FRATURAS MEDIOPÉ/ FRATURAS DOS METATARSOS Flashcards
Anatomia: mediopé
Entre Chopart e Lisfranc
5 ossos:
3 cuneiformes + navicular → coluna medial
Cubóide → coluna lateral
Arco Romano
Pouca mobilidade entre si
Ligamentos plantares + fortes
Tibial posterior → único tendão que se insere por inteiro no mediopé → conecta todos os ossos do mediopé → estabilizador dinâmico na fase de balanço e desprendimento
Não há ligamento entre 1º e 2º MTTs
4º e 5º MTT tem maior mobilidade → absorção choque
Epidemiologia Fraturas Tarso
Raras
0,45% das fraturas
5% das fraturas do pé
Afeta homens e mulheres jovens
Traumas de alta e baixa energia
Até 30% passam desapercebidas na avaliação inicial
Pelo menos 33% das lesões de vítimas de acidentes automobilísticos são no pé e tornozelo. E aumentando devido ao aumento da sobrevida global em acidentes.
Princípios básicos do tto de lesões no pé
1) Retaurar a Anatomia Normal
2) Evitar imobilização prolongada
3) encorajar ADM precoce
4) Descarga de peso asap
Articulações essênciais
Tornozelo, subtalar, talonavicular e MTTF menores
Movimento interdependente para função fisiológica
Articulações não essenciais
IIFF, 1, 2 e 3° tarsometatarsicas e intercuneiformes
Minimo comprometimento se alinhamento anatômico do pé
Alterações na calcaneo-cubóidea-4º/5º são bem toleradas. Artrodese não
Navicular: importância
É o osso de suporte coluna medial – “The Keystone of the medial arch”
Suporta maior carga que atravessa o pé
80% do movimento do médiopé é na TaloNavicular
Único tendão inserido no navicular → tibial posterior
Relativamente avascular terço central → distúrbios de consolidação
Fx Navicular: epidemiologia
Rara
Comum associação com fraturas ipsilaterais do pé
Traumas mais graves devido à maior sobrevida em acidentes graves
Fx Navicular: sintomas e exames
Sintomas → dor, edema
Rx → Ap + P + O + TC de alta resolução (cortes 1mm)
Fx Navicular: Mecanismos de trauma
Fraturas Agudas
Trauma Direto: cominutas do corpo
Trauma indireto →Carga axial + flexão plantar + adução/abdução antepé: Fraturas por avulsão
Alta energia (acidentes automobilísticos, quedas altura, esmagamento)
Fraturas estresse → trauma repetitivo (corredores longas distâncias)
Região media do dorso, progride plantar, podem ser parciais ou completas (14% de todas as fraturas por stress)
Fx Navicular: Classificação
Sangeorzan
AO
Classificação Sangeorzan
I. Fx transversa com ruptura ligamentos dorsais (talonavicular ou naviculo-cuneiforme)
II. Injúria em abdução, fx vertical (avulsão TP)
III. Mais cominuta, trauma axial + abdução e flexão plantar → lig naviculocuneiformes e articulação CC envolvidos → perda altura arco plantar medial
III pode ser dividido tbm com corpo tipo I, II e III
Fratura Navicular: Classificação AO
83A → Não cominutas
83B → Cominutas
80C → Luxações médiopé
C1 = talo-navicular
C3 = talo-cuneiforme
C9 = múltiplas luxações
89B → Múltiplas fraturas pé
Fx navicular: tto geral
Tipo 1 – Evolução boa em conservador, fácil redução se cx
Tipo 2/3 – Ruim / Fixa com Fios k ou placa.
