Fisiologia da hipófise Flashcards
Hipófise - qual a diferença entre adenohipófise e neurohipófise?
Adenohipófise
* Anterior
* Parte epitelial, glândula endócrina cordonal
* Função: produção de TSH, LH e FSH, ACTH, GH e prolactina
* Regulação: sistema parvocelular - 3 núcleos hipotalâmicos, que possuem axônios curtos, liberam os hormônios estimuladores no sistema porta hipotalâmico-hipofisário, que agem na adenohipófise comandando a produção de novos hormônios
Neurohipófise
* Posterior
* Parte neural, projeção neural do tecido hipotalâmico
* Função: armazenamento de ADH e ocitocina
* Regulação: sistema magnocelular - 2 núcleos hipotalâmicos (núcleo supraóptico e paraventricular), que possuem axônios grandes, produzem os hormônios e os liberam difetamente na neurohipófise
**Circulação sanguínea da hipófise e secreção hormonal da adenohipófise **
Artéria hipofisária superior -> plexo capilar primário, na eminência mediana, capta hormônios liberadores hipotalâmicos -> veias do sistema porta-hipofisário, na região do infundíbulo, que transporta os hormônios hipotalâmicos -> plexo capilar secundário, na parte distal da adenohipófise, vai liberar os hormônios hipofisários -> interação com as células da adenohipófise -> liberação de hormônios da adenohipófise
Hipófise - como ocorre a regulação da neurohipófise?
Sistema magnocelular
Produção hormonal
1. Pré-pro-hormônios produzidos no hipotálamo, no núcleo supra-óptico (pré-provasofisina) e paraventricular (pré-pró-oxifisina)
2. Clivagem em pró-hormônios nos corpos celulares - corpos celulares grandes
3. Transporte de pró-hormônios pela neurofisina (proteína transportadora no axônio) e clivagem em hormônios ao longo do axônio - axônios longos
4. Armazenamento na neurohipófise da ocitocina e ADH
Hipófise - quais os hormônios produzidos pela neurohipófise?
Quais seus efeitos, estímulos liberadores e inibidores?
Vasopressina/ADH: reabsorção de água nos tubulos distais do néfron, contração da musculatura lisa de vasos
* Liberação: osmolaridade celular aumentada, redução de volume ou pressão, aumento de sódio no líquor, angiotensina II, dor, náuseas e vômitos, estresse, hipoglicemia prolongada
* Inibição: diminuição da osmolaridade, aumento de volume, redução da temperatura, neurotransmissores alfa adrenérgicos, GABA, etanol, cortisol, hormônio tireoidiano, peptídeo natriurético atril, lítio
Ocitocina: contração da musculatura uterina e secreção de leite
* Liberação: distensão da vagina ou cérvice uterina, amamentação
* Inibição:
Hipófise - como ocorre a regulação da adenohipófise?
Quais os hormônios liberadores e inibidores da hipófise?
Sistema parvocelular
Produção hormonal
1. Produtos são sintetizados pelo hipotálamo: XRH
2. Secreção nos vasos porta hipotalâmico-hipofisário
3. Controle da síntese e secreção dos hormônios tróficos - células da adenohipófise produzem XH
4. Inibição do hipotálamo e hipófise - glândulas endócrinas periféricos produzem X
Hormônios liberadores e inibidores
* TRH – estimula tireotrófo – libera TSH
* GnRH – estimula gonadotrofo – libera FSH (pulso de alta frequência) e LH (pulso de baixa frequência)
* CRH – estimula corticotrófo – libera ACTH
* GHRH – estimula somatotrofo – libera GH
* PRH – estimula lactotrofo – libera prolactina (e indiretamente GH)
* Somatotrofina – inibe somatotrófo – inibe GH
* Dopamina – inibe lactotrófo – inibe prolactina
Imagens: http://fisio2.icb.usp.br:4882/wp-content/uploads/2017/02/hipot%C3%A1lamo-e-hip%C3%B3fise-1.pdf
Hipófise - como ocorre a regulação da adenohipófise?
Quais os hormônios liberadores e inibidores da hipófise?
