FRATURAS DO PILÃO TIBIAL Flashcards

1
Q

Definição

A

Fratura articular da tíbia distal

Tálus funciona como um “pilão” na tíbia

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2
Q

PILÃO TIBIAL: onde

A

Dentro do Quadrado de Heim: região distal da tíbia, não inclui a fíbula

5 cm proximal a superfície articular distal

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3
Q

Epidemiologia

A

Homens
35-40 anos
Queda de altura
Acidentes automobilísticos e de trabalho
5-10% das FX da perna
1-2% das fraturas do membro inferior

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4
Q

Mecanismo do Trauma

A

Trauma rotacional
Menor energia
Menos lesões partes moles

Trauma axial mais:
Pé flexão dorsal = anterior (2 mais comum)
Pé neutro = central (mais comum)
Pé flexão plantar = posterior

70% tem valgo associado (fx fibula cominuta)

se varo: sem fx ou fibula com traço transverso

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5
Q

Lesão de partes moles

A

Lesão de partes moles é dependente da energia do trauma: 30-50%

Estado de partes moles é fundamental para definir a conduta inicial

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6
Q

Lesões Associadas

A

27-51%
Outras fraturas ou lesões de outros sistemas
Bilateralidade: até 8%
Expostas: 10-30% exposição
Lesão vascular completa e síndrome compartimental(raras)
Lesões condrais do tálus são comuns, porém subdiagnosticadas

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7
Q

História e Exame Físico

A

Energia do trauma
Comorbidades, tabagismo
Acidente de trabalho
Nível social, grau de assistência da família
Exame das partes moles: cor, pulso, avaliação neurológica
Sinais de síndrome compartimental

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8
Q

Partes Moles: exame fisico

A

Bolhas (flictenas) = clivagem da junção dermoepidérmica

Serosas ou hemorragicas

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9
Q

Bolhas: Serosas ou hemorragicas

A

Serosas
Mais superficial, mantém algumas células epidérmicas
Hemorrágicas
Profundas, sem células epidérmicas, envolve a vascularização papilar, demora para re-epitelização

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10
Q

Bolhas: conduta

A

Evitar incisões sobre as bolhas (principalmente hemorrágicas)
Conduta debatível, sem consenso
Esperar re-epitelização
Curativos especiais
Drenagem estéril

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11
Q

Exames de imagem

A

Rx
AP / P / Mortalha
Verifiicar se houve lesao sindesmose

TAC
Avaliacao cominuicao articular
Preferencia após FE

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12
Q

TAC

A

Geralmente 3 fragmentos distais com ligamentos íntegros:

Medial – ligamento deltoide
Anterolateral (Tillaux-Chaput) – ligamento tibiofibular anterior
Posterolateral (Volkmann) – ligamento tibiofibular posterior
Auxiliam na redução
Cominuição entre os fragmentos

Frag fibula anterior; wagstaffe

Avaliar impacção da superfície articular (die-punch)

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13
Q

Classificação

A

Ruedi & Allgower
AO
Tscherne e Goetzen-partes moles

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14
Q

Ruedi & Allgower

A

Tipo I
Articular simples sem desvio

Tipo II
Articular simples com desvio

Tipo III
Articular cominuida com desvio

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15
Q

AO

A

43
A- extra-articular– não é pilão ( espiral, obliqua, transversa)
B- articular parcial
C- articular completa

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16
Q

AO43B

A

B1- split
B2- Split+depressão
B3-depressão

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17
Q

AO43C

A

C1- simples articular e simples metafisaria
C2- articular simples e metafisaira cominuida
C3- Articular e metafisaria cominuidas

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18
Q

Tratamento: levar em consideração

A

ATLS
PARTES MOLES-contenção de danos (FE em delta)
Idade
Condições funcionais
Gravidade da lesão
Cominuição
Osteoporose
Fixar fibula? Controverso

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19
Q

Tratamento: Conservador

A

Fraturas sem desvio (Ruedi I)
Gesso 6-12 semanas
Iniciar ADM e carga progressiva após sinais consolidação
Contraindicação clinica
Fíbula integra – tendência desvio em varo

20
Q

Tratamento: Cirúrgico

A

Momento da cirurgia
Vias de acesso
Princípios de Rüedi e Allgöwer
Princípios de Waddell
Redução

21
Q

Momento da cirurgia

A

Boas condições de partes moles

Cirúrgico imediato antes de 6h na vigência de boas condições

Na dúvida, postergar 6-7 dias (7-14 dias)
Aguardar melhora do edema (enrugamento pele)
Epitelização das bolhas

22
Q

Vias de acesso

A

Anteromedial
Anterolateral
Posterolateral
Posteromedial
Lateral

23
Q

Vias de acesso: particularidades

A

Superfície articular tíbia distal é côncava
Maior anterior que posterior
Posterior é mais distal
Osso mais fraco 3cm proximal ao subcondral

De medial para lateral
Tibial anterior
ELH
ELD
Fibular terceiro

Distancia mínima de 7cm entre dois acessos

24
Q

Via Anteromedial

A

Mais comum

Todos os padrões de fratura articular

1cm lateral a crista tibial e segue o curso do tendão tibial anterior

Termina na ponta do maléolo medial

Afasta lateral compartimento anterior da perna

25
Q

Via Anterolateral

A

Face lateral, posterior e central

Fragmento antero-lateral (Chaput)

