Displasia do Desenvolvimento do Quadril Flashcards
Embriologia
Como forma o quadril?
Quantas semanas?
Acetábulo e cabeça do femur se originam do mesmo grupo de células mesenquimais.
7 semanas - Separação entre segmento femoral e acetabular
11 semanas - Quadril formado
Cabeça do fêmur dentro do acetábulo é o que molda.
DDQ
O que é?
Como evolui?
Reversibilidade?
Cabeça não contida no acetábulo.
evolui com alterações anatômicas progressivas
reversível se tratado precocemente
DDQ
Quais são as alterações anatômicas progressivas do quadril luxado?
Desenvolve-se uma espessa cartilagem na parede postero-superior chamada NEOLIMBUS (alteração primária)
Alterações secundárias:
Hipertrofia do Pulvinar, ligamentos redondo e transverso
Inversão do Labrum
MAIS IMPORTANTE: Retração da capsula articular em formato de ampulheta até que fica menor que a cabeça femoral e impede redução. Essa retração é piorada pelo iliopsoas no pequeno trocanter.
DDQ
Epidemiologia - Lateralidade
1º Esquerdo mais frequente
2º Bilateral 20%
3º Direito, raro e pior prognóstico
DDQ
Fatores de risco
Lassidão ligamentar
Sexo feminino (tem receptores de relaxina)
Apresentação pélvica
Restrições intraútero (oligodramnia, miomatose)
Primigesta
História familiar
DDQ
Patologias associadas
1º Torcicolo congênito (até 20%)
2º Metatarso aduto/varo (até 10%)
DDQ
Testes - até 6 meses
Testes Clássicos - Até 6 meses
Barlow - Luxa o quadril
Ortolani - Reduz quadril
(B vem antes do O)
Sinal de Klisic - Linha da EIAI até Trocanter maior
linha deve cruzar proximo ao umbigo

DDQ
Testes - após 6 meses
Sinal de Hart - Limitação da abdução do quadril (mais confiável)
Sinal de Galeazzi - Discrepância entre altura do joelho em flexão.
Sinal de Peter-Bade - Prega glútea extra

DDQ
Diagnóstico
Todo RN = Exame inicial completo, Barlow e Ortolani, se positivo USG e Pavlik
RN com exame normal com fatores de risco = Controle com USG
A partir de 4-6 meses - Sinais tardios, Hart, Peter Bade, Galeazzi, Tredelenburg = RX (núcleo secundário da cabeça femoral presente)
DDQ
Ultrassonografia
Métodos - Citar
Método dinâmico de Harcke
Metodo estático de Graf
DDQ
Ultrassonografia
Método de Graf
Incidência, posicionamento
Linhas
Ângulos
Alterações no quadril displásico
Metodo estático de Graf
Ultrasonografia em plano coronal do acetábulo. Probe proximal do grande trocanter.
Flexão do quadril em 45º
Rotação interna 15º
Linha base: Tangenciando o Íleo, cruzando a junção óssea e cartilaginosa do acetábulo
Linha Cartilaginosa: Pelo teto cartilaginoso - Angulo β
Linha Óssea: Pelo teto ósseo - Angulo α
(Vogal com vogal Alpha = Ósseo, Consoante com consoante Beta = Cartilaginoso)
No quadril displásico:
Ângulo Beta aumenta
Ângulo Alfa diminui

DDQ
Ultrassonografia
Método de Harcke
Método dinâmico de Harcke - Melhor em bebês < 6 meses
Posição supina + plano transverso + ortolani e barlow
Deslocamentos acima de 6mm = patológico
DDQ
Classificação de Graf
Tipo 1 - Normal
- Alpha >60º Beta <55º
- Acompanhamento pediátrico
Tipo 2 - Centrada, teto insuficiente
- Alpha 43-60º Beta 55-77º
- Displasia suspeita - Tratamento varia
Tipo 3 - Subluxada
- Alpha < 43º Beta >77º
- Pavlik
Tipo 4 - Luxada
Sem necessidade de mensuração de ângulos

DDQ
Classificação de luxação do quadril
Tonnis e Brunken
1 - Centro da cabeça medial à Perkins
2- Centro da cabeça lateral à Perkins mas distal ao teto
3- Centro da cabeça lateral à Perkins ao nível do teto
4- Centro da cabeça lateral à Perkins e proximal ao teto (luxação completa)
DDQ
RX
Época certa para solicitação
O que procurar
Quais linhas traçar
AP de Bacia (4-6 meses - centro de ossificação secundário da cabeça do femur presente)
1 Avaliar o arco de Shenton
2Traçar linha de Hilgenreiner - Horizontal entre as cartilagens trirradiadas D e E
Traçar linha de Perkins - Vertical tangenciando a borda mais lateral do acetábulo
Linhas são perpendiculares e formam os quadrantes de Ombredane e a metáfise medial do fêmur deve estar no quadrante inferiomedial de Ombredane
3 Calcular índice acetabular.
Ângulo entre a linha de Hilgenreiner e linha que se inicia na cartilagem trirradiada e segue tangente ao teto acetabular. Se >30º = Acetábulo displásico
4 Linha de Calvé = linha confluente entre sulco supra-acetabular e femur proximal
5 Angulo acetabular de Hidelberger - mede profundidade do acetábulo. Traça-se linha da borda superior a borda inferior do acetábulo. Linha do centro do acetábulo até ponto médio da linha anterior. Linha do centro do acetábulo até a borda superior. O angulo entre essas duas ultimas linhas deve ser entre 40-50°. Quanto menor o angulo mais fundo o acetábulo, quando maior mais raso.

