1 - SÍNDROME ICTÉRICA Flashcards
Para começarmos, você se lembra de onde vem a bilirrubina???
Cerca de 85% da bilirrubina produzida no corpo têm origem na degradação de hemácias senis. O restante é originário de outras proteínas que contenham o pigmento “heme”, como o famoso citocromo P450 e a mioglobina. O produto final desta destruição de hemácias idosas é a liberação de Hemoglobina (Hb)
HEME » PROTOPORFIRINA » BILIVERDINA » BILIRRUBINA
A bilirrubina indireta ainda passa por um longo caminho. Ela segue em direção ao fígado, onde sofre três processos: (1).
Em seguida, já dentro do
hepatócito, ela sofre a transformação em um composto solúvel através da enzima (2)
- captação, conjugação e excreção
2. glicuroniltransferase
Mas por que a bilirrubina precisa ser transformada de indireta em direta? Entendam: no sangue, a bilirrubina indireta (que é insolúvel) ganha solubilidade, pois está no barco (a (FIGURA 1). albumina). Mas na bile não será excretada albumina para manter a bilirrubina solúvel. Essa proteína é muito preciosa. Então o fígado se encarrega de transformar a BI em um composto solúvel chamado
Bilirrubina Direta (BD
Bilirrubina insolúvel = indireta =
Bilirrubina solúvel = direta =
não conjugada
conjugada
Superprodução de bilirrubina indireta:
hemólise
Diminuição da captação:
medicamentos (ex.: rifampicina), jejum prolongado, infecções;
Diminuição na conjugação:
síndromes genéticas (ver no final da apostila) e imaturidade do sistema de
conjugação (recém-natos).
Na prática clínica do adulto (e para as provas…), ao encontrarmos um paciente com aumento
predominante de BI, vamos pensar sempre assim: o distúrbio ou foi causado po
hemólise ou por distúrbios primários (síndromes genéticas).
Uma pausa para as anemias hemolíticas! Conforme vai ocorrendo a hemólise (congênita ou adquirida), a
medula óssea vai tentando compensar produzindo mais células jovens (reticulócitos). Mas isso tem um
limite! Quando a capacidade da medula se esgota, predomina a __________ e surge então o sinal clássico que é a _________
hemólise
anemia
Medula óssea hiperproliferativa (para compensar a hemólise):
reticulócitos elevados, aumento do
VCM;
Dano à hemácia:
aumento do LDH, hiperbilirrubinemia indireta;
Hemólise intravascular:
redução da haptoglobina, hemoglobinúria, hemossiderinúria, hemoglobinemia
SÍNDROME HEPATOCELULAR =
SÍNDROME COLESTÁTICA =
- HEPATITE: É o conjunto de sinais e sintomas –
e, principalmente, achados laboratoriais – que surgem quando os hepatócitos estão sendo lesados em
grande escala. Veja, não necessariamente hepatite viral, mas qualquer forma de agressão ao parênquima
hepático. - OBSTRUÇÃO BILIAR: É o conjunto de sinais e sintomas – e, principalmente, achados laboratoriais – que surgem quando a árvore biliar é obstruída, seja dentro do fígado (nas pequenas vias biliares) ou não (ductos hepáticos/colédoco).
Considere agora que a bilirrubina já passou pelas fases de captação e conjugação e se encontra em sua forma solúvel (bilirrubina direta). O que poderia levar ao acúmulo desta forma (BD)? Simples… Ou os hepatócitos estão lesados e não conseguem excretar bilirrubina para os canalículos biliares ou há alguma obstrução que não permite que a bile chegue ao intestino. Percebeu? Aqui vamos nos confrontar, na verdade, com um grande “divisor de águas”. Será:
síndrome colestática ou
síndrome de lesão hepatocelular
Como a BD continua sendo formada, mas não consegue passar para o canalículo biliar, acaba
acumulando no interior do hepatócito e “refluindo” para a circulação. Conclusão:
hepatite aumenta BD no sangue.
Causas de Hiperbilirrubinemia
Hiperbilirrubinemia indireta:
- Hemólise (superprodução):
■ Imune.
■ Não imune: hereditária (esferocitose, eliptocitose, falciforme, talassemia…); adquirida (anemia microangiopática, hemoglobinúria paroxística noturna, deficiência de B12-intramedular, ribavirina…) - Captação prejudicada
■ ICC, shunt portossistêmico, drogas (rifampicina, probenecida). - Conjugação prejudicada
■ Condições hereditárias: síndrome de Gilbert e Crigler-Najjar.
■ Neonatal (fisiológica; do leite materno).
■ Outras: hipertireoidismo, doença hepática avançada, drogas (gentamicina, cetoconazol, inibidor de protease, etinilestradiol).
Causas de Hiperbilirrubinemia
Hiperbilirrubinemia Direta:
- Isolada
■ Condições hereditárias: síndrome de Dubin-Johnson e síndrome de Rotor - Padrão hepatocelular
■ Hepatite viral (A, B, C, D, E, EBV, CMV, herpes-simplex).
■ Álcool
■ Drogas (paracetamol, isoniazida etc.) e toxinas (cloreto de vinila, cogumelos Amanita).
■ Hepatite autoimune.
■ Doença de Wilson.
■ Febre amarela. - Padrão colestático – intra-hepático
■ Hepatite viral (principalmente A), alcoólica e algumas drogas (esteroide, clorpromazina).
■ Colangite biliar primária.
■ Síndrome do desaparecimento de ductos biliares – vanishing bile duct syndrome.
■ Hereditária (colestase recorrente benigna; colestase intrahepática familiar progressiva).
