Pancreatite Flashcards

1
Q

85% dos doentes com pancreatite aguda têm uma elevação dos níveis séricos de amilase e lipase de…

A

Pelo menos 3x superiores ao limite superior do normal

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Q

Num doente com níveis aumentados de Amilase, a determinação de Isoamilase distingue com precisão causa pancreática vs causa não-pancreática?

A

Não

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Q

Como variam os níveis de amilase e lipase na pancreatite aguda?

A

Aumentam nas primeiras 24H
Permanecem elevados durante 7 dias
Retornam ao normal em 7 dias

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4
Q

Melhor exame de imagem para avaliação inicial na suspeita de doença pancreática ou suas complicações

A

TC

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5
Q

EcoEndo e CPRM substituíram a CPRE diagnóstica na maioria dos centros: V ou F

A

V

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6
Q

Envelhecimento como ddx de Pancreatite Crónica: o que distingue?

A

Envelhecimento não afecta os resultados dos testes de função pancreática

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7
Q

Que % dos doentes que fazem CPRE vão ter Pancreatite Aguda clínica pós-CPRE?

A

10%

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8
Q

Que exame de imagem deve ser evitado na avaliação diagnóstica de um doente com suspeita de pancreatite, esp. se de alto risco?

A

CPRE

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9
Q

Quantos L/dia de líquido são secretados pelo pâncreas?

A

1.5 - 3L/dia

Mnemo: 1 a 2 garrafas de água grandes

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10
Q

Líquido secretado pelo pâncreas: ácido ou alcalino?

A

Alcalino, para permitir o funcionamento das enzimas pancreáticas,

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11
Q

Líquido secretado pelo pâncreas é hiposmótico/isosmótico/hiperosmótico

A

Isosmótico

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12
Q

Qual o estímulo para a secreção de Secretina pelo duodeno?

A

Ácido gástrico

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13
Q

Onde é produzida a Secretina?

A

Duodeno (células S)

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14
Q

Função da Secretina

A

++ água e Bicarbonato pelas células ductais

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15
Q

Estímulos para secreção de CCK

A

Ácido gástrico
AA essenciais
Ác gordos cadeia longa

Mnemo: CCK (3 letras) <=> AAA (3 A’s)

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16
Q

Onde é produzida a CCK?

A

Duodeno e jejuno proximal pelas células Ito

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17
Q

Função da CCK

A

Estimula indirectamente a secreção de enzimas pelas células acinares pancreáticas

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18
Q

CCK age directamente nas células acinares pancreáticas?

A

Não. Células acinares não têm receptores para CCK. Age por meio de estímulos vagais e intrapancreáticos.

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19
Q

VIP

A

Agonista da Secretina

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20
Q

Papel do sistema parassimpático (n. Vago) na regulação da secreção pancreática

A

Papel permissivo na secreção de Secretina + CCK. Induz libertação de VIP.

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21
Q

(…) é um neurotransmissor importante na regulação da secreção pancreática?

A

NO

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22
Q

Em que superfície da célula acinar estão localizados os grânulos de zimogénios?

A

Superfície apical

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23
Q

Qual o pH óptimo para TODAS as enzimas pancreáticas?

A

Alcalino

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24
Q

Onde está localizada a Enteroquinase?

