Fratura de perna Flashcards

1
Q

COMPARTIMENTOS DA PERNA

A

ANTERIOR
LATERAL
POSTERIOR SUPERFICIAL
POSTERIOR PROFUNDO

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2
Q

Suprimento sanguíneo tíbia

A

principal da diáfise por uma única artéria nutrícia, ramo proximal da art. tibial posterior

25% periosteal e 75% endosteal - anastomoses (fresar aumenta periosteal e diminui o endosteal)

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3
Q

Anatomia: medidas tibia

A

De < 30 a > 47cm de comprimento, 8-15mm de canal medular (aumenta com a idade)

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4
Q

Compartimento Anterior

A

tibial anterior, extensor longo do hálux, extensor longo dos dedos e o fibular/peroneal terceiro

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5
Q

Compartimento lateral

A

fibular/peroneal longo e curto

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6
Q

Compartimento posterior superficial

A

gastrocnêmio, o sóleo e o plantar

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7
Q

Compartimento posterior profundo

A

poplíteo, tibial posterior, flexor longo dos dedos e flexor longo do hálux.

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8
Q

EPIDEMIOLOGIA

A

fratura mais comum dos ossos longos
Junto com Fx diafisária de fêmur

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9
Q

Distribuição epidemiologica

A

Distribuição bimodal:
Jovens: < 30 anos, homem (2:1), alta energia, traço cominuto
Idosos: > 50 anos, mulher (3:1), baixa energia, traço espiral
25% (12-47%) são fraturas expostas )mais comum 3B

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10
Q

CLÍNICA

A

Sinais de síndrome compartimental (se insconsiente, OBS 24-48h)
Avaliação NV
Investigar articulações adjacentes
ALTS no politrauma

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11
Q

EXAMES DE IMAGEM

A

Rx: AP + Perfil tíbia (incluindo joelho e TNZ)
Oblíquas a 45°
RNM / Cintilo

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12
Q

EXAMES DE IMAGEM: rx

A

Observar extensão articular, fx fíbula associada, presença de luxação tíbiofibular proximal e distal, comprometimento de partes moles (presença de ar – exposta), qualidade óssea

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13
Q

EXAMES DE IMAGEM: rx obliquas

A

Se suspeita de fratura oblíqua, sem desvio, que não aparece no AP/P
Avaliação de consolidação / deformidades complexas / posição de material de síntese e enxerto / Fx estresse

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14
Q

EXAMES DE IMAGEM: rnm/cintilo

A

Se suspeita de fratura por stress / patológica

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15
Q

LESÕES ASSOCIADAS

A

80% associado à Fx Fíbula
Lesões ligamentares (sindesmose proximal e distal, joelho)
Fratura de fêmur ipsilateral (joelho flutuante)
Sd Compartimental (9%)
Extensão traço mais comum = pilão
20% com Fx maleolar associada

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16
Q

Detalhe fíbula íntegra

A

Se íntegra, pode aumentar a taxa de PSA e desvio varo

se fraturada tendencia de desvio em valgo

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17
Q

CLASSIFICAÇÃO

A

AO: fratura
Tscherne e Goetzen: partes moles (fechada)
Gustilo e Anderson: partes moles (expostas)

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18
Q

CLASSIFICAÇÃO DE GUSTILO E ANDERSON

A

i: até 1cm
ii: >1-10cm
III: >10cm
a: cobertura cutanea possivel
b: sem cobertura cutanea possivel
c: lesão vascular

lembrar que o padrao da fratura, partes moles e contaminação são determinantes (fratura alta energia=III)

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19
Q

CLASSIFICAÇÃO DE TSCHERNE

A

O fator determinante do prognóstico nas fraturas diafisárias é o grau de lesão de partes moles
divide-se em abertas e fechadas

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20
Q

CLASSIFICAÇÃO DE TSCHERNE fechadas

A

c0: pouca ou nenhuma lesao (limitada ao foco fratura)
c1: abrasão superficial e edema subcutaneo
c2: Abrasão profunda e contaminada-flictenas
c3: Avulsao pele/musculo, Sd compartimental, lesao vascular

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21
Q

CLASSIFICAÇÃO DE TSCHERNE abertas

A

o1-trauma indireto, exposição de dentro pra fora (laceração)
o2-laceração moderada, tecidos profundos
o3- Extensa lesão partes moles, isquemia ou lesão nervosa
o4-amputação total ou parcial

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22
Q

Classificação AO fx tibia

A

42
A1: espiral; A2: obliqua, A3: transversa ( as de traço simples sao as mais comuns-A3 mais comum)
B2: cunha integra, B3: cunha fragmentada
C2: segmentar, C3: segmento cominuido

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23
Q

Classificação AO expostas

A

Lesão cutanea (IC)
Lesao cutânea (IO)
Lesão de músculo/tendão(MT)
Lesão Neurovascular (NV)

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24
Q

Lesão cutanea (IC)

A

fraturas fechadas
IC1: sem lesao
IC2:Contusao
IC3: Desenluvamento circunscrito
IC4: desenluvamento extenso, fechado
IC5: necrose por contusao