■ Outros: gravidez, NPT, sepse de origem não biliar; colestase pós-operatória; síndrome paraneoplásica; doença veno-oclusiva; doença enxerto versus hospedeiro; infiltrativa (TB, linfoma, amiloidose); leptospirose. - Padrão colestático – extra-hepático:
4.1.BENIGNA:
■ Coledocolitíase;
■ Síndrome de Mirizzi;
■ Estenose biliar pós-operatória;
■ Colangite esclerosante primária;
■ Pancreatite crônica;
■ Colangiopatia associada à aids;
■ Ascaridíase e outros parasitas. - Padrão colestático – extra-hepático:
5.1. MALIGNA:
■ Colangiocarcinoma;
■ Câncer de cabeça de pâncreas;
■ Câncer de vesícula biliar;
■ Câncer periampular;
■ Acometimento de linfonodos hepáticos
Outras lesões devem ser levadas em consideração, como a própria hepatite viral, abscesso hepático,
pneumonia de lobo inferior e, especialmente para as provas, duas condições infecciosas: leptospirose e
febre amarela. Algumas dicas:
1. Leptospirose =
2. Febre amarela =
- padrão colestático ou sem aumento expressivo de transaminases, história epidemiológica, insuficiência renal aguda com hipocalemia, icterícia rubínica, leucocitose, hemorragia pulmonar;
- padrão hepatocelular, sinal de Faget, leucopeni
Icterícia em que a pele assume uma cor amarelo pálido. Estaria relacionada à hiperbilirrubinemia
indireta, geralmente de estados hemolíticos;
Icterícia flavínica:
Icterícia em que a cor predominante seria um amarelo esverdeado. Associada à intensa
hiperbilirrubinemia direta, ou seja, estados colestáticos francos;
Icterícia verdínica:
Icterícia em que é causada pela hiperbilirrubinemia direta junto a certo grau de vasodilatação cutânea,
promovendo um tom alaranjado da pele. Foi descrita inicialmente nas síndromes hepatocelulares devido à
vasodilatação promovida pelo hiperestrogenismo. Atualmente, o termo ainda é utilizado na descrição de
alguns casos de leptospirose.
Icterícia rubínica
O problema é que os sinais e sintomas clínicos de ambas as síndromes podem até ser importantes, mas mesmo assim ajudam pouco na sua diferenciação. Tanto na lesão hepatocelular quanto na colestase existe icterícia, colúria e acolia fecal, fadiga, anorexia, náuseas, vômitos e dor no hipocôndrio direito. O único sinal clínico que pode efetivamente ajudar nesta diferenciação (guardem isto) é o __________, que, embora possa surgir na lesão hepatocelular, ocorre de forma muito mais característica na síndrome colestática e resulta do acúmulo de ácidos e sais biliares na pele.
prurido
Coloração acastanhada-escura da urina (cor de Coca-Cola). Acontece pela presença de BD na
urina. Veja: somente as condições que aumentam a BD podem originar
Colúria
Coloração esbranquiçada das fezes. Sabemos que, normalmente, parte da bilirrubina é
lançada nos intestinos junto com a bile. Lá chegando, as bactérias intestinais metabolizam a BD originando os urobilinogênios e, consecutivamente, a estercobilina, substância que dá a coloração acastanhada das fezes. No entanto, qualquer condição que reduza a presença de BD na bile, como é o caso da colestase, pode originar fezes pálidas, esbranquiçadas.
Acolia Fecal
Como a clínica por si só não é capaz de diferenciar as duas principais causas de icterícia (hepatocelular x
colestática), sobrou para os exames laboratoriais a responsabilidade desta distinção. Mas então como vamos diferenciar estas síndromes laboratorialmente?
através da observação do fenômeno “gangorra” que envolve quatro enzimas hepáticas:
AST
ALT
GGT
FA
REGRA PRÁTICA 1: se o aumento das transaminases for maior que dez vezes o valor de referência
(alguns falam > 300 U/L), a síndrome é com certeza_________
hepatocelular
REGRA PRÁTICA 2: se o aumento da fosfatase alcalina exceder 4x o valor de referência, a síndrome é com certeza_______
colestática
REGRA PRÁTICA 3: níveis de transaminases superiores a 1.000 U/L, com ALT > AST são bastante sugestivos de _______________!!! Outras causas são: _____________________________________________.
hepatite viral aguda
intoxicação por paracetamol,
isquemia hepática grave
REGRA PRÁTICA 4: nas hepatites em geral, os níveis de ALT costumam ser superiores aos de AST – a inversão deste padrão clássico, em especial quando AST > 2x ALT, sugere bastante a _____________como responsável pelo quadro. Nestes casos, a gamaGT costuma estar bem elevada (por um mecanismo diferente da colestase).
hepatite alcoólica
Qual é o padrão bioquímico de uma icterícia obstrutiva, de origem pós-hepática?
a) Bilirrubina total: 8,0 mg/dl, bilirrubina direta: 6,8
mg/dl, TGO: 56 U/L TGP: 80 U/L, gama GT: 286 U/L, fosfatase alcalina: 706 U/L.
b) Bilirrubina total: 7,0 mg/dl, bilirrubina direta: 4,4
mg/dl, TGO: 280 U/L, TGP: 500 U/L, gama GT: 300 U/L, fosfatase alcalina: 200 U/L.
c) Bilirrubina total: 2,4 mg/dl, bilirrubina direta: 0,4
mg/dl, TGO: 26 U/L, TGP: 30 U/L, gama GT: 86 U/L,fosfatase alcalina: 104 U/L.
d) Bilirrubina total: 4,6 mg/dl, bilirrubina direta: 2,0
mg/dl, TGO: 1804 U/L, TGP: 2020 U/L, gama GT: 140U/L, fosfatase alcalina: 146 U/L.
e) Bilirrubina total: 4,2 mg/dl, bilirrubina direta: 1,3
mg/dl, TGO: 42 U/L, TGP: 26 U/L, gama GT: 52 U/L,fosfatase alcalina: 96 U/L.
A
Se o paciente tem icterícia obstrutiva, nada
mais justo que imaginarmos a bilirrubina total elevada àcusta da fração direta (letras C, D e E erradas). Como existe uma transmissão da pressão dos grandes ductos biliares obstruídos à parede dos hepatócitos, pode haver elevação discreta (geralmente não é uma elevação gritante) das transaminases. Além disso, enzimas canaliculares, como a fosfatase alcalina e a gama GT,
deverão estar marcadamente elevadas.
