CM 2 - SÍNDROME DIARREICA Flashcards

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1
Q

Em geral, pacientes com diarreia apresentam como seguintes queixas:

A
  • Aumento na frequência de eliminação das fezes
  • Eliminação de fezes não moldadas ou anormalmente líquidas
  • Aumento do volume das fezes
  • Urgência e desconforto abdominal
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2
Q

Dentre alguns parâmetros que podemos deånir, tem-se que um homem adulto ocidental normal apresenta:

  1. Frequência:
  2. Quantidade:

Como descrito no Harrison, utilizaremos para as provas (mesmo que não auxilie muito na prática médica), a
seguinte definição:

  1. Diarreia = peso nas fezes:
A
  1. Frequência: varia de uma evacuação semanal a três por dia;
  2. Quantidade: 200 g de fezes por dia
  3. > 200g/dia
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3
Q

Eliminação involuntária do conteúdo retal. Ocorre principalmente em distúrbios neuromusculares ou problemas estruturais anorretais

A

Incontinência fecal

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4
Q

É a eliminação frequente de pequeno volume de fezes geralmente acompanhada de urgência. Ocorre nas doenças anorretais.

A

Pseudodiarreia

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5
Q

Quanto ao tempo, a diarreia é classificada como

  1. aguda
  2. persistente
  3. crônica
A

diarreia aguda < 2 semanas;

persistente 2-4 semanas;

crônica > 4 semanas

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6
Q

Basicamente, as diarreias são separadas em altas (originadas do delgado) e baixas (originadas no cólon).

Características ALTA X BAIXA

  1. VOLUME
  2. FREQUÊNCIA
  3. TENESMO
  4. ACHADOS
A

1. VOLUME

ALTA: grande/ BAIXA: pequeno

2. FREQUÊNCIA

ALTA: baixa/ BAIXA: alta (> 10 evacuações/dia)

3. TENESMO

ALTA: não/ BAIXA: sim

4. ACHADOS

ALTA: restos alimentares/ BAIXA: sangue, muco e/ou pus

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7
Q

O termo Disenteria se relaciona a diarreia baixa com

A

muco, sangue e/ou pus

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8
Q

Sensação de dor no períneo e reto acompanhada de desejo imperioso de defecar. O paciente sente uma dor intensa, espasmódica, e tem a impressão de que a defecação será abundante, mas elimina apenas pequena quantidade de fezes ou de muco.

A

Tenesmo

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9
Q

Em relação à diarreia, assinale a alternativa INCORRETA:

a) Causa infecciosa é a principal etiologia de diarreia aguda em pronto-socorro.
b) Nos casos de diarreia alta, as fezes são caracteristicamente volumosas, com restos alimentares, odor pútrido e costumam se acompanhar de cólicas periumbilicais.
c) Nos casos de diarreia baixa, as fezes são caracteristicamente de grande volume, com baixa frequência, acompanhada de puxo, urgência, tenesmo, muco, pus e sangue.
d) Na diarreia inflamatória, as fezes apresentam uma grande quantidade de leucócitos e de sangue, sendo bactérias enteroinvasivas as causas mais frequentes.

A

C

As diarreias altas prejudicam muito a digestão de alimentos. Por isto, as diarreias jejunoileais promovem saída de fezes com restos da dieta. Em contrapartida, as diarreias baixas prejudicam mais a absorção de água. Ao chegar ao cólon, as fezes já estão prontas e, assim, só é necessário remover líquidos. Diarreias baixas apresentam fezes aquosas.

Resposta: C

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10
Q

CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O MECANISMO ETIOPATOGÊNICO DA DIARREIA

A

○ Osmótica
○ Secretória
○ Inflamatória
○ Por alteração da motilidade intestinal
○ Gordurosa

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11
Q
Ocorre por acúmulo de solutos osmoticamente ativos não absorvíveis no lúmen intestinal. Isto gera retenção
de líquidos intraluminais e consequente diarreia, pela incapacidade de absorção de todo este volume. O uso
de laxativos (como a lactulose) é o protótipo desta diarreia.

Principais características:
■ Cessa com o jejum (melhora à noite);
■ Cessa com a suspensão da substância osmótica;
■ Gap osmolar fecal alto (> 125 mOsm/L)

A

DIARREIA OSMÓTICA OU AQUOSA

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12
Q

Há distúrbio no transporte hidroeletrolítico pela mucosa intestinal. Em geral, uma toxina ou droga promove
aumento da secreção de íons e água para o lúmen (mais comum) ou inibição da absorção.

Principais características:
■ Não melhora com o jejum (perdura durante a noite);
■ Grande volume (em geral > 1 L/dia);
■ Gap osmolar baixo (< 50 mOsm/L).

A

DIARREIA SECRETÓRIA

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13
Q
  1. O que é o gap osmolar fecal?
  2. Como é calculado?
  3. Por que 290 mOsm?
  4. Como irá variar nas diferentes diarreias?
A
  1. É na verdade uma forma de estimar a contribuição de eletrólitos e não eletrólitos para a retenção de água
    no lúmen intestinal
  2. Pela fórmula: 290 - 2 x (Na+ + K+)/ Observação: Na+ e K+ tratam-se das concentrações fecais de sódio e potássio, respectivamente.
  3. Pois se considera que no intestino distal as fezes possuem a mesma osmolaridade do plasma, que,
    conforme você verá na apostila Distúrbio Hidroeletrolítico e Acidobásico, varia de 285-300 mOsm/L.
  4. Na diarreia osmótica os solutos da dieta são os responsáveis pela força osmótica que mantém a água no
    lúmen intestinal. Com isto, os eletrólitos estarão diluídos e assim o gap será alto (> 125 mOsm/kg).
    Como o próprio nome diz, na diarreia secretória existe secreção de eletrólitos para o lúmen (ou não
    absorção dos mesmos). Com isto, as fezes terão alta concentração de Na+ e K+ e a fórmula apresentará
    um gap baixo (< 50 mOsm/kg).
    Em casos de processos mistos de diarreia osmótica e secretória o gap osmótico pode ficar entre 50 e 125
    mOsm/kg
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14
Q

Mulher de 55 anos queixa-se de diarreia com média de três evacuações diárias, nos últimos dois anos, de
fezes líquidas sem muco, pus, sangue ou tenesmo. Tem ótimo nível social, não saiu da cidade do Rio de
Janeiro nos 10 anos anteriores, nega diabetes e febre. Há história de cirurgia para retirada do ovário
direito por cisto há 20 anos, apendicectomia há 30, dois partos normais há 31 e 33 anos, colecistectomia
há três e plástica de face há um ano, todas sem intercorrências. Refere já ter ido a vários médicos, ter
feito inúmeros exames complementares com resultados normais, entre eles: parasitológicos de fezes (12
ao todo), ultrassonograåa abdominal total (quatro), tomograåa computadorizada do abdome, gordura
fecal, endoscopia digestiva alta, colonoscopia com biópsia do cólon e do íleo terminal e trânsito de
delgado. Você solicita hemograma, VHS, albumina e globulina séricas, TSH, T3, T4, vitamina B12, e os
resultados estão normais. Com estes dados, seria justiåcável teste terapêutico com:
a) Albendazol.
b) Prednisona.
c) Colestiramina.
d) Sulfassalazina.

A

C

Você deve estar pensando: “Puxa vida, mas a paciente tem todos os exames normais!”. Esta questão
é difícil. Mas reparem que há no meio desta longa história um dado que sugere a presença de uma
diarreia secretora. Qual é mesmo??? A presença de colecistectomia. Até 20% dos pacientes
submetidos ao procedimento podem desenvolver diarreia crônica no primeiro ano. Na maioria das
vezes, a diarreia tende a melhorar sozinha, embora apresente boa resposta ao uso da colestiramina (4
g/dia), um sequestrador de ácidos biliares. O provável mecanismo desta diarreia é o rápido inýuxo de
ácidos biliares no duodeno, pela perda do efeito armazenador da vesícula biliar. Os sais biliares em
excesso podem chegar ao cólon provocando um efeito secretor de cloreto e inibidor da absorção de
eletrólitos. Resposta: C

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15
Q

E o que é diarreia dos ácidos graxos?

A

Ocorre nos estados mais acentuados de má absorção de lipídios ou em momentos de supercrescimento
bacteriano. Os ácidos graxos (exceto aqueles de cadeia curta) são hidroxilados pelas bactérias colônicas
tornando-se substâncias secretórias.

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16
Q

Distúrbio de absorção gerado principalmente por alteração inflamatória (com ou sem ulceração) da mucosa e
caracteriza-se por lesão e morte dos enterócitos, atroåa das vilosidades e hiperplasia das criptas. Como estes enterócitos que åcam na superfície apresentam baixa atividade de dissacaridases e peptídeo hidrolases, e ainda não conseguem absorver ou transportar açúcares, aminoácidos ou eletrólitos, ocorre a diarreia. Além disso, a hipermotilidade gerada também contribui. Características: presença de muco, pus e/ou sangue nas fezes

A

DIARREIA INFLAMATÓRIA

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17
Q

Qual é o exame que avalia a presença de sangue, muco e leucócitos nas fezes?

A

EAF – Elementos Anormais nas Fezes.

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18
Q

Quais as 4 principais causas de Diarreia Osmótica?

A
  1. Ingestão excessiva ou carboidratos pobremente absorvidos: Uso de lactulose, Uso de manitol….
  2. Diarreia induzida por magnésio: Laxantes, Antiácidos e Suplementos alimentares.
  3. Disabsorção de carboidratos: intolerância à lactose, síndrome disabsortiva generalizada.
  4. Laxativos com ânions pobremente absorvidos: Sulfato, Fosfato e Citrato de sódio.
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19
Q

A absorção e secreção estão normais. O problema nestes casos é que não há tempo suåciente de contato
com a mucosa para ocorrer uma absorção correta. Um trânsito rápido pode acompanhar muitas diarreias
como um fenômeno secundário, sendo a dismotilidade primária uma etiologia incomum da diarreia
verdadeira. Não há exames para comprovar a hipermotilidade intestinal, tratando-se na maior parte dos
quadros de um diagnóstico de exclusão.

A

DIARREIA POR ALTERAÇÃO DA MOTILIDADE INTESTINAL (OU FUNCIONAL)

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20
Q

Qual o GAP osmolar da Diarreia Osmótica?

A

Gap osmolar fecal alto (>125 mOsm/L).

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21
Q

A doença de base se associa com algum distúrbio que promova disabsorção de lipídios no intestino delgado.

A

DIARREIA GORDUROSA (OU ESTEATORREIA)

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22
Q

SOBRE AS ETIOLOGIAS DAS DIARREIAS AGUDAS

  1. Gastroenterite viral: principal agente:

1A. crianças:
1B. adultos:
1C. adultos + crianças:

  1. Gastroenterite bacteriana

2A. E. coli enterotoxigênica:
2B. Shigella e E. coli invasiva:
2C. Shigella e E. coli êntero-hemorrágica (O157H7):
2D. Campylobacter:
2E. Campylobacter e Yersinia:
2F. S. aureus:
2G. V. cholerae:

A

1A. crianças: rotavírus;
1B. adultos: norovírus;
1C. adultos + crianças: rotavírus.

2A. E. coli enterotoxigênica: principal causa de diarreia do viajante.
2B. Shigella e E. coli invasiva: principais causas de febre e disenteria.
2C. Shigella e E. coli êntero-hemorrágica (O157H7): síndrome hemolítico-urêmica.
2D. Campylobacter: Guillain-Barré.
2E. Campylobacter e Yersinia: pseudoapendicite.
2F. S. aureus: toxina termoestável com tempo de incubação curto (1-6h).
2G. V. cholerae: diarreia vultosa associada a quadros graves de desidratação, também provocada por toxinas.