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25
Lesao cutânea (IO)
IO1-ruptura pele de dentro para fora IO2- Ruptura de fora para dentro <5cm, bordas contusas IO3- Ruptura de fora para dentro >5cm, bordas desvitalizadas IO4- contusao toda expessura, perda cutanea
26
Lesão de músculo/tendão(MT)
MT1- sem lesao muscular MT2- lesao circunscrita- 1 compartimento MT3-lesao consideravel-2 compartimentos MT4- defeito muscular, laceração tendinea MT5-Sd compartimental, sd esmagamento
27
Lesão Neurovascular (NV)
NV1- sem lesao NV2- Lesao isolada nervo NV3- lesao vascular localizada NV4- Lesao vascular segmentada NV5- Lesao vascular combinada- amputação total/parcial
28
TRATAMENTO CONSERVADOR: quando
fraturas fechadas estáveis com mínimo desvio, com trauma de baixa energia
29
Desvio aceitável
< 10-12mm de encurtamento 5° varo/valgo (tendência a não aceitar varo) 5-10° ante/recurvato 10° rotação externa; não aceitar rotação interna Sem cominuição ou translação <30% nas fraturas em espiral
30
TRATAMENTO CONSERVADOR: como
Método (controlar de perto; se desvio, converter) Gesso inguinopédico por 4-6 semanas, sem carga Após, PTB (patellar tendon bearing) até consolidação de 3-4 corticais e ausência de dor a palpação e sustentação do peso Pode corrigir mínimos desvios com cunhas Funciona o PTB como banda de tensão
31
TRATAMENTO CONSERVADOR: complicações
Maiores taxas de retardo de consolidação/PSA, consolidação viciosa (30%) e rigidez articular (piores resultados) – Cx é melhor! Pseudartrose (20%) Complicação partes moles 15%
32
TRATAMENTO CIRÚRGICO: urgência
Lesão arterial, sd. compartimental e fraturas expostas
33
TRATAMENTO CIRÚRGICO – INDICAÇÃO
Fraturas desviadas envolvendo joelho / tornozelo, fraturas segmentares, joelho flutuante, fratura no membro inferior contralateral, maioria dos pacientes com múltiplas lesões Na prática Todas as instáveis, desviadas, c/ lesão de partes moles ou trauma de alta energia
34
TRATAMENTO CIRÚRGICO: princípio da fixação
Estabilidade absoluta – parafusos de tração + placa Estabilidade relativa – HIM, placa-ponte, fixador externo
35
Haste Intra-Medular bloqueada: geral
Método padrão-ouro Adequada para todas as fraturas abaixo da TAT e 4cm acima da art. do tornozelo Redução indireta e estabilidade relativa
36
Haste Intra-Medular bloqueada: ponto de entrada
Anterior à eminência intercondilar lateral e 3mm medial a espinha lateral tibial Medial valgiza e lateral variza suprapatelar: fx proximais
37
Haste Intra-Medular bloqueadaFresar x Não Fresar
Fresar é melhor Maior taxa de consolidação, menor tempo para consolidação, menos quebra do implante (uso de hastes + calibrosas), aumenta vascularização e perfusão local Diminuição do fluxo sanguíneo cortical e embolia gordurosa não são significativos clinicamente Reversão do fluxo endosteal para periosteal Não fresar: tendencia quando grande exposição
38
Haste Intra-Medular bloqueada: defeitos ósseos
Pode usar HIM em defeitos de até 6cm (enxerto ou alongamento depois) Encurtamento agudo de até 2,5cm tem pouca repercussão funcional
39
Haste Intra-Medular bloqueada: Bloqueio dinâmico
Permite impacção da fratura enquanto controla alinhamento axial / rotacional Fraturas instaveis devem ter bloqueio estático com 2 parafusos Fraturas proximais instaveis fazer Bloqueio com, no minimo, 3 parafusos
40
Haste Intra-Medular bloqueada: dinamização e backstrike
Dinamização é raramente indicada, se diastase no foco Fazer com 6-12sem, geralmente no segmento ósseo mais longo Backstrike / pullback Se diástase no foco, bloqueia distal antes
41
Limites da HIM
Esqueleto imaturo Canal obliterado ou muito estreito (<7mm)
42
Placa: indicação
fraturas desviadas proximais e distais onde a HIM não obtém redução anatômica e boa estabilidade Fise aberta Canal estreito Fx que necessite reparo vascular Metafisarias
43
Placa: geral
Acesso Medial/AnteroLateral ou Postero Medial Mais risco de infecção, problemas de ferida e de consolidação Restrição de carga é maior em relação à HIM Placas percutaneas mais longas e com menos parafusos
44
Placa: não fazer em...
pacientes com lesão significativa de partes moles, sinais de trauma de alta energia ou pacientes não colaborativos
45
Placa: Princípio de tratamento
Estabilidade absoluta – RAFI com parafuso de compressão + placa de compressão pré-tensionada Em fraturas não cominutas Estabilidade relativa – placa ponte (técnica biológica) Opção à HIM em casos selecionados de fx cominutas Complexa: placa 3x o tamanho da área da fratura
46
Fixação externa: Indicações
