Fratura de tornozelo Flashcards
Articulação
Tipo mortise: confluência talus, tíbia.
🡪 Corpo do talus se articula com uma área confluente da tíbia: pilão superior (plafond); MM medialmente
🡪MP : amplia área de confluência
Estabilidade
Fíbula sustenta 1/6 do peso corporal;
MM, curto e ant. o que proporciona um eixo de 15º de rotação lateral;
Fíbula se situa na incisura lateral da tíbia e é estabilizada pelo ligs tibiofibular anteroinferior, posteroinferior e interósseo.
LTFAI 🡪 tubérculo de Chaput na tíbia, tubérculo de Wagstaffe na fíbula.
LTFPI 🡪 tubérculo de Volkmann (maléolo)
Estabilizadores Estáticos
Complexo osteoligamentar medial, lateral e sindemose
COMPLEXO LIGAMENTAR MEDIAL (DELTÓIDE)
Superficial (origem - colículo anterior): tibionavicular, tibiocalcaneo, tibiotalar anterior; continuidade com inserção de TP e FLH.
Profundo (origem – colículo posterior e sulco intercolicular): tibiotalar posterior – limita desvio e RL
COMPLEXO LIGAMENTAR LATERAL
Talofibular anterior (mais fraco dos 3, rompido no entorses);
Talofibular posterior (da ponta da fíbula, entre os ligs tibiofibulares inferiores);
Fibulocalcâneo (vertical);
EPIDEMIOLOGIA
10% de todas as fraturas;
Incidências de 137/ 100 mil ao ano;
2º lugar em fraturas dos MMII (1º fxx de quadril).
Idade média de 45 anos, pacientes mais velhos que os pacientes que sofrem entorse
Aspecto bimodal - Homens jovens;
- Mulheres idosas
Energia trauma
Queda simples X prática esportiva;
Fraturas expostas predominantemente de baixa energia, > em mulheres idosas.
Tipo C (AO) – alta energia;
Tipo A ou B (AO) – baixa energia;
Proporção fraturas
2/3 são unimaleolares
70% ML
25% bimaleolar (mais comum em idosas);
5% trimaleolar (mais comum em idosas);
2% expostas
Maioria mecanismo rotacional baixa energia
Fraturas mais frequentes do ML.
- Fatores de risco: obesidade, hx de quedas, álcool;
MECANISMO DE TRAUMA
Torsional, normalmente baixa energia.
Pé supinado = tensão lateral
Pé pronado = tensão medial
QUADRO CLÍNICO
Flictenas
Neurovascular
Palpação proximal: Maisonneuve
Teste da compressão: fíbula contra tíbia no terço proximal causa separação distal se há lesão da sindesmose
Teste da RE: dor na sindesmose com RE do pé
Palpação medial: deltóide
GA: LTFA
Teste de Pillings
Compresão no terço médio da Fíbula produz dor na art tibiofibular distal
Testes para sindesmose
Gaveta e rotação do talo
LESÕES ASSOCIADAS
Ruptura do tendão de Aquiles
Fraturas do processo lateral do tálus
Fraturas de metatarsos
Fraturas do processo anterior do calcâneo
Critérios de Ottawa
sensibilidade ~100%
Solicitar RX se: história de trauma compatível +:
Dor em um ou ambos os maléolos mais um dos seguintes critérios:
Idade > 55
Incapacidade de carga
Sensibilidade sobre margem posterior ou ponta de qualquer maléolo
Avaliação Radiográfica – parâmetros normais
AP “normal”
(lembrar que AP normal é pra ver sindesmose)
Superposição T-F =>10mm
Espaço T-F livre (diferença entre borda medial da fibula e incisura da tibia, no dsenho A)<= 5mm
Diferença de largura medial-lateral <2mm (simétrico)
Sinal da BOLA
Avaliação Radiográfica – parâmetros normais
mortise
(lembrar que é pra ver aspectos da pinça)
Espaço medial livre até 4mm
Ângulo talo-crural: 83º +/- 4º (comparar contralateral)
Linha perpendicular ao pilão e outra da ponta do MM ao ML
Sindesmose: sobreposição igual ou maior que 1 mm
Avaliação Radiográfica
Encurtamento da fíbula
Alargamento do espaço articular
Instabilidade
Encurtamento da fíbula
> ângulo talocrural no AP mortalha
Interrupção do sinal da bola ou do centavo (curva do recesso fibular distal ao processo lateral do tálus, no AP normal)
Alargamento do espaço articular
Assimetria entre distâncias lateral, medial e superior
Espaço tibio-fibular > 5mm no AP normal
Sobreposição tíbio-fibular < 10 mm no AP normal
Instabilidade
Desvio ML > 2 mm
Desvio MM significativo
Lesão ligamento deltóide (> 5 mm alargamento medial (até 4mm é normal)
Lesão sindesmoidal (> 5 mm ou < 10 mm sobreposição)
exames imagem
R-X em Stress: especialmente útil se fratura isolada do ML. Tornozelo em dorsiflexão e RE.
RX com gravidade
TAC: fraturas por impacção do pilão tibial;
RNM: lesões ligamentares crônicas; lesões osteocondrais
Denis-Weber
Localiza fx ML:
A: infra-sindesmal - 38%;
B: nível sindesmose – 52%;
C: suprasindesmal – 10%.
CLASSIFICAÇÃO Lauge-Hansen
Primeiro termo: posição do pé na fratura.
Segundo termo: força deformante que produz a lesão no TNZ
ADUÇÃO;
ABDUÇÃO;
ROTAÇÃO EXTERNA (80%);
ROTAÇÃO INTERNA
Supinação - Adução
20-25% do total de fraturas do tornozelo
Não apresenta lesão sindesmal associada
I e II
Supinação - Adução I
LCL (só ligamentar-lfta) ou fíbula (transversa abaixo da sindesmose, avulsão ML, Weber A) – estável
Supinação - Adução II
MM – cisalhamento – fx vertical; impacção medial do pilão – instável. Corrigir primeiro MM (irrigar, ret. fragmentos, impacção, enxerto, placa anti – cisalhante, por ultimo fíbula)
Supinação – Rotação externa (Eversão)
Mais comum, 60-70% (40 a 75%)
I-IV
Supinação – Rotação externa (Eversão) I
LTibio-Fibular Anterior (sindesmose anterior) pela rotação externa talar. Estável
Supinação – Rotação externa (Eversão) II
Fratura oblíqua em nível da sindesmose com espícula posterior longa (CLÁSSICA). Igual Weber B. Estável (estruturas mediais intactas). TTO conservador.
Supinação – Rotação externa (Eversão) III
Maleolo Post ou LTibioFibPost(sindesmose)
Supinação – Rotação externa (Eversão) IV
Estruturas mediais lesionadas – INSTÁVEL. MM transverso ou ligamento deltoide, ou ambos (raro e avança para lig deltoide prof.)
Fratura MM < 1,7 cm da largura MM = fx coliculo ant ou intercolilcular
> 2,8 cm = supracolicular = não há lesão da origem do deltoide = mais estável (fazer rx com estresse)
Pronação-Abdução
Pronação: 20%; PAB – 8%
I-III