Sistema parvocelular
Produção hormonal
1. Produtos são sintetizados pelo hipotálamo: XRH
2. Secreção nos vasos porta hipotalâmico-hipofisário
3. Controle da síntese e secreção dos hormônios tróficos - células da adenohipófise produzem XH
4. Inibição do hipotálamo e hipófise - glândulas endócrinas periféricos produzem X
Hormônios liberadores e inibidores
* TRH – estimula tireotrófo – libera TSH
* GnRH – estimula gonadotrofo – libera FSH (pulso de alta frequência) e LH (pulso de baixa frequência)
* CRH – estimula corticotrófo – libera ACTH
* GHRH – estimula somatotrofo – libera GH
* PRH – estimula lactotrofo – libera prolactina (e indiretamente GH)
* Somatotrofina – inibe somatotrófo – inibe GH
* Dopamina – inibe lactotrófo – inibe prolactina
Imagens: http://fisio2.icb.usp.br:4882/wp-content/uploads/2017/02/hipot%C3%A1lamo-e-hip%C3%B3fise-1.pdf
Hipófise - descreva o eixo do hormônio de crescimento
Padrão de secreção pulsátil, com maior secreção durante o sono profundo
Nível hipotalâmico: produção de GHRH
Nível hipofisário: produção de GH
* Outros estímulos: hipoglicemia, grelina, estresse, elevação sérica de aminoácidos, diminuição sérica de ácidos graxos, estrógenos e andrógenos, hormônios tireoidianos, sono profundo
* Inibição: somatostatina, hiperglicemia, ácidos graxos livres, obesidade, envelhecimento
Periferia
* Hiperglicemiante: diminui captação de glicemia, aumenta gliconeogênese pelo fígado
* Lipolítico: lipólise em tecido adiposo -> aumento de ácidos graxos e glicerol no sangue
* Anabolizante: aumenta captação de aa e síntese proteica pelos músculos; aumenta produção de colágeno e hipertrofia das células de condrócitos
* Produção de IGF-1 pelo fígado
Feedback negativo: ácido graxo livre, glicose e IGF-1 agem sobre o hipotálamo, que produz somatostatina; somatostatina age na hipófise, inibindo produção de GH
Revisar: distúrbios de crescimento
Nanismo: deficiência de GH durante a infância
Gigantismo: excesso de GH durante a infância
Acromegalia: excesso de GH após o fechamento as epífises ósseas -> resistência insulínica, aumento de pés, mãos e traços faciais
Imagens: http://fisio2.icb.usp.br:4882/wp-content/uploads/2017/02/hipot%C3%A1lamo-e-hip%C3%B3fise-1.pdf
Hipófise - descreva o eixo dos hormônios tireoidianos
Padrão complexo de secreção, que depende de hormônios e mecanismos de feedback
Nível hipotalâmico: produção de TRH
Nível hipofisário: produção de TSH (e em altas concentrações, também, prolactina)
Nível glandular: produção de T3 e T4 -> aumento do metabolismo basal
Efeito no metabolismo basal
* Hipoglicemiante: incorporação de glicose nas células (potencializa insulina e receptores de glicose), gliconeogênese e glicogenólise no fígado
* Anabólico (quantidade fisiológica) OU catabólico (quantidade alterada)
* Lipolítico (basal e hipertireoidismo) OU lipogênico (hipotireoidismo)
* Coração: cronotrópico e ionotrópico
* Outros: maior termogênese, melhor desenvolvimento normal do SNC, maior remodelação óssea, maior consumo de O2 e eritropoese
Feedback negativo: T3 inibe hipófise e hipotálamo, que param de produzir TSH e TRH; dopamina inibe hipófise, que para de produzir prolactina
Revisar: hipotireoidismo primário, secundário e terciário;
Imagens: http://fisio2.icb.usp.br:4882/wp-content/uploads/2017/02/hipot%C3%A1lamo-e-hip%C3%B3fise-1.pdf
Hipófise - descreva o eixo hipotálamo-hipófise-gônada masculino
masculino
Padrão de secreção pulsátil (osciladores neurais intrínsecos do hipotálamo), periódico (apenas na embriogênese e, depois, quando adolescentes e adultos) e cíclico (apenas nas mulheres)
Nível hipotalâmico: produção de GnRH
Nível hipofisário: produção de FSH (pulso de alta frequência) e LH (pulso de baixa fequência)
Nível gonadal:
* FSH age nas células de Sertoli, promovendo a espermatogênese (desenvolvimento da cabeça do espermatozoide) e a secreção e inbina
* LH age sobre as células intersticiais e Leydig, promovendo a síntese de **testosterona **