Estabilização rápida em lesões vasculares, grave lesão de partes moles, politrauma, ou se ausência do material adequado no momento Tratamento definitivo se contra-indicação a fixação interna Fx proximal / distal, deformidade do canal, OM prévia Reconstrução de lesões graves (ex. transporte ósseo) ou tratamento de sequela (ex. infecção) Auxiliar na redução na fixação com HIM / placa
47
Fixação externa: Vantagens
Preserva vascularização e partes moles Fácil instalação Permite controle de infecção Correções tardias
48
Fixação externa: Desvantagens
Dificuldade em manter alinhamento Consolidação mais lenta Infecção no trajeto dos pinos Dificuldade de cobertura de partes moles pela estrutura do sistema
49
Complicações - HIM
Dor no joelho (+ comum-86%) Lesão neurológica Necrose térmica
50
Complicações - HIM- dor joelho
Anterior, pior ao ajoelhar; 56-70% dos pacientes Mais em jovens que idosos; etiologia desconhecida Sem relação com o acesso (trans / para) Melhora parcial / total com RMS Relação com saliência da HIM – dor em repouso se saliencia anterior, dor ao ajoelhar / andar se saliência superior Diminui até 8 anos após o procedimento
51
Complicações - HIM- lesão neurologica
N. fibular é o mais acometido Ocorre em 30% dos casos, porém a maioria é pequena neuropraxia sensitiva (90% com melhora espontânea em 3-6 meses) Maior risco – pacientes jovens c/ fratura fechada e trauma em varo Possível lesão iatrogênica pelos bloqueios proximais – não deixar muito proximo ao colo da fíbula
52
Complicações - HIM- necrose térmica
Rara, relacionada a fresagem exagerada de canais muito finos Evolui com osteomielite
53
Complicações - Gerais
Infecção Sd. compartimental PSA Consolidação viciosa Amputação
54
Complicações -Infecção
Mais associada com grau de exposição e contaminação Menor taxa na HIM
55
Complicações -Sd Compartimental
1-10% dos casos, mais comum em homens jovens Mais comum no compartimento anterior No compartimento post. profundo, diagnóstico mais difícil → dedos em garra Fasciotomia dos 4 compartimentos Incisão medial e lateral
56
Complicações -PSA
0-3,5% dos casos Principal fator → fratura exposta Outros → lesão cutânea fechada, não continuidade cortical das extremidades da fratura após fixação, fx transversa, DM, tabagismo, alcoolismo, uso de CTC/AINES, vasculopatia Fx que mais causa PSA (14%)
57
Complicações - Consolidação viciosa
Comum Fibula associada Alta energia, placa ponte em RE (2x mais comum do que RI)
58
Complicações - Amputação
Escores ajudam na decisão, mais não são definitivos Ausência de sensibilidade plantar não é necessariamente prognóstica de sensibilidade ou função futura
59
Retirada do material de síntese
Se dor, quebra, soltura, PSA, infecção ou desejo do paciente Após 12-18 meses
60
Fratura exposta Gustilo 3b, fixação externa e limpeza mecanica: quando fazer enxertia ossea?
Quando cobertura cutanea definitiva
61
Metodo Sarmiento
Órtese--tratamento funcional dinâmico limitar extensao e carga precoce
62
Incisão parapatelar causa menos dor pos do que transpatelar?
Não
63
Paciente politrauma com fratura proximal da tibia: tratamento com tração esquelética é inaceitável () Certo () errado
Certo quando por algum motivo a fratura da tíbia proximal não puder ser operada logo no início, deve-se aplicar uma força de distração na articulação acometida; no entanto, tração esquelética é um método de tratamento considerado inaceitável por causar complicações pulmonares e gastrintestinais, sendo o fixador externo uma opção mais segura
64
Complicações HIM quando fraturas proximais e distais
Evitar ponto de entrada muito medial (resulta em deformidade em valgo) ou com fragmento proximal angulado para anterior (devido a flexão do joelho na cirurgia)
65
A quebra dos parafusos distais de uma HIM esta relacionado a......
Comprimento da haste
66
Na fratura diafisaria da tibia em paciente politraumatizado o acometimento pulmonar por haste fresada é
Frequente e sem repercussão clínica
67
Lesão da sindesmose proximal: diag
Ap joelho/Perna com rotação interna após fixar a tíbia Lembrar que se presente aumenta o indice de fraturas expostas, sd compartimental e lesao NV
68
Lesão NV mais comum
fibular comum
69
No tratamento com HIM a frasagem aumenta a chance de sd compartimental certo x errado
Errado
70
Classificação de joelho flutuante
Mais utilizada é Fraiser RW é outra: I. Acomete as diáfises II. a. Uma articular b. acomete ou quadril ou tnz articular
71
Lesões associadas joelho flutuante
62% são fraturas expostas 21% de lesão vascular
72
Parafuso de poller: onde
Na concavidade produzida pela fratura (oposto da abertura) e na zona de segurança (anteromedial)
73
Quando fazer acesso suprapatelar?
Fx proximal tibia