A

Mucosa duodenal

Mnemo: ENTEROquinase = duodeno

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25
As células acinares têm receptores para CCK?
Não
26
Baixas/altas concentrações de Ca intracelular protegem o pâncreas contra autodigestão
Baixas
27
Inibidores das proteases pancreáticas
SPINK1 | ITSP
28
Inibidores das proteases inactivam que % da actividade intracelular da Tripisina?
20%
29
Efeito da Quimiotripsina C na Tripsina
Inactiva
30
Diagnóstico gastrointestinal mais comum em doentes internados
Pancreatite aguda
31
Incidência de pancreatite aguda: a aumentar/estável/diminuir
A aumentar
32
Duração do internamento por pancreatite aguda
4 dias
33
Mortalidade da pancreatite aguda
1%
34
Quem tem uma maior taxa de internamento por pancreatite aguda?
- Idade ++ | - Homens
35
As 2 causas mais importantes e comuns de pancreatite aguda
1. Cálculos biliares (incluindo microlítiase <5mm) - 60% | 2. Alcoolismo (agudo e crónico) - 30%
36
Causas de pancreatite aguda
1. Lítiase biliar 2. Alcool 3. Hipertrigliceridemia >1000mg/dL 4. CPRE 5. Trauma (++ trauma abdominal fechado) 6. Pós-operatória 7. Medicamentosa
37
% das pancreatites agudas devido a hipertrigliceridemia
4%
38
% das pancreatites agudas que são devido a fármacos
2% Mnemo: metade das por hiperTG
39
Pancreatite aguda secundária a hipertrigliceridemia é vista para que valores de TG?
>1000 mg/dL
40
Medicamentos que podem causar pancreatite aguda
Azatioprina 6-MP 5-ASA etc.
41
Pancreatite aguda é comum em alcóolicos?
Não. A sua incidência é baixa (5:100 000)
42
Exemplo de um factor que em alcóolicos pode aumentar o risco de pancreatite aguda?
Tabaco
43
Doentes com pancreatite aguda secundária a hiperTG costumam ter distúrbio do metabolismo lipidico?
Sim, mas não tem qualquer relação com a pancreatite
44
Distúrbios do metabolismo lipídico em doentes com PA secundária a hiperTG estão relacionados com a pancreatite?
Não
45
Factores que aumentam níveis dos TG e que podem precipitar pancreatite aguda
- Álcool e medicação - Défice apolipoproteína CII - DM com cetoacidose - Contracetivos orais
46
Défice de que apolipoproteína pode precipitar PA?
Apolipoproteína CII (activa lipoproteína lipase que remove quilomicrons da circulação)
47
Contraceptivos orais podem precipitar...
Pancreatite aguda (aumentam níveis de TG)
48
CPRE pode desencadear pancreatite aguda, sobretudo após...
Manometria biliar
49
O que pode reduzir a incidência de pancreatite pós-CPRE?
Stent profilático | AINEs via rectal (ex: Indometacina)
50
FR para pancreatite pós-CPRE
- Esfincterotomia minor da papila - Disfx esfíncter de Oddi - Antecedentes de PA pós CPRE - Idade <60A - >2 injeções de contraste no ducto pancreático - Inexperiência do endoscopista
51
Causas incomuns de pancreatite aguda
- Vasculares e vasculite - DTCs e PTT - Neoplasia do pâncreas - HiperCa - Divertículo periampular - Pâncreas divisum - Pancreatite hereditária - FC - Insuficiência renal - Infeções (parotidite, coxsackie, CMV, echovirus, parasitas) - Autoimune
52
Que % de neoplasias do pâncreas se apresentam como pancreatites?
2-4% Mnemo: percentagens iguais neste capítulo 2% -> pancreatites medicamentosas 4% -> pancreatites por hiperTG
53
Infeções podem causar pancreatite aguda?
Sim
54
HiperCa/HipoCa é uma causa incomum de pancreatite aguda
HiperCa
55
Álcool é FR para cancro do pâncreas?
Não, excepto se o doente tiver pancreatite crónica
56
% cancros do pâncreas que são inoperáveis ou metastáticos ao dx
90%
57
% das crises recorrentes de pancreatite aguda cuja etiologia não é óbvia
25%
58