Resultados bons em 67%
Fx navicular: Objetivos tto cirúrgico
Restaurar comprimento da coluna medial
Reconstruir a articulação ( pelo menos 60% da superficie prox)
Fx navicular: acessos
Acesso dorsal → proteger a. pediosa e ramos nervo fibular ELH/ELD
Acesso medial → exposição colo tálus ao osso 2 Mtt TA/TP
Fx navicular: técnicas cirurgicas
Técnicas variam dependendo do padrão fratura
Encurtamento medial → fixador ou placa (cominuta)
12 semanas sem carga / Tirar fixador/placa com 12 semanas
Artrodese 1ª talonavicular se > 40% perda óssea
Fx navicular: Complicações
Mais comum → Osteoartrose pós-traumática
Dor resultante artrose
Impacto funcional a longo prazo
Fraturas corpo principalmente
Durante recuperação na fase aguda complicação mais frequente é lesão partes moles
Pseudoartrose (risco → má vascularização central)
Em fraturas mais graves
Osteonecrose
Necrose e Artrose -> Artrodese NC / TNC / TRIPLICE
Fratura Navicular Acessório
RNM
Os tibiale externum → Navicular acessório
Em até 25% população
Bilateral em 90%
Tibial posterior insere-se na tuberosidade do navicular
Fratura Cubóide: epidemio
Rara → passa desapercebida na avaliação inicial
Geralmente associada a outras lesões ou fraturas
Lesões ligamento calcaneocubóide e outras estruturas capsuloligamentares
Fratura navicular
Fraturas tarsometatarsais
Luxação Chopart
Fratura-luxação subtalar
Fraturas cuboide em crianças são raras
Fratura Cubóide: tipo mais comum
Tipo mais comum → avulsão associada a entorses tnz (ligamento bifurcado)
Fratura Cubóide: mecanismo de trauma
Trauma direto → por esmagamento região dorsolateral
Trauma indireto → Abdução pé → Impacção entre calcâneo e a base 4º e 5º MTT
FLEXAO PLANTAR + ABDUÇÃO VIGOROSA → Compressão Coluna Lateral
FRATURA DO QUEBRA-NOZES
“Pequena fratura por avulsão medial ou dorsal do navicular é considerada como sinal de possível lesão do cubóide”
Fratura Cubóide: Exames de imagem
Rx → Ap + P + O
Relação borda medial 4 mtt com borda medial cuboide na inicidência oblíqua
TAC é exame de escolha
SÍNDROME DO CUBÓIDE
Subluxação dolorosa em atletas profissionais
18% bailarinas
Dor lateral pé
Irradia para anterior tornozelo (4 raio) ou plantar do médio pé
Debilidade para IMPULSÃO → fraqueza
Diminuição mobilidade articulação Chopart
SÍNDROME DO CUBÓIDE: mecanismo de lesão
Pronação forçada mediopé em relação ao antepé durante carga axial
Flexão/inversão de repetição → estress tnz → subluxação plantar ou dorsal cubóide
Se subluxado -> Cuboid squeeze para reduzir
SÍNDROME DO CUBÓIDE: tto
Com tratamento conservador geralmente retorna a nível de atividade prévio
Fx cuboide: Classificação AO
84A Não cominuta
84B Cominuta
SÍNDROME DO CUBÓIDE: tto
Com tratamento conservador geralmente retorna a nível de atividade prévio
Fx cuboide: Classificação
AO
Sangeorzan e Swiontkowski
Classificação de Weber e Lochner
Sangeorzan e Swiontkowski
- Esmagamento
- Proximal articular
- Distal articular
- Combinada
Classificação de Weber e Lochner
- Extensão fx para articulação cuboide-mtt com envolvimento parede dorso-lateral ou plantar-lateral
- Fraturas em explosão com encurtamento coluna
Fratura Cubóide: particularidades
“A presença de instabilidade isolada da cubóide-metatarsal desacompanhada da fratura do cubóide denota uma lesão do tipo Lisfranc”
Se politraumatismos do mediopé → 1º Reduz Cubóide
Proporciona sustentação plantar
Determina o comprimento da coluna lateral
Padrão de redução para o restante o mediopé
Fratura Cubóide: tto
Tratamento conservador
Imobilização 6-8 semanas
Tratamento cirúrgico
Várias opções
Fios de Kirchner
Parafusos
Placas ponte temporária → retirar após 3 meses
Fixador externo
Artrodese 1ª → Fxs cominutas (resultado ruim)
Fratura Cubóide: indicações cx
Exposta
Desvio >2mm
Incongruencia articular>1mm
Coluna lateral instavel ou encurtada
Sd compartimental
Associada a outras fraturas