HIV/AIDS Flashcards
HIV/AIDS é um retrovírus assim como o HTLV. Esta classe tem como genoma o RNA viral e precisa da
enzima transcriptase reversa para gerar dupla fita de DNA na célula hospedeira. Existem dois tipos: HIV-1 (principal) e HIV-2. Podem ser classificados em grupos e subtipos. Grupo M, subtipo C é o mais comum no mundo. Brasil e EUA têm subtipo B como predominante.
O Ciclo do HIV: Aderência da gp120 → ligação da gp41 aos correceptores CXCR4 e CCR5 → vírus internalizado → transcriptase reversa transcreve RNA viral em DNA → integrase une o DNA do vírus ao da célula hospedeira → proteínas do vírus são formadas → proteases tornam maduras as proteínas → novos vírus completos são liberados…
As Vias de transmissão são:
❯ Exposição sexual: homossexual, bissexual e heterossexual.
❯ Exposição sanguínea: Usuários de Drogas Injetáveis (UDI) e transfusão de sangue e hemoderivados.
❯ Exposição perinatal (vertical).
❯ Exposição percutânea
❯ Exposição ignorada
A prevalência da infecção pelo HIV cresce, mas incidência vem caindo junto com óbitos.
Preocupação recente do MS: infecção pelo HIV em pacientes jovens, sobretudo em homens que fazem sexo com homens (HSH)! Outra faixa de preocupação é entre adultos com mais de 50 anos.
EPIDEMIA ESTÁVEL E CONCENTRADA EM POPULAÇÕES VULNERÁVEIS. GUARDAR PARA A PROVA – CARACTERÍSTICAS GERAIS:
❯ Principal faixa etária acometida:
❯ Relação homem/mulher nos últimos anos:
❯ Principais formas de transmissão:
❯ A principal transmissão abaixo dos 13 anos:
❯ A principal transmissão acima dos 13 anos:
❯ Principal faixa etária acometida: 20 a 34 anos;
❯ Relação homem/mulher nos últimos anos: (2,6:1);
❯ Principais formas de transmissão: sexual, sanguínea, perinatal e percutânea;
❯ A principal transmissão abaixo dos 13 anos: vertical;
❯ A principal transmissão acima dos 13 anos: sexual.
Existem cinco fluxogramas propostos pelo MS. Os mais importantes combinam testes rápidos (entre eles, o de fluido oral) ou imunoensaio de triagem (3ª ou 4ª geração) com teste molecular.
1. O Diagnóstico de HIV pode ser feito de quatro maneiras:
2. Crianças < 18 meses e infecção aguda:
3. Demais:
4. Métodos sorológicos:
1. detecção de anticorpos anti-HIV;
detecção do antígeno p24;
pesquisa de ácido nucleico (RNA viral ou DNA pró-viral) e
cultura.
2. preferência por métodos moleculares.
3. preferência pelos métodos sorológicos.
4. imunoensaios de triagem (ex.: ELISA), testes rápidos e testes complementares (Western blot, imunoblot e imunoblot rápido).
5.
FLUXOGRAMA 1 DE DIAGNÓSTICO DO HIV
Realizar 2 diferentes testes rápidos (TR1 e TR2) em sequência com amostras de sangue. O indivíduo é orientado a aguardar o resultado no local.
Interpretações e Condutas:
❯ A amostra com resultado não reagente no Teste Rápido 1 (TR1) será definida como: “amostra não reagente para HIV”. Casos suspeitos: coletar nova amostra em 30 dias.
❯ A amostra com resultado reagente no TR1 deverá ser submetida ao Teste Rápido 2 (TR2) e, se também for reagente, terá seu resultado definido como: “amostra reagente para HIV”.
❯ A amostra com resultados discordantes entre os testes não terá seu resultado definido. Nesse caso, deve-se repetir os dois testes; persistindo a discordância dos resultados, uma amostra deverá ser coletada por punção venosa e encaminhada para ser testada com um dos fluxogramas definidos para laboratório.
❯ Após a confirmação de “amostra reagente”, o indivíduo é encaminhado para atendimento, quando deve ser solicitado o teste de quantificação da carga viral do HIV (HIV-RNA). A carga viral, quando igual ou superior a 5.000 cópias/ml, confirma a infecção pelo HIV. Na eventualidade da carga viral ser inferior a 5.000 cópias/ml, deve-se considerar a ocorrência de um duplo resultado falso-positivo (TR1 e TR2). Nessa situação, recomenda-se a realização de um ensaio sorológico complementar, como o western blot, imunoblot ou imunoblot rápido.
