Tuberculose Flashcards
Complexo Mycobacterium tuberculosis
Mycobacterium: TUBERCULOSIS; BOVIS AFRICANUM CANETTI MICROTI PINNIPEDI CAPRAE
M TUBERCULOSIS
- Bacilo de Koch;
- Ligeiramente curvo;
- Mede de 0,5 a 3 μm;
- É um bacilo alcool-acido resistente (BAAR);
- Aerobio;
- Parede celular rica em lipídios (acidos microlicos e arabinogalactano) - lhe confere baixa permeabilidade, reduz efetividade da maioria do atbs e facilita sua sobrevida nos macrófagos.
M. bovis
- Maior frequencia na forma ganglionar e outras formas extrapulmonares;
- É mais comum em locais que consomem leite e derivados não pasteurizados ou fervidos de rebanho bovino infectado.
Transmissão
- Por via aerea de uma pessoa com TB pulmonar ou laríngea, que elimina bacilos no ambiente a outra pessoa por exalação de aerossois oriundos da tosse, fala ou espirro;
- Pacientes bacilíferos tem maior capacidade de transmissão;
- os bacilos nas roupas, lençois, copos e outros objetos dificilmente se dispersam em aerossois e não tem papel na transmissão da doença;
- TRM-TB ou cultura positivos tem infectividade menor. Cultura de escarro negativa e as com TB extrapulmonar são desprovidos de infectividade.
- TB pelo HIV podem ter menos acometimento pulmonar e apresentação cavitária e assim menor infectividade.
TRANSMISSÃO - COMO?
- Gotículas exaladas (gotículas de PFLÜGER) rapidamente secam;
- Transformam-se em partículas menores (<5-10 μm de diâmetro);
- Essas partículas menores (Nucleos de WELLS), contendo 1-2 bacilos, podem manter-se em suspensão, no ar, por muitas horas e são capazes de alcançar os alvéolos, onde podem multiplicar-se e provocar primo-infecção;
Pct bacilifero pode infectar 10-15 pessoas em média em uma comunidae durante 1 ano.
Fatores exógenos: infectividade do caso-indice, duração do contato e o tipo de ambiente partilhado.
Risco de transmissão
perdura enquanto o pct eliminar bacilos no escarro;
Com incio do tto, a transmissão tende a diminuir gradativamente e em geral após 15 dias ela encontra-se muito reduzida;
As medidas de controle devem ser mantidas até que seja confirmada a negatividade ou baculos não viáveis à baciloscopia do caso fonte.
- kids com TB pulmonar geralmente tem baciloscopia negativa;
- O bacilo é sensível à luz solar e a circulação de ar possibilita a dispersão de partículas infectantes.
- kids e imunossuprimidos são os mais acometidos pela forma primária;
- os bacilos podem ficar latentes porr muitos anos até a reativação, produzindo TB secundária.
- a infecção prévia não confere imunidade e recidivas podem acontecer.
Risco de adoecimento
O MAIOR RISCO DE ADOECIMENTO É A INFECÇÃO PELO HIV.
outros fatores:
- tempo decorrido da infecção ao desenvolvimento da TB ativa (maior risco nos primeiros 2 anos após exposição);
- Idade < 2 ou > 60 anos;
- Presença de condições clínicas (dçs e/ou ttos imunossupressores).
Risco de adoecimento nas populações vulneráveis
- Pessoas vivendo em situação de rua – 56 x maior;
- Pessoas que vivem com HIV e pessoas privadas da liberdade – 28 x maior;
- Indígenas – 3 x maior
Diagnóstico Clínico - TB PULMONAR
SINTOMAS CLÁSSICOS:
- Tosse persistente seca ou produtiva por mais de 3 semanas;
- Febre vespertina;
- Sudorese noturna;
- Emagrecimento.
TB miliar
A TB miliar é caracterizada por opacidades retículo-micronodulares difusas de distribuição randômica decorrentes da disseminação hematogênica do Mycobacterium tuberculosis pelo parênquima pulmonar, tanto na primária quanto na secundária.
É a uma forma grave da doença que é mais comum em pcts imunocomprometidos como: pessoas infectadas com HIV em fase avançada de imunossupressão.
Alem dos sintomas clássicos, pode apresentar hepatomegalia, altera-ções do SNC e alterações cutâneas tipo eritemato-máculo-pápulo-vesiculosas
Diagnóstico Clínico - TB EXTRAPULMONAR - Pleural
- forma mais comum em pessoas não infectadas pelo HIV;
- ocorre mais em jovens e cursa com dor pleurítica;
- Tríade: ASTENIA, EMAGRECIMENTO E ANOREXIA em 70% dos pcts, febre e tosse seca em 60%.
- O liquido pleural tem exsudato, predomínio de linfócitos e baixo rendimento tanto da pesquisa de BAAR (<5%) quanto da cultura (<15%).
- Níveis de adenosinadeaminase (ADA) no líquido pleural tem sido aceitos como critério diagnostico de TB. A cultura do escarro induzido é positiva em até 50% dos pcts, mesmo sem outra alteração visível na radiografia de tórax além do derrame pleural.
