CM 04 - SÍNDROME METABÓLICA - DIABETES E OBESIDADE Flashcards
São quatro classes de DM:
■ DM tipo 1;
■ DM tipo 2;
■ Tipos especíåcos (genéticos, endocrinopatias, drogas, etc.);
■ Diabetes gestacional.
RASTREAMENTO DE DIABETES
- Qualquer pessoa a partir dos 35 anos
- Questionário FINDRISC: para avaliar o risco de diabetes em 10 anos. Pacientes com pontuação alta ou muito alta devem ser rastreados.
Como funciona o FINDRISC?
O questionário avalia fatores de risco como idade, IMC, circunferência abdominal, histórico familiar de diabetes, atividade física, entre outros. A pontuação é classificada da seguinte forma:
Menor que 7: baixo risco.
7 a 11: risco levemente elevado.
12 a 14: risco moderado.
15 a 20: alto risco.
Maior que 20: muito alto risco.
Frequência do rastreamento
- Rastreio negativo com menos de três fatores de risco:
- Rastreio negativo com três ou mais fatores de risco ou FINDRISC alto/muito alto:
- Pré-diabetes:
- Um exame positivo para diabetes sem confirmação:
- Rastreio negativo com menos de três fatores de risco: a cada 3 anos.
- Rastreio negativo com três ou mais fatores de risco ou FINDRISC alto/muito alto: anualmente.
- Pré-diabetes: anualmente.
- Um exame positivo para diabetes sem confirmação: a cada 6 meses
RASTREAMENTO DE DIABETES
Independentemente da idade, se tiver ________ e, pelo menos, um dos fatores de risco abaixo:
Sobrepeso (IMC > 25 kg/m² ou > 23 kg/m² em asiáticos) e,
FATORES DE RISCO
❯ História familiar de DM em parente de primeiro grau;
❯ Etnicidade de risco (negros, latinos, nativos americanos, asiáticos, moradores de ilhas do Pacíåco);
❯ Hipertensos (PA ≥ 140 x 90 mmHg ou em tratamento para hipertensão);
❯ Dislipidemia (HDL-c < 35 mg/dl e/ou triglicerídeos > 250 mg/dl);
❯ Sedentarismo;
❯ Síndrome dos ovários policísticos;
❯ História de doença cardiovascular;
❯ História prévia de glicemia alterada ou intolerância à glicose ou HbA1c ≥ 5,7%;
❯ Mulheres diagnosticadas com diabetes gestacional;
❯ Outras condições associadas com a resistência à insulina (ex.: acantose nigricans, obesidade grave)
DIAGNÓSTICO DE DM :
■ Glicemia de jejum ≥ 126 mg/dl ou
■ HbA1c maior ou igual a 6,5%
■ Glicemia no TTGO-1h maior ou igual a 209 mg/dl ou a glicemia no TTGO- 2h maior ou igual a 200 mg/dl
■ Glicemia casual ≥ 200 mg/dl associada a sintomas típicos.
RISCO AUMENTADO DE DIABETES (PRÉ-DIABETES)
■ Glicemia de jejum 100-125 mg/dl; TOTG 140-199 mg/dl; HbA1c 5,7-6,4%
PRINCIPAIS METAS DO TRATAMENTO:
■ HbA1c < 7%.
■ PA < 130 x 80 mmHg (sobretudo nos de risco cardiovascular mais elevado).
■ Controle do LDL (estatina de moderada a alta intensidade, de acordo com o risco cardiovascular.
TERAPIAS NO DM TIPO 1:
■ DM tipo 1: terapia não farmacológica + insulinoterapia (opções: análogo da amilina, transplante de
pâncreas, pâncreas artiåcial).
* Conhecer as características das principais insulinas (pico e tempo de ação).
* Padrão-ouro = bomba de infusão contínua. Transplante de pâncreas em casos
selecionados.
