Endoscopia Flashcards
Melhor método para avaliar a mucosa do trato intestinal superior
EDA
Precisão no diagnóstico de úlceras DUODENAIS: exame contrastado (bário) vs. EDA
=
Mnemo: “na úlcera duodenAL dá iguAL”… de resto a EDA é melhor em tudo excepto estenoses ou patologia motora.
Relembrar: EDA é MAIS sensível para úlceras GASTRICAS
Exames contrastados têm precisão semelhante à endoscopia digestiva alta no diagnóstico de…
Úlcera duodenal
Mnemo: “na úlcera duodenAL dá iguAL”
É frequente conseguirmos visualizar o íleo terminal na colonoscopia?
Sim
Relembrar: cego é visualizado em >95% das vezes
Gold-standard do diagnóstico de doenças da mucosa cólon
Colonoscopia
Relembrar: visualiza recto, cólon, chegando ao cego em >95% e muitas vezes até o íleo terminal
Colonoscopia vs. Enema opaco: qual tem maior Sn para colite, pólipos e CCR?
Colonoscopia
A endoscopia é boa a visualizar lesões planas?
Sim (ex: EDA é boa a visualizar esófago de Barret em que há alterações da cor da mucosa)
A (?) é uma tecnologia emergente que rivaliza com a colonoscopia para deteção de alguns pólipos e cancro
Colonografia por TC
Sigmoidoscopia flexível consegue visualizar…
Recto + porção do cólon esquerdo (60cm da margem anal)
Mnemo: Sigmoidoscopia -> Sessenta cm
Sigmoidoscopia flexível requer sedação?
Não (vs. EDA, Colonoscopia em que se utiliza sedação consciente)
Principais aplicações da sigmoidoscopia flexível
- Diarreia aguda (relembrar: geralmente é auto-limitada e leve e nesse caso não requer intervenções diagnósticas que têm morbilidade associada).
- Hemorragia rectal
Quais as 3 técnicas endoscópicas para visualização do delgado?
- Cápsula endoscópica (diagnóstico)
- Enteroscopia por propulsão (diagnóstico + tratamento)
- Enteroscopia por balão duplo ou helicoidal (diagnóstico + tratamento)
Qual dos 3 procedimentos endoscopicos para visualização do delgado permite visualizar TODO o delgado + tratar?
Enteroscopia por balão duplo ou helicoidal
Relembrar:
- Cápsula endoscópica pode visualizar todo o delgado, mas não trata nem permite biopsias.
- Enteroscopia por propulsão permite visualizar jejuno proximal/intermédio.
Principais aplicações CPRE
- Dx e tratamento de disfunção esfíncter Oddi e colheita de tecido de estenoses ductais
- Recuperação de cálculos dos ductos biliares
- Biópsias
- Dilatação de estenoses ou alívio com stent
Ecografia endoscópica permite obter imagens de que estruturas?
- Parede intestinal
- Órgãos adjacentes
- Vasos
- Gânglios
As imagens obtidas por Ecografia endoscópica são de alta ou baixa resolução?
Altíssima resolução (sacríficio da profundidade de penetração do órgão)
Ecografia endoscópica é útil no estadiamento de neoplasias do esófago, pâncreas e recto. Consegue detectar mets distantes?
Não
Principais aplicações ecografia endoscópica
- Estadiamento pré-operativo de neoplasias: esófago, pâncreas e reto.
- Diagnóstico: litíase biliar, doenças vesícula, lesões submucosas, pancreatite crónica.
- Orienta aspiração por agulha fina e biópsias com agulha oca de massas/gânglios no mediastino posterior, abdómen, pâncreas, retroperitoneu e pelve.
- Drenagem (abcessos, pseudoquistos, necrose pancreática).
- NEURÓLISE PLEXO CELÍACO (tratamento da dor pancreática).
- Ablação por EtOH de tumores neuroendócrinos do pâncreas.
- Tratamento hemorragia GI.
- Drenagem ductos biliares e pancreáticos obstruídos.
Ecoendo permite neurólise do plexo celíaco em doentes com dor pancreática?
Sim
Relembrar: bloqueio do plexo celíaco não tem benefício no controlo da dor a longo prazo.
Aplicações da resseção endoscópica e encerramento
Resseção:
- Maiores amostras para diagnóstico histopatológico.
- Curativa para certas lesões displásicas e carcinomas intramucosos focais.