- *Indicações:**
a) Rede de serviços de saúde sem infraestrutura laboratorial ou localizada em regiões de difícil acesso;
b) Programas do Ministério da Saúde, tais como Rede Cegonha, Programa de Saúde da Família, Consultório na Rua, Quero Fazer, dentre outros programas;
c) Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) e Unidade de Testagem Móvel;
d) Segmentos populacionais flutuantes;
e) Segmentos populacionais mais vulneráveis;
f) Parcerias de pessoas vivendo com HIV/aids;
g) Acidentes biológicos ocupacionais;
h) Gestantes no pré-natal e que não tenham sido testadas durante o pré-natal ou cuja idade gestacional não assegure o recebimento do resultado do teste antes do parto;
i) Parturientes e puérperas que não tenham sido testadas no pré-natal ou quando não é conhecido o resultado do teste no momento do parto;
j) Abortamento espontâneo, independentemente da idade gestacional;
k) Laboratórios que realizam pequenas rotinas (rotinas com até cinco amostras diárias para diagnóstico da infecção pelo HIV);
l) Pessoas em situação de violência sexual como prevenção das IST/aids;
m) Pacientes atendidos em pronto-socorros;
n) Outras situações especiais definidas pelo Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis para ações de vigilância, prevenção e controle das infecções sexualmente transmissíveis e síndrome da imunodeficiência adquirida.
FLUXOGRAMA 2 DE DIAGNÓSTICO DO HIV
Realizar 1 teste rápido utilizando fluido oral (TR-FO) seguido por 1 teste rápido utilizando sangue (TR)
Interpretações e Condutas:
❯ A amostra com resultado não reagente no teste rápido utilizando fluido oral (TR-FO) será definida como: “amostra não reagente para HIV”. Em caso de suspeita de infecção pelo HIV, uma nova amostra deverá ser coletada 30 dias após a data da coleta dessa amostra.
❯ A amostra com resultados discordantes entre TR-FO e TR não terá seu resultado definido. Ambos os testes deverão ser repetidos. Persistindo a discordância, uma amostra deverá ser coletada por punção venosa e encaminhada para ser testada com um dos fluxogramas definidos para laboratório.
Indicações: este fluxograma deve ser preferencialmente utilizado fora de unidades de saúde, em campanhas de testagem e em populações de alta vulnerabilidade.
FLUXOGRAMA 3 DE DIAGNÓSTICO DO HIV
Realizar triagem com imunoensaio de 4ª Geração (IE4ªG) e teste molecular como teste complementar/confirmatório.
Interpretações e Condutas:
❯ Resultado (-) no IE4ªG = “amostra não reagente para HIV”. Casos suspeitos: nova amostra deverá ser coletada em 30 dias.
❯ Resultado (+) no IE4ªG e teste molecular (detectável no caso de ensaio qualitativo ou com ≥ 5.000 cópias/ml) = “amostra reagente para HIV”.
❯ Resultado (-) no ensaio molecular não terá o seu resultado definido. Em caso de suspeita, a amostra deverá ser submetida ao ensaio de western blot, imunoblot ou imunoblot rápido.
❯ Para comprovação do diagnóstico laboratorial, uma segunda amostra deverá ser coletada e submetida ao imunoensaio.
Indicações: é o fluxograma que permite o diagnóstico mais precoce da infecção pelo HIV (detecta IgM e antígeno p24 – janela imunológica de 15 dias!!!)
FLUXOGRAMA 4 DE DIAGNÓSTICO DO HIV
Realizar triagem com imunoensaio de 3ª geração e teste molecular como teste complementar/confirmatório.
Interpretações e Condutas:
FLUXOGRAMA 5 DE DIAGNÓSTICO DO HIV
Realizar triagem com imunoensaio de 3ª geração e western blot, imunoblot ou imunoblot rápido como teste complementar/confirmatório.
Interpretações e Condutas:
Sobre a História natural do HIV/AIDS, a (1) Infecção aguda se caracteriza por:
❯ Ocorre após 3-6 semanas da infecção pelo HIV → entrada do vírus no organismo e elevada replicação viral (1º pico de viremia);
❯ Queda importante do CD4;
❯ Síndrome retroviral aguda (febre, adenopatia, rash cutâneo em tronco, mialgias e faringite). Lembrar: síndrome de mononucleose infecciosa!
❯ Os testes sorológicos geralmente ainda estão negativos: diagnóstico pela pesquisa do vírus (antigenemia p24 ou dosagem do RNA viral);
❯ Ao final de 4-10 semanas os pacientes “soroconvertem”.
