Crânio Flashcards
Traumatismo cranioencefálico
1) Os TCE são mais frequentes em jovens entre os 15-24 anos
2) Decorrem, principalmente, de acidentes de automóvel e motocicleta
3) Importante causa de morte e incapacidade
4) Complicações: hemorragia, infeção, lesão do encéfalo (ex. concussão) e dos nervos cranianos
5) Manifestações: comprometimento do nível de consciência é a manifestação mais comum
Cefaleia e dor na face
1) Queixa muito comum
2) Geralmente são benignas e estão associadas a tensão, fadiga ou febre baixa, mas podem também indicar um problema intracraniano grave como tumor encefálico, meningite e hemorragia subaracnoideia
3) Neuralgia: dor intensa, pulsátil ou em caráter de punhalada no trajeto de um nervo, provocada por lesão desmielinizante; causa comum de dor facial
4) Se for descrita neuralgia facial, a dor é difusa; caso a dor seja em locais específicos, adquire nomes específicos (ex. otalgia, odontalgia)
Lesão dos arcos superciliares
1) Os arcos superciliares são cristas ósseas relativamente salientes
2) Logo, um golpe nesta zona, facilmente rompe a pele a causa sangramento, com consequente acúmulo de sangue e líquido tecidual no tecido conjuntivo adjacente, que se deposita na pálpebra superior e em redor do olho, dando origem ao designado “olho roxo”
Rubor malar
1) Zigomático = Malar
2) Esse eritema cutâneo que recobre o processo zigomático (eminência malar) está associado à elevação da temperatura em condições como a tuberculose e o lúpus eritematoso sistémico (LES)
Fratura da maxila e dos ossos associados
1) Fratura Le Fort I: fratura horizontal que começa na base da abertura piriforme e segue bilateralmente pelos seios maxilares até à porção inferior do processo pterigoide do osso esfenoide
2) Fratura Le Fort II: fratura piramidal que segue das partes póstero-laterais dos seios maxilares em sentido súpero-medial, passando pelos forames infraorbitais, lacrimais ou etmoides até à ponte do nariz; resulta num aspeto de “maxila flutuante”
3) Fratura Le Fort III: fratura horizontal (ou disjunção crânio-facial) que atravessa as fissuras orbitais superiores, o etmoide e os ossos nasais em direção lateral através das asas maiores do esfenoide e das suturas fronto-zigomáticas; se houver fratura concomitante dos arcos zigomáticos, então há separação da face do crânio
Fraturas da mandíbula
1) Em geral, a fratura da mandíbula é dupla, e frequentemente em lados opostos
2) Fratura do processo coronoide da mandíbula: é incomum e, de modo, geral, única
3) Fratura do colo da mandíbula: normalmente transversal e associada a luxação da ATM ipsilateral
4) Fratura do ângulo da mandíbula: geralmente oblíqua e pode acometer a cavidade óssea ou o alvéolo do 3º dente molar
5) Fratura do corpo da mandíbula: frequentemente atravessa o alvéolo de um dos dentes caninos
Reabsorção do osso alveolar
1) A extração de dentes causa reabsorção óssea alveolar na região ou regiões afetadas, sendo que as cavidades dos dentes começam a ser preenchidas por osso; tal acontece tanto na maxila como na mandíbula
2) Na mandíbula, há tendência para que o forame mentual se aproxima da margem superior do corpo da mandíbula
3) Em alguns casos, o forame mentual desaparece, expondo os nervos mentuais, o que no caso da utilização de uma prótese dentária como uma dentadura pode causar dor
4) A perda de todos os dentes acarreta a diminuição da dimensão vertical da face e prognatismo mandibular
Fraturas da cálvaria
1) Fratura c/ afundamento: resulta de um golpe forte numa zona fina da calvária, com consequente afundamento do fragmento ósseo que comprime e/ou lesiona o encéfalo
2) Fratura linear: tipo mais frequente; ocorre no ponto de impacto, mas há irradiação das linhas de fratura em 2 ou mais direções
3) Fratura cominutiva: o osso é partido em vários pedaços
4) Fratura por contragolpe: resulta de um golpe numa área espessa da cálvaria, em que o osso pode afundar sem fratura; contudo pode haver fratura a alguma distância do local de traumatismo direto, onde a calvária é mais fina; isto é, a fratura não ocorre no ponto de impacto, mas no lado oposto do crânio
Acesso cirúrgico à cavidade do crânio; Retalhos ósseos
1) Os cirurgiões têm acesso à cavidade craniana por meio de uma craniotomia, na qual se levanta ou retira uma parte do neurocrânio, chamada de retalho ósseo
2) Os retalhos ósseos obtidos cirurgicamente são recolocados e fixados c/ fio a outras partes da calvária ou mantidos temporariamente no sítio através de placas metálicas
3) A reintegração é melhor sucedida quando o osso é rebatido juntamente com o músculo e a pele sobrejancente, de modo a preservar a vascularização durante o procedimento
4) Se o retalho ósseo não for recolocado, isto é, se for substituído por uma placa de plástico ou metal, designa-se craniectomia
Craniossinostose e malformações cranianas
1) Craniossinostose: fechamento prematuro das suturas cranianas
2) Essas malformações são mais comuns nos homens
3) Em geral, a craniossinostose não afeta o desenvolvimento encefálico
4) O tipo de malformação varia de acordo com as suturas que se fecham prematuramente
5) Fechamento prematuro da sutura sagital: resulta num crânio longo, estreito e cuneiforme -> escafocefalia
6) Fechamento prematuro da sutura coronal ou lamboideia unilateral: resulta em torção e assimetria do crânio -> plagiocefalia
7) Encerramento prematuro da sutura coronal: resulta num crânio alto, semelhante a uma torre -> oxicefalia ou turricefalia