Endoscopia Flashcards
Melhor método para avaliar a mucosa do trato intestinal superior
EDA
Precisão no diagnóstico de úlceras DUODENAIS: exame contrastado (bário) vs. EDA
=
Mnemo: “na úlcera duodenAL dá iguAL”… de resto a EDA é melhor em tudo excepto estenoses ou patologia motora.
Relembrar: EDA é MAIS sensível para úlceras GASTRICAS
Exames contrastados têm precisão semelhante à endoscopia digestiva alta no diagnóstico de…
Úlcera duodenal
Mnemo: “na úlcera duodenAL dá iguAL”
É frequente conseguirmos visualizar o íleo terminal na colonoscopia?
Sim
Relembrar: cego é visualizado em >95% das vezes
Gold-standard do diagnóstico de doenças da mucosa cólon
Colonoscopia
Relembrar: visualiza recto, cólon, chegando ao cego em >95% e muitas vezes até o íleo terminal
Colonoscopia vs. Enema opaco: qual tem maior Sn para colite, pólipos e CCR?
Colonoscopia
A endoscopia é boa a visualizar lesões planas?
Sim (ex: EDA é boa a visualizar esófago de Barret em que há alterações da cor da mucosa)
A (?) é uma tecnologia emergente que rivaliza com a colonoscopia para deteção de alguns pólipos e cancro
Colonografia por TC
Sigmoidoscopia flexível consegue visualizar…
Recto + porção do cólon esquerdo (60cm da margem anal)
Mnemo: Sigmoidoscopia -> Sessenta cm
Sigmoidoscopia flexível requer sedação?
Não (vs. EDA, Colonoscopia em que se utiliza sedação consciente)
Principais aplicações da sigmoidoscopia flexível
- Diarreia aguda (relembrar: geralmente é auto-limitada e leve e nesse caso não requer intervenções diagnósticas que têm morbilidade associada).
- Hemorragia rectal
Quais as 3 técnicas endoscópicas para visualização do delgado?
- Cápsula endoscópica (diagnóstico)
- Enteroscopia por propulsão (diagnóstico + tratamento)
- Enteroscopia por balão duplo ou helicoidal (diagnóstico + tratamento)
Qual dos 3 procedimentos endoscopicos para visualização do delgado permite visualizar TODO o delgado + tratar?
Enteroscopia por balão duplo ou helicoidal
Relembrar:
- Cápsula endoscópica pode visualizar todo o delgado, mas não trata nem permite biopsias.
- Enteroscopia por propulsão permite visualizar jejuno proximal/intermédio.
Principais aplicações CPRE
- Dx e tratamento de disfunção esfíncter Oddi e colheita de tecido de estenoses ductais
- Recuperação de cálculos dos ductos biliares
- Biópsias
- Dilatação de estenoses ou alívio com stent
Ecografia endoscópica permite obter imagens de que estruturas?
- Parede intestinal
- Órgãos adjacentes
- Vasos
- Gânglios
As imagens obtidas por Ecografia endoscópica são de alta ou baixa resolução?
Altíssima resolução (sacríficio da profundidade de penetração do órgão)
Ecografia endoscópica é útil no estadiamento de neoplasias do esófago, pâncreas e recto. Consegue detectar mets distantes?
Não
Principais aplicações ecografia endoscópica
- Estadiamento pré-operativo de neoplasias: esófago, pâncreas e reto.
- Diagnóstico: litíase biliar, doenças vesícula, lesões submucosas, pancreatite crónica.
- Orienta aspiração por agulha fina e biópsias com agulha oca de massas/gânglios no mediastino posterior, abdómen, pâncreas, retroperitoneu e pelve.
- Drenagem (abcessos, pseudoquistos, necrose pancreática).
- NEURÓLISE PLEXO CELÍACO (tratamento da dor pancreática).
- Ablação por EtOH de tumores neuroendócrinos do pâncreas.
- Tratamento hemorragia GI.
- Drenagem ductos biliares e pancreáticos obstruídos.
Ecoendo permite neurólise do plexo celíaco em doentes com dor pancreática?
Sim
Relembrar: bloqueio do plexo celíaco não tem benefício no controlo da dor a longo prazo.
Aplicações da resseção endoscópica e encerramento
Resseção:
- Maiores amostras para diagnóstico histopatológico.
- Curativa para certas lesões displásicas e carcinomas intramucosos focais.
Encerramento:
- Fístulas intestinais
- Perfurações intestinais
- Hemorragia (clipes)
Em que circunstâncias a endoscopia tem alto risco hemorrágico?
- EDA ou Colonoscopia com dilatação, polipectomia ou ablação térmica.
- Gastrostomia endoscópica percutânea (PEG).
- Ecoendoscopia com aspiração fina.
- CPRE com esfincterotomia ou drenagem de pseudoquisto.