Encerramento:
- Fístulas intestinais
- Perfurações intestinais
- Hemorragia (clipes)
Em que circunstâncias a endoscopia tem alto risco hemorrágico?
- EDA ou Colonoscopia com dilatação, polipectomia ou ablação térmica.
- Gastrostomia endoscópica percutânea (PEG).
- Ecoendoscopia com aspiração fina.
- CPRE com esfincterotomia ou drenagem de pseudoquisto.
Ecoendoscopia tem alto risco hemorrágico?
Não, só se for feita aspiração por agulha fina.
Relembrar: outros de alto risco = PEG, EDA ou Colonoscopia com polipectomia, dilatação ou ablação térmica e CPRE com drenagem pseudoquisto ou esfincterotomia.
EDA ou Colonoscopia com ou sem biópsia tem alto ou baixo risco hemorrágico?
Baixo. Só têm alto risco quando:
- Dilatação
- Polipectomia
- Ablação térmica
TODOS os procedimentos endoscópicos apresentam risco de hemorragia e perfuração?
Sim (mas raro na sigmoidoscopia flexível).
++: procedimentos terapêuticos (5%).
- -: procedimentos diagnósticos.
O risco de eventos adversos com a ecoendoscopia diagnóstica é (+/=/-) ao da EDA diagnóstica
=
Relembrar: mas se ecoendoscopia com aspiração por agulha fina já há alto risco hemorrágico.
Doentes a tomar baixa dose de Aspirina necessitam de interromper antes de procedimento endoscópico?
Não. Não precisam de interromper QUALQUER que seja o risco hemorrágico (baixo ou alto).
Relembrar (leis de suspensão dos antitrombóticos nos procedimentos endoscópicos):
- TODOS os fármacos se mantêm em procedimentos de BAIXO risco.
- TODOS os fármacos se suspendem em procedimentos de ALTO risco, EXCEPTO AAS (que nunca se suspende).
- No caso de suspensão = 1-7dias, excepto HNF 6H
- TODOS precisam de ponte com anticoagulação com HNF, EXCEPTO NOACs.
Complicações infecciosas nos procedimentos endoscópicos são comuns?
Incomuns. Mas em alguns casos o risco pode ser maior e profilaxia com atb pode estar indicada:
- Obstrução biliar sem colangite
- Coleção pancreática estéril que comunica com ducto pancreático
- Coleção líquida estéril pancreática
- Cirrose + hemorragia digestiva aguda
Quando é que temos que fazer profilaxia antibiótica antes de um procedimento endoscópico?
(4) :
1. Obstrução biliar sem colangite + CPRE com drenagem incompleta (prevenir colangite)
2. Coleção pancreática estéril a comunicar com ducto pancreático
3. Coleção líquida pancreática estéril
4. Cirrose + hemorragia digestiva aguda
O risco de infeção bacteriana associada à cirrose com hemorragia digestiva está bem demonstrado?
Sim
Pancreatite pós-CPRE: quem tem maior risco?
Jovens anictéricos com ductos NORMAIS.
Relembrar:
- 5-10% das CPRE
- 30% se disfx esfíncter Oddi
Pancreatite pós-CPRE costuma ser grave?
Não, leve + auto-limitada.
Relembrar:
- 5 a 10% das CPRE.
- Mais em jovens anictéricos com ductos normais.
Complicações CPRE
- Pancreatite (5 a 10%)
- Hemorragia (1% das esfincterotomias)
- Colangite ascendente
- Infeção pseudoquisto
- Perfuração retroperitoneal
- Abcesso
Qual a incidência de eventos adversos na gastrostomia endoscópica percutânea (PEG) e qual o + comum?
15%
Infeção ferida (+++) Outras: - Fasceíte - Pneumonia - Hemorragia - Lesão cólica - Snd Buried Bumper
Mnemo: infeção é sempre uma complicação INCOMUM, excepto no PEG.
Procedimentos endoscópicos de diagnóstico apresentam (baixo/alto) risco de perfuração e hemorragia
Baixo (» c/ procedimentos terapêuticos).
Um doente que suspenda NOACs (ex: apixabano) precisa de terapia de transição com heparina?
Não
Relembrar: doentes a tomar AAS em baixa dose NUNCA precisam de suspender antes de procedimento endoscópico.
(?) é a indicação mais importante para a endoscopia de urgência
Gravidade da hemorragia inicial. Quanto mais grave, maior o risco de ser persistente ou recidivante.