Um paciente de 62 anos, etilista contumaz, com história prévia de litíase biliar iniciou tratamento com carbamazepina para neuralgia do trigêmeo. Uma
semana depois, apresentou dor no hipocôndrio direito, procurando atendimento na manhã seguinte, sendo constatados: TGO = 1.360 U/L, TGP = 1.266 U/L; fosfatase alcalina = 206 U/L. Três dias depois, já com melhora da dor, tinha TGO = 368 U/L; fosfatase alcalina = 645 U/L. O diagnóstico mais provável é:
a) Hepatite A.
b) Hepatite alcoólica.
c) Cálculo de colédoco.
d) Hepatite medicamentosa.
C
Como não há história de risco para hepatite
A, dá uma vontade enorme de marcar a opção D, não? Deu tanta que você marcou… E errou! Nas versões anteriores do M.E.D colocávamos assim: “existem exceções a estas regras, mas é muito pouco provável que sejam cobradas”. Parece que alguém leu o trecho e resolveu cobrar. Vamos voltar então: existe uma exceção à regra prática 3. Ocorre na coledocolitíase aguda, quando o cálculo biliar entra no colédoco e o obstrui, mesmo que parcialmente. Logo que isto acontece, o paciente desenvolve dor no hipocôndrio direito, icterícia, colúria e as transaminases podem elevar-se transitoriamente para valores entre 1.000-2.000 U/L. Dias depois, estas enzimas caem rapidamente para abaixo de 300 U/L. Um dado a favor de colestase no caso clínico é o aumento pronunciado da fosfatase alcalina (206 para 645 U/L). Como o diagnóstico de coledocolitíase é provável, mas não confirmado, o próximo passo é continuar a investigação (solicitando CPRE ou colangiorressonância…).
Outras “pegadinhas” que podem ocorrer:
- Hepatite viral aguda com padrão colestático (mais frequente na hepatite A);
- Hepatite medicamentosa colestática;
- Hepatite viral em paciente com obstrução prévia da árvore biliar;
- Hepatite viral ou colestase em pacientes portadores de hemólise crônica.
Os primeiros três casos aparecem com laboratório dúbio, revelando síndrome hepatocelular (transaminases> 300 U/L) e de colestase (FA > 4x valor de referência). O quarto exemplo virá com padrão de bilirrubina confuso, revelando elevação importante da BI e da BD.
Nas hepatites virais, qualquer que seja o vírus em questão, temos uma verdadeira infiltração do parênquima hepático porcélulas inflamatórias (leucócitos) mononucleares (linfócitos e monócitos). O padrão que se estabelece é
panlobular, ou seja, todas as partes de cada um dos lóbulos hepáticos estão envolvidas
Nas hepatitesvirais, em geral, esta destruição tem início nos hepatócitos próximos aos espaços-porta: é o padrão
periportal
Existem duas características marcantes que diferenciam a lesãohepática causada por vírus da alcoólica, e gostaríamos que você as memorizassem desde já
- Na alcoólica, a inflamação (infiltração) acontece nas regiões centrolobulares
- Na alcoólica, a inflamação acontece por leucócitos
polimorfonucleares (infiltração neutrofílica) e não por mononucleares (linfócitos/monócitos), como na viral.
Na Hepatite Isquêmica, a isquemia do tecido hepático determina classicamente um padrão de lesão ____________
centrolobular
Nas Hepatites Virais o quadro clínico é muito semelhante entre os diversos tipos de vírus, o que muda é o período de incubação de cada um deles. A apresentação clássica é_________:
trifásica
Fase Prodrômica (dias)
Fase Ictérica (semanas)
Fase de Convalescença (semanas
Nas Hepatites Virais a Elevação acentuada das transaminases – em geral mais de dez vezes o valor de referência (frequentemente > 1.000 U/L), predominando a
ALT (TGP)
Nas Hepatites Virais a biópsia hepática não está indicada. Caso fosse realizada, mostraria: inåltração mononuclear (linfócitos) panlobular e dos espaços-porta, degeneração eosinofílica apoptótica de hepatócitos (corpúsculos de Councilman). Na dependência da gravidade, podem ocorrer diversos graus de necrose:
“saca-bocado” (piecemeal/hepatite de interface),
“em ponte” ou maciça.
O tratamento nas Hepatites virais é feito com
Suporte – repouso relativo, aumento da ingestão calórica.
Terapia especíåca pode ser indicada na hepatite
C e nos casos graves de hepatite B.
Nas Hepatites Virais, entre as complicações estão:
■ Hepatite fulminante. ■ Croniåcação. ■ Manifestações extra-hepáticas autoimunes. ■ Hepatite recorrente. ■ Síndrome colestática.
O tempo de incubação depende do agente etiológico. Para facilitar, vamos gravar os agentes do menor para o maior tempo de incubação: 1. Hepatite A: 2. Hepatite E: 3. Hepatite C: 4. Hepatites B e D:
- 4 semanas (5-45 dias);
- 5-6 semanas (14-60 dias);
- 7 semanas (15-160 dias);
- 8-12 semanas (30 dias-6 meses)
Sobre a FASE PRODRÔMICA das Hepatites virais:
O pródromo é ______: dias (em geral dois a sete dias), caracterizado por leves sintomas gripais (mal-estar, mialgias, artralgias, febre) e gastrointestinais. A febre é observada em 75% dos casos, principalmente nas hepatites A e E; pode ser precedida por calafrios, mas raramente é uma febre alta (39,5-40ºC). Anorexia, náusea e vômitos são muito comuns – o paciente possui aversão a _________________, ficando nauseado. Os vômitos, quando presentes, não são proeminentes (ao contrário da pancreatite aguda…). Alguns pacientes referem tosse seca e coriza, simulando ainda mais um quadro gripal corriqueiro. Cefaleia e fotofobia também podem estar presentes nesta fase. Na hepatite B (como veremos adiante), um quadro tipo ____________ pode ocorrer, com ___________________.
