Regiões parotideomassetérica e temporal, fossa infratemporal e ATM Flashcards
Parotidectomia
1) A maioria dos tumores nas parótidas são benignos; contudo, grande parte dos tumores das glândulas salivares são nas parótidas -> requerem excisão cirúrgica da glândula
2) Como o plexo intraparotídeo do nervo facial (VII) está inserido na glândula parótida, o plexo e os seus ramos correm risco durante a cirurgião
3) Para a preservação do nervo facial, é feita a excisão de uma parte superficial da glândula, seguida da identificação e remoção do plexo, para permitir a dissecação da parte profunda da glândula
Infeção da glândula parótida
1) A parótida pode ser infetada por agentes levados pela corrente sanguínea, como ocorre na parotidite epidémica (papeira)
2) Manifestações:
2. 1) Inflamação e edema, visível como distenção marcada na bochecha
2. 2) Dor intensa, porque a fáscia parotídea resiste ao edema; muitas vezes a dor é mais intensa durante a mastigação, porque a glândula é pressionada contra o processo mastoide do temporal quando a boca é aberta
2. 3) Inflamação do ducto, provocando eritema da papila parotídea (tal permite diferenciar a parotidite de uma dor de dentes)
2. 4) Dor no ouvido, no meato acústico externo, na região temporal e na ATM, por causa da afetação dos nervos auriculotemporal e auricular magno
Abcesso da glândula parótida
1) Resulta de uma infeção bacteriana localizada na glândula parótida, provocada p.ex. má higiene dentária
2) Convém determinar se o edema na bochecha resulta de abcesso na parótida ou de abcesso dentário
Sialografia do ducto parotídeo
1) Utilizada para mostrar partes do sistema ductal parotídeo que possam estar dilatadas ou deslocadas
2) Procedimento: injeção de um líquido radiopaco no sistema ductal da glândula parótida através da bochecha, seguida de radiografia da glândula
Obstrução do ducto parotídeo
1) Pode estar obstruído por um depósito calcificado, designado sialólito ou cálculo
2) Dá dor na parótida, que é agravada pela ingestão de alimento
Bloqueio do nervo mandibular
1) Exige a injeção de um anestésico no local de entrada do nervo mandibular na fossa infratemporal
2) Para tal, a agulha atravessa a incisura mandibular do ramo da mandíbula até à fossa infratemporal
3) A anestesia afeta os ramos auriculotemporal, alveolar inferior, lingual e bucal do V3
Bloqueio do nervo alveolar inferior
1) É um ramo do V3
2) Sai acompanhado dos vasos alveolares inferiores através do forame mentual/mandibular; deste modo o anestésico é injetado nesta zona
3) Quando o bloqueio nervoso é bem sucedido, todos os dentes mandibulares são anestesiados até ao plano mediano
4) A pele e a mucosa do lábio inferior, a mucosa alveolar labial e a gengiva e a pele do mento também são anestesiadas, porque são supridas pelo nervo mentual, um ramo do alveolar inferior
Luxação da ATM
1) Às vezes, durante um bocejo ou durante a mastigação, a contração excessiva dos músculos pterigoideus laterais causa a luxação anterior das cabeças das mandíbula -> mandíbula permanece bem aberta e a pessoa não consegue fechar a boca
2) A luxação da ATM também se pode dever a fratura da mandíbula ou a um golpe lateral no mento com a boca aberta
3) A luxação posterior é rara, dada a resistência propriciada pelo tubérculo pós-glenoidal e pelo forte ligamento lateral
4) É preciso ter cuidado durante procedimentos cirúrgicos à ATM para preservar os nervos facial e auriculotemporal
5) A lesão dos ramos articulares do nervo auriculotemporal associada à luxação da ATM e rutura da cápsula e do ligamento lateral causa frouxidão e instabilidade da articulação
Artrite da ATM
1) Pode resultar em problemas estruturais como oclusão dentária e estalido (crepitação) articular, provocado pelo deslocamento anterior do disco durante a flexão da mandíbula