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23
Q

ATENÇÃO PARA Clostridioides difficile!!!

  1. Agente:
  2. Fisiopatologia:
  3. Epidemiologia:
  4. Clínica:
  5. Diagnóstico:
  6. Tratamento:
A
  1. Agente: anaeróbio obrigatório Gram-positivo.
  2. Fisiopatologia: A. uso de antibióticos; B. proliferação da bactéria e liberação de toxinas A e B; e C. resposta
    imune alterada às toxinas.
  3. Epidemiologia: quadros graves associados à cepa NAP-1/027 estão aumentando
  4. Clínica: diarreia + febre + dor abdominal + leucocitose.
  5. Diagnóstico: diarreia ≥ 2 dias + detecção de toxina A ou B nas fezes OU detecção de C. difficile produtor
    de toxina na coprocultura OU observação de pseudomembranas na endoscopia do cólon (placas esbranquiçadas ou amareladas).
  6. Tratamento: vancomicina oral
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24
Q

Alguns pacientes com diagnóstico de úlcera péptica, submetidos à vagotomia, apresentam diarreia nos primeiros meses de pós-operatório. Um pequeno percentual vai apresentar um quadro diarreico persistente, que pode ser controlado com o uso da medicação denominada:

A

Colestiramina.

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25
Q

TRATAMENTO DA DIARREIA AGUDA:

A

Soro de reidratação oral + ATB em casos mais graves (principal = quinolonas).

Uso cauteloso de antidiarreicos em casos selecionados, sem repercussão sistêmica.

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26
Q

Quais as grandes principais causas de Diarreia Secretória?

A
  1. Uso de laxativos não osmóticos (bisacodil)
  2. Bactérias produtoras de toxinas como Vibrio cholerae, E. coli enterotoxigênica, Salmonella
    sp. , Campylobacter sp., Shigella sp., Klebsiella sp., Yersinia sp., Clostridium difficile, S. aureus, Clostridium perfringens, Bacillus cereus, Clostridium botulinum
  3. Tumores (VIPoma, síndrome carcinoide, gastrinoma)
  4. Drogas: furosemida, IECA, tiazídicos.
  5. Venenos:
  6. Doença celíaca, colite isquêmica, DII,
  7. Colagenoses
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27
Q

Os principais fatores de risco associados às diarreias infecciosas agudas são:

A

ausência de saneamento básico e

consumo de água e alimentos contaminados.

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28
Q

Esta bactéria é colonizadora do intestino normal e nestes casos não gera nenhum tipo de doença. Entretanto, odem ser adquiridas formas patogênicas causadoras de diarreia. Ela pode ser facilmente identiåcada na cultura de fezes, porém em análises laboratoriais comuns não é possível distinguir as cepas patogênicas das cepas não patogênicas

A

Escherichia coli

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29
Q

é um bacilo Gram-negativo ýagelado transmitido a partir de alimentos de origem animal como aves, leite e ovos. Provoca gastroenterite indistinguível, com náuseas, vômitos e diarreia dentro de 6 a 48 horas após a ingestão do alimento ou água contaminada. A dor abdominal e a febre (38 a 39ºC) são comuns e a diarreia pode ser não invasiva ou invasiva (muco, pus e sangue). Na maior parte, a doença é autolimitada com remissão dos sintomas em três a sete dias. Entretanto, a eliminação fecal pode perdurar por meses e algumas pessoas podem se tornar portadores crônicos. Caso estas pessoas sejam responsáveis por manusear alimentos, podem ser grandes disseminadores da doença.

A

Salmonella (Não Typhi e Não Paratyphi)

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30
Q

É uma bactéria Gram-negativa, imóvel, transmitida através de alimentos ou pelo contato interpessoal. Possui alta infectividade, pois é resistente à acidez do suco gástrico: um pequeno inóculo já é suåciente para produzir a doença (bastam dez bactérias!!). Tipicamente, existem quatro fases: incubação (um a quatro dias), diarreia aquosa inicial, disenteria e fase pós-infecciosa. A disenteria é caracterizada por pequenos volumes de fezes mucopurulentas e sanguinolentas, com tenesmo e cólicas abdominais. A colite pode ser evidenciada na endoscopia com edema e hemorragia de mucosa, ulcerações e possíveis exsudatos que parecem pseudomembranas. Os episódios são autolimitados e regridem em uma semana. As principais complicações são intestinais (megacólon tóxico, perfuração intestinal, prolapso intestinal) ou metabólicas (hipoglicemia, hiponatremia, desidratação). Podem ocorrer alterações da consciência, incluindo convulsões, delírio e coma, especialmente em crianças menores de cinco anos, além da síndrome hemolítico-urêmica. Outras complicações: bacteremia, reação leucemoide e artrite reativa. Quanto ao tratamento, a recomendação atual é tratar todos os casos com antibióticos, devido à elevada transmissibilidade. Primeira escolha = cipro. Os agentes antimotilidade estão contraindicados, pois estão implicados com febre prolongada

A

Shigella

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31
Q

Dentre os micro-organismos causadores de gastroenterite, quais estão associadas à crise convulsiva tônico-clônica?

a) Shigella e Salmonella.
b) Yersinia e Campylobacter.
c) Shigella e Yersinia.
d) Campylobacter e E. coli êntero-hemorrágica.
e) E. coli êntero-hemorrágica e Salmonella.

A

A

As convulsões afebris benignas associadas à gastroenterite ocorrem em pacientes sem desidratação ou distúrbios hidroeletrolíticos. Geralmente, acometem crianças e são causadas principalmente pelas bactérias dos gêneros Campylobacter, Shigella e Salmonella.

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32
Q

Quais as 2 grandes causas de Diarreia Gordurosa?

A

Síndromes de má absorção
Doenças das mucosas.
Síndrome do intestino curto.
Supercrescimento bacteriano.
Isquemia mesentérica

Síndrome de má digestão
Insuficiência exócrina pancreática

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33
Q

Um menino de 2 anos apresenta quadro de disenteria há 3 dias. Há 4 horas apresentou crise convulsiva tônico-clônica generalizada. A gastroenterite que está mais associada a convulsões é a causada por:

a) Shigella dysenteriae.
b) Salmonella typhi.
c) Salmonella enteritidis.
d) Yersinia enterocolitica.
e) Campylobacter jejuni.

A

A

É certo que a banca foi maliciosa, colocando Shigella e Salmonella entre as alternativas de gastroenterite causadoras de crise convulsiva… Contudo, lendo atentamente o enunciado, temos “a mais associada”. Não há discussão: achados neurológicos estão entre as mais comuns manifestações extraintestinais da gastroenterite por Shigella, ocorrendo em cerca de 40% de crianças infectadas e hospitalizadas. Esse germe Gram-negativo tem capacidade invasora e de produzir duas toxinas: uma citotoxina (“toxina de Shiga”), que pode levar a um quadro de síndrome hemolítico-urêmica e outra, a que diz respeito ao caso, que é uma neurotoxina.

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34
Q

As espécies do gênero são bastonetes Gram-negativos curvos, móveis e não formadores de esporos. São bactérias transmitidas através de alimentos como carne crua (principalmente aves), água e contato direto com animais infectados. Após um período de incubação de um a sete dias, surgem sintomas prodrômicos como febre e manifestações inýuenza-like. Em seguida inicia-se diarreia volumosa (> 10 evacuações/dia). Após o segundo dia de diarreia pode surgir dor abdominal e sangue nas fezes. Na maioria das vezes a doença é autolimitada e por volta do sétimo dia os sintomas melhoram. Em alguns pacientes a doença pode recidivar. São várias as complicações relacionadas à infecção por essa bactéria, entre elas, temos miopericardite, pancreatite, hepatite, artrite, colecistite, cistite, meningite, endocardite, peritonite, celulite, aborto séptico, síndrome hemolítico-urêmica (menos comum), nefrite intersticial e convulsões e a Síndrome de Guillain-Barré. Quanto ao tratamento, nem todos se beneåciam do uso de antibióticos. As indicações incluem: febre alta, diarreia sanguinolenta, diarreia intensa, persistência por mais de uma semana e agravamento dos sintomas. A eritromicina é a droga de escolha, mas outros macrolídeos, ciprofloxacino ou outra quinolona podem ser boas opções.

A

Campylobacter

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35
Q

Qual agente etiológico da Diarreia aguda bacteriana se associa à Diarreia do Viajante?

A

E. coli (enteropatogênica)

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36
Q

Qual agente etiológico da Diarreia aguda bacteriana se associa à Síndrome Hemolítico-urêmica?

A

E. coli (EGEC - O157:H7)

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37
Q

Qual agente etiológico da Diarreia aguda bacteriana se associa a Alterações do SNC como Convulsões?

A

Shigella

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38
Q

Qual agente etiológico da Diarreia aguda bacteriana se associa à Síndrome de Guillain Barré?

A

Campylobacter jejuni

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39
Q

Qual agente etiológico da Diarreia aguda bacteriana se associa a infecções à distância?

A

Salmonela

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40
Q

Esta bactéria é capaz de contaminar alimentos e produzir uma toxina termoestável. A intoxicação alimentar associa-se principalmente a comidas manuseadas e expostas à temperatura ambiente, como cremes, pastas, maionese e ovos. Fique atento para esta etiologia se a prova falar em “família que comeu uma salada de batatas num piquenique”. Os sintomas se iniciam algumas horas após a ingestão do alimento contaminado. E esta é a chave para a maioria das questões: o paciente passa mal pouco tempo depois de ingerir o alimento. Como a toxina é termoestável, o aquecimento da comida não impede a intoxicação. Os principais sintomas são: diarreia
copiosa, náuseas, vômitos e cólicas. Febre é incomum. A evolução é autolimitada, mas pode causar desidratação importante.

A

S. aureus

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41
Q

Qual agente etiológico da Diarreia aguda bacteriana apresenta período de incubação curto (horas)?

A

S. aureus

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42
Q

Qual agente etiológico da Diarreia aguda bacteriana se associa a infecções à Colite Pseudomembranosa?

A

Clostridium difficile

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43
Q

Qual agente etiológico bacteriano causador da Diarreia persistente em crianças e pacientes com HIV

A

E. coli enteroagregativa

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44
Q

Qual principal causa de Diarreia aguda?

A

Infecções

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45
Q

É uma zoonose bacteriana incomum, causada principalmente pela infecção por uma das duas espécies do gênero (enterocolitica e pseudotuberculosis) (Gram-negativas). Suínos e outros animais são considerados hospedeiros reservatórios das bactérias e a transmissão aos seres humanos ocorre por via orofecal, através de água e alimentos contaminados. A apresentação clínica depende. Nos casos da enterocolitica, a enterite ou enterocolite com diarreia autolimitada, febre baixa, dor abdominal, náuseas e vômitos é a sintomatologia mais frequente. Por outro lado, nos casos da pseudotuberculosis, a adenite mesentérica com febre e dor abdominal é a apresentação mais encontrada. Podemos citar também como manifestações menos comuns: faringite exsudativa, septicemia, infecções focais metastáticas, poliartrite reativa e eritema nodoso. As complicações são raras, mas graves, como por exemplo, ulceração, hemorragia e necrose intestinal, perfuração, peritonite, colangite, trombose da veia mesentérica e megacólon tóxico. Quanto ao tratamento, a enterocolitica costuma ser suscetível in vitro a aminoglicosídeos, cloranfenicol, tetraciclina, SMZ + TMP, piperacilina, ciproýoxacina e cefalosporinas de 3ª geração. Como produzem betalactamases, são geralmente resistentes a penicilinas, ampicilinas e cefalosporinas de 1ª geração. A indicação é bem deånida nos casos de sepse (50% de mortalidade, independente do tratamento), embora seja incerta no caso de enterocolite e adenite mesentérica, já que são geralmente autolimitados. Em relação à pseudotuberculosis, permanece a indicação de tratamento deånida para os casos de sepse, mudando apenas o perfil de sensibilidade in vitro, respondendo também a ampicilinas e cefalosporinas.