Orientado em linha com o quarto raio

Extensão proximal máxima limita-se a 7cm

Identifica nervo fibular superficial

26
Q

Via Posterolateral

A

Face posterior do platô

Pode ser usada isolada para fraturas AO B e C

Fragmento pósterolateral (Volkmann)

Posssível fixar fíbula pela mesma incisão

Meio caminho entre face lateral do tendão calcâneo e face posterolateral da fíbula

Entre FLH e tendões fibulares

27
Q

Via Posteromedial

A

Raramente necessário
Meio caminho entre borda medial do tendão calcâneo e face posterior do MM
Identificar túnel do tarso

28
Q

Via Lateral

A

Borda fibular anterior
Acesso ao frag de Chaput (anterolateral)

29
Q

Princípios de Rüedi e Allgöwer

A

Fixação da fíbula ( rotação + comprimento)

Reconstrução anatômica da superfície articular

Enxertia óssea de defeitos metafisários

Fixação interna tíbia

30
Q

Princípios de Waddell

A

Restaurar comprimento da fibula
Artrotomia anterior tornozelo
Fixação externa para distração articular
Restauração dos fragmentos articular e metafisário laterais
Restauração do fragmento central
Enxerto ósseo metafisário
Restauração coluna medial
Placa anterior ou medial
ADM precoce
Carga tardia

31
Q

Tratamento cirurgico: Superfície Articular

A

Redução + fixação percutânea
Mini-incisões
RAFI
Preferência implantes de baixo perfil

Implante: parafusos de 3,5 mm

32
Q

Tratamento cirurgico: Metafise

A

Placa e parafusos - ponte
Fixador externo híbrido
Vantagem de ADM tnz
Necessita de 2cm osso entre a fratura e superfície articular
Fixador trans-articular
Ilizarov

33
Q

Complicações

A

Complicações superficiais e profundas da FO
Necrose superficial ou parcial
Necrose espessura total ou deiscência
Osteomielite
Consolidação viciosa
Pseudartrose
Artrose pós traumática

34
Q

Necrose superficial ou parcial

A

Complicação mais comum após RAFI
5 a 17%

35
Q

Necrose espessura total ou deiscência

A

URGÊNCIA – internar + atb + debridar
Implante soltos – retirar
Deiscencia de 67%: placa/parafusos
Mais relacionada ao dano de partes moles que o tipo de traço fraturário

36
Q

Osteomielite

A

Se já consolidou: RMS + culturas + atb + debridamentos
Se não consolidou: PSA infectada
RMS + debridamento + espaçador com ATB + atb + nova abordagem definitiva após 6 a 12 sem de atb.
Destruicao articular = artrodese
Casos refratarios = amputacao

37
Q

Consolidação viciosa

A

30 % casos – má redução da superfície articular
4 - 25% - má redução metafisária
Mais comum: fixação trans-articular sem fixação de fratura da fíbula no inicio

38
Q

Pseudartrose

A

Varia de 0 a 16% dos casos
Relacionada a energia do trauma e lesão de partes moles
Mais comum em pacientes submetido a RAFI com placa e parafusos
Mais na metáfise e junção metadiafisaria

39
Q

Artrose pós traumática

A

Comum, incidência real desconhecida
Até 50% dos casos (aula antiga)
Artrose grave: 5-7 anos após a lesão
Pouca correlação clínico-radiográfica
Cirurgia corretiva: vários anos após a lesão
Mais relacionada à lesão que a qualidade de redução da fratura (50% após trauma de alta energia e 10% se baixa)
Mesmo redução anatômica pode evoluir com artrose
Lesões condrais tíbia ou talus

40
Q
  1. A artrose causada por fratura do pilão tibial ocorre tipicamente

A) nos dois primeiros anos.
B) entre o terceiro e o quarto ano.
C) entre o quarto e o quinto ano.
D) após o quinto ano.

A

D

41
Q
  1. Na fratura do pilão tibial, o acesso posterolateral é feito no intervalo entre

A) o solear e os tendões fibulares.
B) o flexor longo dos dedos e o solear.
C) os tendões fibulares e o flexor longo do hálux.
D) o flexor longo do hálux e o flexor longo dos dedos

A

C

42
Q

32- Figura fx de pilão – qual o fragmento chave para redução?

A. I- entre maléolo medial e tibial
B. II- fragmento medial
C. III- fragmento central
D. IV- fragmento lateral

A

d

43
Q
  1. Na fratura do pilão tibial, o desbridamento da flictena aumenta a taxa de complicações.
    ( ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei
A

As complicações da ferida podem levar à infecção profunda, com consequências potencialmente catastróficas. A incidência de complicações da ferida pode ser diminuída pelo adiamento da cirurgia por 5 a 14 dias, até que o edema pós-traumático tenha diminuído. A fixação temporária com um fixador externo medial é recomendada se a fixação interna definitiva for adiada. As flictenas não devem ser mexidas até o momento da cirurgia. Devem ser evitadas incisões através de flictenas com sangue sempre que possível.

44
Q
  1. Na fratura do pilão tibial com desvio póstero-medial, os nervos com maior risco de lesão são os

a) tibial e sural
b) sural e fibular superficial
c) tibial e fibular profundo
d) fibular superficial e fibular profundo

A

d

45
Q

A incidência de artrose pós-traumática com dor e limitação funcional é mais rara na fratura do

A) calcâneo.
B) acetábulo.
C) pilão tibial.
D) planalto tibial.

A

d