Ecoendoscopia tem alto risco hemorrágico?
Não, só se for feita aspiração por agulha fina.
Relembrar: outros de alto risco = PEG, EDA ou Colonoscopia com polipectomia, dilatação ou ablação térmica e CPRE com drenagem pseudoquisto ou esfincterotomia.
EDA ou Colonoscopia com ou sem biópsia tem alto ou baixo risco hemorrágico?
Baixo. Só têm alto risco quando:
- Dilatação
- Polipectomia
- Ablação térmica
TODOS os procedimentos endoscópicos apresentam risco de hemorragia e perfuração?
Sim (mas raro na sigmoidoscopia flexível).
++: procedimentos terapêuticos (5%).
- -: procedimentos diagnósticos.
O risco de eventos adversos com a ecoendoscopia diagnóstica é (+/=/-) ao da EDA diagnóstica
=
Relembrar: mas se ecoendoscopia com aspiração por agulha fina já há alto risco hemorrágico.
Doentes a tomar baixa dose de Aspirina necessitam de interromper antes de procedimento endoscópico?
Não. Não precisam de interromper QUALQUER que seja o risco hemorrágico (baixo ou alto).
Relembrar (leis de suspensão dos antitrombóticos nos procedimentos endoscópicos):
- TODOS os fármacos se mantêm em procedimentos de BAIXO risco.
- TODOS os fármacos se suspendem em procedimentos de ALTO risco, EXCEPTO AAS (que nunca se suspende).
- No caso de suspensão = 1-7dias, excepto HNF 6H
- TODOS precisam de ponte com anticoagulação com HNF, EXCEPTO NOACs.
Complicações infecciosas nos procedimentos endoscópicos são comuns?
Incomuns. Mas em alguns casos o risco pode ser maior e profilaxia com atb pode estar indicada:
- Obstrução biliar sem colangite
- Coleção pancreática estéril que comunica com ducto pancreático
- Coleção líquida estéril pancreática
- Cirrose + hemorragia digestiva aguda
Quando é que temos que fazer profilaxia antibiótica antes de um procedimento endoscópico?
(4) :
1. Obstrução biliar sem colangite + CPRE com drenagem incompleta (prevenir colangite)
2. Coleção pancreática estéril a comunicar com ducto pancreático
3. Coleção líquida pancreática estéril
4. Cirrose + hemorragia digestiva aguda
O risco de infeção bacteriana associada à cirrose com hemorragia digestiva está bem demonstrado?
Sim
Pancreatite pós-CPRE: quem tem maior risco?
Jovens anictéricos com ductos NORMAIS.
Relembrar:
- 5-10% das CPRE
- 30% se disfx esfíncter Oddi
Pancreatite pós-CPRE costuma ser grave?
Não, leve + auto-limitada.
Relembrar:
- 5 a 10% das CPRE.
- Mais em jovens anictéricos com ductos normais.
Complicações CPRE
- Pancreatite (5 a 10%)
- Hemorragia (1% das esfincterotomias)
- Colangite ascendente
- Infeção pseudoquisto
- Perfuração retroperitoneal
- Abcesso
Qual a incidência de eventos adversos na gastrostomia endoscópica percutânea (PEG) e qual o + comum?
15%
Infeção ferida (+++) Outras: - Fasceíte - Pneumonia - Hemorragia - Lesão cólica - Snd Buried Bumper
Mnemo: infeção é sempre uma complicação INCOMUM, excepto no PEG.
Procedimentos endoscópicos de diagnóstico apresentam (baixo/alto) risco de perfuração e hemorragia
Baixo (» c/ procedimentos terapêuticos).
Um doente que suspenda NOACs (ex: apixabano) precisa de terapia de transição com heparina?
Não
Relembrar: doentes a tomar AAS em baixa dose NUNCA precisam de suspender antes de procedimento endoscópico.
(?) é a indicação mais importante para a endoscopia de urgência
Gravidade da hemorragia inicial. Quanto mais grave, maior o risco de ser persistente ou recidivante.
Quais os determinantes de gravidade numa hemorragia digestiva aguda?
- Sinais vitais posturais: hipotensão em repouso ou alterações ortostáticas, FC aumentada.
- Frequência de melenas e hematemeses.
- Aspirado nasogástrico que não clareia com a lavagem.
Reduções do Htc e Hb são indicadores confiáveis da magnitude da hemorragia?
Não. Pois só descem >72H.
Indicadores:
- Sinais vitais posturais
- Aspirado NG com sangue e que não clareia com lavagem.
- Hematemeses/Melenas frequentes.
Doentes com cirrose, coagulopatia, insuficiência renal, insuficiência respiratória e (?) estão particularmente sujeitos a hemorragias significativas
> 70A
Origem da hemorragia: hematemeses
Alta