A

Yersinia

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46
Q

Quais dos seguintes agentes infecciosos podem cursar com pseudoapendicite?

a) Campylobacter e Shigella.
b) Salmonella e Yersinia.
c) Campylobacter e Salmonella.
d) Shigella e Salmonella.
d) Campylobacter e Yersinia

A

E

A pseudoapendicite — também conhecida como linfadenite mesentérica — é condição inýamatória dos linfonodos mesentéricos que pode se apresentar com dor abdominal aguda ou crônica. É a condição mais confundida com apendicite aguda na criança. O diagnóstico pode ser feito, num quadro clínico suspeito, pela presença de linfonodos abdominais superiores a 10 mm no ultrassom de abdome. As causas de pseudoapendicite incluem: gastroenterites virais (mais comuns), bacterianas - principalmente por Yersinia enterocolitica e Campylobacter sp.

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47
Q

Quando investigar mais a fundo uma Diarreia Aguda?

A
  • Sinais de desidratação
  • Uso recente de ATB (risco para Colite pseudomembranosa)
  • Fezes muito sanguinolentas
  • Não melhora pós 48h
  • Febre persistente e alta (>38.5)
  • Idosos > 70 anos
  • Imunodeficientes
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48
Q

Etiologia pouco importante. Contamina alimentos, mas necessita de grande inóculo para causar infecção. Só precisamos saber que a enterotoxina produzida é capaz de gerar diarreia volumosa e que a espécie tipo C produz uma betatoxina associada à necrose hemorrágica do jejuno. Embora seja raro, é mais frequente em países subdesenvolvidos.

A

Clostridium perfringens

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49
Q

Trata-se de Gram-positivo anaeróbio obrigatório, cujos esporos (formas resistentes) são observados principalmente no ambiente hospitalar e instituições asilares, sob superfícies e nas mãos dos proåssionais de saúde. Resumindo: o risco de aquisição aumenta proporcionalmente ao tempo de internação. Outros fatores seriam: idade avançada, doença de base grave, cirurgia gastrointestinal, uso de termômetros retais eletrônicos, cateteres nasoentéricos e antiácidos. Inicialmente os esporos são ingeridos. Se sobrevivem à acidez gástrica, germinam no delgado e colonizam o cólon. Até aqui nenhum problema. Na verdade, alguns trabalhos mostraram inclusive que pacientes previamente colonizados pelo Clostridium apresentavam menor risco de desenvolver a doença pela própria bactéria! O grande problema é que em determinado momento, esta convivência pacíåca entre a bactéria e o cólon é rompida

A

Clostridioides difficile

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50
Q

Podemos concluir que são três os principais fatores necessários para o desenvolvimento da colite pseudomembranosa:

A
  • *1. Exposição a antibiótico (especialmente os mais associados);
    2. Exposição à toxina do C. difficile (sobretudo os mais virulentos);
    3. Níveis de IgG produzidos contra a toxina A.**
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51
Q

68 anos, homem, com diarreia líquida,1. início há 7 dias, associada a febre 38, náuseas e 02 ep de vômitos. Relato de 8 evacuações por dia, sem muco, pus, sangue ou tenesmo. Classifique o tipo de diarreia quanto ao tempo e com a porção intestinal acometida.

A

Diarreia aguda
Alta

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52
Q

68 anos, homem, com diarreia líquida,1. início há 7 dias, associada a febre 38, náuseas e 02 ep de vômitos. Relato de 8 evacuações por dia, sem muco, pus, sangue ou tenesmo. Classifique em que grupo está a causa mais provável da diarreia aguda?

A

Infecciosa

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53
Q

Qual agente etiológico bacteriano causador da Disenteria

A

E. coli enteroinvasiva (EIEC)

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54
Q

Qual agente etiológico bacteriano causador da Diarreia em crianças

A

E. coli enteropatogênica (EPEC)

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55
Q

Qual agente etiológico bacteriano causador da Diarreia volumosa

A

E. coli enterotoxigênica (ETEC)

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56
Q

Norte-americanos em viagem para países em desenvolvimento, e passageiros em aeronaves e navios de turismo onde ocorram erros na preparação dos alimentos estão em grande risco de sofrer de diarreia infecciosa aguda. Qual o agente infeccioso mais comum na diarreia dos viajantes?

A

E. coli enterotóxica.

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57
Q

A síndrome hemolítico-urêmica (anemia hemolítica microangiopática, insuficiência renal e plaquetopenia) poder estar associada a 2 etiologias:

A

E.coli êntero-hemorrágica
Shigella.

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58
Q

Paciente de 18 anos, com diarreia aquosa volumosa, mais de 10 evacuações/dia com cólica hipogástrica, e febre de 38,5ºC há 3 dias. A conduta a ser adotada é:

a) Antibioticoterapia de amplo espectro.
b) Exame de fezes tipo MIF.
c) Elementos anormais das fezes + coprocultura.
d) Colonoscopia + exame parasitológico.

A

C

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59
Q

É um bacilo Gram-negativo flagelado transmitido a partir de alimentos de origem animal como aves, leite e ovos. Provoca gastroenterite indistinguível, com náuseas, vômitos e diarreia dentro de 6 a 48 horas após a ingestão do alimento ou água contaminada.

A

Salmonella

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60
Q

É uma bactéria Gram-negativa, imóvel, transmitida através de alimentos ou pelo contato interpessoal. Possui alta infectividade, pois é resistente à acidez do suco gástrico: um pequeno inóculo já é suficiente para produzir a doença (bastam dez bactérias!!).

A

Shigella.

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61
Q

Quanto ao tratamento da Diarreia causada pela Shigella, a recomendação atual é

A

tratar todos os casos com antibióticos - cipro.

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62
Q

Um menino de 2 anos apresenta quadro de disenteria há 3 dias. Há 4 horas apresentou crise convulsiva tonicoclônica generalizada. A gastroenterite que está mais associada a convulsões é a causada por:

A

Shigella dysenteriae.

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63
Q

A síndrome hemolítico-urêmica é uma das complicações das diarreias infecciosas. Identifique os micro-organismos capazes de desencadear esta síndrome.

a) E. coli êntero-hemorrágica e Clostridium difficile.
b) Cólera e rotavírus.
c) Salmonella e Yersinia.
d) Shigella e Salmonella.
e) E. coli êntero-hemorrágica e Shigella.

A

E

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64
Q

Um lactente de 6 meses apresenta disenteria há 3 dias e é trazido ao pronto-socorro por crise convulsiva tonicoclônica generalizada. A investigação laboratorial mostra que não há distúrbios eletrolíticos. O agente que pode estar relacionado a este quadro é:

A

Shigella.

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65
Q

São bastonetes Gram-negativos curvos, móveis e não formadores de esporos. São bactérias transmitidas através de alimentos como carne crua (principalmente aves), água e contato direto com animais infectados. Em países de clima temperado, isto é mais frequente no verão.

A

Campylobacter

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66
Q

São várias as complicações relacionadas à infecção por Campylobacter. Entre elas, a principal, seria:

A

Síndrome de Guillain-Barré.

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67
Q

Nesses quadros, a DIARREIA que começa tipicamente dentro de 4-9 dias após início de antibióticos (embora esse tempo possa se estender um pouco mais). Ela quase nunca apresenta sangue visível (mas pode haver), a consistência varia de não moldada à aquosa, com odor característico. Os pacientes podem apresentar até mesmo 20 evacuações num mesmo dia!!! Pode vir associada à febre (28%), dor abdominal (22%) e leucocitose (50%).

Quais antibióticos provocam colite pseudomembranosa?

A

São muitos… Entretanto, as provas costumam abordar aqueles mais frequentemente associados com a
doença: clindamicina/cefalosporinas/quinolonas

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68
Q

Infecção por Yersinia enterocolitica pode mimetizar:

A

Apendicite aguda.

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69
Q

Paciente de 12 anos de idade iniciou quadro de dor abdominal periumbilical que posteriormente se irradiou para a fossa ilíaca direita, associada a náuseas. O exame físico apresenta dor à palpação da fossa ilíaca direita,
com descompressão súbita dolorosa. É indicada cirurgia de urgência, na qual se encontra apêndice normal e aumento dos linfonodos mesentéricos. O agente mais frequentemente associado a esta síndrome é:

A

Yersinia enterocolítica.

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70
Q

Qual nome do quadro em que dor abdominal e toxicidade sistêmica são mais proeminentes que os episódios de diarreia?

Quais os 2 principais agentes etiológicos envolvidos?

A

Pseudoapendicite
Campylobacter e Yersinia

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71
Q

Classificação da Gravidade da diarreia por Clostridium difficile é Fundamental para escolher o tratamento!

  1. Não grave:
  2. Grave:
  3. Colite fulminante:
A
  • *1. Não grave – leucometria de até 15.000/mm³ e creatinina menor que 1,5 mg/dl;
    2. Grave – leucometria maior que 15.000/mm³ e creatinina a partir de 1,5 mg/dl;
    3. Colite fulminante – hipotensão, choque, íleo paralítico ou megacólon.**
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72
Q

Podemos concluir que são três os principais fatores necessários para o desenvolvimento da colite pseudomembranosa:

A

1- Exposição a antibiótico (especialmente os mais associados);
2- Exposição à toxina do C. difficile (sobretudo os mais virulentos);
3- Níveis de IgG produzidos contra a toxina A.

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73
Q

O diagnóstico de colite pseudomembranosa se dá através de uma combinação de critérios:

A

1) Diarreia (≥ 3 episódios de fezes não moldadas a cada 24 horas, durante ≥ 2 dias) sem outra causa conhecida.
2) Detecção de toxina A ou B nas fezes OU detecção de C. difficile produtor de toxina nas fezes por coprocultura/PCR OU observação de pseudomembranas na endoscopia do cólon (placas esbranquiçadas ou amareladas).