Quais os determinantes de gravidade numa hemorragia digestiva aguda?
- Sinais vitais posturais: hipotensão em repouso ou alterações ortostáticas, FC aumentada.
- Frequência de melenas e hematemeses.
- Aspirado nasogástrico que não clareia com a lavagem.
Reduções do Htc e Hb são indicadores confiáveis da magnitude da hemorragia?
Não. Pois só descem >72H.
Indicadores:
- Sinais vitais posturais
- Aspirado NG com sangue e que não clareia com lavagem.
- Hematemeses/Melenas frequentes.
Doentes com cirrose, coagulopatia, insuficiência renal, insuficiência respiratória e (?) estão particularmente sujeitos a hemorragias significativas
> 70A
Origem da hemorragia: hematemeses
Alta
Origem da hemorragia: melenas
90% ACIMA lig. Treitz (sangue precisa de estar 14H no GIT)
Mas… pode ter origem no delgado ou cólon DIREITO em idosos que têm transito lento.
Origem da hemorragia: hematoquézia
85% cólon
MAS… hematoquézia maciça (com instabilidade HD) pode ter origem alta (EDA é o 1º exame!)
Em que doentes com hemorragia digestiva aguda está recomendada intubação traqueal antes da endoscopia?
- Hematemese recente repetida
- Encefalopatia
- Suspeita hemorragia varicosa
Qual o exame com positividade diagnóstica mais alta na hemorragia digestiva baixa?
Colonoscopia»_space;> Cintigrafia, Angiografia
Relembrar: se doente tiver hemorragia vigorosa e instabilidade HD é difícil visualizar o cólon pela colonoscopia, pelo que angiografia ou cintigrafia são preferíveis. Neste caso realizar EDA para excluir HDalta.
Num doente com hemorragia digestiva baixa vigorosa e instabilidade hemodinâmica, que exames fazer?
- Devido à hemorragia maciça provavelmente colonoscopia não vai conseguir visualizar cólon.
- Preferível cintigrafia ou angiografia.
- Nestes casos (++ instabilidade HD) é de suspeitar hemorragia digestiva alta, que deve ser excluída com EDA.
Lesão de Dieulafoy
Causa de hemorragia digestiva alta arterial maciça, por erosão de uma arteríola de grande calibre imediatamente abaixo da mucosa gástrica (curvatura menor do estômago proximal)
Onde no estômago se localiza a lesão de Dieulafoy?
Curvatura menor do estômago proximal
Relembrar: arteríola de grande calibre imediatamente abaixo da mucosa que sangra por erosão puntiforme da mucosa
Localização das lacerações de Mallory-Weiss
Junção gastroesofágica
Relembrar: 10% das hemorragias digestivas altas
Laceração de Mallory-Weiss com coágulo sentinela (não sangrante) requer tratamento endoscópico?
Não, porque raramente volta a sangrar (vs. úlcera péptica com coágulo sentinela = lesão ALTO risco = tx endoscópico)
Ectasias vasculares são lesões planas da mucosa que causa hemorragia digestiva (rápida/lenta)
Lenta
Relembrar: coagulação com árgon-plasma é eficaz nas ectasias vasculares (cecais, antro gástrico, retais induzidas por radiação)
Coagulação com árgon-plasma é eficaz no tratamento de ectasias vasculares?
Sim (ectasias antro gástrico, cecais e retais costumam melhoram)
Relembrar: ectasias vasculares causam hemorragia crónica
Ectasias difusas do delgado podem ter hemorragia persistente apesar do tratamento de lesões acessíveis? Associam-se a que doenças?
Sim.
IRC, THH
Colonoscopia está indicada na hemorragia diverticular?
Sim
Relembrar: hematoquézia profusa indolor
Endoscopia é útil no diagnóstico e tratamento de algumas causas de obstrução gastrointestinal, qual a excepção na qual a endoscopia não tem valor nem no diagnóstico nem no tratamento?
Oclusão do delgado por bridas cirúrgicas
Relembrar: bridas pós-op são a causa de >1/2 de todos os quadros de oclusão intestinal aguda. A maioria é parcial e resolve espontaneamente.
Obstrução esofágica aguda por corpo estranho ou alimento impacto é uma emergência endoscópica?
Sim (MELHOR exame inicial = permite remover corpo impactado + detectar patologia subjacente).