Causa mais comum de pancreatite aguda recorrente cuja etiologia não é óbvia
2/3 (66%) doença oculta da árvore biliar ou dos ductos pancreáticos (++ microlitíase, lama biliar)
59
Diferenças entre pancreatite intersticial x pancreatite necrosante
Pancreatite intersticial: fluxo sanguíneo para o pâncreas mantido. Leve e auto-limitada. Pancreatite necrosante: fluxo sanguíneo para o pâncreas interrompido
60
Na pancreatite necrosante o grau de necrose correlaciona-se com a gravidade e manifestações sistémicas?
Sim, pode correlacionar-se
61
Tripsina pode activar espontaneamente?
Sim
62
A evolução da pancreatite aguda pode ser modificada por factores (...)
Genéticos
63
Todos os factores major de susceptibilidade genética estão envolvidos no controlo da actividade da (...) na célula acinar
Tripsina
64
Factores de susceptibilidade genética para pancreatite aguda
1. Mutações Tripsinogénio catiónico (PRSS1) 2. SPINK1 3. Mutações CFTR 4. Gene Quimiotripsina C 5. Receptor sensível ao cálcio (CaSR)
65
Stress oxidativo facilita activação prematura da Tripsina?
Sim
66
Sintoma major da pancreatite aguda
Dor abdominal - Desde ligeira a severa, constante e incapacitante - Epigastro e região periumbilical - Pode irradiar para dorso, flancos, tórax, quadrantes inferiores do abdómen
67
Sintomas acompanhantes frequentes na pancreatite aguda
Náusea e vómitos (vomitar não alivia a dor) | Distensão abdominal
68
Icterícia nos doentes com pancreatite aguda: frequente ou infrequente?
Infrequente
69
Nódulos cutâneos eritematosos na pancreatite aguda: incidência?
Raros
70
Sinais vitais comuns na pancreatite aguda
- Febre baixa e prolongada - Hipotensão - Taquicardia (3 acima são bastante comuns) - Choque (não é incomum)
71
Na pancreatite aguda podem haver alterações na auscultação pulmonar?
Sim, em 20% dos doentes. Crepitações basais, atelectasias, derrame pleural (++ esqda)
72
Que % dos doentes com pancreatite aguda vão ter alterações na AP?
20%
73
EO do abdómen na pancreatite aguda
- Hipersensibilidade abdominal - Rigidez muscular - RH diminuídos ou ausentes - Pâncreas aumentado - Sinal de Cullen, Sinal de Turner (pancreatite necrosante grave)
74
Causas para pâncreas aumentado no exame físico de um doente com pancreatite aguda
- Coleção líquida aguda - Necrose organizada - Pseudoquisto (4-6 semanas após episódio de PA)
75
Quantas semanas após episódio de pancreatite aguda pode aparecer um pseudoquisto?
4-6 semanas
76
Teste de eleição no diagnóstico de pancreatite aguda
Lipase sérica
77
Correlação entre grau de elevação da Amilase e Lipase séricas e a gravidade da PA?
Não há correlação | ex: Amilase e Lipase podem estar muito elevadas e a pancreatite não ser grave
78
Após quantos dias começam a normalizar os níveis de Amilase?
7 dias (mesmo que ainda haja evidência de pancreatite)
79
Por quanto tempo permanecem elevadas a Lipase e a Isoamilase?
7-14 dias (mais do que a Amilase que fica apenas 3-7d)
80
Elevação da Amilase sérica pelo menos 3x acima do limite superior do normal estabelece o diagnóstico de pancreatite aguda?
Sim, SE for possível excluir perfuração/isquemia/enfarte intestinal.
81
Na cetoacidose diabética existe elevação da Amilase?
Sim, existe uma elevação marcada, sem outra evidência de PA.
82
Doentes com acidose/alcalose podem apresentar elevações FALSAS da amilase
Acidose Mnemo: "acidoses" elevam a Amilase (cetoacidose diabética, acidose)
83
Em doentes com insuficiência renal, há algum teste sérico único que seja confiável para dx pancreatite aguda?
Não. Na IR a elevação das enzimas vai ser menor que 3x o limite superior do normal. Contudo, ainda assim, o teste recomendado para dx é a Lipase.