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74
Q

Sobre o Tratamento da COLITE PSEUDOMEMBRANOSA

  1. Infecção Primária - Colite com ou sem critérios de gravidade:
  2. Infecção Primária - Colite fulminante:
  3. Segunda Recorrência
  4. Terceira Recorrência em Diante
A
  1. Vancomicina 125 mg 6/6h, VIA ORAL, por 10 a 14 dias; OU Fidaxomicina 200 mg, VIA ORAL, por 10 dias.
  2. Vancomicina 125 mg 6/6h, VIA ORAL, por 10 a 14 dias MAIS Metronidazol 500 mg 8/8h, VIA INTRAVENOSA, por 10 a 14 dias
  3. Nesses casos, pode-se utilizar tanto o pulso decrescente de vanco quanto a ådaxomicina. Outra
    possibilidade é o uso de vancomicina seguida pela rifaximina
    a. Pulso Decrescente de Vancomicina:
    ● 125 mg a cada 6h por 7 a 14 dias;
    ● 125 mg a cada 12h por 7 dias;
    ● 125 mg uma vez/dia por 7 dias;
    ● 125 mg em dias alternados por 7 dias;
    ● 125 mg a cada 3 dias por 14 dias.
  4. Para esses pacientes, está indicado transplante de microbiota fecal
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75
Q

Homem, 62 anos, portador de doença de Alzheimer encontra-se internado para tratamento de pneumonia aspirativa há 14 dias, em uso de ceftriaxona e clindamicina. Há dois dias o paciente vem apresentando febre, diarreia, náuseas e dor abdominal. Exame físico: REG, desidratado+/4; FC: 112 bpm, PA: 100 x 54 mmHg; sem sopros. Abdome: dor à palpação profunda difusamente, com predomínio no andar inferior, sem sinais de irritação peritoneal. Exames laboratoriais: Hb: 11,3 g/dL; Ht: 36%; GB: 15.200/mm3 (Bastonetes 10%, neutróålos segmentados 62%; linfócitos 28%); plaquetas: 203.000/mm3; creatinina: 1,6 mg/dL; proteína C reativa: 12,6 mg/dL (VR < 0,5 mg/dL). Considerando a hipótese mais provável, qual o exame diagnóstico mais adequado?

a) Tomograåa de abdome.
b) Parasitológico de fezes.
c) Colonoscopia.
d) Pesquisa fecal das toxinas A e B

A

D

O diagnóstico é dado pela combinação de dois critérios: 1. diarreia (≥ 3 episódios de fezes não moldadas a
cada 24 horas, durante dois dias) sem outra causa conhecida; e 2. detecção de toxina A ou B nas fezes OU detecção de C. difficile produtor de toxina nas fezes por coprocultura/PCR OU observação de pseudomembranas na colonoscopia.

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76
Q

É um bastonete Gram-negativo, anaeróbio facultativo, produtor de toxina, cujo habitat natural é a água costeira salgada e os estuários salobros, onde o micro-organismo vive em estreita relação com o plâncton. Também podemos encontrá-lo em rios, lagos e reservatórios artiåciais. Atualmente, são conhecidos mais de 200 sorogrupos classiåcados de acordo com o tipo de carboidrato determinante do antígeno O de seus lipopolissacarídeos. A transmissão é comumente orofecal, através do consumo de água e de alimentos contaminados. A suscetibilidade ocorre quando a grande proteção do nosso organismo – a acidez do suco gástrico – é perdida. Assim, pouco tempo após a exposição, o paciente pode abrir com diarreia aquosa indolor, muuuuuito volumosa, seguida por vômitos. Em geral não há febre, nem sangue nas fezes. Na verdade, as fezes são características: líquido cinza, ligeiramente turvo, sem bile, com ýocos de muco, odor ligeiramente adocicado e inofensivo (descrição de livro que não dá nem para acreditar!), parecidas com a água utilizada para lavar o arroz. A cãibra relatada pode ser causada por distúrbios hidroeletrolíticos, mas o que realmente preocupa nesta doença é a DESIDRATAÇÃO rápida e muito intensa.

A

Vibrio cholerae

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77
Q

Para o Diagnóstico:
Confirrma-se a partir da identiåcação do bacilo nas fezes ou vômitos que pode ser através de:
■ Microscopia em campo escuro ou contrastada (aparência de “estrela brilhante”);
■ Isolamento em meios TCBS (ágar tiossulfato-citrato-sais biliares-sacarose) ou TTAG;
■ PCR;
■ Testes baseados em anticorpos monoclonais.
Para o Tratamento:
Nas formas leves e moderadas, apenas Soro de Reidratação Oral (SRO). O antibiótico (AZITRO, ERITRO) não é essencial para a cura, mas deve ser prescrito nas formas graves, pois reduz a duração e o volume da perda hídrica e acelera a eliminação do micro-organismo pelas fezes. Pacientes que não recebem antibioticoterapia podem eliminar a bactéria nas fezes por dias a meses.

TRATA-SE DE DIARREIA DEVIDO QUAL PATÓGENO?

A

Vibrio cholerae

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78
Q

É CORRETO afirmar que a colite por Clostridium difficile:

a) Ocorre apenas com o uso de clindamicina.
b) Não determina febre.
c) Deve ser tratada com aminoglicosídeos por via oral.
d) Deve ser tratada com metronidazol por via oral.
e) Deve ser tratada com vancomicina por via parenteral, em casos severos.

A

D

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79
Q

Paciente feminino, 70 anos, em uso de ceftriaxone + clindamicina para pneumonia comunitária, passa a apresentar após 7 dias de tratamento dor abdominal em cólica e diarreia sanguinolenta. Após a introdução de metronidazol e suspensão dos dois outros antibióticos, a paciente tem remissão completa do quadro. Neste caso o agente etiológico mais provável foi:

A

Clostridium difficile

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80
Q

Paciente feminina internada devido abscesso pulmonar, recebendo antibioticoterapia (clindamicina) por 5 dias começa com quadro de diarreia líquida (10 evacuações por dia) e dores abdominais em cólicas.

Qual sua conduta?

A

Suspensão do antibiótico, pesquisa da toxina para C. difficile e metronidazol VO 8/8h por 10-14 dias.

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81
Q

PRIMEIRA OPÇÃO DE ATB PARA TRATAMENTO DE DIARREIA POR CÓLERA:

  1. ADULTOS
  2. CRIANÇAS E GESTANTES
A

1. DOXICICLINA 300MG DOSE ÚNICA

2. ERITROMICINA 12,5MG/KG OU 500MG 6/6H OU POR 3 DIAS

OBS.: OUTRAS OPÇÕES DE AMBAS SÃO AZITRO OU CIPRO.

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82
Q

A transmissão do Vibrio cholerae é, essencialmente:

A

Orofecal, através do consumo de água e de alimentos contaminados.

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83
Q

Devido à sua fisiopatologia, a terapia de reidratação oral com solução de sódio e glicose é menos eficaz na diarreia do tipo:

a) Inflamatória.
b) Secretória.
c) Osmótica.
d) Motora

A

A

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84
Q

O tratamento da Cólera envolve 4 passos:

A

Repor + líquidos
Corrigir distúrbios eletrolíticos
Corrigir acidose metabólica
Antibióticos (formas graves)

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85
Q

Método: tem por objetivo comprovar a presença de esteatorreia, mas não quantiåcá-la, pois está baseado
na análise microscópica de fezes com um corante para gordura

A

Teste Qualitativo de Gordura Fecal (Sudam)

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86
Q

Método: é uma substância absorvida no intestino proximal que não necessita de enzimas pancreáticas. Este teste serve para diferenciar a disabsorção por doença da mucosa intestinal daquela que ocorre na deåciência de digestão (ex.: insuåciência pancreática). Realiza-se a ingestão de 25 g da substância. Faz-se coleta de urina por cinco horas e posteriormente é avaliada a dosagem da substância neste material.

A

TESTE DA D-XILOSE URINÁRIA

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87
Q

PASSOS A SEGUIR NA INVESTIGAÇÃO DE DIARREIA POR DISABSORÇÃO:

1º PASSO:
2º PASSO:
3º PASSO:

A

1º PASSO: anamnese + exame físico, questionando, por exemplo, etilismo de longa data e suspeita de pancreatite crônica.

2º PASSO: exames laboratoriais mais simples, que sinalizem para deficit nutricional. Estes podem corroborar para a hipótese de disabsorção, como hemograma e cinética do ferro, dosagem de vitamina B12 e folato, cálcio sérico e TAP (tempo e atividade de protrombina).

3º PASSO: exames complementares específicos. Inicialmente, a avaliação da má absorção de gorduras é a mais analisada, por ser a mais sensível de ser detectada. Isto seria feito pelo teste qualitativo de gordura fecal. Caso venha negativo, mas a suspeita continue alta, parte-se para o teste quantitativo. A partir daí, não existe uma ordem bem deånida e os exames devem ser pautados na suspeita clínica.

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88
Q
  • *CONCEITO**: doença imunomediada à proteína do glúten presente no trigo, centeio e cevada. Como resultado, temos lesão da mucosa do delgado por linfócitos T intraepiteliais em indivíduos geneticamente predispostos (HLA-DQ2 e DQ8).
  • *EPIDEMIOLOGIA**: frequente = 1% da população geral.
  • *QUADRO CLÍNICO**: bastante variável, dependendo da extensão e da gravidade das lesões.PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES: adenocarcinoma de jejuno e linfoma.
  • *DIAGNÓSTICO**: dosagem de anticorpos (antitransglutaminase IgA ou antiendomísio IgA) + biópsia de delgado
  • *TRATAMENTO**: retirada do glúten da dieta
A

DOENÇA CELÍACA (ESPRU CELÍACO, INTOLERÂNCIA AO GLÚTEN, ESPRU NÃO TROPICAL)

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89
Q

Doença celíaca em moradores/viajantes de áreas tropicais e que responde a antibióticos (origem infecciosa?)

A

ESPRU TROPICAL

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90
Q

A presença de fezes amareladas, brilhantes, fétidas, aderentes, que boiam no vaso sanitário indica uma diarreia:

A

Diarreia Disabsortiva

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91
Q

Carolina, 75 anos, obesa, mora em casa geriátrica. É trazida à Emergência por sua filha com diarreia e letargia. Estava bem até há quatro dias quando iniciou diarreia líquida, que não melhorou com loperamida e evoluiu com sangue em 24 horas. Duas senhoras da casa geriátrica apresentaram quadro semelhante. Nega uso de medicamentos. Exame físico: sonolenta, desidratada e somente identifica a filha, hipocorada (3+/4), ictérica (+/4), fraqueza nos membros. Abdome depressível e doloroso difusamente, com peristalse aumentada. O exame neurológico não mostra alterações focais. Exames laboratoriais hematócritos 25%; plaquetas 67.000/mm3; glicose 700 mg/dl; ureia 60 mg/dl, creatinina 3,5 mg/dl, K+ 4,0mEq/L, Na 128mEq/I, bilirrubinas totais 3 mg/dl, bilirrubina indireta 2.0 mg/dl. Exame de fezes: sangue e leucócitos. O provável diagnóstico e o agente etiológico são, respectivamente, síndrome:

A

Hemolítico-urêmica; Escherichia coli.

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92
Q

CONCEITO: doença causada pelo bacilo Gram-positivo T. whipplei.
QUADRO CLÍNICO: diarreia + esteatorreia + artrite + alterações do SNC e cardiológicas + sintomas
sistêmicos.
ACHADOS PATOGNOMÔNICOS: mioarritmia oculomastigatória e oculofacialesquelética.
DIAGNÓSTICO: biópsia contendo macrófagos PAS-positivos + visualização de bacilos (diagnóstico
diferencial = HIV + micobacteriose atípica).
TRATAMENTO: penicilina G ou ceftriaxone (duas semanas) + SMZ + TMP até completar um ano

A

DOENÇA DE WHIPPLE

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93
Q

Pensar sempre que houver diarreia (sem esteatorreia) + distensão abdominal + flatulência + vômitos sem
origem deånida…

A

DEFICIÊNCIA DE DISSACARIDASES: deficiência de lactase!

94
Q

Em caso de diarreia que persiste por mais de duas semanas e que se suspeita de Giardia, é preferível o uso de:

A

metronidazol 250 mg 8/8h por sete dias.