curto
alimentos gordurosos e ao tabaco
“doença do soro”
febre, poliartrite simétrica distal e rash eritematopapular
Sobre a FASE ICTÉRICA das Hepatites virais:
A colúria precede a icterícia, geralmente por um a cinco dias e frequentemente vem acompanhada de __________. A icterícia é notada na esclera, mucosa e pele; varia desde branda a acentuada. Em até 50% dos casos, surge prurido, geralmente leve. Cabe lembrar que um número significativo de pacientes não chega a desenvolver icterícia. Nesta fase, os sintomas gripais e a febre desaparecem, mas os sintomas
gastrointestinais podem permanecer e até se agravar. Náusea e fadiga podem piorar. O paciente apresenta
________________________. Surge dor no hipocôndrio direito e hepatomegalia dolorosa. A borda
hepática pode atingir até 15 cm do RCD em adultos!! Achados incomuns ao exame: __________________________________________ A maioria dos pacientes não consegue ir ao trabalho nesta fase, que dura em média duas a seis semanas nos adultos (em crianças, cerca de duas semanas). Depois desse tempo, os sinais e sintomas vão desaparecendo lentamente (fase de convalescença
acolia fecal
perda ponderal, fadiga e indisposição
aranhas vasculares (telangiectasias), adenopatia cervical, esplenomegalia (10-20% dos casos).
Sobre a Fase de CONVALESCENÇA das Hepatites virais:
Este período varia entre _____ semanas. Hepatomegalia e alterações laboratoriais podem permanecer neste período. A regressão clinico-laboratorial completa é esperada após __________ nos casos de hepatite A e E, e ___________ após o aparecimento da ictérica nos casos autolimitados de hepatites B e C.
2-12
um a dois meses
três a quatro meses
A hiperbilirrubinemia da fase ictérica varia em média entre 5-20 mg/dl, com predomínio da _____, embora em alguns casos o perål seja 50% BD e 50% BI. A _______________é a regra. A persistência de níveis elevados de bilirrubina ao longo da doença é um sinal de mau prognóstico.
BD
bilirrubinúria
O diagnóstico de uma hepatite viral aguda exige a _______________ para os principais vírus hepatotrópicos. A _____________ só é realizada se o diagnóstico permanecer incerto ou for necessário alguma decisão terapêutica.
As únicas situações que exigem terapia específica são: 1. a ______________, para prevenir a sua evolução para hepatite crônica; e 2. as formas graves de _____________________
sorologia viral
biópsia
hepatite C aguda
hepatite B aguda.
O que é a necrose em saca-bocado que é descrita nas hepatites virais??
Saca-bocado é um instrumento idealizado para cortar e fazer buracos de várias formas em couro ou pano
(ver foto). O aspecto conhecido como necrose em saca-bocado (piecemeal necrosis) se refere à agressão
na placa limitante (interface entre o pseudolóbulo e o tecido åbroso circunjacente), quando células
inýamatórias literalmente vão penetrando entre os hepatócitos da periferia, resultando em necrose de
alguns deles.
DIAGNÓSTICO DA HEPATITE B é feito através dos “marcadores sorológicos”.
- HBsAg =
- Anti-HBc total =.
- Anti-HBc IgM =.
- HBeAg =
- Anti-HBe =
- Anti-HBs =
- é o primeiro marcador, também chamado de antígeno Austrália. Na hepatite aguda, ele cai para
níveis indetectáveis em até seis meses. Quando > 6 meses = hepatite crônica. - marcador presente nas infecções agudas pela presença de IgM e crônicas pela
presença de IgG. Representa contato prévio com o vírus. - marcador de infecção recente, encontrado no soro até 32 semanas após a infecção.
- marcador de replicação viral. Sua positividade indica alta infecciosidade.
- surge após o desaparecimento do HBeAg, indica o fim da fase replicativa.
- único anticorpo que confere imunidade ao HBV. Está presente no soro após o desaparecimento do HBsAg, sendo indicador de cura e imunidade e, isoladamente, em pessoas
vacinadas
FORMAS DE TRANSMISSÃO da HEPATITE B. QUAL A MAIS COMUM?
sexual (MAIS COMUM)
perinatal (vertical) e
percutânea
COMPLICAÇÕES PRINCIPAIS da HEPATITE B
croniåcação (principalmente em recém-nascidos)
hepatite fulminante.
PROFILAXIA PRINCIPAIS da HEPATITE B
■ Pré-Exposição =
■ Pós-Exposição =
vacina (HB);
imunoglobulina hiperimune (IGHAHB) + vacina (HB)
O antígeno ______________ é produzido quando o vírus se replica intensamente, durante a fase sintomática da hepatite B, e durando um período um pouco inferior ao HBsAg
“e” (HBeAg)
Existe uma ordem para a interpretação dos marcadores virais da hepatite B que, de maneira alguma, deve
ser alterada. Na verdade, ela faz parte de um raciocínio lógico, desenvolvido há alguns anos pelo curso e que,
com muito sucesso, tem feito os alunos de Medicina entenderem o tema de maneira muito mais fácil. Tudo
se baseia num conhecimento bem simples. O grande passo é reconhecer apenas que são três antígenos
que dão origem a três anticorpos. O resto é consequência:
Antígeno
HBsAg
HBcAg (indetectável)
HBeAg
Anticorpo
1. Anti-HBs
- Anti-HBc
- Anti-HBe
HBsAG positivo =
HEPATITE B CONFIRMADA
SÓ NÃO SEI SE É AGUDA OU CRÔNICA
HBsAG negativo =
PODE SER OU PODE NÃO SER
o indivíduo pode ter o vírus, mas seu HBsAg se revela negativo. Na verdade, neste caso, falsamente negativo.