Relembrar:
- Hipersalivação + não conseguem engolir água.
- Maioria vai ter uma causa para a impactação: estenose, anél, membrana.
Obstrução esofágica por corpo estranho/alimento impactado: quando é que devemos fazer Rx toráx + pescoço antes da EDA?
- Obstrução >24H
- Febre
- Corpo perfurante
Relembrar: exames contrastados NÃO são aconselháveis
São aconselháveis exames contrastados na obstrução esofágica aguda quando fazemos EDA?
Não. Podem interferir com a EDA.
Relembrar: EDA é o melhor exame inicial porque permite remover o corpo estranho e detectar patologia subjacente (presente na maioria).
Causas de obstrução à saída gástrica
- Cancro estômago
- Cancro duodeno
- Cancro pâncreas
- Úlcera péptica crónica que causou estenose
Obstrução à saída gástrica: manifestações
Doentes vomitam alimento parcialmente digerido muitas horas após ingestão
Relembrar (causas): cancro (x3) estômago/pancrêas/duodeno ou úlcera péptica que causou estenose
Abordagem ao doente com obstrução à saída gástrica
- Descompressão gástrica
- Confirmação dx: teste de sobrecarga salina
- Dilatações endoscópicas (alivio prolongado em 50%) ou 4. Stent (alívio sintomático de obstrução maligna)
Que exames de imagem conseguem distinguir obstrução vs. pseudo-obstrução cólica?
Colonoscopia, enema com contraste hidrossolúvel ou TC (fazemos especialmente quando achamos que pode ser uma obstrução mecânica)
O risco de perfuração do cego nos casos de pseudo-obstrução aumenta quando o diâmetro…
> 12cm
Endoscopia: Tx pseudo-obstrução cólica
Conservador (correção DHE, mobilização, interrupção de fármacos de risco) -> descompressão com Neostigmina ou descompressão endoscópica
Ecografia abdominal é um bom exame para visualizar cálculos biliares?
Não, só visualiza uma MINORIA dos cálculos biliares. Mas detecta 90-95% dos cálculos na vesícula.
Melhores: CPRM/Ecoendoscopia (precisão >90%) e CPRE (exame de eleição, que é usado também com fins terapêuticos)
Qual o exame de eleição no diagnóstico e tratamento dos cálculos do colédoco?
CPRE
Mas ter em conta que:
- Invasivo
- Logo, só fazer se ELEVADA suspeita de cálculos no colédoco (porque é preciso CPRE para tratar).
- Se BAIXA suspeita: CPRM, Colangiografia directa ou Ecoendoscopia que não são tão invasivos e muito precisos.
Exame de imagem num doente com baixa probabilidade de cálculo biliar
CPRM, Ecoendoscopia ou Colangiografia directa (menos invasivos que CPRE)
Relembrar: CPRE é usada em doentes com alta probabilidade de cálculos no colédoco porque permite tratar. Se é provável que o cálculo não esteja presente, é escusado fazer um exame tão invasivo.
Precisão da CPRM e Ecoendoscopiana deteção de cálculos biliares
> 90% (especialmente úteis em doentes em que a suspeita é baixa, para evitar a CPRE)
Obstrução biliar: quando a suspeita de cálculo biliar é alta e o tratamento urgente é necessário, (?) é o Gold-Standard para diagnóstico e tratamento imediato
CPRE
Relembrar: CPRM e Ecoendoscopia, sendo menos invasivas e altamente precisas, são preferíveis quando a suspeita é baixa (não tratam).
Tríade de Charcot está presente em % dos doentes com sépsis biliar
70%:
- Dor QSD
- Febre (alta)
- Icterícia
Relembrar (tríade colecistite aguda): Dor QSD + Febre (baixa) + Leucocitose
Tratamento colangite ascendente
- Reposição hídrica
- ATB ev
- CPRE nas primeiras 24H (se atraso -> ++ sépsis, morbimortalidade)
Pêntade Reynold
Tríade de Charcot + choque + confusão mental
= ALTA mortalidade! CPRE URGENTE.
Que % dos doentes com pancreatite biliar ficam com cálculo retido?
20% (a maioria passa para o dudoeno)
Relembrar: a CPRE só é benéfica em doentes com cálculo retido (reduz a morbidade), pelo que é preferível primeiro fazer CPRM ou Ecoendoscopia para ver se há lá uma cálculo retido (melhora o px clínico).