84
Na insuficiência renal vai haver hiperamilasémia e hiperamilasúria?
Sim. A clearance das enzimas está diminuída, mas a elevação é inferior a 3x o limite superior do normal.
85
A gravidez é uma causa hiperamilasémia e hiperamilasúria?
Sim
86
Qual é mais específica: Amilase ou Lipase?
Lipase
87
Utilidade da Lipase
- Melhor teste para dx de pancreatite aguda | - Permite diferenciar causas pancreáticas de causas não-pancreáticas de hiperamilasémia (++ Sp)
88
Achados laboratoriais pancreatite aguda
``` +++: Amilase Lipase Isoamilase Bilirubina ALP, AST Ureia TG Glicemia ``` - : Hipocalcemia Hipoxémia
89
Leucocitose é um achado frequente/infrequente na Pancreatite aguda
Frequente
90
Htc > 44% na pancreatite aguda é indicativo de?
Necrose pancreática (doença grave)
91
Ureia > 22 mg/dL na pancreatite aguda é factor de risco significativo de...
Mortalidade
92
Hiperglicemia é comum na pancreatite aguda?
Sim
93
% pancreatite aguda que tem hipocalcemia
25%
94
% pancreatites agudas com hiperbilirrubinémia
10%
95
% pancreatites agudas com hipóxemia (PaO2 <60 mmHg)
10%
96
% pancreatites agudas com hipertrigliceridémia
10%
97
ECG na pancreatite aguda
Ocasionalmente pode simular Isquemia com anormalidades do segmento ST e onda T
98
Exame de imagem recomendado para avaliação inicial de suspeita de pancreatite aguda
Eco abdominal. Especialmente útil para avaliar litíase biliar e cabeça do pâncreas. Cave! Eco abdominal é o melhor exame inicial, mas a TAC é o MELHOR exame.
99
Revisão dos critérios de Atlanta
Características morfológicas da pancreatite aguda na TC
100
Pseudoquisto pancreático aparece como coleção encapsulada de fluído dentro ou fora do pâncreas?
Fora
101
Walled-off necrosis ocorre quanto tempo após início da pancreatite necrotizante?
4 semanas
102
Qualquer dor abdominal aguda e intensa no abdómen ou dorsal deve sugerir a possibilidade de...
Pancreatite Aguda
103
Critérios de diagnóstico de Pancreatite Aguda
Pelo menos 2: 1. Dor epigástrica com ou sem irradiação para o dorso 2. Amilase ou Lipase pelo menos 3x o limite superior do normal 3. Achados típicos de PA no estudo imagiológico abdominal
104
Marcadores de severidade da pancreatite aguda
Htc >44% BUN >22mg/dL (FR significativo de mortalidade) SIRS Sinais de falência orgânica
105
TAC nas primeiras 48h de uma pancreatite aguda?
Não é necessária nem está recomendada
106
Fases da pancreatite aguda
Fase 1: precoce (1-2 semanas) | Fase 2: tardia (>2 semanas)
107
Durante a fase 1 da pancreatite aguda, é comum os doentes terem SIRS?
Sim, a maioria apresenta SIRS na fase 1
108
Parâmetro clínico mais importante para determinar a gravidade da Fase 1 da pancreatite aguda
Falência orgânica persistente (>48h)
109
Como podemos definir que um doente com PA tem falência orgânica?
Sistema de pontuação de Marshall: - Sistemas respiratório, cardiovascular e renal - Falência orgânica de certo sistema: score de 2 ou mais nesse sistema
110
Classificação de severidade da pancreatite aguda
Leve Moderadamente grave Grave
111
Pancreatite aguda leve
- Sem complicações locais - Sem falência orgânica - Maioria PA intersticial - Auto-limitada (7d após iniciar tx)
112
Doentes c/ PA leve podem iniciar dieta oral se...
Fome + função intestinal normal + não têm náuseas/vómitos (dieta pobre em gorduras é adequada)
113
PA moderadamente grave
Falência orgânica por <48H; ou Complicações locais ou sistémicas na ausência de falência orgânica persistente
114
PA grave
Falência orgânica persistente >48H (simples ou multiorgânica)