A essa situação, chamamos de Infecção Oculta pelo vírus B (IOB). Em virtude da elevada sensibilidade dos métodos atuais, o resultado HBsAg negativo já definiria a amostra como não reagente, interrompendo-se a investigação.
Contudo, o laudo deverá conter a ressalva que: “em caso de suspeita de infecção pelo HBV, uma nova amostra deverá ser coletada 30 dias após a data da coleta desta amostra para a realização de um novo teste”.
Por outro lado, a detecção do HBsAg orienta a realização do próximo exame, que é a pesquisa do:
anti-HBc.
Por outro lado, a detecção do HBsAg orienta a realização do próximo exame, que é a pesquisa do anti-HBc.
anti-HBc TOTAL (IGM E IGG) NEGATIVO =
PACIENTE VIRGEM DE HEPATITE B
Por outro lado, a detecção do HBsAg orienta a realização do próximo exame, que é a pesquisa do anti-HBc.
anti-HBc TOTAL (IGM E IGG) POSITIVO =
TEVE HEPATITE B, NÃO SEI SE JÁ CUROU
Por outro lado, a detecção do HBsAg orienta a realização do próximo exame, que é a pesquisa do anti-HBc.
anti-HBc IGM POSITIVO =
HEPATITE B AGUDA E PONTO.
Por outro lado, a detecção do HBsAg orienta a realização do próximo exame, que é a pesquisa do anti-HBc.
anti-HBc IGG POSITIVO =
HEPATITE B ANTIGA, SO NÃO SE SEI JÁ CUROU
Assim, se o anti-HBc for apenas IgG positivo, åca a dúvida – a hepatite B antiga ainda existe? Ou seja, é
hepatite B antiga – já curada – ou o paciente tem hepatite B crônica? Para responder a esta pergunta, basta olhar para o ____________.
anti-HBs
Assim, se o anti-HBc for apenas IgG positivo, åca a dúvida – a hepatite B antiga ainda existe? Ou seja, é
hepatite B antiga – já curada – ou o paciente tem hepatite B crônica? Para responder a esta pergunta, basta olhar para o anti-HBs.
anti-HBc IGG POSITIVO/ anti-HBs POSITIVO =
TEVE HEPATITE B E JÁ CUROU
Assim, se o anti-HBc for apenas IgG positivo, åca a dúvida – a hepatite B antiga ainda existe? Ou seja, é
hepatite B antiga – já curada – ou o paciente tem hepatite B crônica? Para responder a esta pergunta, basta olhar para o anti-HBs.
anti-HBc IGG POSITIVO/ anti-HBs NEGATIVO =
TEVE HEPATITE B E AINDA TEM (HEPATITE B CRÔNICA)
Quando o vírus se replica, acaba expulsando de sua estrutura este antígeno, que passa a circular livremente. Neste momento, ele passa a ser detectado no soro: é o HBe.Ag. Após um tempo, o sistema imune reage e dá origem à formação de um anticorpo especíåco:
anti-HBe
HBeAg POSITIVO e Anti-HBe NEGATIVO =
VÍRUS SE REPLICANDO = DOENÇA ATIVA = ALTA INFECTIVIDADE
HBeAg NEGATIVO e Anti-HBe POSITIVO =
VÍRUS CONTIDO = DOENÇA INATIVA = BAIXA INFECTIVIDADE
Um paciente vem para consulta médica solicitando orientação quanto a sua sorologia para hepatites. Nos seus exames apresenta os seguintes resultados: anti-HCV negativo, HBsAg negativo, anti-HBs positivo, anti-HBc IgG positivo, anti-HAV IgG positivo. Qual seria a interpretação CORRETA da sorologia desse paciente?
a) O paciente é portador de hepatite C e de hepatite B, e imune a hepatite A.
b) O paciente e portador de hepatite C e imune a hepatite B e hepatite A.
c) O paciente é portador de hepatite A e B, e está susceptível a hepatite C.
d) O paciente foi vacinado para hepatite B, está imune a hepatite A e susceptível a hepatite C.
e) O paciente está imune a hepatite A e B, e está susceptível a hepatite C
E
A negatividade do anti-HCV nos permite afastar a infecção pelo vírus da hepatite C; como não há
vacinas ou outras formas de prevenção deånitiva contra ele, o paciente continua suscetível (A e B
incorretas). O anti-HBs é o anticorpo que garante imunidade contra o vírus da hepatite B, que pode ser
adquirida por meio da vacinação ou infecção prévia. Como temos o anti-HBc IgG positivo com HBsAg
negativo, podemos inferir que se trata de uma cicatriz imunológica e que o paciente já teve hepatite B,
agora curada (C e D incorretas). Como o anti-HAV IgG é positivo, há imunidade para hepatite A.
Com referência à abordagem diagnóstica nos pacientes com hepatite aguda, associe a segunda coluna em relação à primeira: I - HBsAg +; Anti-HBc IgM + II - HBsAg +; Anti-HBc IgM - III - HBsAg -; Anti-HAV IgM + IV - Anti-HCV + V - HBsAg -; AntiHBc IgM + ( ) Hepatite C. ( ) Hepatite B aguda; HBsAg abaixo do limiar de identificação. ( ) Hepatite B aguda. ( ) Hepatite B crônica. ( ) Hepatite A aguda. Assinale a alternativa que corresponde à sequência CORRETA da associação. a) I, III, II, IV, V. b) II, IV, V, III, I. c) II, V, IV, III, I. d) IV, V, I, II, III. e) IV, V, II, III, I
D
Indica vacinação eficaz contra Hepatite B:
a) Anti-HBs reativo isolado.
b) Anti-HBs e anti-HBc IgG reativos.
c) HBsAg reativo isolado.
d) HBsAg e anti-HBcIgG reativos.
e) HBeAg reativo isolado.