95
Q

Mauro, 45 anos, vem apresentando diarreia frequente há mais de 6 meses e foi levantada a hipótese de síndrome de má absorção intestinal. Dentre os testes abaixo, qual é considerado o melhor para uma avaliação inicial da má absorção?

a) Teste quantitativo de gordura nas fezes.
b) Teste de estimulação de secretina.
c) Teste D-xylose.
d) Teste de Schilling.
e) Estudos de permeabilidade intestinal.

A

A

96
Q

Dentre as doenças abaixo, a que não acarreta deficiência de vitamina B12 é:

a) Ileíte regional.
b) Gastrite crônica atrófica.
c) Retocolite ulcerativa.
d) Doença péptica.

A

D

97
Q

Diarreia crônica (com surtos de diarreia aquosa), distensão abdominal, deficit ponderoestatural, alteração do humor (irritabilidade ou apatia), hiporexia, atraso motor, hipotonia, perda de musculatura esquelética (atrofia glútea), edema. Pode vir associada a quadros mais graves (crise celíaca) quando reconhecida tardiamente, cursando com desidratação e desnutrição graves, hipopotassemia, hemorragia e tetania.

CARACTERIZA QUAL FORMA DA DOENÇA CELÍACA?

A

Forma clássica (criança pré-escolar):

98
Q

Quadro oligossintomático, com manifestações digestivas em segundo plano (dor abdominal, ausência de diarreia). Sobressaem alterações extraintestinais como baixa estatura, atraso puberal, irregularidade menstrual, anemia ferropriva refratária, anemia megaloblástica, hipoplasia do esmalte dentário, artralgias, constipação intestinal, osteoporose, manifestações neurológicas (ataxia, neuropatia, epilepsia, miopatia) e psiquiátricas (depressão, autismo, esquizofrenia).

CARACTERIZA QUAL FORMA DA DOENÇA CELÍACA?

A

Forma atípica (adolescentes e adultos):

99
Q

Alterações sorológicas e histológicas compatíveis na ausência de manifestações clínicas. Vem sendo reconhecida com maior frequência nos últimos anos em virtude da disseminação dos marcadores sorológicos.

CARACTERIZA QUAL FORMA DA DOENÇA CELÍACA?

A

Forma assintomática (silenciosa)

100
Q

Doença causada pelo bacilo Gram-positivo T.whipplei, que cursa com Diarreia + esteatorreia + artrite + alterações do SNC e cardiológicas + sintomas sistêmicos.

A

DOENÇA DE WHIPPLE

101
Q

O tratamento da Doença Celíaca é feito com

A

Retirada do glúten da dieta.

102
Q

O tratamento da Doença de WHIPPLE é feito com

A

Penicilina G ou Ceftriaxone (duas semanas) + SMZ/TMP até completar um ano.

103
Q

Inicialmente devemos obter biópsias teciduais do intestino delgado e/ou outros órgãos acometidos, como
fígado, linfonodos, coração, olhos, SNC ou membranas sinoviais. A presença de macrófagos PASpositivos contendo pequenos bacilos característicos sugere a doença.

A

doença de Whipple

104
Q

Dermatite herpetiforme deve ser associada
com qual doença?
a) Doença celíaca.
b) Retocolite ulcerativa.
c) AIDS.
d) Cirrose hepática alcoólica.
e) Diverticulose.

A

A

85% dos pacientes com Dermatite Herpetiforme (DH) apresentam DC (na maioria das vezes assintomática), mas poucos pacientes com doença celíaca apresentam a DH.

105
Q

Para confirmarmos o diagnóstico da Doença Celíaca dispomos basicamente de duas ferramentas:

A

1. Marcadores sorológicos;

  • Anticorpo antigliadina IgA e IgG: SENS 75-90%/ ESPEC 75-95%
  • Anticorpo antiendomísio IgA: SENS 85-98%/ ESPEC 97-100%
  • Anticorpo antitransglutaminase tecidual IgA: SENS 90-98%/ ESPEC 95-97%

2. Biópsia de intestino delgado (método padrão-ouro)

106
Q

Qual é o marcador sorológico mais fácil de fazer e com melhores sensibilidade/especificidade para DOENÇA CELÍACA???

A

O teste de escolha é o IgA antitransglutaminase tecidual (IgA anti-tTG)

107
Q

As alterações histológicas na BIÓPSIA DE DELGADO compatíveis com DOENÇA CELÍACA são

A

■ Atrofia de vilosidades.
■ Hiperplasia de criptas.
■ Infiltrado linfoplasmocitário na lâmina própria (> 40/100 enterócitos).

108
Q

São permitidos no cardápio de uma criança portadora de Doença Celíaca os seguintes alimentos:

a) Cevada, milho, batata e mandioca.
b) Arroz, milho, batata e mandioca.
c) Centeio, arroz, batata e mandioca.
d) Arroz, trigo, batata e mandioca.
e) Milho, aveia, batata e mandioca.

A

B

109
Q

Mulher de 41 anos queixa-se de diarreia, com cerca de 6 evacuações ao dia, líquidas, em pequenas quantidades, associadas a cólicas. É etilista de destilados, meio litro por dia. Há cerca de um mês, ficou internada para tratamento de infecção urinária e investigação de anemia, quando apresentou endoscopia com hiperplasia de criptas e atroåa vilositária sem sangramentos, e dosagens de antitransglutaminase (anti-Ttg) positiva e p-ANCA e ASCA negativas. O diagnóstico, nesse caso é:

a) Retocolite ulcerativa.
b) Doença de Crohn.
c) Pancreatite crônica.
d) Doença celíaca.
e) Colite pseudomembranosa.

A

D

» Em meio a caso clínico ýorido para confundir o leitor, os dados que nos aproximam mais do diagnóstico
advêm de endoscopia digestiva – e não de achados pancreáticos (C errada): atroåa vilositária com
hiperplasia de criptas são achados altamente sugestivos de doença celíaca. A anemia também faz parte
da doença, visto que a enteropatia pelo glúten está associada à diåculdade de absorção de cátions
divalentes. Doença inýamatória intestinal torna-se improvável diante da ausência de marcadores como
ANCA e ASCA (A e B erradas). Por åm, apesar de a pseudomembrana não ser universal na colite
homônima, a ausência desse achado fala contra a superinfecção por C. difficile

110
Q

Menina, 13m, internada para investigar grave. Mãe conta que a criança ganhou bem peso até os oito meses chegando a pesar 9 kg de massa, com a introdução de alimentos, iniciou quadro de aumento do número de evacuações (fezes claras de odor fétido) e distensão abdominal. Exame físico: Estado geral regular, peso = 7,2 kg, descorada 2+/4+; Abdome: distensão importante; Pele: equimoses; hipotroåa global da musculatura incluindo musculatura glútea; Membros: edema pré-tibial 2+/4+. O EXAME A SER SOLICITADO É:

a) Dosagem de sódio e cloro no suor.
b) Dosagem de anticorpo antitransglutaminase IgA.
c) Eletroforese de proteínas séricas.
d) Colonoscopia.

A

B

Quadro altamente sugestivo de doença celíaca… Logo após introduzida a alimentação complementar,lactente
inicia diarreia má absortiva, com desnutrição e atrofia de musculatura glútea, dadopraticamente
igual a doença celíaca em prova de residência. O diagnóstico se baseia em biópsia dedelgado
– e não colônica (D errada) – mostra atroåa vilositária e hiperplasia de criptas. Dosagem decloro
no suor servir ao diagnóstico de åbrose cística (A errada); eletroforese de proteínas seria capaz deinvestigar
deåciência de alfa-1-antitripsina, por exemplo (C errada). Dentre os marcadores sorológicospara
celíaca, é possível elencar antigliadina, antiendomísio e antitransglutaminase.

111
Q

Paciente masculino de 24 anos é atendido em consulta ambulatorial com uma história de dor e distensão abdominal ao longo dos últimos três meses, associada a uma erupção cutânea papulovesicular e intensamente pruriginosa. Ele refere perda de peso não intencional, diarreia e ýatulência. Nega uso de medicamentos, de mudança em hábitos alimentares e de viagem recente. Sobre a investigação complementar adequada do caso apresentado, o exame CORRETO é:

a) Coprocultura.
b) Pesquisa de sangue oculto nas fezes.
c) Colonoscopia com biópsia.
d) Anticorpos antitransglutaminase tecidual IgA.
e) Teste de tolerância à lactose

A

D

Paciente com diarreia crônica e sinais de má absorção intestinal (distensão e ýatulência, que no caso
sugerem má absorção proximal de carboidratos). Por que não pensar na letra E? Na intolerância à
lactose, há clara associação dos sintomas com a ingesta especíåca de derivados do leite, com melhora
na ausência destes. Ademais, há um dado aqui que fala contra tal hipótese, apontando fortemente para
o diagnóstico de doença celíaca: a presença de dermatite herpetiforme! Esse rash papulovesicular
pruriginoso, de predomínio em regiões extensoras, é bastante característico da doença celíaca (muitos
o chamam de “doença celíaca da pele”). Logo, considerando esta última possibilidade vamos marcar a
letra D, pois o primeiro passo na investigação diagnóstica consiste na pesquisa sorológica de anticorpos
anti-TGT IgA.

112
Q

DEFINIÇÃO: a RCU e a DC são duas doenças inflamatórias intestinais distintas que compartilham a diarreia de aspecto inflamatório. Em 15% dos casos não é possível diferenciá-las, recebendo o nome de colite indeterminada.
PATOGÊNESE: processo crônico de ataque ao trato gastrointestinal que ocorre em pessoas geneticamente
predispostas quando submetidas a um fator ambiental ainda desconhecido.
EPIDEMIOLOGIA: pico principal entre adultos de 15 a 30 anos de ambos os sexos e pico tardio dos 60 aos 80 anos.
FATORES DE RISCO
■ História familiar: é o fator de risco mais importante.
■ Tabagismo: risco maior de desenvolver DC e menor de RCU.
■ Outros: uso de ACO, dieta, uso de AINE.
FATORES PROTETORES
■ Apendicectomia (RCU).
■ Amamentação.
PATOLOGIA
■ RCU: doença contínua e ascendente restrita ao cólon com acometimento apenas da mucosa. Abscessos em criptas.
■ DC: inflamação transmural, salteada da boca ao ânus. Presença de úlceras aftoides e granulomas não caseosos.
CLÍNICA
■ RCU: pode variar de proctite à pancolite. Diarreia baixa com muco, pus e sangue.
■ DC: diarreia + dor abdominal + febre + emagrecimento. Mais comum: ileíte.
ENDOSCOPIA
■ RCU: mucosa eritematosa, edemaciada, friável, granular com exsudato.
■ DC: úlceras serpinginosas intercaladas com mucosa normal.
SOROLOGIA
■ RCU: pensar em p-ANCA.
■ DC: pensar em ASCA.
COMPLICAÇÕES
■ RCU: colite, megacólon tóxico e perfuração.
■ DC: fístulas, estenoses e abscessos.
As duas podem complicar com câncer de cólon, mas a associação é mais comum com RCU (tempo de doença e extensão).
PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES EXTRAINTESTINAIS
■ Reumatológicas (mais comuns): artrite, espondilite anquilosante, sacroileíte.
■ Dermatológicas: eritema nodoso, pioderma gangrenoso.
■ Oculares: conjuntivite, uveíte anterior, episclerite.
■ Hepatobiliares: COLANGITE ESCLEROSANTE (RCU).
TRATAMENTO
■ Doença leve a moderada: baseado nos compostos de 5-ASA (sulfassalazina, mesalazina…) selecionados de acordo com local acometido.
■ Doença grave: corticoides, antibióticos (metronidazol, ciproýoxacino), azatioprina (e 6-mercaptopurina),
metotrexato, infliximab.
■ Cirurgia: realizada principalmente na RCU (tem caráter curativo nesta doença). A técnica mais usada é
proctocolectomia com IPAA

A

Doença Inflamatória Intestinal

113
Q

São duas doenças inflamatórias intestinais distintas que compartilham a diarreia de aspecto inflamatório. Em 15% dos casos não é possível diferenciá-las, recebendo o nome de colite indeterminada.