Em que doentes com pancreatite biliar é mais provável que o cálculo tenha ficado retido?
- Icterícia (para haver icterícia tem que haver atingimento das vias biliares, icterícia é incomum na pancreatite aguda).
- Colangite ascendente (dor QSD + Febre + Icterícia)
- Provas fx hepática +++
- Pancreatite grave
Relembrar: cálculos biliares (incluindo microlitíase) são a causa nº1 de pancreatite aguda: 30-60% > Álcool 15-30% > CPRE 5-10% > hiperTG 4%
Principais causas de pseudo-obstrução cólica (cap. endoscopia)
- Distúrbios hidroeletroliticos (hipoK…)
- Imobilização
- Narcóticos e anticolinérgicos
- Hemorragia ou massas retroperitoneais
Dispepsia: definição
Desconforto ou dor em ardor no abdómen superior
Em que % dos doentes com dispepsia consegue-se fazer um diagnóstico apenas pela anamnese?
Metade (50%). Nos restantes: 1. Sem sinais de alarme -> prova terâpeutica com IBPs (forte associação entre pirose e RGE) -> falha: EDA
- Sinais alarme (perda ponderal, anemia ferropénica): EDA logo
Doente apresenta-se com sintomas clássicos de refluxo: pirose e ardor retrosternal. Como agir?
- Associação entre pirose e RGE é muito forte: diagnóstico presuntivo.
- Inicia-se tratamento empírico com IBPs.
EDA consegue diagnosticar refluxo não-erosivo?
Não (e há doentes que têm refluxo sintomático que não causa esofagite).
Relembrar:
- pHmetria é o exame mais sensível para diagnóstico de refluxo GE e permite o diagnóstico na ausência de esofagite visível na EDA (>5% das 24H com pH<4)
Qual a limitação da endoscopia no diagnóstico do RGE?
Não detecta refluxo não erosivo (que não causa esofagite). Ao contrário da pHmetria que detecta refluxo erosivo ou não-erosivo e permite o diagnóstico na ausência de esofagite (exame mais sensível).
Exame mais sensível ao diagnóstico de RGE
pHmetria 24H em ambulatório (detecta RGE na ausência de esofagite)
Relembrar:
- > 5% do dia pH<4 é indicativo de DRGE e permite o diagnóstico na ausência de esofagite endoscópica (que define DRGE).
- Manometria com impedância avalia também refluxo não ácido (contacto entre elétrodos e líquido diminui a impedância).
EDA está recomendada no DRGE de longa duração (>10A)?
Sim (de acordo com capítulo endoscopia). Doentes com esófago de Barret geralmente são incluídos em programas de vigilância com endoscopias periódicas e biópsias.
Relembrar (cap. dça esófago): rastreio endoscópico no esófago de Barret é prática comum mas a sua utilidade NÃO está estabelecida.
Em que doentes devemos considerar EDA de rastreio para esófago de Barret?
DRGE há pelo menos 10A
A dispepsia não ulcerosa pode estar associada a distensão abdominal e, ao contrário da úlcera péptica, (tende/não tende) a regredir e recidivar
Não tende (dispepsia funcional mantém-se constante e não responde aos tratamentos empíricos para outras etiologias de dispepsia: IBPs, erradicação H. pylori, procinéticos…)
IBPs, procinéticos ou antibioterapia contra Helicobacter aliviam dispepsia funcional?
Pouco alívio (é um problema funcional! E mantém-se constante, não regride). Como o tratamento empírico falha estes doentes têm indicação para EDA, mas vai ter um impacto limitado no tratamento (problema funcional!! EDA é feita para excluir úlceras refratárias e outras etiologias graves).
Relembrar: nenhum doente com dispepsia, a menos que tenha SINAIS DE ALARME, vai fazer endoscopia como abordagem inicial. Primeiro trata-se empiricamente e se falhar é que se faz a endoscopia.
Disfagia pode ser por obstrução mecânica ou por distúrbio da motilidade: % de cada
50/50
Disfagia: Geralmente, a avaliação de distúrbios mecânicos é por (?) e distúrbios da motilidade é por (?)
- Endoscopia
- Radiografia, trânsito (estudo da deglutição) ou manometria esofágica.
Relembrar:
- 50/50: mecânico/ motilidade
- Disfagia por distúrbio da motilidade causa disfagia para sólidos + líquidos.
