13. Arritmia, Síncope e PCR Flashcards
O que acontece com um bloqueio de ramo esquerdo ao ECG?
Alargamento de QRS (com alongamento de rS em V1), pois ao se ver bloqueado pelo feixe de HISS o estimulo teve que transitar miócito por miócito até adentrar o ventrículo (despolarização do feixe de Hiss é muito rápido por isso bloqueios tendem a alargar o complexo).
Como calcular a FC no ECG?
300/nº de quadrados (5 quadradinhos = 1 quadrado) entre 2 complexos QRS.
o Se irregular: nº de QRS no D2 longo x 6.
O que define ritmo sinusal?
Onda P positiva em D1, D2 e aVF, sempre precedido de QRS.
Defina flutter atrial com parâmetros ECG. Qual a CD (emergência)?
- BPM de 150 (Por volta de 300 estímulos enviados contudo o NA deixa que passem somente metade) com onda P alongada no ECG (P termina já encaixando no QRS).
- TTO: Amiodarona.
Defina taquicardia supraventricular com parâmetros ECG. Qual a CD (emergência)?
- QRS estreito e ritmo regular, sem onda P.
- Manobra vagal (valsalva modificada, pressão globo ocular, massagem carotídea, água gelada) -> Adenosina 6mg -> 12mg -> 12mg -> BB.
Defina fibrilação atrial com parâmetros ECG. Qual a CD (emergência)?
- QRS estreito e ritmo irregular, sem onda P.
- Amiodarona (<48h ou >48h sem trombo visualizado pelo ECOTE) ou metoprolol (>48h com trombo na auriculeta visualizado pelo ECOTE ou se não há ECOTE no serviço) 5 mg EV a cada 5 min, dose máxima 15 mg.
o Por volta de 450-700 estímulos enviados resultando em contração atrial ineficaz e consequente alta resposta ventricular.
Qual o TTO ambulatorial da FA?
Anticoagulação crônica (“…bana” {se 2pts no CHA2DS2VASC} + controle de frequência com BB) ou reversão (controle de ritmo com propafenona + ablação).
Qual a CD quando instabilidade em um ritmo não sinusal (taquiarritmias)?
Cardioversão com 100J ou 120-200 se FA.
Defina taquicardia ventricular com parâmetros ECG. Qual a CD (emergência)?
- QRS largo e ritmo regular, sem onda P.
o Monomórfica: QRS largo e homogêneo.
o Polimórfica: QRS largo e heterogêneo. - Amiodarona 150 mg EV em 10 min -> até no máximo 450 mg.
TTO de Torsades de Pointes (torção das pontas) .
- Sulfato de Magnésio EV.
o Ritmo pré parada, logo dificilmente o TTO não sera de instabilidade.
Defina as bradiarritmias de origem acima do feixe de hiss com parâmetros ECG. Qual a CD (emergência)?
- BAV de 1º grau (nunca bloqueia, apenas alarga 1 quadrado).
- BAV de 2º grau Mobitz 1 (fenômeno de VEMckeBACK, onda VEM alargando progressivamente em cada ciclo, até bloquear e VOLTAR no padrão convencional) -> Atropina 1 mg EV de 5 em 5 min até dose máxima de 3 mg.
Defina as bradiarritmias de origem abaixo do feixe de hiss com parâmetros ECG. Qual a CD (emergência)?
- BAV de 2º grau Mobitz 2 (bloqueia sem preludio – PR é constante) -> Marcapasso.
- BAV 2:1 (uma bloqueia e uma conduz, continuamente) -> Marcapasso.
- BAV de 3º grau ou BAVT (dissociação entre átrio e ventrículo, logo entre onda P e QRS) -> Marcapasso.
Defina síncope.
Perda súbita e não traumática de consciência e tônus com recuperação espontânea, rápida e completa.
o FP: Hipofluxo cerebral, não havendo movimento tônico simétrico e repetitivo (DDX com convulsão).
Cite 3 tipos de síncope.
- Neuromediada: Exacerbação do SNPS (sensibilidade carotídea).
- Vasovagal: Local quente, ansiedade, dor.
- Ortostática: Mudança de decubito para ortostase ou de posição em exercício físico.
- Cardiogênica: Baixo DC (cardiopatia hipertrófica, WPW, etc).
Passos iniciais da PCR.
Segurança -> shake n shout -> ajuda (SAMU + DEA) -> checar pulso e resp.
Qual os ritmos e CD em uma PCR chocável?
- FV e TVSP (igual a monomórfica mas sem pulso).
- 1º Choque (360J – monofásico, 200J – bifásico) -> RCP 2 min -> analisar ritmo -> 2º Choque -> Epinefrina (1 mg EV) + RCP por 2 min -> analisar ritmo -> 3º Choque -> Amiodarona 1ª Dose (300 mg EV) + RCP por 2 min -> analisar ritmo -> 4º Choque -> Epinefrina + RCP por 2 min -> analisar ritmo -> 5º Choque -> Amiodarona 2ª dose (150 mg EV) + RCP por 2 min -> …
Epinefrina é dada a cada 3-5 minutos, seguida de solução salina 20 ml e elevação do membro.
Lidocaína pode ser utilizado como alternativa no lugar da amiodarona, ainda que ambos não tenham impacto na sobrevida do paciente e no prognóstico neurológico. Contudo deve ser usado no máximo 2 doses.
Qual os ritmos e CD em uma PCR não chocável?
- AESP (qualquer atividade) e assistolia.
- Epinefrina (1 mg EV) + RCP por 2 min -> Análise do ritmo -> RCP por 2 min -> Análise do ritmo -> Epinefrina (1 mg EV) + RCP por 2 min -> …
Qual a diferença no fluxograma da PCR quando na rua com o DEA e no hospital com o carrinho de parada?
- Assim que chega o DEA, não importa o momento, interromper e instalar o DEA. Se no hospital, usar o carrinho antes de iniciar a massagem, salvo se aquele não estiver por perto.
Porque a ventilação a cada 6 segundos?
- Bradpneia melhora retorno venoso.
Critérios de qualidade da compressão.
- De 100-120 compressões/min com 5-6cm de profundidade e garantindo o reenchimento da câmara.
Fases fisiológicas da ressuscitação cardiopulmonar.
Elétrica (0-4’): Foco na desfibrilação.
Circulatória (4-10’): Foco na compressão.
Metabólica (>10’): Foco na reperfusão (hipotermia) e outras terapias (ex: adrenalina; não desfibrilar).
Principais etiologias (5Hs e 5Ts).
Hipovolemia.
Hipoxemia.
H2 (acidose).
Hipo/hipercalemia.
Hipotermia.
Tensão no tórax: Pneumotórax.
Tamponamento cardíaco: IAM, trauma.
Trombose coronária: IAM.
Trombose pulmonar: Fibrinolítico na RCP.
Toxina: Antidepressivo, βb, digitálico, BCC.
Parâmetros de capnografia para RCP deficitária e retorno da circulação.
- PETCO2<10mm (indicativo de necessidade de melhora do RCP).
- PETCO2>40mmHg.
Quais os principais cuidados pós parada?
- Controle da PA e da temperatura, e IOT.
Quais são os 5 sinais de instabilidade na arritmia?
- 5D’s: Dor torácica, Dispneia (Sat O2 < 90% ou FR > 30), Diminuição da PA (PAM < 65 ou PAS < 90), Diminuição do nível de consciência, Desmaio/Tontura.