A

Doença de Crohn (DC) e a Retocolite Ulcerativa (RCU),

114
Q

É o fator de risco mais importante para DII:

A

HISTÓRIA FAMILIAR

115
Q

Tabagistas possuem risco 40% menor de desenvolver

A

RCU

116
Q

Em contraste, fumantes parecem ter incidência duas vezes maior de

A

DC

117
Q

A doença inicia-se no reto e depois se propaga por contiguidade em direção proximal. A doença progride de forma contínua e é possível encontrar uma nítida área demarcada entre a mucosa inflamada e a mucosa
normal. Em quase metade dos pacientes, a doença fica restrita ao reto ou estende-se no máximo até o sigmoide

A

Retocolite Ulcerativa

118
Q

Doença que afeta a MUCOSA intestinal, podendo estender à submucosa, mas poupando a camada muscular.

Clínica: pode variar de proctite à pancolite. Diarreia baixa com muco, pus e sangue

A

RCU

119
Q

Doença que pode afetar todo o trato gastrointestinal, desde a boca até o ânus. O reto é geralmente preservado. Além disso, a doença é saltatória. Isso significa que há áreas de mucosa “doente” intercaladas com áreas normais.

A

Doença de Crohn

120
Q

É uma doença transmural, afetando toda a parede do trato gastrointestinal, desde a mucosa até a adventícia.

Clínica envolve: diarreia + dor abdominal + febre + emagrecimento. Mais comum: ileíte.

A

Doença de Crohn

121
Q

Com relação à Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa, assinale a alternativa correta.

a) Uma ulceração na mucosa do cólon é menos profunda na Doença de Crohn.
b) Dores articulares e perda de peso são mais comuns na Retocolite Ulcerativa.
c) Os corticoides são essenciais no tratamento de ambas as doenças, sendo mantidos a longo prazo para evitar recidivas.
d) Fístulas e abscessos anais são os primeiros sinais na Retocolite Ulcerativa.
e) O sangramento retal ocorre quase sempre na Retocolite Ulcerativa.

A

E

122
Q

Microscopia patognomônica da doença de Crohn =

A

Granulomas não caseosos

123
Q

A doença se manifesta por dor abdominal discreta no abdome inferior e diarreia com sangue e muco. O acometimento do reto é caracterizado por episódios frequentes de evacuações com pequeno volume e presença de tenesmo (diarreia baixa). Outros achados são urgência e incontinência fecal. A diarreia noturna é frequente e pode se exacerbar no período pós-prandial.

Suas COMPLICAÇÕES podem ser: colite, megacólon tóxico e perfuração.

A

Retocolite Ulcerativa

124
Q

Os principais sintomas são: diarreia, dor abdominal e perda de peso. É claro que o tipo de diarreia depende do local acometido. baixa. O sangramento intestinal pode ocorrer principalmente na doença colônica. Na maioria das vezes, teremos a ileocolite, quando a doença predomina no delgado (íleo distal) e cólon.

Suas COMPLICAÇÕES podem ser: fístulas, estenoses e abscessos.

A

Doença De Crohn

125
Q

SOROLOGIA DII:

  1. RCU:
  2. DC:
A
  1. pensar em p-ANCA.
  2. pensar em ASCA.
126
Q

ENDOSCOPIA NA DII:

  1. RCU:
  2. DC:
A
  1. RCU: mucosa eritematosa, edemaciada, friável, granular com exsudato.
  2. DC: úlceras serpinginosas intercaladas com mucosa normal.
127
Q

TRATAMENTO DA DII:

  1. Doença leve a moderada:
  2. Doença grave:
  3. Cirurgia:
A

1. Doença leve a moderada: baseado nos compostos de 5-ASA (sulfassalazina, mesalazina…) selecionados de acordo com local acometido.

2. Doença grave: corticoides, antibióticos (metronidazol, ciproýoxacino), azatioprina (e 6-mercaptopurina), metotrexato, inýiximab.

3. Cirurgia: realizada principalmente na RCU (tem caráter curativo nesta doença). A técnica mais usada é proctocolectomia com IPAA.

128
Q

Cite as 4 principais complicações da Retocolite Ulcerativa:

A
  1. Colite Tóxica
  2. Megacólon Tóxico
  3. Perfuração
  4. Câncer
129
Q

Cite como 4 principais complicações da Doença de Crohn:

A
  1. Fístulas2
    . Abscesso3
    . Estenose4
    . Doença Perianal
130
Q

Assinale a alternativa que apresenta um fator que aumenta o risco para o desenvolvimento de câncer colorretal em um paciente com retocolite ulcerativa.

a) Gravidade da doença.
b) Uso de drogas imunossupressoras.
c) Extensão da doença.
d) Uso prolongado de esteroides.
e) Acometimento exclusivo do reto.

A

C

131
Q

Dentre as manifestações Articulares da Doença Inflamatória Intestinal, a ARTRITE ocorre em 15-20% desses doentes, e é mais comum na_____________. Ela ___________ com as exacerbações da atividade intestinal.

A

DC
Piora

132
Q

Dentre as manifestações Articulares da Doença Inflamatória Intestinal, a ESPONDILITE ANQUILOSANTE ocorre em 10% desses doentes, e é mais comum na

A

DC

133
Q

A sacroileíte simétrica ocorre na mesma parcela em ambas as DII. Em relação à atividade de doença:

A

Não se correlaciona com atividade de doença.

134
Q

São nódulos vermelhos, quentes e dolorosos de 1 a 5 cm localizados preferencialmente nas faces anteriores das pernas, tornozelos, panturrilhas, coxas e braços. é encontrado em até 15% dos pacientes com DC e 10% dos Pacientes com RCU. Em geral, aparece junto com exacerbação da doença e pode se associar à artrite. O tratamento visa o controle da doença intestinal.

A

Eritema Nodoso

135
Q

As complicações Urológicas mais comuns da DII são

A

cálculos, obstrução ureteral e fístulas

136
Q

Uma mulher de 30 anos de idade, com Retocolite Ulcerativa (RCUI) desenvolveu uma úlcera escavada inflamatória na perna esquerda. O diagnóstico mais provável é:

A

Pioderma gangrenoso

137
Q

Quanto à sorologia para Diagnóstico da DII, os dois principais marcadores sorológicos são:

A

p-ANCA e ASCA

138
Q

Anticorpo que é encontrado em cerca de 60-70% dos pacientes com DC e apenas 10-15% dos pacientes
com RCU.

A

ASCA

139
Q

Anticorpo que é detectado em 60-70% dos pacientes com RCU e em 5 a 10% dos pacientes com DC.

A

p-ANCA

140
Q

Alguns marcadores sorológicos estão associados a formas mais graves da doença inflamatória intestinal:

A

anti-I2
anti-OmpC
anti-CBir1

141
Q

Quando a doença de Crohn é restrita ao cólon, pode haver dificuldade no diagnóstico diferencial com retocolite ulcerativa. Qual seria o achado sugestivo de retocolite ulcerativa?

a) Lesões salteadas.
b) Acometimento transmural.
c) Granulomas.
d) P-ANCA.

A

D

142
Q

Paciente do sexo feminino, 39 anos, com quadro de diarreia persistente, realizou clister opaco que evidenciou múltiplos defeitos de enchimento, com serrilhamento mucoso nas paredes dos cólons descendente e sigmoide, acompanhado de redução da distensibilidade. O restante dos cólons apresenta aspecto normal. O provável diagnóstico é de:

A

Retocolite ulcerativa

143
Q

Exame que Pode evidenciar úlceras aftosas em meio à mucosa normal, espessamento de pregas, aspecto de pedras em calçamento, abscessos, massas, estenoses, fístulas, sinal do cordão. É útil para diagnóstico da DC:

A

Clister opaco

144
Q

Sobre o tratamento clínico medicamentoso da DII Leve a Moderada, temos

A
  1. Compostos de 5-ASA (Aminossalicilatos)-Sulfassalazina
  2. Outras drogas: antidiarreicos ou Anticolinérgicos
145
Q

Sobre o tratamento clínico medicamentoso da DI Moderada a Grave

A

Corticoides: prednisona (40-60 mg/dia)
Antibióticos: Metronidazol e/ou ciprofloxacino

146
Q

No tratamento dos pacientes com doença de Crohn, os que mais se beneficiam com o uso de antibióticos, são aqueles com acometimento do:

a) Ceco.
b) Sigmoide.
c) Canal anal.
d) Íleo terminal.

A

C

147
Q

São os imunomoduladores mais utilizados e importantes da DII dependente de corticoide.

A

Azatioprina e 6-mercaptopurina

148
Q

Abordagem da Doença Inflamatória Intestinal para RETOCOLITE ULCERATIVA é, resumidamente:

A

Compostos de 5-ASA retal ou oral* -> glicocorticoide retal -> glicocorticoide oral -> glicocorticoide IV -> azatioprina ou 6-mercaptopurina -> ciclosporina ou infliximab IV.

149
Q

Abordagem da Doença Inflamatória Intestinal para DOENÇA DE CROHN inflamatória: é, resumidamente:

A

Compostos de 5-ASA* -> budesonida (ileal e do cólon direito) -> glicocorticoide oral -> glicocorticoide IV -> azatioprina ou 6-mercaptopurina ou metotrexato -> infliximab/ adalimumab/certolizumab -> natulizumab
ou ciclosporina ou tacrolimo IV.

150
Q

Abordagem da Doença Inflamatória Intestinal para DOENÇA DE CROHN com fistulização, é, resumidamente:

A

Antibióticos -> azatioprina ou 6-mercaptopurina ou metotrexato -> infliximab/ adalimumab/certolizumab -> natulizumab ou ciclosporina ou tacrolimo IV -> NPT.

151
Q

Como a RCU é uma doença restrita ao cólon, a ressecção colônica literalmente CURA a doença. A RCU refratária ao tratamento clínico é a principal indicação e a Cirurgia de escolha é

A

Proctocolectomia restauradora com IPAA

152
Q

Como a RCU é uma doença restrita ao cólon, a ressecção colônica literalmente CURA a doença. A RCU associada a Colite fulminante refratária e megacólon tóxico, tem a indicação de Cirurgia de urgência:

A

Colectomia abdominal total com ileostomia + preservação do reto com fechamento a Hartmann.

153
Q

A cirurgia em RETOCOLITE ULCERATIVA que é útil para cura é a

A

Colectomia

154
Q

A cirurgia em DOENÇA DE CROHN é útil para as

A

Complicações

155
Q

Dentre as Opções cirúrgicas para tratamento da DC, a mais comum é

A

Ressecção local com anastomose primária

OUTRAS:
• estenosoplastia
• colectomia subtotal com ileoproctostomia
• colectomia total com ileostomia

156
Q

Com referência ao tratamento cirúrgico na doença de Crohn constata-se que:

a) A indicação de cirurgia é limitada às complicações da doença.
b) A proctocolectomia total é considerada curativa para a doença.
c) É incomum um paciente, no decorrer da sua doença, passar por procedimento cirúrgico.
d) A ressecção, quanto indicada, deve incluir todos os segmentos com sinais de doença de Crohn.