TERAPIAS NO DM TIPO 2:
■ DM tipo 2: terapia não farmacológica/antidiabéticos/insulinoterapia/cirurgia metabólica. Os antidiabéticos
podem ser drogas:
❯ Que reduzem a resistência à insulina;
❯ Que estimulam a célula beta a secretar mais insulina;
❯ Que reduzem ou retardam a absorção intestinal da glicose;
❯ Que atuam como incretinas (incretinomiméticas – inibidores DPP-4 e análogos GLP-1);
❯ Que atuam no túbulo renal proximal (inibidor SGLT2).
Que drogas são boas opções em obesos?
Metformina, gliptinas, análogo GLP-1 e inibidor SGLT2.
Que drogas causam hipoglicemia?
Sulfonilureia e glinida.
Que drogas levam à redução da glicemia pós-prandial?
Acarbose, glinidas e incretinomiméticas.
Que drogas recentemente mostraram benefício cardiovascular?
Análogos GLP-1 e
inibidor SGLT2
CONDUTA no DM:
- ■ Terapia inicial
- ■ Se não atingir alvo
- ■ Hiperglicemia refratária à terapia combinada
- ■ Terapia inicial = mudança no estilo de vida + metformina.
- ■ Se não atingir alvo = associar antidiabético oral ou agonista do GLP-1 ou insulina, de acordo com as
características do paciente. - ■ Hiperglicemia refratária à terapia combinada; glicemia ≥ 300 mg/dl; HbA1c ≥ 10%; sintomas francos;
situações de “estresse” = insulina.
Hormônios contrainsulínicos:
- Glucagon –
- Adrenalina –
- Cortisol –
- GH –
- produzido pelas células alfa das ilhotas do pâncreas;
- produzida pela medula suprarrenal;
- produzido pelo córtex suprarrenal;
- produzido na adeno-hipóåse.
O efeito da insulina sobre o transporte de glicose é:
a) Permitir o transporte contra um gradiente de concentração.
b) Aumentar o transporte através do epitélio tubular renal.
c) Aumentar o transporte para o cérebro.
d) Aumentar o transporte através da mucosa intestinal.
e) Aumentar o transporte através da membrana celular.
E
Desejando estabelecer se paciente idoso, com diabetes tipo 2 de longa duração, mantém preservada alguma produção endógena de insulina, você solicitaria:
a) Frutosamina.
b) Peptídeo C sérico.
c) Microalbuminúria.
d) Hemoglobina glicosilada.
e) Anticorpo anticélula B
B
Obviamente a dosagem da própria insulina para avaliar a função da célula beta, em um primeiro
momento, poderia ser pensada como o teste mais prático e rápido. Entretanto existem algumas
desvantagens com relação à dosagem desse hormônio, principalmente relacionado à sua curta meiavida (em torno de quatro minutos). É aí que temos de nos lembrar do peptídeo C, molécula produzida e
secretada em conjunto com a insulina pelas células beta do pâncreas, que pode ser considerada como
um marcador independente da secreção de insulina. Ele possui algumas vantagens em relação à
determinação da insulina plasmática como a meia-vida mais longa (30min) e o fato de não sofrer
metabolização hepática signiåcativa, além de um clearance mais previsível. Resposta: B
Paciente com 18 anos de idade chega a Pernambuco com diagnóstico de diabetes mellitus tipo 1 há 2
anos. Pensando na conårmação diagnóstica, qual dos anticorpos abaixo apresenta a maior chance de
ainda estar positivo?
a) Anticorpo anti-insulina.
b) Anticorpo antitirosina-fosfatase (anti-IA2).
c) Anticorpo anti-ilhota de Langerhans (ICA).
d) Anticorpo antitireoperoxidase (anti-TPO).
e) Anticorpo antidescarboxilase do ácido glutâmico (anti-GAD)
E
Vejamos um grande rodapé com essa questão! Sabendo que o diabetes tipo I é uma doença autoimune contra as ilhotas pancreáticas, é claro que surgem no plasma autoanticorpos voltados para estruturas antigênicas presentes nas próprias ilhotas. Embora o anticorpo anti-insulina seja o primeiro a aparecer e também o presente em títulos mais elevados em crianças mais novas com DM1, eles estarão presentes dentro de duas semanas em qualquer paciente que utilize insulina subcutânea. Ou seja, num paciente com diagnóstico há dois anos e provavelmente já usando a insulina, este já não seria o melhor marcador… O anti-GAD, por sua vez, também é comum (70% dos pacientes) e pode permanecer
positivo após dez anos em até 50% dos casos. Por essa razão, é normalmente o marcador autoimune
ideal na investigação de pacientes com DM de longa duração, para classiåcação etiológica adequada.