115
Como se deve abordar um doente com PA grave?
RC ou RMN: necrose? complicações?
116
ATB profiláticos estão recomendados na pancreatite aguda?
Não
117
Quando fazer TC numa pancreatite aguda?
3-5 dias após o doente ser hospitalizado para procurar complicações quando o doente não está a responder ao tratamento
118
TC é melhor que a avaliação clínica numa fase precoce da PA?
Não. É sobre-utilizada.
119
Após quanto tempo se desenvolve a pancreatite necrotizante?
Vários dias após o internamento (motivo pelo qual não faz sentido pedir TC antes das 48H de internamento)
120
TC na pancreatite necrotizante
Ausência de captação de contraste e/ou achados de necrose peripancreática
121
Doentes com PA necrotizante têm maior mortalidade quer a necrose esteja infectada ou não?
Sim. Mortalidade ++ mesmo que não esteja infectada.
122
Que % das PA são intersticiais?
90-95%
123
Que % das PA são necrotizantes?
5-10%
124
Que % das PA necrotizantes têm falência orgânica?
54%
125
Mortalidade PA com falência de 1 orgão
até 10%
126
Mortalidade PA com falência multiorgânica
47% (quase metade)
127
V ou F: na maioria dos doentes a PA é auto-limitada e não apresenta falência orgânica ou complicações locais
V
128
Tratamento pancreatite aguda
- Fluidoterapia agressiva! - Pausa alimentar - Analgésicos narcóticos IV - Oxigenoterapia (2L) por cânula nasal
129
Fluídos IV que podem ser dados na pancreatite aguda
Lactato de Ringer ou Soro Salino Normal (mas lactato de Ringer diminui a inflamação sistémica por isso pode ser melhor)
130
Doente com PA deve ser re-avaliado (sinais vitais, SatO2, EO) de quanto em quanto tempo?
6-8H
131
Medição do Htc e BUN num doente c/ pancreatite aguda deve ser feita de quanto em quanto tempo? Qual o objectivo?
8-12H | Adequar a fluidoterapia e monitorizar resposta à terapêutica
132
Uma BUN a aumentar durante o internamento de um doente com pancreatite aguda é indicativo do quê?
Hidratação inadequada | Mortalidade +++
133
Como podemos averiguar se a fluidoterapia é adequada num doente c/ pancreatite aguda?
Descida da BUN nas primeiras 12-24H
134
Se Htc ou BUN a subir durante medições seriadas, o que fazer?
Repetição fluidoterapia (bólus 2L cristalóide -> taxa de volume 1.5mL/kg/h) -> não baixam -> UCI
135
BISAP
- "Bedside Index of Severity in Acute Pancreatitis" - Score de gravidade na PA - 5 parâmetros obtidos nas primeiras 24h de hospitalização: BUN>25mg/dL Impaired Mental Status SIRS Age >60A Pleural effusions Presença de pelo menos 3 factores = +++ mortalidade hospitalar
136
Factores de risco para PA grave à admissão
Idade >60 Obesidade (IMC>30) Comorbilidades
137
Marcadores de gravidade da pancreatite aguda na admissão ou nas primeiras 24H
``` SIRS APACHE II Hemoconcentração BUN à admissão >22 BISAP Falência orgânica (Escala Marshall) ```
138
Marcadores de gravidade da pancreatite aguda durante o internamento
1. Persistência da falência orgânica (>48H) | 2. Necrose pancreática
139
Se na pancreatite aguda o SIRS não estiver presente às 24H...
... é improvável que venha a desenvolver necrose ou falência orgânica.
140
Doentes com PA e evidência de colangite ascedente devem...
Fazer CPRE dentro de 48H da admissão
141
Doente com pancreatite litiásica têm baixo/elevado risco de recorrência
Elevado
142
Colecistectomia na pancreatite litiásica
Deve ser feita! - Mesmo internamento; ou - 6 semanas após alta
143
Doentes com pancreatite litiásica não candidatos a colecistectomia, alternativa?
Esfincterotomia por endoscopia biliar
144
Tratamento PA secundária a hiperTG
Insulina, heparina ou plasmaferese