A

A

157
Q

Um homem de 29 anos apresenta diarreia com fezes pastosas misturadas com sangue vivo, 4-5 vezes ao dia, há dois anos. No início do quadro, realizou colonoscopia com biópsias do sigmoide que mostrou infiltrado misto difuso, linfoplasmocitose basal, atroåa e irregularidade de criptas, e erosões superciais. Há 6 meses, iniciou dor lombar persistente, que o desperta do sono, piora ao acordar, e que melhora 2 horas após iniciar suas atividades. Apresenta hematócrito de 32%, hemoglobina de 10,5 g/dl, proteína Creativa elevada, antígeno HLA-B27 reagente. Ressonância magnética mostra sinais de inflamação sacroilíacas intra-articular com edema importante da medula óssea justa-articular. Qual tratamento medicamentoso traz mais benefício para este doente?

a) Budesonida oral.
b) Infliximabe e azatioprina.
c) Mesalazina e tacrolimus.
d) Sulfassalazina e prednisona

A

B

Os sinais e sintomas gastrointestinais sugerem um diagnóstico de Doença Inýamatória Intestinal (DII).
As alterações osteoarticulares, incluindo a presença de HLA-B27, sugerem o diagnóstico de
espondiloartrite soronegativa, que como sabemos pode estar associada, como manifestação “extraintestinal”, às doenças inýamatórias intestinais, inclusive não possui relação direta com o grau de
atividade da doença intestinal… Qual a melhor conduta para o caso em tela? Ora, o ideal seria escolher
uma droga sabidamente eåcaz para os dois tipos de problema. No caso, estamos falando da classe dos
agentes biológicos inibidores de TNF-alfa, como o inýiximab. Como a DII do paciente pode ser
classiåcada como de atividade “moderada a grave” (anemia, parâmetros inýamatórios aumentados), está
indicado associar imunossupressor ao biológico (azatioprina ou mercaptopurina). A letra D não é uma
boa pedida, pois o glicocorticoide não terá ação sobre a espondiloartrite soronegativa…

158
Q

Tríade da síndrome carcinoide:

A

Flushing + Diarreia + Doença orovalvar

159
Q

Tumor neuroendócrino secretor de VIP (Vasoactive Intestinal Polypeptide) responsável por uma síndrome diarreica secretória. Ele se localiza preferencialmente no pâncreas e Acomete adultos de 30 a 50 anos e
crianças de dois a quatro anos.

A

VIPOMA

160
Q

O Diagnósticodo VIPOMA é feito com

A

Clínica + dosagem sérica de VIP (>
200 pg/ml) + TC de abdome.

161
Q

Uma paciente de 45 anos apresenta quadro
clínico de diarreia aquosa não responsável
a antidiarreicos habituais, hipopotassemia e
hipocloremia. Ao exame clínico, exibe rubor
cutâneo. Neste caso, o diagnóstico a ser considerado
é a síndrome de:
a) Sipple. c) Zollinger-Ellison.
b) Whipple. d) Verner-Morrison

A

D

162
Q

É uma doença funcional do trato gastrointestinal. Ela possui manifestações decorrentes da disfunção de
um órgão (dor abdominal, alterações do hábito
intestinal), na ausência de alterações estruturais.

A

Síndrome do Intestino Irritável

163
Q

A clínica da Síndrome do Intestino Irritável é

A

Dor Abdominal + Diarreia e/ou Constipação + Ausência
de doença orgânica

164
Q

A causa mais frequente de diarreia crônica no
adulto é a

A

Síndrome do intestino irritável

165
Q

Critérios de ROMA IV para diagnóstico de SII

A

Dor abdominal recorrente durando pelo menos três dias por mês nos últimos três meses, associado com duas ou mais das seguintes características:

1) Melhora com a evacuação.
2) Início associado à mudança na frequência
das evacuações.
3) Início associado à mudança na forma
(aparência) das fezes.

166
Q

Os PROTOZOÁRIOS são seres unicelulares e não desencadeiam uma resposta eosinofílica. Dentre eles, 2 são os principais causadores de diarreia crônica:

A

Entamoeba histolytica
Giardia Lamblia

167
Q

Amebíase é causada pelo protozoário

A

E. histolytica

168
Q

Para o estudo das parasitoses é interessante conhecer o ciclo dos parasitas. O ciclo dos Protozoários é

A

Cisto → Trofozoíta → Cisto

169
Q

Para o estudo das parasitoses é interessante conhecer o ciclo dos parasitas. O ciclo dos Helmintos é

A

Ovo → Larva → Verme → Ovo.

170
Q

Vive no intestino grosso sob a forma de trofozoíta. A outra forma evolutiva é o cisto, principal responsável pela transmissão da doença a outros indivíduos. A maioria é assintomática (90%), alguns podem ter a forma intestinal e extraintestinal.

A

Amebíase

171
Q

Sobre a amebíase, qual é a afirmativa incorreta:

a) A infecção ocorre pela ingestão de água ou alimentos contaminados ou por transmissão fecal-oral direta.
b) As formas císticas da E. histolytica são bastante sensíveis às condições ambientais.
c) Homossexualidade masculina é um fator de risco.
d) A 1ª opção de tratamento para formas intestinais é Secnidazol.
e) Pode complicar com megacólon tóxico.

A

B

172
Q

Qual é a droga de escolha para o tratamento da amebíase em Portador assintomático?

A

Agentes luminais: paramomicina, iodoquinol, furoato
de diloxanida ou derivados das dicloroacetamidas
(teclozam e etofamida). A nitazoxanida (utilizada
também para criptosporídeo) é outra droga que pode
ser utilizada.

173
Q

Dentre as parasitoses causas por Protozoários, qual é invasiva e qual não é invasiva?

A

Giardíase: não invasiva (delgado) - atapetamento
Amebíasa: invasiva (cólon)

174
Q

Qual é a droga de escolha para o tratamento da amebíase em Colite aguda e Abscesso hepático amebiano?

A

Nitroimidazol: tinidazol (mais tolerado e efetivo); metronidazol (disponível para administração parenteral) ou secnidazol. Como nenhum atinge níveis intraluminais elevados, devem ser associados a algum agente luminal.

175
Q

O diagnóstico da Amebíase é feito com o exame

A

Pesquisa de trofozoítas ou cistos nas fezes (EPF: três amostras).

176
Q

Quais são as possíveis complicações da Amebíase

A

Colite amebiana
Ameboma (massa abdominal)
Abscesso hepático

177
Q

Quais os principais parasitas intestinais que não causam doenças?

A

Entamoeba coli
Endolimax nana
Iodamoeba bütschlii

São comensais

178
Q

Criança com 7 anos realizou exame parasitológico de fezes de rotina, que revelou presença de Entamoeba coli. Sua conduta será:

A

Não estabelecer tratamento

179
Q

Giardíase é causada pelo protozoário

A

Giardia lamblia

180
Q

O Tratamento para Giardíase é feito com

A

Metronidazol
OU
Tinidazol (melhor e mais vantajoso)
OU
Secnidazol

São agentes alternativos: nitazoxanida, furazolidona, albendazol (> 5 dias).

181
Q

O controle de cura da Giardíase é feito com

A

EPF em 7, 14 e 21 dias após o tratamento

182
Q

O principal diagnóstico diferencial da Giardíase é

A

Doença Celíaca

183
Q

Menina, 3 anos, é atendida em unidade básica
de saúde por apresentar 3 a 4 evacuações
diárias de fezes líquidas, malcheirosas, com
restos alimentares, sem sangue ou muco,
cólicas abdominais, anorexia, náuseas e distensão
abdominal. Já fez uso de albendazol
em dose única neste semestre. Este quadro
está mais frequentemente associado a:

A

Giardíase.

184
Q

Os principais Helmintos causadores de diarreia são

A

Ascaris lumbricoides
Necatur americanus e Ancylostoma duodenalis
Strongyloides stercoralis.
Toxocara canis
Schistosoma mansoni
Taenia solium e Taenia saginata.
Enterobius vermiculares.
Trichuris trichiura

185
Q

É a parasitose causada por Helmintos mais comum, faz ciclo pulmonar, assintomáticos em sua maioria, faz diarreia e pode ter ELIMINAÇÃO DE VERMES PELA BOCA, ÂNUS, NARIZ…

A

ASCARIDÍASE

186
Q

Quais são os parasitas que fazem o ciclo pulmonar de Looss e, portanto, podem gerar a síndrome de Löeffler?

A

S trongyloides stercoralis
A ncylostoma duodenale
N ecator americanus
T oxocara canis
A scaris lumbricoides

Mnemônico SANTA

187
Q

Para evitarmos possíveis complicações, a ascaridíase deve sempre ser tratada. As Formas não complicadas devem ser tratadas com

A

albendazol, mebendazol, levamizol ou pamoato de pirantel

188
Q

Para evitarmos possíveis complicações, a ascaridíase deve sempre ser tratada. As Formas complicadas (Obstrução intestinal) devem ser tratadas com

A

Piperazina

189
Q

Parasitose cujo AGENTE ETIOLÓGICO é o Necatur americanus e Ancylostoma duodenalis, cujo QUADRO CLÍNICO PRINCIPAL é feito com pacientes assintomáticos (maioria), pode fazer síndrome de Löeffler, cursa com diarreia, com enterite catarral e ANEMIA FERROPRIVA.

A

ANCILOSTOMÍASE

190
Q

O DIAGNÓSTICO da Ancilostomíase é feito com

A

método de Willis (exame do material fecal, com técnica de flutuação)

191
Q

As Alterações laboratoriais mais comuns da Ancilostomíase são

A

anemia ferropriva + hipoalbuminemia + eosinofilia

192
Q

Quais as linhas do tratamento da Ancilostomíase? E como é feito o controle de cura?

A

Albendazol, mebendazol ou pamoato de pirantel.
Controle de cura: EPF após 7, 14 e 21 dias após o término do tratamento.

193
Q

Parasitose cujo AGENTE ETIOLÓGICO é o Strongyloides stercoralis, cujo QUADRO CLÍNICO PRINCIPAL varia desde casos assintomáticos até formas graves e mesmo fatais (SEPSE POR GRAM-NEGATIVO na forma disseminada):

A

ESTRONGILOIDÍASE

194
Q

O QUADRO CLÍNICO SECUNDÁRIO da ESTRONGILOIDÍASE apresenta

A

Erupções serpinginosas, com rápida migração da larva.

195
Q

As ferramentas para o DIAGNÓSTICO da ESTRONGILOIDÍASE são

A

EPF com Baermann
Sorológico

196
Q

O Tratamento da Estrongiloidíase é feito com

A

Tiabendazol, albendazol, ivermectina ou cambendazol

197
Q

Um paciente de 32 anos de idade, que tem diagnóstico de uma dermatose com indicação de uso de corticosteroide em dose imunossupressora, antes do início da corticoterapia, realizou exame de fezes, no qual foram observadas larvas de Strongyloides stercoralis. Com base nessas informações, julgue o item. Do ponto de vista do exame coprológico, o método recomendado para confirmar o diagnóstico da referida parasitose intestinal é o de Kato-Katz.

a) CERTO.
b) ERRADO.

A

B - ERRADO

198
Q

Qual a infestação parasitária de maior gravidade em pacientes imunocomprometidos?