Num homem ou mulher pós-menopausa com anemia ferropénica devemos sempre considerar…
Hemorragia intestinal: colonoscopia -> nada -> EDA -> nada -> estudos delgado + biópsias duodenais (excluir dça celíaca)
Positividade da endoscopia por cápsula em doentes com suspeita de hemorragia
70% (ectasias são a causa mais comum)
Feito em doentes nos quais a colonoscopia e EDA foram não diagnósticas.
PSOF é extremamente sensível para perda sanguínea onde?
Cólon (também detecta quantidades maiores de hemorragia digestiva alta). Uma PSOF positiva + >50A = colonoscopia
Qual é mais eficaz no rastreio CCR: PSOF ou exames visuais directos?
Exames visuais directos (colonoscopia, sigmoidoscopia*)
Relembrar: PSOF é extremamente sensível para perdas sanguíneas cólicas mas não detecta alguns cancros e muitos pólipos.
*Antes achava-se que a maioria dos cancros eram à esquerda e que os que eram à direita iam ter pólipos à esquerda. Hoje em dia sabe-se que cancros direita = cancros à esquerda e 1/2 dos doentes com cancros à direita não têm pólipos à esquerda.
Estratégia ideal para rastreio CCR
Colonoscopia: permite visualização directa de todo o cólon.
Relembrar: colonoscopia visualiza cego em >95% e muitas vezes o íleo terminal.
CCR à esquerda vs. CCR à direita: distribuição
Homogénea. E metade dos cancros à direita não tem pólipos à esquerda. Assim, a colonoscopia é o melhor exame. Sigmoidoscopia não permite visualizar cancros à direita.
Relembrar: Sigmoidoscopia = Sessenta cm da margem anal
PSOF diminui a mortalidade por CCR?
Sim. Mas não detecta muitos pólipos ou alguns cancros.
SII: dx necessita de visualização cólica?
Não (dx clínico: critérios Roma II)
Diarreia: quando fazer endoscopia?
- Diarreia aguda inexplicável (++ exames fezes negativos, uma vez que 90% das diarreias agudas são infecciosas).
- Diarreia crónica (>6s)
Relembrar:
- Maioria das diarreias agudas são auto-limitadas, nas diarreias crónicas a regressão espontânea é menos provável.
- Diarreias agudas: 90% infecção
- Diarreias crónicas: não-infecciosas -> endoscopia
Doentes com QUALQUER volume de hematoquézia devem ser avaliados por sigmoidoscopia flexível e anuscopia para excluir pólipos ou cancros distais?
Sim.
Endoscopia: % das pancreatites sem causa detectável na avaliação de rotina
20% -> ecoendoscopia estabelece o diagnóstico específico na maioria e altera o tratamento (feita em doentes com >1 episódio de pancreatite)
Relembrar (cap. PA): 25% crises recorrentes pancreatite aguda sem etiologia óbvia (66% ou 2/3 tem doença oculta da árvore biliar ou ductos pancreáticos como microlitíase ou lama biliar).
Abordagem mais sensível para dx de microlitíase
Ecoendoscopia + microscopia da bile (que é aspirada após administração de CCK).
Relembrar:
- 20/25% das pancreatites não têm causa identificável.
- 2/3 vai ser por microlitíase ou lama biliar.
- Fazer ecoendoscopia quando o doente tem segundo episódio de pancreatite.
Actualmente, ecoendoscopia com aspiração por agulha fina permite avaliação pré-operatória precisa do tumor local e estadiamento ganglionar, mas não detecta…
Metástases distantes
Cancros:
- Esófago
- Estômago
- Pâncreas
- Vias biliares
- Reto
- Gânglios mediastínicos (NSCLC)
Doentes de risco intermédio de CCR e opções de rastreio
Assintomáticos >50A ou >45A se afro-americanos
Colonoscopia: a cada 10A.
Sigmoidoscopia flexível / outros: a cada 5A.
PSOF: anualmente (não detecta maioria dos pólipos e alguns cancros).
Rastreio CCR: pancolite ulcerosa e colite de Crohn >8A ou rectocolite ulcerosa do lado esquerdo >15A
1-3A (colonoscopia com biópsia).
Relembrar: risco de CCR na CU aumenta com a duração da doença e com a sua extensão. Risco de CCR na DC e CU é equivalente para extensão e duração equivalente da doença.