145
Num doente com pancreatite mais grave (não-leve) quando é que se pode iniciar nutrição entérica?
3 dias após admissão
146
Pancreatite aguda pode complicar com cegueira súbita devido a...
Retinopatia de Purtscher
147
Aspiração percutânea da necrose com Gram e cultura deve ser realizada na pancreatite aguda se...
Houver sinais de infeção pancreática
148
Antibioterapia profilática na pancreatite necrotizante: sim ou não?
Não. A pancreatite necrotizante pode infectar, mas não se faz ATB profilática.
149
Tratamento necrose estéril na pancreatite aguda
Conservador
150
Tratamento da necrose infectada na pancreatite aguda
ATB com ou sem desbridamento cirúrgico
151
Incidência de pseudoquisto pancreático
Baixa (após 6s apenas <10% dos doentes têm coleções líquidas que cumprem critérios de pseudoquisto)
152
Que pseudoquistos pancreáticos devem ser drenados?
Sintomáticos! | A maioria resolve com o passar do tempo
153
Rutura de ducto pancreático é confirmada com que exames de imagem?
CPRM ou CPRE
154
Tratamento rutura do ducto pancreático
Stent pancreático em ponte por >6 semanas (eficaz em 90%)
155
Quais os mais eficazes no tratamento de ruptura do ducto pancreático: stent em ponte ou stents não-ponte?
Stents em ponte
156
Varizes gástricas são uma das complicações de pancreatite aguda: em que % dos casos vão sangrar?
<5%
157
% dos doentes com pancreatite aguda que desenvolvem infeções nosocomiais (ex: pneumonia, ITU e infeções da ferida cirúrgica)
até 20%
158
% dos doentes com pancreatite aguda que sofre recorrência
25%
159
Causas mais comuns de pancreatite aguda recorrente
Álcool | Colelitíase
160
Doentes com SIDA têm incidência de pancreatite aguda aumentada?
Sim
161
Incidência de pancreatite aguda nos doentes com SIDA tem vindo a aumentar/diminuir
Diminuir, devido aos avanços na terapêutica
162
Dano do pâncreas na pancreatite crónica é reversível ou irreversível?
Irreversível
163
Que células estão envolvidas na patogenia de pancreatite crónica?
Células estreladas (++ proteínas da matriz extracelular -> inflamação aguda e crónica + deposição colagéneo no pâncreas)
164
Complicações cardinais da pancreatite crónica
Dor abdominal Esteatorreia Perda de peso DM
165
(...) é um factor de risco independente e dose-dependente para pancreatite crónica e PA recorrente
Tabagismo
166
Consumo continuado de (...) está associado a fibrose pancreática, calcificações e doença progressiva
Álcool e tabaco
167
Células estreladas do pâncreas
- Mantêm arquitectura normal - Contribuem para fibrose na pancreatite crónica - Causam inflamação aguda + crónica - Podem ser auto-activadas (mediado por TGF-Beta)
168
TIGAR-O significado
``` Tóxico-metabólico Idiopática Genética Autoimune Recorrente Obstrutiva ```
169
Causa mais comum de pancreatite crónica em adultos
Álcool
170
Causa mais comum de pancreatite crónica em crianças
Fibrose Cística
171
Fármaco cujo abuso pode levar a pancreatite crónica
Fenacetina
172
Que % dos adultos com pancreatite crónica têm uma forma idiopática? Desses, que % tem alterações genéticas?
25% idiopática | 15% podem ter alterações géneticas
173
A frequência de mutações do (...) está aumentada em doentes com pancreatite crónica idiopática
SPINK1
174
Função SPINK1
Inibe a Tripsina, sendo a 1ª linha de defesa contra activação prematura do tripsinogénio na célula acinar
175
Pancreatite hereditária é rara?
Sim
176
Amilase e Lipase na pancreatite hereditária
Geralmente normais
177
Pancreatite autoimune é comum ou incomum?
Incomum
178
Que tipos de pancreatite autoimune existem?
PAI tipo I | PAI tipo II