A

Estrongiloidíase

199
Q

Dentre as parasitoses intestinais abaixo, aquela que incide proporcionalmente mais em desnutridos graves do que em crianças eutróficas é:

a) Estrongiloidíase.
b) Tricocefalíase.
c) Ascaridíase.
d) Teníase

A

Estrongiloidíase

200
Q

A parasitose que deve ser investigada em um indivíduo adulto acometido de meningite por Escherichia coli é a:

A

Estrongiloidíase

201
Q

Parasitose cujo AGENTE ETIOLÓGICO é o Toxocara canis, cujo QUADRO CLÍNICO PRINCIPAL assintomático ou com sintomas sistêmicos (febre alta, hepatomegalia, hipergamaglobulinemia e intensa eosinofilia).:

A

TOXOCARÍASE

202
Q

A ferramenta para o DIAGNÓSTICO da TOXOCARÍASE é

A

sorologia ELISA.

203
Q

Todo este processo acaba desencadeando uma reação toxicoinflamatória, na qual a infiltração por eosinófilos é a regra. A eosinofilia é intensa, sendo
uma característica marcante desta parasitose

A

TOXOCARÍASE

204
Q

A maioria das infecções por Toxocara é autolimitada
e não exige terapêutica específica. Entretanto, nos casos com grave acometimento de órgãos como miocárdio, pulmão ou SNC, são recomendados _____________________ para reduzir as complicações inflamatórias?

A

Glicocorticoides

205
Q

Menino de três anos é trazido à consulta com queixa de febre há 2 dias, em bom estado geral, mas com fígado palpável a 4 cm do rebordo costal direito sem esplenomegalia. Hemograma revela: hemoglobina = 11,5 g/dl; leucócitos = 15.000/mm3, com 70% de eosinófilos e plaquetas normais. Protoparasitológico
de fezes: negativo. A hipótese diagnóstica mais provável é:

A

Toxocaríase.

206
Q

Parasitose cujo AGENTE ETIOLÓGICO é o Schistosoma mansoni, cujo QUADRO CLÍNICO PRINCIPAL Agudo tem febre de Katayama (síndrome febril eosinofílica), o Crônico é representado pelas formas intestinal, hepatoesplênica e pulmonar:

A

ESQUISTOSSOMOSE

207
Q

O DIAGNÓSTICO da ESQUISTOSSOMOSE pode ser feito com

A

pesquisa de ovos nas fezes (Lutz e Kato-Katz),
E/OU
biópsia na mucosa retal.

208
Q

Leia o trecho a seguir: “- Trata-se de uma
doença de veiculação hídrica, cuja transmissão
ocorre quando o indivíduo suscetível entra
em contato com águas superficiais onde existam
caramujos, hospedeiros intermediários,
liberando cercárias.” Essa descrição se refere
a qual das seguintes doenças:

A

Esquistossomose.

209
Q

Existe um quadro clínico da Esquistossomose
semelhante ao calazar. Enterobactérias, após translocação, podem aderir à superfície do verme ou adentrar seu intestino, ocasionando um quadro de bacteremia persistente, que pode gerar febre prolongada, perda de peso, dor abdominal,
esplenomegalia de grande monta (da própria esquistossomose), hipoalbuminemia e eosinofilia.

A

Enterobacteriose Septicêmica Prolongada.

210
Q

Paciente, 7 anos de idade, residente em zona rural, queixou-se de dormência na nádega esquerda, de início havia 40 dias. Nos últimos 15 dias, notou dor lombar de intensidade crescente, dormência na perna esquerda, não conseguindo andar e retenção urinária.
Ao exame clínico, hepatoesplenomegalia. Hemograma revelou leucocitose moderada sem desvio à esquerda. Liquor com elevação de proteínas e de células linfócitos não se isolando agente bacteriano. A ressonância magnética da medula espinhal revelou aumento volumétrico da medula torácica baixa e do cone medular com captação de contraste (níveis T11, T12 e L1), conforme a figura. O diagnóstico mais provável é:

A

Mielopatia esquistossomótica.

211
Q

O tratamento medicamentoso da Esquistossomose é feito com

A

Praziquantel OU Oxaminiquine

212
Q

De acordo com o Ministério da Saúde, não devemos iniciar terapia medicamentosa contra a Esquistossomose (para ambas as medicações) nas seguintes situações:

A
  • durante a gestação;
  • durante a fase de amamentação
  • crianças menores de dois anos;
  • insuficiência hepática grave
  • insuficiência renal
213
Q

O controle de cura da Esquistossomose deve ser feito com qual exame e qual frequência?

A

EPF mensal por seis meses consecutivos
Após o tratamento, deve-se fazer biópsia retal após o último controle.

214
Q

Parasitose cujo AGENTE ETIOLÓGICO é o Taenia solium e Taenia saginata, cujo QUADRO CLÍNICO PRINCIPAL é assintomático ou com sintomas gastrointestinais, devendo-se tomar ATENÇÃO PARA O RELATO DA ELIMINAÇÃO DE PROGLOTES VISÍVEIS NAS FEZES.:

A

TENÍASE

215
Q

O tratamento medicamentoso da TENÍASE é feito com

A

praziquantel, albendazol, clorossalicilamida.

216
Q

O ciclo evolutivo das duas espécies de Taenia é semelhante, tendo como único hospedeiro definitivo

A

Homem

217
Q

Doença causada pela Taenia solium, cujo diagnóstico costuma ser feito através de uma combinação de fatores = clínica + neuroimagem + testes sorológicos + LCR (pleocitose, eosinofilorraquia e positividade para reação do complemento) + história de exposição.

A

Neurocisticercose

218
Q

Paciente, sexo masculino, 11 anos de idade, procedente da Zona Rural de Itaberaba/BA, é internado com história de crises convulsivas, cefaleia e vômitos há cerca de 32 dias. Os vômitos melhoraram com antiemético, permanecendo com cefaleia e episódios de crises convulsivas isoladas, apesar do uso de fenobarbital. Procurou serviço médico, onde realizou estudo do LCR, e o resultado revelou pleocitose moderada, eosinofilorraquia e discreta elevação das proteínas. Estado geral é regular, e, no exame físico, não foram encontradas alterações. A TC, com ausência de contraste, mostra lesões císticas intraparenquimatosas com escólex no interior de várias
delas. A RM em sequência T1 melhor visualiza o escólex e o cisto intraventricular. Neste caso, o diagnóstico mais provável é:

A

Neurocisticercose.

219
Q

Paciente feminina, com 20 anos e história de
crises convulsivas frequentes nos últimos dois
meses, foi submetida à tomografia computadorizada
do crânio. Esta demonstrou múltiplas
microcalcificações difusas pelo parênquima cerebral,
sem outras alterações. Qual o diagnóstico mais provável?

A

Neurocisticercose

220
Q

A infestação do intestino humano pela Taenia solium pode ser associada à ingestão de carne suína preparada de forma inadequada. O tratamento desta parasitose intestinal alcança maior percentagem de cura com o uso de:

A

Praziquantel.

221
Q

Parasitose cujo AGENTE ETIOLÓGICO é o Enterobius vermiculares., cujo QUADRO CLÍNICO PRINCIPAL é o PRURIDO ANAL e pode estar associada a Corrimento
vaginal (invasão genital).

A

Enterobías e (Oxiuríase)

222
Q

O tratamento da Enterobíase pode ser feito com

A

Pamoato de pirvínio ou pamoato de pirantel (dose única), mebendazol (três dias consecutivos) ou albendazol (dose única).

223
Q

O DIAGNÓSTICO da Enterobiose é feito com

A

Fita gomada (método de Graham).

224
Q

Uma menina de 5 anos foi levada a uma consulta na UBS com queixa de “ardor para urinar”, há 3 dias. A mãe relata que a criança estava bem e que apenas havia notando que a mesma frequentemente apresentava prurido anal. Negou febre. Exame clínico demonstrou criança eutrófica, corada, com pulmões limpos, abdome sem alteração, hiperemia discreta em
vulva, com secreção clara, mucoide. Região perianal, sem alteração. Possivelmente trata-se de um caso de vulvovaginite secundária à:

A

Oxiuríase.

225
Q

Parasitose cujo AGENTE ETIOLÓGICO é o Trichuris trichiura, cujo QUADRO CLÍNICO PRINCIPAL é o PROLAPSO RETAL e pode estar associada a Colite
+ enterorragia.

A

Tricuríase

226
Q

O DIAGNÓSTICO da Tricuríase é feito com

A

EPF 03 amostras

227
Q

O tratamento da Tricuríase pode ser feito com

A

Mebendazol (por três dias) ou Albendazol dose única.

228
Q

Enumere os espaços em branco com o número do parasita que melhor preencher a sentença. Em seguida marque a alternativa que contém a sua sequência.
1- Ascaris lumbricoides.
2- Strongyloides stercorallis.
3- Ancylostoma duodenale.
4- Trichuris trichiura.
5- Taenia solium.
6- Giardia lamblia.
7- Entamoeba histolytica.
8- Enterobius vermiculares (oxiuríase).
( ) Pode causar tosse noturna e eosinofilia. Incluirá aquelas que fazem ciclo pulmonar =
( ) Prurido anal, principalmente noturno, e vulvovaginite secundária.
( ) Pode manifestar-se com prolapso retal.
( ) Pode “atapetar” o intestino delgado, provocar
esteatorreia e dor abdominal alta.
( ) Deve ser tratado todas as vezes antes de
iniciarmos imunossupressão..
( ) Pode manifestar-se com colite.

A

1, 8, 4, 6, 2, 7.

229
Q

A infecção por este parasita geralmente é assintomática. Todavia, casos de infecção maciça podem cursar com dor abdominal e diarreia. O tratamento indicado é com praziquantel.

A

Hymenolepis nana

230
Q

Este protozoário é comum em porcos e pode infectar humanos a partir das fezes de animais. Este parasita causa colite infecciosa e pode gerar infecção assintomática ou dor abdominal (aguda ou crônica) associada ou não a fezes sanguinolentas. O tratamento é feito com tetraciclina ou metronidazol (segunda escolha)

A

Balantidium coli

231
Q

Adolescente de 13 anos, que reside em Zona
Rural, procura o serviço de saúde queixando-
-se de “magreza, palidez e desânimo”. Ao
exame físico: hipocorado (+/4+), peso e altura
no percentil 10% e maturação sexual (Tanner)
G2 P2. Exames laboratoriais: Ht: 33%; Hb:
10%; protoparasitológico: cistos de Balantidium
coli e ovos de Hymenolepis nana. Além
de prescrever sulfato ferroso, adequar a dieta
oferecida e propor monitorar crescimento de
4 em 4 meses, deve-se indicar:

A

Praziquantel (H.nana) e metronidazol (B. coli).

232
Q

Fissuras, fístulas e abscessos anais são MAIS FREQUENTEMENTE observados na:

a) Pancolite ulcerativa.
b) Colite do lado esquerdo.
c) Proctite ulcerativa.
d) Doença de Crohn do delgado.
e) Doença de Crohn do cólon.

A

E

» Fístulas são características da doença de Crohn, pelo fato de seu acometimento ser transmural, isto é,
afetar toda a espessura da parede do intestino. Na retocolite ulcerativa, apenas a mucosa e a
submucosa são afetadas, e, por isso, a doença não pode ter caráter åstulizante. Ora, se as fístulas e os
abscessos secundários a elas são anais, só poderíamos estar falando da doença de Crohn do cólon.
Crohn restrito ao delgado não afetaria o cólon distal. Resposta: E.