DDQ
RX
Tríade de Putti
Tríade de Putti
Luxação + Hipoplasia da cabeça do fêmur + displasia acetabular
DDQ
RX em crianças mais velhas
Avaliar Angulo centro borda de Wiberg
Traçar linha de Perkins (vertical, tangenciando acetabulo lateralmente)
Traçar linha da borda do acetábulo até o centro da cabeça do fêmur.
Deve ser maior que 30º
Indice acetabular de Sharp
Traçado de forma semelhante ao índice acetabular. Usa-se linha bilacrimal como base (ao invés de Hilgenreiner)
Se >42º = Acetábulo displásico (ao invés de 30º)

DDQ
Tratamento
Neonato: Ortolani e/ou Barlow + -> reduzir + Pavlik (95% bons resultados)
Após 3 semanas = US
=>Se boa redução + 3 semanas de Pavlik e retirada do mesmo.
=>Se luxado Órtese em Abdução
Aos 4 meses RX
1 a 6 meses = Redução incruenta + Pavlik
US em 3 semanas
=>Reduziu = +6 semanas
=> Não reduziu = Redução aberta ou tenotomia dos adutores + gesso
12 a 24 meses ou se falha em tratamento prévio
Tração femoral gradual + redução
1° tração cutânea (0,5-1,5kg) em flexão e abdução 2 a 3 semanas (reduz risco de necrose avascular)
2º Redução fechada (tração, fletir o quadril a 90º e abduzir gentilmente) + testar Zona Segura de Ramsey
3º Se quadril estável = GPP (Flexão 90º, Abdução máxima de 40º, RI máxima de 15º)
4º Testar estabilidade a cada 6 semanas. Retira o GPP após 18 semanas.
Quadril instável = Redução aberta
DDQ
Zona de Segurança de Ramsey
Definição
Valores
Zona de movimento em que o quadril permanece estável sem risco de luxação. Arco de movimento entre flexão e abdução máxima aceitável e o momento da luxação.
Se o quadril estende mais que 90º sem luxar e aduz abaixo de 50º = estável
DDQ
Tratamento - Pavlik
Posicionamento adequado
Complicações do posicionamento inadequado
Pavlik - Abdução 30º, Flexão 90-120º
‘A’bdução exagerada = ‘A’VN
‘F’lexão exagerada = Praxia ‘F’emoral
DDQ
Tratamento
Estruturas que impedem a redução fechada nas luxações antigas
Cápsula medial - Principal
Pulvinar
Ligamento redondo
Ileopsoas
Labrum Invertido
Ligamento transverso do acetábulo
DDQ
Tratamento - Osteotomias
< 8 anos Salter ou Pemberton
Salter fulcro sínfise púbica
Pemberton fulcro Cartilagem Trirradiada (não invade incisura isquiática, menos risco neurovascular
Enxerto de crista ilíaca em osso inominado (supracetabular)
Ganha cobertura lateral e anterior. Perdendo cobertura posterior
8-15 anos - Tripla de Tonnis
Ramo pubico, supraacetabular e isquio
>15 anos Ganz

DDQ
Tratamento - Osteotomias de salvamento
Quando não se consegue obter redução
Chiari
Osteotomia supracetabular + medialização do acetábulo
Shelf
enxerto “fincado” no topo do acetábulo logo acima da cápsula articular

DDQ
Sequelas tardias + solução
Problema: Anteversão excessiva e valgismo do femur proximal
Solução: Verificar se há cobertura acetabular suficiente realizando RX em Abdução de 30º (corrige valgismo) e RI máxima (corrige anteversão). Se estável proceder com osteotomia de femur e acetábulo.
Problema: Hiperplasia do trocanter maior
Solução: Epifisiodese Trocantérica
NAV
DDQ
Classificação para NAV da cabeça femoral
BUSCHOLZ- OGDEN
I - Só cabeça
II - Cabeça + metáfise lateral (cria deformidade em valgo)
III - Cabeça + toda metáfise (Cria encurtamento)
IV - Cabeça + Metáfise medial (Cria Varismo, mais grave)