179
Qual das pancreatites autoimunes está associada a IgG4?
PAI tipo I (pâncreas está envolvido numa doença sistémica de IgG4)
180
Qual das pancreatites autoimunes tem envolvimento sistémico e qual não tem?
PAI tipo I: sistémica IgG4 | PAI tipo II: não sistémica
181
Histologia PAI tipo I
Infiltrados linfoplasmocíticos Fibrose irregular Céls IgG4 abundantes
182
Histologia PAI tipo II
Pancreatite ducto-cêntrica idiopática com infiltrado granulocítico da parede ductal
183
Pancreatite autoimune é uma doença primária?
Não. Está associada a outras doenças autoimunes = Doença sistémica de IgG4
184
Pancreatite auto-imune costuma causar sintomas graves?
Não. A sintomatologia é ligeira e crises de PA são incomuns.
185
Crises de pancreatite aguda na PAI são comuns ou incomuns?
Incomuns
186
PAI é uma causa comum de pancreatite aguda recorrente?
Não
187
Estudo laboratorial pancreatite autoimune
- Padrão colestático nos testes de função hepática: +++ FA, + AST e ALT - DM de novo - ++ IgG4 sérico (esp. populações ocidentais) >280mg|/dL
188
IgG4 sérico é um marcador de pancreatite autoimune especialmente útil em que populações?
Ocidentais
189
TC na pancreatite auto imune
Aumento do pâncreas, especialmente na cabeça (confundido com cancro!), sem calcificações ou pseudoquistos
190
1/3 dos doentes com pancreatite autoimune apresentam na CPRE/CPRM...
Estenoses difusas dos ductos biliares (Colangite AI de IgG4)
191
Critérios de diagnóstico PAI da Clínica Mayo
pelo menos 2: 1. Histologia 2. Imagiologia 3. Serologia (++ IgG4) 4. Envolvimento outros órgãos 5. Resposta à CCT
192
Se pancreatite autoimune não responde à CCT em 4 semanas, excluir...
Cancro pancreático | Outras formas de PC
193
As PAI tipo I e II são responsivas ao tratamento com CCT?
Sim, altamente responsivas (99% PAI tipo I e 92% PAI tipo II entram em remissão)
194
Recidiva é comum em que tipo de PAI?
Tipo I (31%), especialmente se estenoses biliares
195
Quando ocorre a maioria das recidivas de pancreatite auto-imune?
Após descontinuação da CCT
196
Que proporção dos doentes com PAI apresentam-se com icterícia obstrutiva ou massa da cabeça do pâncreas?
2/3
197
Dor abdominal na pancreatite crónica
- Localização variável - Intensidade variável, mas pode ser muito intensa: dependência de narcóticos é frequente - Disparidade entre intensidade da dor e achados físicos - Dor exacerbada pela alimentação - Constante ou intermitente
198
Dor abdominal na pancreatite crónica é exacerbada/aliviada pela alimentação
Exacerbada
199
Dor abdominal na pancreatite crónica altera-se com a alimentação?
Sim, agrava.
200
Disparidade entre intensidade da dor abdominal e achados no exame objectivo é típico de...
Pancreatite crónica
201
Défice vitaminas lipossolúveis na pancreatite crónica
Incomum Mnemo: pensar que para haver esteatorreia também era preciso insuficiência pancreática ser muito grave
202
Achados laboratoriais na pancreatite crónica
+ Amilase e Lipase (não tanto como na PA) + Bilirubina, FA + Glicemia em jejum Teste de estimulação da Secretina anormal
203
Amilase e Lipase estão mais elevadas na PA ou PC?
PA (na PC o pâncreas está mais destruído -> menos capacidade para produzir enzimas)
204
Qual o teste com maior Sn e Sp para avaliar função exócrina pancreática?
Teste de estimulação da Secretina
205
Teste de estimulação da Secretina tem boa/má correlação com início da dor abdominal
Boa
206
Quanto tem que ser a perda de função exócrina pancreática para o Teste de estimulação da Secretina vir anormal?
Pelo menos 60%
207
Elastase Fecal-1 <100ug/g de fezes sugere...