Sobre a História natural do HIV, a (2) Latência clínica:
Resposta imune, contém parcialmente replicação viral a um determinado nível (set point). O paciente não sente nada e permanece assim por um longo período, que, em média, é de dez anos. Pode apresentar linfadenopatia generalizada persistente.
Atenção! Mesmo na fase assintomática da doença, a replicação do HIV não cessa (sem latência viral)!
Sobre a História natural do HIV, a (3) Fase sintomática pode ser PRECOCE e AIDS.
A Fase Sintomática Precoce tem:
❯ Perda de peso inexplicada (> 10% do peso).
❯ Diarreia crônica por mais de um mês.
❯ Febre persistente inexplicada por mais de um mês (> 37,6°C, intermitente ou constante).
❯ Candidíase oral persistente.
❯ Candidíase vulvovaginal persistente, frequente ou não responsiva à terapia.
❯ Leucoplasia pilosa oral.
❯ Tuberculose pulmonar.
❯ Infecções bacterianas graves (por exemplo: pneumonia, empiema, meningite, piomiosite, infecções osteoarticulares, bacteremia, doença inflamatória pélvica grave).
❯ Estomatite, gengivite ou periodontite aguda necrosante.
❯ Anemia inexplicada (< 8 g/dl), neutropenia (< 500 cel/μl) e/ou trombocitopenia crônica (<50.000 cel/μl).
❯ Angiomatose bacilar.
❯ Displasia cervical (moderada ou grave)/carcinoma cervical in situ.
❯ Herpes-zóster (≥ 2 episódios ou ≥ 2 dermátomos).
❯ Listeriose.
❯ Neuropatia periférica.
❯ Púrpura trombocitopênica idiopática.
Sobre a História natural do HIV, a (3) Fase sintomática pode ser PRECOCE e AIDS.
A Fase AIDS tem:
Caracteriza-se por uma contagem mais baixa de CD4 (principalmente < 200/mm³), pelo 2º pico de viremia (carga viral alta) e pelas doenças oportunistas que só ocorrem após a presença desta grave imunodeficiência.
AS DOENÇAS DEFINIDORAS DE AIDS SÃO:
❯ Síndrome consumptiva associada ao HIV (perda involuntária de mais de 10% do peso habitual) associada à diarreia crônica (dois ou mais episódios por dia com duração ≥ 1 mês) ou fadiga crônica e febre ≥ 1 mês.
❯ Pneumonia por Pneumocystis jiroveci.
❯ Pneumonia bacteriana recorrente (dois ou mais episódios em um ano).
❯ Herpes simples com úlceras mucocutâneas (duração > 1 mês) ou visceral em qualquer localização.
❯ Candidíase esofágica ou de traqueia, brônquios ou pulmões.
❯ Tuberculose extrapulmonar.
❯ Sarcoma de Kaposi.
❯ Doença por citomegalovírus (retinite ou outros órgãos, exceto fígado, baço ou linfonodos).
❯ Neurotoxoplasmose.
❯ Encefalopatia pelo HIV.
❯ Criptococose extrapulmonar.
❯ Infecção disseminada por micobactérias não M. tuberculosis.
❯ Leucoencefalopatia multifocal progressiva.
❯ Criptosporidiose intestinal crônica (duração > 1 mês).
❯ Isosporíase intestinal crônica (duração > 1 mês).
❯ Micoses disseminadas (histoplasmose, coccidioidomicose).
❯ Septicemia recorrente por Salmonella não typhi.
❯ Linfoma não Hodgkin de células B ou primário do sistema nervoso central.
❯ Carcinoma cervical invasivo.
❯ Reativação de doença de Chagas (meningoencefalite e/ou miocardite).
❯ Leishmaniose atípica disseminada.
❯ Nefropatia ou cardiomiopatia sintomática associada ao HIV.
De acordo com o Guia de Vigilância Epidemiológica, a contagem de CD4 para definição de aids é
Abaixo de 350 cel/mm³, diferente de outras referências que colocam como 200 cel/mm³.
HIV: TERAPIA ANTIRRETROVIRAL (TARV)
Classes disponíveis
(1) Inibidores da Transcriptase Reversa Nucleosídicos (ITRN): Tenofovir (TDF), Lamivudina (3TC),
Abacavir (ABC), Zidovudina (AZT), Entricitabina (FTC).
(2) Inibidores da Transcriptase Reversa Não Nucleosídicos (ITRNN): Efavirenz (EFV), Nevirapina (NVP).
(3) Inibidores da Protease (IP): “Navir” – Atazanavir (ATZ), Lopinavir (LPV), Saquinavir (SQV), Darunavir (DRV), Fosamprenavir (FPV).
(4) Inibidores da Fusão: Enfuvirtida.
