Pé torto congênito Flashcards
PTC
Epidemiologia
Sexo, lateralidade
Homens 2 : 1 meninas (pior prognóstico)
50% bilateral
Direito > Esquerdo
PTC
Causas
Idiopático: principal - melhor prognóstico
Neuromuscular: artrogripose, mielomeningocele
Sindrômico: Larsem, moebius, Freeman-Sheldon
PTC
Herança genética
3% se um dos pais tiver PTC
se os dois tiverem 17%
PTC
Alteração primária
Secundárias em retropé, mediopé e antepé
Tálus displásico
Deformidade primária: Talus curto e desviado para dorso lateral
Secundariamente:
Mediopé: Calcâneo e cubóide seguem a deformidade e rodam medial ao redor do tálus
Retropé: Equino do tornozelo e subtalar + Varo (inversão)
Antepé: Aduzido e supinado
Flexão plantar e cavo do 1º raio
PTC
Alterações Secundárias: Partes moles e vascularização
Contratura do ligamento mola e aquiles
Pode ter deficiência da Artéria Tibial Anterior ou da Pediosa Dorsal
PTC
Clínica
Ectoscopia
Sinal raro de pior prognóstico
Tálus é o osso mais proeminente lateralmente
Prega cutanea transversa profunda plantar e medial
Prega posterior no calcaneo
Navicular palpável muito próximo do maléolo medial
Atrofia da panturrilha
Sinal de Samir - Hiperextensão do hallux, por fraqueza do flexor. Pior prognóstico
PTC
Diagnóstico diferencial
• Pé torto congênito
É rígido
Motivo é o talus alterado
Pregas laterais ausentes
Calcâneo pequeno e equino
Atrofia de panturrilha
• Pé torto postural
É flexível
Motivo é má postura intraútero
O tálus e calcâneo são normais
Pregas laterais presentes
Panturrilha trófica
PTC
Exames
USG: Diagnóstico pré natal as 16 semanas - 1/3 falso positivo
RX pouco efetivo precocemente - Poucos ossos ossificados
Todos os ângulos diminuem
AP:
KITE no AP (talocalcâneo): normal 30-55° no PTC se aproxima de 0°
MEARY: normal 5-15º, no PTC é negativo, adução do antepé
Perfil com dorsiflexão:
KITE normal 25-50º no PTC se aproxima de 0º
Tíbiocalcaneo normal 10-40, no PTC é negativo devido ao calcaneo equino

PTC
RX:
Índice Talo-Calcaneo de BEATSON E PEARSON
Soma dos angulos de KITE no AP e no PERFIL
Se inferior a 40 = Subluxação talo-calcaneo-navicular
PTC
Classificações
Dimeglio
Pirani
PTC
Classificações - Dimeglio
D I M E G L I O - 8 letras
Avalia a gravidade de acordo a com a redutibilidade da deformidade.
4 deformidades + 4 níveis de redução
Equino (vista lateral)
Varo (vista posterior)
Rotação medial (vista frontal)
Aduto (vista plantar)
Se reduzir
até de -20º a 0º - 1 ponto
até de 0º a 20º - 2 pontos
até de 20º a 45º - 3 pontos
abaixo de 45º - 4 pontos
outros parâmetros:
Se prega posterior presente + 1 ponto
Se prega medial presente + 1 ponto
Se cavo + 1 ponto
Se má condição muscular +1 ponto
Se a soma desses valores:
Benigno - Grau I = 0-4 pontos
Moderado - Grau II = 5-9 pontos
Grave - Grau III = 10-14 pontos (mais comum)
Gravíssimo - Grau IV = 15-20 pontos

PTC
Classificações - Pirani
P I R A N I - 6 letras - 0 a 6 pontos
Pontuação 0, 0.5 ou 1
3 parâmetros do retropé:
Prega posterior
Rigidez do eqüino
Palpação do calcâneo
3 Parâmetros do mediopé:
Prega medial
Curvatura da borda lateral
Palpação da cabeça do talus lateralmente

PTC
Tratamento - conservador
Eficácia de acordo com a idade
Métodos
Conservador primeiro
90% de eficácia se iniciada no primeiro mês
Até 9 meses = eficiente
9-28 meses= ainda eficaz
>2 anos= geralmente cirurgico, mas gesso pode minimizar número de cirurgias
Método de Ponseti
Manipulações e imobilizações gessadas semanais (06 ou mais)
Seguido de órtese de Dennis Brown
PTC
Tratamento - conservador
Método de Ponseti
Fulcro sempre na cabeça do Tálus
Ordem da correção - CAVE
Cavo, Adução, Varo, Equino
C - Supinar o antepé e elevar o primeiro meta
A e V - Abdução e rotação externa com fulcro na cabeça do tálus. (até 70º de Rotação lateral e retropé neutro)
E - Gesso em dorsiflexão e rotação externa. Com ou sem tenotomia
Seguir com órtese de Dennis Brown

PTC
Principal complicação do método de Ponseti
Pé em Mata-Borrão - Quando se corrige o equino as custas do médiopé

PTC
Tratamento conservador:
Taxa de recorrência e principal motivo
O que fazer na recorrência?
30% de recorrência
principal motivo é a não adesão à órtese de Dennis Brown
Se a recorrência ocorrer ainda no primeiro ano, tentar gesso novamente.
PTC
Tratamento conservador:
Como posicionar a órtese de Dennis Brown
Por quanto tempo
Largura dos ombros
10º de dorsiflexão + 70º de RE no lado acometido, 40º no lado saudável
23h/dia primeiros 3-4 meses
Apos isso durante o sono até 3-4 anos
PTC
Conduta na recidiva durante órtese de Dennis Brown
1-3 gessos seguindo CAVE
Após corrigido voltar para Dennis Brown
Se recidiva do equino considerar nova tenotomia + imobilização por 04 semanas.
PTC
Tratamento cirúrgico:
Qual a porcentagem necessita de tratamento cirurgico?
33% necessita de tratamento cirurgico
PTC
Tratamento cirúrgico:
Técnicas
Transferência do tibial anterior => corrige o a supinação dinâmica por hipertração do tibial anterior. transfere da cunha medial para cunha lateral. 30 meses de idade (ossificação da cunha lateral)
Alongamento do tibial posterior - através da membrana interóssea
McKay - Incisão de Cincinatti e libera todas as estruturas de partes moles posteromediais
CArroL - (CALcaneocuboide e fascia) Libera fáscia plantar e da articulação calcaneocuboide
TurCo - (solta o Calcaneo) Libera articulação subtalar e ligamentos fibulocalcâneo
Salvamento (crianças mais velhas e adolescentes): Talectomia e artrodeses

PTC
Nó de Henry - Definição
Flexor Longo dos dedos passa por cima do Flexor Longo do Hálux
Músculos que mais contribuem para deformidade
Tibial posterior (Equino do 1º mtt) FLH (Equino do 1º mtt) FLD (supinação do antepé) Tibial anterior (inversão e adução do mediopé) Tríceps sural (equino)