Insuficiência pancreática exócrina GRAVE
208
Primeiro exame de imagem a fazer na suspeita de pancreatite crónica?
RX abdómen
209
RX abdómen na pancreatite crónica
Calcificações (patognomónicas) | Indicam dano significativo
210
Exame diagnóstico de eleição na pancreatite crónica
TC
211
Causa +++ comum de calcificações na PC
Álcool
212
Rastreio de PC na dor abdominal crónica
EUS + Teste secretina
213
Tratamento da esteatorreia na pancreatite crónica
Reposição de enzimas pancreáticas (correção completa é incomum)
214
Alívio da dor na pancreatite crónica pode ser conseguido através da reposição enzimática?
Em alguns doentes com PC idiopática sim, se se usarem preparações com altas concentrações de proteases serina (otherwise, efeitos não consistentes)
215
Bloqueio do plexo celíaco é útil no alívio da dor abdominal refratária da pancreatite crónica?
Não. Não mostrou benefício a longo prazo.
216
Tratamento endoscópico vs cirúrgico na PC: qual é superior na diminuição da dor e melhoria da qualidade de vida?
Cirúrgico
217
Pacientes com PC, ductos dilatados e dor abdominal devem ser submetidos a...
Cirurgia (não a tx endoscópico)
218
Gastroparésia na PC: comum ou incomum?
Bastante comum
219
Como se trata gastroparésia na PC?
Pró-cinéticos (Pregabalina melhora a dor e diminui necessidade de analgésicos)
220
Que pro-cinético melhora a dor da PC e diminui a necessidade de analgésicos?
Pregabalina
221
Doença dos grandes ductos é comum na PC induzida por...
Álcool
222
Tratamento doença dos grandes ductos na PC
Descompressão ductal: 80% alívio imediato 50% recorre
223
O que é o pâncreas anular?
Porção ventral do pâncreas que não migrou correctamente para se juntar à porção dorsal, resultando num anel de tecido pancreático que circunda o duodeno
224
No pâncreas anular há uma incidência aumentada de pancreatite aguda e...
DUP
225
Tratamento pâncreas anular
Cirurgia sempre: duodenojejunostomia retrocólica é o procedimento de escolha
226
Qual está associado a maior risco de PA: pancreas anular ou pancreas divisum?
Pâncreas anular
227
Pancreas divisum: em que % da população?
7-10%
228
No pâncreas divisum a drenagem pancreática é feita principalmente através...
Papila acessória
229
Variante anatómica congénita mais frequente do pâncreas
Pâncreas divisum
230
Pâncreas divisum predispõe ao desenvolvimento de Pancreatite na maioria?
Não
231
No pâncreas divisum qual é mais difícil de cateterizar: ducto dorsal ou ducto ventral?
Dorsal
232
Ducto ventral na CPRE de pâncreas divisum
Pequeno calibre + arborizado
233
Tratamento da pancreatite aguda no pâncreas divisum
Conservador
234
Quando indicar cirurgia ou tx endoscópico no pancreas divisum?
Apenas se recorrência da PA sem que outra causa seja identificada
235
Macroamilasémia
- Deve ser considerada em todos os doentes com +++ Amilase - Amilase circula na forma de polímeros gigantes - Rim não consegue excretar - +++ Amilase sérica - baixa Amilase urinária - Incidental: não tem relação com qualquer patologia
236
Macroamilasémia: níveis de Amilase sérica
+++
237
Macroamilasémia: níveis de Amilase urinária
- (Amilase em polímeros gigantes não consegue ser excretada pelo rim)
238
Macroamilasémia é indicador de doença pancreática?
Não
239
Macrolipasémia é vista em associação com que doenças?
Cirrose | LNH
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Na macrolipasémia a Lipase forma complexo com...
IgA
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Pancreatite aguda severa é caracterizada pela persistência da falência de órgão para além das (...) horas
48H