PÉ CAVO Flashcards

1
Q

Definição

A

Arco plantar medial elevado (arco longitudinal do pé)

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2
Q

Conjunto de deformidades

A

Alongamento coluna lateral
Encurtamento coluna medial
Proeminência óssea no dorso do médio pé
Antepé Aduzido e Pronado (antepé em valgo e 1º raio em equino)
Dedos em garra (HiperExt MTF + HiperFlex IF)
Varo retropé podendo ter rigidez da subtalar
Encurtamento tendão Aquiles (com ou sem equino)
Prega medial

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3
Q

Etiologia

A

80-90% podem ser determinadas

Idiopática: desbalanço muscular

Congênita

Adultos: trauma ou dç NM (charcot-Marie-tooth e poliomielite)

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4
Q

Etiologia Congênita

A

Artrogripose, pé cavo congênito, coalisão tarsal, resquício de PTC
Fatores anatômicos: FÓRMULA METATARSAL (1º MTT curto)

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5
Q

Etiologia adultos

A

Trauma:
Fraturas de tíbia ou fíbula (consolidação viciosa)
Fraturas do Tarso ou Fx-Lx → + deformidades no retropé
Sd Compartimental
Posterior Profundo → Lesão TP, FLD, FLH

Doenças Neuromusculares:
Charcot-Marie-Tooth
Sequela Poliomielite
Disrafismo medula, PC, doença cerebelar primária, artrogripose, PTC grave → geralmente reconhecidas e tratadas antes da maturidade esquelética

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6
Q

Pé Cavo nas Doenças Neuromusculares

A

Desequilíbrio muscular
Extrínsecos (cavo) x Intrínsecos (garra)
Fraqueza agonista em relação ao antagonista
Equino do antepé → flexão plantar e pronação 1° MTT
Extensão da MT-F e flexão da IF
TA e intrínsecos fracos → dorsiflexão do pé pelos extensores dos dedos → garra dos dedos
TA e FC fracos → TP e FL fortes
Pronação do antepé → cavo
Varo do retropé
Contratura da fáscia plantar

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7
Q

Subtipos de Pé Cavo

A

Pé cavo puro
Idiopático/neurológico, hipertrofia fibular longo

Pé cavo-varo
Principal CMT, TA e FC fracos + TP e FL fortes

Pé equino-cavo-varo
Neurológico (PC/AVC/compartimental), hiperatividade TP e tríceps sural

Pé calcâneo-cavo
Principal pólio, fraqueza tríceps sural

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8
Q

Achados Clínicos

A
Idade, HMF, exame neurológico
Deformidades progressivas idiopáticas 
Dedos em garra
Calosidades
Desgaste irregular dos sapatos
Barras metatarsais ou palmilhas acolchoadas podem controlar metatarsalgia suave
Flexibilidade Retropé
\+ importante para planejar tratamento
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9
Q

Testes exame fisico

A

Teste Kelikian-Ducroquet
Teste dos blocos de Coleman e Chestnut
Sinal de Brian (Peek-a-boo)- ver borda medial calcaneo de frente pct

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10
Q

Charcot-Marie-Tooth: definição

A

Conhecida como “atrofia do músculo peroneo”

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11
Q

Charcot-Marie-Tooth: epidmeio

A
Homens 2 :1 Mulheres 
Mais grave em mulheres
HMF positiva 
Autossômica dominante de penetrância variável
dç que mais comumente causa pe cavo varo
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12
Q

Charcot-Marie-Tooth: alterações

A
Alteração sensitiva e proprioceptiva
Eventualmente necessitam amputação
Alteração motora
Realizar cronologia das deformidades
Doença não é progressiva, MAS a deformidade é
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13
Q

Charcot-Marie-Tooth: tipos

A

Tipo 1:
+ comum, + benigna
Deficiência na bainha mielina
Início 20-30a
75 a 90% dos casos com duplicação gene PMP22
Investigação através de análise de STRs (“Short Tandem Repeats”)
Ocorrência de duplicação/deleção neste gene