Feedback negativo: inibina inibe produção de FSH; testpsterona inibe a produção de LH e GnRH
Imagens: http://fisio2.icb.usp.br:4882/wp-content/uploads/2017/02/hipot%C3%A1lamo-e-hip%C3%B3fise-1.pdf
Hipófise - descreva o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal
Padrão de secreção regido pelo ritmo circadiano, com pico durante a manhã
Nível hipotalâmico: produção de CRH
* Estímulos: estresse físico ou emocional, hipoglicemia, exposição ao frio, dor
Nível hipofisário: produção de ACTH
Nível adrenal: produção de cortisol
Estímulos secundários:
Efeitos no metabolismo (efeitos agudos)
* Hiperglicemiante: aumento da gliconeogênese e glicogenólise do fígado, diminuíção da captação de glicose pelas células
* Catabólico: aumento da proteólise do músuclo, diminuição da síntese proteica
* Lipolítico: lipólise de tecido adiposo, aumento de ácidos graxos e glicerol circulante
* Supressão do sistema imune e redução da inflamação
Feedback negativo: cortisol inibe hipófise e hipotálamo
Imagens: http://fisio2.icb.usp.br:4882/wp-content/uploads/2017/02/hipot%C3%A1lamo-e-hip%C3%B3fise-1.pdf
Hipófise - descreva o eixo da prolactina
Padrão de secreção pulsátil, dependendo do sono e de estímulos hormonais
Nível hipotalâmico: produção de PRH
Nível hipofisário: produção de prolactina
* Estímulos: hipotálamo (PRH e TRH), ocitocina, estresse, sono, estímulo físico
* Inibição: dopamina hipotalâmica, somatostatina, GABA
Periferia: mamotrofos produzem e secretam leite, pode inibir da produção de LH e FSH (causando disfunção sexual)
Não é exatamente um eixo endócrino, pois a prolacina age diretamente sobre células periféricas não endócrinas e a inibição é feita pelo hipotálamo -> hipófise estaria continuamente produzindo prolactina, mas, em situações normais, sofre constante inibição do hipotálamo
obs: revisar hiperprolactinemia (ex: prolactinoma) - inibe síntese de GnRH, causando infertilidade, ameorrei,a hipogonadismo, galactorreia
Imagens: http://fisio2.icb.usp.br:4882/wp-content/uploads/2017/02/hipot%C3%A1lamo-e-hip%C3%B3fise-1.pdf
Hipófise - como ocorre a avaliação da função hipofisária e como interpretar seus resultados?
*Procedimento *
1. Preparo: jejum de oito horas, suspender uso de biotina e suplementos alimentares 3 dias antes
2. Punção venosa para coleta de amostras (GH, FSH e LH, TSH, cortisol, prolactina) e aferir glicemia capilar
3. Administrar TRH, LHRH/GnRH, insulina
4. Novas coletas em 15, 30, 60, 90 e 120 minutos
*Resultados *
Dosagem de cortisol: resposta inferior -> insuficiência adrenal primária, secundária ou terciária
Dosagem de LH e FSH: resposta inferior -> hipogonadismo gonadotrófico, atraso
Dosagem de GH: resposta inferior -> atraso de desenvolvimento
Dosagem de TSH
* Resposta normal: incremento de T3 e T4 em 15-30 minutos
* Resposta exacerbada precoce (pode vir acompanhada de aumento de prolactina) -> hipotireoidismo primário
* Falha na resposta -> hipotireoidismo secundário
* Resposta exacerbada tardia -> hipotireoidismo terciário
* Diferenciação entre pacientes resistentes aos hormônios tireoidianos (respondem ao estímulo) de pacientes com tumores produtores de TSH (não respondem ao estímulo)
É necessário ter hipoglicemia para medir cortisol e GH
* Glicemia capilar abaixo de 40 mg/dL, ou queda da glicemia superior a 50% da glicemia basal ou sintomas) até o tempo 30 minutos, é necessário administrar nova dose de insulina
* Controlar a glicemia capilar a cada 15 minutos até o tempo 60 e, após esse período, a critério médico
* Em caso de ausência de hipoglicemia, não há teste válido para ver a função de somatotrofina e cortisol
Dosagem de FSH e LH tem valores específicos para cada sexo e idade, não consegue diferenciar a doença hipofisária da hipotalâmica
A coleta e análise das amostras em diferentes tempos tem intuíto de acompanhar a produção e analisar o tempo de reação do organismo ao estímulo provocado pelo TRH, GnRH e hioglicemia