A
Como acabamos de ver, em última análise, o diagnóstico da hepatite B aguda depende apenas do
HBsAg e do anti-HBc IgM
A positividade para este antígeno HBsAg indica a presença no organismo do HBV em atividade (“infecção ativa”), sendo compatível com as seguintes situações clínicas:
■ Hepatite B aguda;
■ Hepatite B crônica;
■ Estado de portador assintomático do vírus.
A presença de HBsAg positivo por um período superior a ______________ define o estado de portador crônico do HBV.
seis meses
Ora, se este anticorpo estiver presente (IgG anti-HBc +/anti-HBs +), é sinal que o paciente teve sim um episódio de hepatite no passado, mas se curou completamente e adquiriu imunidade, a chamada:
cicatriz imunológica
Por outro lado, se este anticorpo estiver ausente (IgG antiHBc +/anti-HBs-), nos resta duas possibilidades: o paciente tem
hepatite B crônica
O teste rápido para hepatite B permite a detecção do antígeno de superfície do HBV:
HBsAg
Sintomas extra-hepáticos são manifestados por 10 a 20% dos pacientes com hepatite B, especialmente os
portadores da forma crônica. Seu surgimento parece estar relacionado com a circulação de imunocomplexos contendo o HBsAg. As principais são:
Poliarterite Nodosa (PAN)
Glomerulonefrite: a GNDA
Acrodermatite Papular (Doença de Gianotti-Crosti
Ocorre em menos de 1% dos casos. Uma hepatite pode ser considerada assim quando evolui para encefalopatia num período de oito semanas do início do quadro clínico. Clinicamente, o início de uma evolução ruim se mostra frequentemente através da acentuação dos sintomas gastrointestinais durante a fase ictérica, e do surgimento de febre persistente. A própria icterícia também se intensiåca, e o fígado experimenta uma redução de seu volume à palpação abdominal. A partir de então surgem gradualmente os sintomas de insuåciência hepática, como flapping, distúrbios eletrolíticos, distúrbios da consciência, e outros, descritos com maiores detalhes no capítulo especíåco. As transaminases tendem a sofrer redução de seus níveis séricos, e pode haver leucocitose com neutroålia e desvio para esquerda.
HEPATITE FULMINANTE
Após um quadro de hepatite B aguda, qualquer que seja sua forma evolutiva, as chances de croniåcação são as seguintes:
ADULTOS:
CRIANÇAS:
RECÉM-NASCIDOS:
1-5%;
20-30%
90%
CONCEITO DE PROVA: a chance de transmissão vertical depende do:
HBeAg
Mãe HBeAg + » _____ de chance para transmitir o vírus para seus ålhos.
Mãe HBeAg - » _____ de chance para transmitir o vírus para seus ålhos
90%
10-15%
Nos imunodeprimidos (incluindo os transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea) e renais crônicos, a PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO deve-se utilizar:
O dobro da dose e esquema com quatro doses (0, 1, 2, 6 meses).
Depois de vacinado, todos têm que avaliar se “soroconverteram”, isto é, se apresentam títulos de
anti-HBs > 10 U/ml?
Não! Devido à alta eåcácia da vacina, o teste sorológico pós-vacinal não é rotineiramente indicado para a população geral, exceto naqueles pertencentes a grupos de risco (proåssionais de saúde, renais crônicos, transplantados, hepatopatas crônicos portadores do vírus C, portadores de doenças hemorrágicas e politransfundidos).
Esquema vacinal pré-exposição para profissionais de saúde.
- Nunca vacinado, presumidamente suscetível
- Sorologia (anti-HBsAg) negativa de 1 a 2 meses após a terceira dose
- Sorologia (anti-HBsAg) negativa de 1 a 2 meses após a terceira dose do segundo esquema.
- Sorologia (anti-HBsAg) negativa, mais de 60 dias após a terceira dose do primeiro esquema
- esquema 0/1/6 meses, dose habitual
- Repetir esquema 1
- Não vacinar mais, considerar suscetível não respondedor; testar HBsAg para excluir portador crônico
- Aplicar uma dose e repetir a sorologia um mês após, caso positiva considerar vacinado, caso negativa completar o esquema, como em 2.
Indicação de profilaxia Pós-Exposição com Imunoglobulina Hiperimune (IGHAHB) + Vacina (HB):
pessoas não vacinadas, após exposição ao vírus da hepatite B
Prevenção da infecção perinatal para HEP B
Deve ser feita preferencialmente nas primeiras 12h de vida para RN de qualquer peso ou idade gestacional,
filhos de mãe HBsAg positivas
Quanto ao uso adequado da Imunoglobulina Humana Anti-Hepatite B – IGHAHB –, deve ser administrada
em dose única de 0,06 ml/kg, IM, em extremidade diferente da que recebeu a vacina para HBV, e se a
dose da vacina ultrapassar 5 ml, deve-se dividir a aplicação em duas áreas corporais diferentes. Podemos apenas ACEITAR que:
a) A IGHAHB pode ser administrada, no máximo, até 5 dias após a exposição sexual (para exposições percutâneas, o benefício é comprovado, no máximo, até sete dias), embora se recomende preferencialmente o uso nas primeiras 48 horas a contar da exposição.
b) A IGHAHB pode ser administrada, no máximo, até 14 dias após a exposição sexual (para exposições
percutâneas, o benefício é comprovado, no máximo, até sete dias), embora se recomende preferencialmente o uso nas primeiras 48 horas a contar da exposição.
c) A IGHAHB pode ser administrada, no máximo, até 14 dias após a exposição sexual (para exposições
percutâneas, o benefício é comprovado, no máximo, até um dia), embora se recomende preferencialmente o uso nas primeiras 48 horas a contar da exposição.
d) A IGHAHB pode ser administrada, no máximo, até 14 dias após a exposição sexual (para exposições
percutâneas, o benefício é comprovado, no máximo, até sete dias), embora se recomende
preferencialmente o uso nas primeiras 6 horas a contar da exposição.
B
Você é chamado para avaliar um recém-nascido com 2 horas de vida cuja mãe é portadora de hepatite B.