Tipo 2:
Anormalidade axonal
Início precoce (5-15a)
Alteração motora e sensorial grave
Pode ter pé plano valgo!!!
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14
Q

CMT x Polio: CMT

A

CMT:
Sem deformidade fixa no calcâneo no retropé
Compartimento Anterior: TA (+fraco de todos), ELH, ELD
Tríceps sural forte
Retrope varo e equino

Compartimento Lateral: FC (+fraco de todos)
Fibular longo forte

CMT:
+ recorrências, PSA e artrose degenerativa
Deformidades progressivas

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15
Q

CMT x Polio: Polio

A

POLIO:
Fraqueza Triceps Sural → TA forte → ↑↑↑ Pitch Calcaneo
Componentes para deformidades no antepé e retropé
Pé Calcaneo-Cavo +/- varo/valgo

POLIO:
Espinhal → forma mais comum
Invasão viral nos neurônios motores das células do corno anterior ou da substância cinzenta anterior da medula
Degeneração Walleriana →músculos deixam de receber sinais do cérebro e da medula → atrofia muscular
Transmissão fecal-oral Poliovírus
Sem alteração sensitiva
Não progressiva
Prognóstico + favorável e + previsível
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16
Q

Exames Complementares

A

Rx: AP + Perfil COM CARGA

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17
Q

Rx: AP

A

AP
Aduçao antépé
Ângulo de Kite (talo-calcaneano → nl 35-50°)

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18
Q

Rx: Perfil

A

Ângulo Meary (tálus – 1º MTT → grau de flexão plantar 1º Raio → nl = 0°-10º): aumentado e apice dorsal

Pitch Calcaneo (nl = 20°/ plano < 15°):
 cavo > 30°

Kite (talocalcaneo): diminui no cavo

Ângulo de Hibbs (diáfise 1º Raio – eixo calcâneo → nl = 130-160°): diminui no cavo

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19
Q

Ângulo de Moureau e Costa-Bartani

A

Ponto inferior da cabeça 1º MTT até ponto mais baixo da cabeça do tálus
Ponto mais baixo da cabeça do tálus até ponto inferior da tuberosidade do calcâneo
Normal 115-125º, interpretação igual ao Hibbs

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20
Q

Classificação

A

Valenti: podoscopia

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21
Q

Classificação Valenti

A

Grau 0: normal.

1: atenuação da impressão lateral.
2: interrupção da impressão lateral.
3: sem impressão lateral

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22
Q

Tratamento Conservador

A

Pacientes com espasticidade ou úlceras plantares
Deformidade flexível, poucos sintomas
Modificar calçados (solado macio - amortecedor)
GARRA: palmilha com coxim retrocapital
Palmilha com preenchimento plantar
Palmilha com cunha posterior lateral de valgização se varo do retropé

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23
Q

Tratamento Cirurgico: Ordem de correção

A

Preparar todas as transferências tendínea
Liberação ou alongamento para correção da deformidade
Correção do retropé (osteotomia ou artrodese)
Correção do antepé (osteotomia ou artrodese)
Fixação das transferências tendíneas

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24
Q

Tratamento Cirúrgico – PARTES MOLES

A

Ocasionalmente adolescentes é possível corrigir equino do antepé apenas com procedimento partes moles
Procedimento de Steindler:
Redução da altura do arco longitudinal nos pés cavo e flexíveis
Liberação Fáscia Plantar SEMPRE
Liberação Flexor Curto dos Dedos
Liberação Quadrado Plantar

25
Q

Tratamento Cirúrgico –Dedos em Garra

A

Liberação da fáscia plantar
Alongamento do ELH e ELD / Tenotomia do ECD e do ECH
ALONGA O LONGO E CORTA O CURTO
Capsulotomia de subtração dorsal das MTFs
Ressecção da cabeça e do colo das falanges proximais
Artrodese da IF hálux ou liberacão da placa plantar