(5) Inibidores da Integrase (INI): Dolutegravir, raltegravir.
(6) Inibidores de CCR5: Maraviroque.
Lembrar que TARV não é emergência, que uma vez iniciada é para sempre e que deve conter pelo menos três drogas sempre!
SÃO INDICAÇÕES:
- *❯ Todas as Pessoas Vivendo com HIV (PVHIV).**
- *❯ Situações de priorização:**
(1) Sintomáticos;
(2) Contagem de LT-CD4+ abaixo de 350 cel/mm³;
(3) Gestantes;
(4) Tuberculose ativa;
(5) Hepatite B;
(6) Hepatite C (em geral, aconselhável a estabilização com TARV antes de iniciar tratamento para HCV, especialmente em pessoas com imunossupressão avançada);
(7) Risco cardiovascular elevado (pacientes com escore de Framingham acima de 20%).
A carga viral plasmática não deve ser verificada antes de quatro semanas após a resolução de qualquer infecção intercorrente ou vacinação, assim como a contagem de CD4.
Esquema ARV (TARV) Preferencial para Adultos em início de tratamento
TDFa/3TC/DTGb
Falha terapêutica no Tratamento HIV/AIDS ou Falha virológica, tem o principal parâmetro:
Carga viral plasmática detectável após 6 meses do início ou modificação do tratamento antirretroviral, ou por detecção da carga viral nos indivíduos que a mantinham indetectável na vigência de tratamento.
A viremia deve ser confirmada em coleta consecutiva após intervalo de pelo menos 4 semanas da anterior
Teste que otimiza a escolha do esquema de resgate, reduzindo a chance de acúmulo progressivo de mutações e de ampla resistência a antirretrovirais.
Teste de genotipagem
Todo paciente com falha terapêutica deve ser submetido à genotipagem viral para avaliação de resistência aos antirretrovirais.
TARV é iniciada em pacientes com imunodeficiência avançada e a recuperação imunológica inicial leva à resposta inflamatória contra doenças anteriormente subclínicas (ex.: herpes zóster, CMV, tuberculose, criptococose). Não é considerada falha de tratamento! Corticoides podem ser utilizados nos casos mais graves.
Critérios para suspeita clínica de síndrome da reconstituição imune:
(1) Piora de doença reconhecida ou surgimento de nova manifestação após início da TARV;
(2) Presença de imunodepressão grave (contagem de LT-CD4+ < 100) antes do início ou modificação do esquema;
(3) Relação temporal entre o início da TARV e o aparecimento das manifestações inflamatórias (dentro de quatro a oito semanas do início da TARV);
(4) Presença de resposta imune, virológica ou ambas após início da TARV;
(5) Exclusão de falha terapêutica, reação adversa ou superinfecção.
Risco de contágio de alguns Vírus: HBV 10-30%; HCV 1-2%; HIV 0,3%. O risco de transmissão de hepatites B e C são maiores que do HIV!!! Sobre a Prevenção de Pós-Exposição de Risco (PEP) de HIV, os Materiais biológicos com risco de transmissão são:
❯ Sangue e outros materiais contendo sangue.
❯ Sêmen.
❯ Fluidos vaginais.
❯ Líquidos de serosas (peritoneal, pleural, pericárdico), líquido amniótico, liquor e líquido articular.
Materiais sem risco na ausência de conteúdo sanguíneo: suor; lágrima; fezes; urina; vômitos; secreções nasais; saliva (exceto em ambientes odontológicos).
- O Tempo transcorrido entre a exposição e o atendimento deve ser:
- Exames a solicitar para avaliar Prevenção de Pós-Exposição de Risco (PEP):
1. Iniciado o mais precocemente possível, idealmente nas primeiras 2 horas após a exposição, tendo como limite 72 horas.
2. Teste rápido para a pessoa-fonte e pessoa exposta.
Sobre a PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO DE RISCO (PEP) no HIV:
❯ Se pessoa exposta (+):
❯ Se pessoa exposta (- ou desconhecido):
❯ Se pessoa-fonte (-) :
❯ Se pessoa-fonte (+ ou desconhecido):
- *❯ Se pessoa exposta (+)**: PEP não indicada. Encaminhar para acompanhamento clínico.
- *❯ Se pessoa exposta (- ou desconhecido)**: avaliar o status da pessoa-fonte.
- *❯ Se pessoa-fonte (-)** : PEP não indicada (atentar para a possibilidade de falso-negativo se história de exposição de risco nos últimos 30 dias ou 90 dias, se utilizado teste com fluido oral).
- *❯ Se pessoa-fonte (+ ou desconhecido):** PEP indicada.