Sorologias maternas: HBSAg = positivo, HBeAg = negativo, anti-HBe = positivo. A CONDUTA EM
RELAÇÃO À CRIANÇA É:
a) Administrar imunoglobulina nas primeiras 72 horas após o nascimento.
b) Administrar imunoglobulina e vacina para hepatite B nas primeiras 72 horas de vida.
c) Administrar vacina para hepatite B nas primeiras 72 horas de vida.
d) Administrar imunoglobulina e vacina para hepatite B nas primeiras 12 horas de vida
D
DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO DA HEPATITE D:
anti-HDV positivo + HBsAg positivo
Alguns casos de hepatite D são ________ positivos
anti-LKM3
Em relação às hepatites por vírus, é INCORRETO aårmar:
a) O HAV é um vírus RNA que pertence à família Picornaviridae.
b) O HBV é um vírus DNA que pertence à família dos hepadnavírus.
c) O HCV é um vírus RNA que pertence à família Flaviviridae.
d) O HDV é um vírus RNA que pertence à família dos hepadnavírus.
e) O HEV é um vírus RNA que pertence à família Caliciviridae
D
O HDV pertence à
família Deltaviridae (outro nome sugestivo)
SOBRE A HEPATITE A:
- DIAGNÓSTICO
- TRATAMENTO
- É preciso isolar os acometidos?
- PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO/PÓS-EXPOSIÇÃO (≤ 2 SEMANAS)
- o período de contágio da hepatite A é:
- Indicações da vacina:
- achado do anti-HVA IgM (persiste normalmente por três meses)
- repouso + medicamentos “sintomáticos
- Sim, por até 7 dias após o surgimento da icterícia (Nelson) ou 14 dias (Ministério da Saúde).
- ■ < 1 ano/imunodeprimidos: IG.
- ■ ≥ 1 ano: vacina.
- De 2 semanas antes e até 7 dias depois do início da icterícia.
- SBP: todas as crianças a partir de um ano, com primeira dose aos 12 meses e a segunda aos 18 meses.
- MS: utilizar a vacina inativada para crianças a partir de 15 meses, podendo ser feita até cinco anos incompletos.
O principal mecanismo de transmissão do vírus da hepatite A (HAV) é o fecal-oral. Sendo
INCORRETO que:
a) A transmissão sexual desse vírus é frequente.
b) No entanto, recentemente, diversos casos de transmissão sexual do vírus da hepatite A foram
conårmados em vários países da Europa.
c) A maioria dos casos parece ocorrer entre homens que fazem sexo com outros homens, embora essa
forma de transmissão também tenha sido observada entre mulheres.
d) A magnitude da transmissão por via sexual é provavelmente subestimada.
A
HEPATITE E é quase tudo igual à hepatite A (o vírus é parecido, a transmissão é fecal-oral, ocorre em epidemias e tem vacina disponível),exceto uma característica – quando ocorre em _________ tem risco de até 20% de evolução para ______________________.
gestantes
hepatite fulminante.
As hepatites virais caracterizam-se como um problema de saúde pública em todo o mundo. Estima-se que bilhões de indivíduos tenham sido infectados por algum tipo de vírus de hepatite em algum momento de suas vidas. Diversos estudos já comprovaram as formas de transmissão dos tipos de
hepatites infecciosas que afetam o ser humano. Sob esse prisma, de acordo com Figueiredo (2009),
é sabido que a principal forma de transmissão da hepatite viral do tipo E corresponde à via:
a) Transfusional.
b) Parenteral.
c) Oral-fecal.
d) Sexual
C
SOBRE A APRESENTAÇÃO CLÍNICA DA HEPATITE C:
■ 80% dos casos de hepatite C aguda são completamente ________________.
■ Mesmo nos poucos que desenvolvem sintomas, a ________ é rara (25%).
■ A ___________________ pelo vírus C é raríssima ou inexistente.
assintomáticos
icterícia
hepatite fulminante
SOROLOGIA PARA HEPATITE C CONFIRMATÓRIA
anti-HCV positivo + HCV-RNA (PCR).
Existe uma certa sobreposição sorológica entre as duas entidades. Por exemplo, alguns casos de hepatite C são anti-LKM1 positivo. Este autoanticorpo é típico da hepatite autoimune tipo II. Por outro lado, alguns casos de hepatite autoimune são anti-HCV positivos. A grande diferenciação entre as duas doenças é:
HCV-RNA: se for positivo, é hepatite C!
é a forma de hepatite que mais cronifica (80-90% dos casos)
HEPATITE C
O tratamento da HEPATITE C tem como finalidades:
- reduzir o risco de progressão para hepatite crônica;
2. diminuir a transmissão do vírus na população
CONCEITO IMPORTANTE 1: o risco de transmissão ___________ E __________ do vírus C é bem menor, diferentemente do alto risco para o vírus B;
sexual e vertical
CONCEITO IMPORTANTE 2: QUAL o grupo de maior prevalência de hepatite C?
usuários de droga injetáveis
De um modo geral, a hepatite viral C aguda apresenta evolução subclínica, tem apresentação
assintomática e anictérica, o que diåculta o diagnóstico. Ocorre que a menor parte dos pacientes,
eventualmente, apresenta o achado de icterícia. Sendo INCORRETO que:
a) O nível do HCV-RNA aumenta rapidamente durante as primeiras semanas.
b) O nível do HCV-RNA aumenta rapidamente atingindo seus níveis máximos entre 105 e 107 UI/ml,
imediatamente após o pico dos níveis séricos de aminotransferases
c) A infecção aguda pelo HCV pode ser grave, mas a falência hepática fulminante é rara.
d) O nível do HCV-RNA aumenta rapidamente e pode coincidir com o início dos sintomas
B
álcool é responsável por um largo espectro de “doenças” hepáticas bastante estudadas e
devidamente reconhecidas:
- esteatose; 2. hepatite; e 3. cirrose.