26
Q

TEC Jones

A

HALUX GARRA- corrigir equino 1º raio

Transferência do ELH
FD → Colo 1MTT
Artrodese da IF (frequentemente feito junto)

27
Q

TEC Hibbs

A

Transferência dos tendões extensores para o cuneiforme lateral para correção da garra

Combinado com o Jones

28
Q

Gould

A

“GALHO VERDE”

Osteotomia metatarsal proximal em Cunha de fechamento dorsal em galho verde (CUNHA DE SUBTRACAO DORSAL DA BASE DOS MTT) + LIBERACAO PLANTAR DUPLA

29
Q

TEC Jahss

A

Artrodese tarsometatarsal em cunha-truncada (lisfranc)

Fáscia plantar aperta quando a cunha está fechada, dando estabilidade e eliminando necessidade de fixação interna

30
Q

TEC Cole

A

Osteotomia em cunha tarsal
Cunha é removida
Articulações mediotársica são preservadas
Liberação da fáscia plantar pode ser necessária (procedimento de Steindler)

31
Q

Japas

A

Osteotomia em V do Tarso

Ocasiona somente translação entre partes anterior e posterior

32
Q

Dwyer

A

Osteotomia de cunha de FECHAMENTO LATERAL do calcâneo

Córtex medial é quebrado manualmente para fechar a lacuna

33
Q

Samilson

A

Osteotomia crescente do calcâneo
Deslocamento do fragmento posterior
Diminui o pitch calcaneo

34
Q

Saxby e Myerson

A

Osteotomia triplanar + reconstrução ligamentar

Articulações instáveis sem artrose significativa com calcaneocavovaro

35
Q

Osteotomia em “Z” do calcâneo

A

(Knupp)

Principal indicação → varo rígido retropé + valgo antepé e 1º raio muito plantar

36
Q

Tenodese do fibular curto

A

(Myerson)
Para articulação instável em varo devido à fraqueza crônica dos fibulares
Usar fibular curto porque ele não tem função ativa

37
Q

Tríplice artrodese

A

Procedimento de salvamento

Não deve ser usado primariamente em crianças e adolescentes
Sobrecarga
Artrose degenerativa precoce

Não corrige sozinho as deformidades do antepé e retropé concomitante

Deformidades Graves
OTT Correção + Artrodese
Talonavicular, calcaneo-cubóidea e subtalar

38
Q

Tríplice artrodese: QUAIS ARTICULAÇÕES

A

Talonavicular, calcaneo-cubóidea e subtalar

39
Q

Siffert, Forster, e Nachamie

A

Mantém parte do tálus que forma um “bico” que irá se unir ao navicular

40
Q

Dunn

A

Retirada de todo o navicular

41
Q

Lambrinudi

A

Resseca parte do Tálus

42
Q

No pé cavo-varo o calcâneo encontra-se invertido e o ângulo talocalcaneano diminuído

( ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei

A

cERTO

43
Q

A deformidade do pé que mais comumente causa metatarsalgia é o

a) pé eqüino.
b) antepé triangular simples.
c) antepé cavo.
d) antepé convexo simples.

A

D

O antepé convexo ocorre nos estágios mais avançados do pé cavo, quando o 1º que 5º raios são incapazes de manter a posição em tripé, e os raios centrais “desabam”, ocorrendo áreas de hiperpressão nas cabeças dos MTT

44
Q

O pé cavo varo evolui com fraqueza principalmente do músculo:

A) fibular longo.
B) extensor longo do hálux.
C) tibial anterior.
D) tibial posterior.

A

C

45
Q
Na avaliação radiográfica do pé cavo o ângulo de MEARY e HIBBS estão:
a-) aumentado e diminuído
b-) aumentado e aumentado
c-) dimunido e diminuído
d-) diminuído e aumentado
A

a

46
Q

No pé cavo do adolescente, a deformidade mais frequente do retropé é o

a) valgo rígido.
b) varo rígido.
c) varo flexível.
d) valgo flexível.

