Rins, ureteres e glândulas suprarrenais Flashcards

1
Q

Palpação dos rins

A

1) Em adultos magros, o polo inferior do rim direito é palpável por exame bimanual como uma massa firme, lisa, arredondada, que desce durante a inspiração; a palpação do rim direito é possível porque está 1 a 2 cm
inferior ao esquerdo
2) O rim esquerdo geralmente não é palpável, exceto se estiver aumentado ou se uma massa retroperitoneal tiver causado o seu deslocamento inferior
3) Procedimento: pressionar o flanco (a lateral do tronco entre as costelas XI e XII e a crista ilíaca)
anteriormente com uma mão e ao mesmo tempo palpar profundamente na margem costal com a outra mão

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2
Q

Abcesso perinéfrico

A

1) As inserções da fáscia renal determinam o trajeto da extensão de um abcesso perinéfrico
2) No hilo renal, a fáscia fixa-se aos vasos renais e ao ureter, geralmente impedindo a disseminação do pus para o rim oposto
3) O pus pode penetrar na pelve entre as lâminas anterior e posterior da fáscia renal, dada a sua inserção laxa

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3
Q

Ptose renal (nefroptose ou rim flutuante)

A

1) Como as lâminas da fáscia renal não apresentam fusão firme inferiormente para oferecer resistência, rins anormalmente móveis podem descer mais do que os 3 cm normais quando o corpo está ereto
2) Quando os rins descem, as glândulas suprarrenais permanecem no lugar porque estão situadas num compartimento fascial separado e firmemente fixadas ao diafragma
3) A ptose renal é distinguida do rim ectópico por haver um ureter de comprimento normal que tem espirais ou dobras (resultantes da redução da distância até a bexiga urinária quando em posição ortostática)
4) A dor intermitente na região renal, aliviada pela posição de decúbito, parece resultar da tração dos vasos renais
5) Motivos para a transplantação de rins na fossa ilíaca: ausência de sustentação inferior para os rins, disponibilidade de grandes vasos sanguíneos, acesso conveniente à bexiga

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4
Q

Transplante renal

A

1) O transplante renal é a opção preferida para o tratamento de casos selecionados de insuficiência renal crónica
2) O rim pode ser removido do dador sem lesar a glândula suprarrenal, dado fino septo de fáscia renal que separa o rim dessa glândula
3) O local para transplante de um rim é a fossa ilíaca da pelve maior; a artéria e a veia renais são unidas à artéria e veia ilíacas externas; o ureter é suturado à bexiga

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5
Q

Cistos renais

A

1) A doença renal policística do adulto é uma causa importante de insuficiência renal; é herdada como um traço autossómico dominante

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6
Q

Dor na região pararrenal

A

1) A proximidade entre os rins e os músculos psoas maiores explica por que é que a extensão das articulações do quadril pode aumentar a dor causada pela inflamação nas áreas pararrenais

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7
Q

Vasos renais acessórios

A

1) Algumas artérias acessórias (“artérias polares”) entram/saem dos polos renais; uma artéria polar inferior cruza o ureter e pode obstruí-lo

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8
Q

Síndrome de compressão da veia renal

A

1) Ao cruzar a linha mediana para chegar à VCI, a veia renal esquerda, que é mais longa, atravessa um ângulo agudo entre a AMS anteriormente e a parte abdominal da aorta posteriormente
2) A tração da AMS para baixo pode comprimir a veia renal esquerda (e talvez a terceira parte do duodeno), resultando em síndrome de compressão da veia renal ou “síndrome do quebra-nozes”
3) Sintomas: hematúria, proteinúria, dor abdominal no flanco esquerdo, naúseas e vómitos (indicativos de compressão do duodeno), dor testicular esquerda (relacionada com a drenagem da veia testicular esquerda na veia renal esquerda), varicocele do lado esquerdo

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9
Q

Anomalias congénitas dos rins e ureteres

A

1) Bacinete e ureter bífidos: comum; resultam da divisão do divertículo metanéfrico; a divisão incompleta do divertículo metanéfrico resulta em ureter bífido enquanto a divisão completa resulta num rim supranumerário
2) Ureter retrocaval: raro
3) Rim em ferradura: polos inferiores dos rins fundem-se; esse rim em formato de U geralmente está ao nível das vértebras L3 a L4, porque a raiz da AMI impede a migração normal do rim anormal
4) Rim ectópico pélvico: deve-se evitar que este seja confundido com um tumor pélvico e removido; o rim pélvico numa mulher também pode ser lesado ou causar obstrução durante o parto; geralmente recebem sua vascularização da bifurcação aórtica ou de uma artéria ilíaca comum

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10
Q

Cálculos renais e ureterais

A

1) Se o cálculo for cortante ou maior do que o lúmen normal do ureter, causa distensão excessiva desse tubo muscular fino
2) Causa forte dor intermitente (cólica ureteral) quando for empurrado gradualmente no ureter por ondas de contração:
2. 1) Dependendo do nível de obstrução, que se modifica, a dor pode ser referida para a região lombar ou inguinal, ou para os órgãos genitais externos e/ou testículo
2. 2) A dor é referida nas áreas cutâneas inervadas por segmentos e gânglios sensitivos espinhais, que também recebem fibras aferentes viscerais do ureter, principalmente T11-L2
2. 3) A dor pode estender-se até à face anterior proximal da coxa por projeção através do nervo genitofemoral (L1, L2), o escroto em homens e os lábios maiores em mulheres
3) O cálculo pode causar obstrução completa ou intermitente do fluxo urinário
4) Os cálculos ureterais podem ser removidos por nefroscópio ou litotripsia

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