LESÕES PELO ÁLCOOL: esteatose (90-100%); hepatite alcoólica (10-20%); cirrose (1-6%).
DENTRE OS FATORES DE RISCO PARA HEPATITE ALCOÓLICA ESTÃO:
- quantidade e duração da ingestão alcoólica (mais importante);
- sexo feminino;
- HCV (idade mais precoce);
- fatores genéticos (polimoråsmo cit P4502E1, PNPLA3);
- obesos
CLÍNICA DA HEPATITE ALCOÓLICA
anorexia, febre baixa, hepatomegalia dolorosa, ascite, icterícia.
LABORATÓRIO NA HEPATITE ALCOÓLICA
■ Leucocitose neutrofílica (reação leucemoide).
■ Aumento de aminotransferases (AST > ALT, geralmente < 400 U).
■ Aumento de bilirrubinas e elevação discreta de FA, GGT.
DIAGNÓSTICO DA HEPATITE ALCOÓLICA:
Uso crônico e “pesado” de álcool + clínica + laboratório + biópsia (se necessário)
TRATAMENTO DA HEPATITE ALCOÓLICA:
abstinência, terapia nutricional, corticoides, pentoxiålina, encaminhamento a programas antialcoolismo.
Importante: estes pacientes não são candidatos imediatos ao transplante hepático!
PROGNÓSTICO HEPATITE ALCOÓLICA
IFD = 4,6 X [TAP paciente (em seg) – TAP do controle (em seg)] + bilirrubina total (mg/dl).
IFD > 32 – pior prognóstico. Outros fatores: escore MELD elevado, presença de ascite, varizes
hemorrágicas, encefalopatia e síndrome hepatorrenal.
Paciente do sexo masculino, de 42 anos, dá entrada em pronto-socorro apresentando icterícia há três
dias, prurido generalizado, dor e desconforto abdominal, edema de MMII e, nas últimas 24 horas,
desenvolvimento de quadro de bradilalia e agitação psicomotora. Familiares relataram antecedente de
uso de drogas endovenosas e ingesta de cerca de 200 gramas de etanol/dia há 20 anos. Exames
laboratoriais mostraram: Hb = 11,2; leucócitos totais = 16.800; plaquetas = 105.000; bilirrubina total = 9,8
(BD = 6,0); AST = 510; ALT = 80; gama GT = 1.240; anti-HCV negativo; anti-HIV negativo; anti-HAV IgG
reagente; HBsAG negativo; anti-HBc IgG reagente; anti-HBs > 1.000. Qual é a principal hipótese
diagnóstica e qual a medicação recomendada?
a) Hepatite A aguda e interferon peguilado.
b) Hepatite B crônica agudizada e lamivudina.
c) Colestase extra-hepática e ácido ursodesoxicólico.
d) Hepatite alcoólica e corticosteroide.
D
PRINCIPAIS TIPOS DE LESÃO DA HEPATITE MEDICAMENTOSA:
■ Hepatocelular (acetaminofeno, halotano, isoniazida, fenitoína…).
■ Colestática (eritromicina, amoxicilina + clavulanato, anticoncepcionais orais…).
■ Indutora de esteatose.
O tratamento da HEPATITE MEDICAMENTOSA é baseado na suspensão do medicamento e no uso de sintomáticos. Algumas drogas
apresentam tratamento individualizado:
Paracetamol __________________ N-acetilcisteína
- O tratamento deve ser iniciado nas primeiras 8h, sendo efetivo até 24-36h.
Amanita (cogumelo) ___________ Penicilina + Ácido Tióctico*
Paciente do sexo feminino, 46 anos, é internada com história de ingestão de 20 comprimidos de
paracetamol 750 mg, por tentativa de suicídio há 4 horas. A conduta mais adequada seria:
a) Hemodiálise precoce, pois a toxicidade do acetaminofen está relacionada à quantidade de droga que
se deposita no fígado.
b) Hemoperfusão com carvão ativado, por ser mais eåcaz que a hemodiálise.
c) Iniciar N-acetilcisteína por via oral ou endovenosa, aguardando o resultado do nível sérico de
paracetamol.
d) Iniciar naloxone endovenosa para combater os efeitos do metabólito ativo do acetaminofen
C
Assinale a alternativa INCORRETA, em relação à hepatotoxicidade por fármacos.
a) As estatinas podem causar alterações discretas nas aminotransferases, porém seu uso não é
contraindicado na doença hepática crônica.
b) A hepatotoxicidade do acetaminofem tem caráter idiossincrásico.
c) A amiodarona está associada ao desenvolvimento de esteatose macrovesicular.
d) A hepatotoxicidade de padrão colestático apresenta maior risco para desenvolvimento de doença
hepática crônica do que a de padrão hepatocelular.
e) O uso de anticoncepcionais orais está associado ao desenvolvimento de neoplasias hepáticas
benignas
B
O termo “idiossincrasia” se refere a reações adversas INESPERADAS e IMPREVISÍVEIS após exposição
a determinado fármaco ou substância. Sabemos que a hepatotoxicidade do acetaminofeno é
absolutamente previsível e esperada em função da dose ministrada.
Agressão autoimune do tecido hepático, compondo uma das três “grandes doenças autoimunes
hepáticas”, ao lado da colangite esclerosante e da colangite biliar primária.
HEPATITE AUTOIMUNE
CLÍNICA DA HEPATITE AUTOIMUNE
■ Síndrome hepatocelular clássica + artralgias + estigmas de autoimunidade.
■ Fulminante.
■ Hepatite crônica – oligossintomática ou flutuante.
ACHADOS LABORATORIAIS da HEPATITE AUTOIMUNE
- Síndrome de lesão hepatocelular +
- hipergamaglobulinemia policlonal (> 2,5 g/dl) com predomínio de IgG +
- níveis baixos de IgA.
Os autoanticorpos são essenciais para confirmar a doença, embora eles pareçam estar mais associados às manifestações extra-hepáticas.