Esquema antirretroviral de PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO DE RISCO (PEP) no HIV
Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Dolutegravir (DTG), por 28 dias.
O Conceito de PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO DE RISCO (PrEP) é o Uso de ARV antes da exposição ao vírus. Os segmentos populacionais prioritários são homens que fazem sexo com homens e gays, pessoas trans, profissionais do sexo e parcerias sorodiscordantes. A Eficácia da PrEP é de uma redução no risco de infecção de mais de 90%. Começa a fazer efeito após 7 dias de uso para relação anal e 20 dias para relação vaginal.
São critérios de indicação para PrEP HIV:
Relação sexual anal (receptiva ou insertiva) ou vaginal, sem uso de preservativo, nos últimos 6 meses;
E/OU
Episódios recorrentes de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST);
E/OU
Uso repetido de Profilaxia Pós-Exposição (PEP).
Nas parcerias sorodiscordantes: relação sexual anal ou vaginal com uma pessoa infectada pelo HIV sem preservativo.
HIV NA GRAVIDEZ (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020). A Infecção vertical, sem qualquer intervenção, tem taxa de transmissão, em torno de 25%.
Vias de transmissão vertical - percentual:
❯ Intraparto:
❯ Intraútero e aleitamento:
❯ Intraparto: 75% dos casos;
❯ Intraútero e aleitamento: 25%.
HIV NA GRAVIDEZ (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020).
São 3 as condições que reduzem o risco de transmissão Vertical de HIV a níveis entre 0 e 2%:
Cesariana eletiva,
Profilaxia com antirretrovirais e a
Contraindicação ao aleitamento
Profilaxia HIV na gravidez deve ser indicada SEMPRE. A Terapia Antirretroviral (TARV) está indicada para toda gestante infectada pelo HIV, independentemente de critérios clínicos e imunológicos, e não deverá ser suspensa após o parto, independentemente do nível de linfócitos CD4 do início do tratamento. A TARV poderá ser iniciada na gestante antes mesmo de se ter os resultados dos exames de CD4 e carga viral, principalmente nos casos de gestantes que iniciam tardiamente acompanhamento pré-natal, com o objetivo de alcançar a supressão viral o mais rapidamente possível.
O Esquema de TARV inicial no PRIMEIRO TRIMESTRE é:
❯ Se genotipagem pré-tratamento comprovar ausência de mutações para ITRNN, o esquema preferencial é tenofovir (TDF)/lamivudina (3TC)/efavirenz (EFZ).
❯ Se genotipagem pré-tratamento NÃO estiver disponível ou quando comprovar resistência transmitida a ITRNN, iniciar tenofovir* *TDF/lamivudina 3TC + atazanavir/ritonavir (ATV/r).
Profilaxia HIV na gravidez deve ser indicada SEMPRE. A Terapia Antirretroviral (TARV) está indicada para toda gestante infectada pelo HIV, independentemente de critérios clínicos e imunológicos, e não deverá ser suspensa após o parto, independentemente do nível de linfócitos CD4 do início do tratamento. A TARV poderá ser iniciada na gestante antes mesmo de se ter os resultados dos exames de CD4 e carga viral, principalmente nos casos de gestantes que iniciam tardiamente acompanhamento pré-natal, com o objetivo de alcançar a supressão viral o mais rapidamente possível.
Esquema preferencial para gestantes que irão iniciar TARV a partir de 13 semanas (SEGUNDO TRIMESTRE):
❯ tenofovir (TDF) + lamivudina (3TC) + dolutegravir (DTG).
Profilaxia HIV na gravidez deve ser indicada SEMPRE. A Terapia Antirretroviral (TARV) está indicada para toda gestante infectada pelo HIV, independentemente de critérios clínicos e imunológicos, e não deverá ser suspensa após o parto, independentemente do nível de linfócitos CD4 do início do tratamento. A TARV poderá ser iniciada na gestante antes mesmo de se ter os resultados dos exames de CD4 e carga viral, principalmente nos casos de gestantes que iniciam tardiamente acompanhamento pré-natal, com o objetivo de alcançar a supressão viral o mais rapidamente possível.
1. Gestante em uso de TARV e carga viral indetectável ou abaixo de 50 cópias/ml:
2. Gestante em uso de TARV e carga viral maior que 50 cópias/ml:
1. Gestante em uso de TARV e carga viral indetectável ou abaixo de 50 cópias/ml: manter mesmo esquema, desde que não contenha medicamentos contraindicados na gestação.
2. Gestante em uso de TARV e carga viral maior que 50 cópias/ml: realizar genotipagem para o HIV e escolher TARV de acordo com a resistência aos antirretrovirais