A

C

47
Q
No pé cavo decorrente da doença de CHARCOT-MARIE-TOOTH, o antepé encontra-se
A) normal e pronado.
B) normal e supinado.
C) em equino e pronado.
D) em equino e supinado.
A

C

48
Q

A ocorrência de Sd compartimental crônica da perna está associada à presença de:

Pé cavo
Tíbia vara
Hérnia fascial
Encurtamento do tríceps

A

C

49
Q
No pé cavo idiopático quais os músculos que apresentam maior perda de força e contraturas.
A. Tibiais
B. Fibulares
C. Intrinsecos
D. Gastrocnemio
A

C

50
Q

Em relação à deformidade em pé cavo varo adquirido, assinale a alternativa incorreta:

Na deformidade secundaria a polio, geralmente o musculo tibial anterior possui força normal, com gastrocnemio enfraquecido

A doença de Charcot-Marie-Tooth é duas vezes mais comum em homens, porém costuma ser mais intensa em mulheres

Em mais de 50% dos casos a etiologia não é diagnosticada

O procedimento de Gould para tto cirúrgico do cavo do antepé consiste em osteotomia extensora da base dos MTT associada à liberação plantar de partes moles

A

C

51
Q

Em relação às metatarsalgias e calosidades plantares, assinale a correta:

Metatarsalgia é definida como qualquer dor plantar sob a cabeça do 1º ao 5º MTT

Metatarsalgia ocorre isoladamente na parte final da fase de apoio, durante desprendimento dos dedos

Discrepância do comprimento e flexão plantar excessiva dos MTT, assim como insuficiência do 1º raio, representam causas de metatarsalgia

Desbridamento das calosidades plantares sob as cabeças do MTT acometidos é boa opção de tto a longo prazo

A

C

52
Q

Sobre as manobras e testes clínicos no exame físico do pé e tornozelo, assinale a incorreta:

Teste de Pillings representa um dos possíveis teste para avaliação das lesões da sindesmose tibiofibular distal

Teste de Jack consiste na dorsiflexão passiva da articulação MTTfalangeana do hálux em posição ortostática, avaliando-se a elevação do arco longitudinal do pé

No teste de Kelikian-Ducroquet avalia-se a flexibilidade da deformidade em garra dos dedos com carga simulada no antepé

O sinal de Mulder é considerado positivo quando existe dor à palpação plantar no 3º espaço intermetatarsal

A

d

53
Q

CMT: desbalanço muscular

A

Tibial posterior vence o Fibular curto
Inverte a subtalar

Fibular longo vence o tibial anterior
Equino 1º raio

extrinseca vence a instrinseca
Deformidade em garra dedos menores

54
Q

No pé cavo varo pós sd compartimental, qual é o compartimento mais afetado

a) Posterior superficial
b) Posterior profundo
c) Lateral
d) Anterior

A

b

55
Q

No pé cavo, com angulo de kite tendendo a zero, na incidencia radiografica em AP com apoio indica:

a) Varismo do retrope
b) pronação do antepe
c) valgismo do retrope
d) supinação do antepe

A

a

o Angulo de kite envolve talus e calcaneo, portanto a relação de varo e valgo
no pe cavo esse angulo diminui, portando relacionado ao varismo do retrope

56
Q

Tratamento Cirúrgico: tenodese

A

Tenodese do FL no FC

FL causa deformidade
Como o Tibial posterior ganha do FC
Ainda contra-balaceia com TP

57
Q

Tratamento Cirúrgico: tecnicas para equino do 1º raio

A

Jones
Osteotomia dorsal do metatarso (+ Steindler)
Tenodese FL no FC

58
Q

Tratamento Cirúrgico: tecnicas para calcaneo cavo

A

Samilson

59
Q

Tratamento Cirúrgico: tecnicas para mediopé

A

Jappas
Gould
Cole