Resposta: letra E.
Trata-se de uma doença genética com herança autossômica dominante (história familiar positiva é a regra!), que acomete indivíduos entre 10-30 anos (média: 20-25 anos) e que desenvolvem diabetes mellitus não autoimune, geralmente assintomáticos ou oligossintomáticos, obesos ou magros (mais comum).
MODY (Maturity Onset Diabetes of the Young)
Quais as duas doenças autoimunes mais frequentes nos pacientes diabéticos, principalmente tipo 1?
Tireoidite de Hashimoto e doença celíaca.
E qual é a conduta com pacientes de risco aumentado ou pré-diabéticos?
devem ser monitorados ANUALMENTE
Diabético bem controlado = HbGli no valor de
Menor que 7,0 %
Os alvos esperados para o controle da glicemia capilar do diabético, de acordo com as diretrizes vigentes, são:
- Glicemia capilar pré-prandial
- Glicemia capilar pós-prandial
Glicemia capilar pré-prandial 80-130 mg/dl
Glicemia capilar pós-prandial* < 180 mg/dl
Qual é o alvo da PA nos diabéticos?
< 130 x 80 mmHg (maior benefício se alto risco cardiovascular)
Qual é o anti-hipertensivo de escolha no DM tipo 2?
Na ausência de albuminúria, qualquer uma das quatro classes de anti-hipertensivos de primeira linha podem ser utilizados: IECA, BRA-II, diuréticos tiazídicos ou BCC diidropiridínicos.
IECA e BRA-II permaneceriam como preferenciais na presença de excreção urinária aumentada de albumina, em virtude de seus efeitos nefroprotetores sobre o sistema renina-angiotensina-aldosterona.
Com qual frequência devemos pesquisar a dislipidemia?
no momento do diagnóstico, na primeira avaliação médica e/ou a partir dos 40 anos e, em seguida, periodicamente (a cada 1-2 anos).
Como controlar o LDL-colesterol em diabéticos?
Além do plano dietético, as estatinas são a droga de escolha
Insulinoterapia “Tradicional”: Infelizmente, um esquema de insulinoterapia tradicionalmente utilizado nos postos de saúde, pelo acesso e compreensão mais fáceis, é composto de:
2 aplicações: matinal e vespertina
Inicialmente, devemos dividir a dose total diária em metade para NPH e metade para regular. Daí, faríamos NPH (2/3 matinal e 1/3 vespertina); regular (1/2 matinal e 1/2 vespertina).
No entanto, há muito tempo este esquema não é mais aconselhado por se afastar do que seria åsiológico e
estar relacionado a um controle mais irregular da glicemia
COMO FAZER O AJUSTE DE GLICEMIA NO DIABÉTICO EM INSULINOTERAPIA PLENA (NPH E REGULAR)?
■ Glicemia pré-café da manhã (matinal) =
■ Glicemia pré-almoço =
■ Glicemia pré-jantar =
■ Glicemia ao deitar =
■ Glicemia pré-café da manhã (matinal) = NPH vespertina do dia anterior.
■ Glicemia pré-almoço = regular da manhã.
■ Glicemia pré-jantar = NPH da manhã.
■ Glicemia ao deitar = regular vespertina.
SOBRE OS ANTIDIABÉTIOS ORAIS:
1. QUAIS APRESENTAM MAIOR BENEFÍCIO CARDIOVASCULAR E RENAL?
- AGONISTA GLP-1 E INIBIDORES SGLT2