Diagnóstico Clínico - TB EXTRAPULMONAR - Empiema pleural tuberculoso
Consequencia de uma cavidade tuberculosa para o espaço pleural, podendo ocorrer pneumotorax, secundário à fistula broncopleural;
Rendimento da baciloscopia direta e da cultura para TB no liquido do empiema tuberculoso é alto
Diagnóstico Clínico - TB EXTRAPULMONAR - Ganglionar periférica
mais frequente em pessoas vivendo com HIV (PVHIV) e em kids, sendo mais comum abaixo dos 40 anos.
aumento subagudo, indolor e assimétrico das cadeias glanglionares cervicais anterior e posterior, além da supraclavicular.
Em PVHIV tende a ser bilateral, associado a maior comprometimento do estado geral.
glanglios podem estar endurecidos ou amolecidos, aderentes entre si e aos planos profundos, podendo evoluir para flutuação e/ou fistulização espontânea, com a inflamação da pele adjacente.
O diagnostico é obtido por meio de aspirado por agulha e/ou ressecção ganglionar, para realização de exames bacteriológicos e histopa-tológicos. A biopsia de gânglio pode cursar com fistula no pós-operatório.
Diagnóstico Clínico - TB EXTRAPULMONAR - Meningoencefálica
3% dos não infectados pelo HIV e por ate 10% em PVHIV.
Meningite basal exsudativa é a apresentação clínica mais comum e é mais frequente em kids < 6 anos.
Na forma subaguda cursa com cefaleia holocraniana, irritabilidade, alterações de comportamento, sonolência, anorexia, vômitos e dor abdominal associados à febre, fo-tofobia, vômitos e rigidez de nuca por tempo superior a 2 semanas
apresenta sinais focais relacionados a síndromes isquêmicas locais ou ao envolvimento de pares cranianos (pares II, III, IV, VI e VII), podendo apresentar sinais de hipertensão intracraniana.
Na forma crônica o pct evolui varias semanas com cefaleia, ate que ocorre acometimento de pares cranianos.
Outra forma no SNC é a forma localizada (tuberculomas). O quadro clinico é o de um processo expansivo intracraniano de crescimento lento, com sinais e sintomas de hipertensão intracraniana sendo que a febre pode não estar presente.
Diagnóstico Clínico - TB EXTRAPULMONAR - Pericárdica
dor torácica, tosse seca e dispneia. Pode haver febre, emagrecimento, astenia, tontura, edema de MMII, dor em hipocôndrio direito e ascite; raramente evolui com sinais de tamponamento.
Diagnóstico Clínico - TB EXTRAPULMONAR - Óssea
é mais comum em kids ou em pessoas entre a quarta e a quinta década de vida.
Atinge mais a coluna verte-bral e as articulações coxofemoral e do joelho.
A TB de coluna (mal de Pott) é responsável por cerca de 1% dos casos de TB e até 50% do TB óssea – afeta mais a coluna torácica e a lombar e seu quadro clinico apresenta-se com tríade: DOR LOMBAR, DOR A PALPAÇÃO LOCAL E SUDORESE NOTURNA.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL - NEOPLASIAS
- Cancer de pulmão (carcinoma de cels escamosas);
- Linfomas;
- Sarcoma de Kaposi;
- Carcinomatose metastática;
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL - OUTRAS MICOBACTERIAS
Não tuberculosas: M. avium; M; kansasii; M. abscessos; M. xenopi
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL - INFECÇÕES FÚNGICAS
- Histoplasmose;
- Paracoccidioidomicose;
- Aspergiloma;
- Criptococose.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL - OUTRAS DÇS BACTERIANAS
Abscesso pulmonar; Pneumonia necrotizante: Streptococcus pneumoniae; Haemophilus influenzae; Klebsiella pneumonae; Staphylococcus pneumoniae; Actinomicose; Nocardiose.
DIAGNÓSTICO BACTERIOLÓGICO - EXAME MICROSCOPICO DIRETO (BACILOSCOPIA DIRETA)
A pesquisa do bacilo álcool-ácido resistente – BAAR, pelo método de Ziehl-Nielsen é a técnica mais utilizada em nosso meio.
A baciloscopia do escarro, desde que executada corretamente em todas as suas fases, permite detectar de 60-80% dos casos de TB pulmonar em adultos. É indicada:
• No sintomático respiratório, durante estratégia de busca ativa;
• Em casos de suspeita clínica e/ou radiológica de TB pulmonar, independentemente do tempo de tosse;
• Para acompanhamento e controle de cura em casos pulmonares com confirmação laboratorial.
Deve ser realizada em duas amostras: uma por ocasião do primeiro contato com a pessoa que tosse e outra, independentemente do resultado da primeira, no dia seguinte, com a coleta do material sendo feita preferenci-almente ao despertar.
Interpretação Baciloscopia direta
Não são encontrados BAAR em 100 campos observados - – NEGATIVO
1 a 9 BAAR em 100 campos observados – Relata-se a quantidade de bacilos encontrada
10 a 99 BAAR em 100 campos observados –POSITIVO +
1 a 10 BAAR por campo em 50 campos observados – POSITIVO ++
Em média mais de 10 BAAR por campo em 20 campos observados – POSITIVO +++
DIAGNÓSTICO BACTERIOLÓGICO - TESTE RÁPIDO MOLECULAR PARA TUBERCULOSE (TRM-TB)
Prioritariamente para o diagnóstico de TB pulmonar e laríngea em adultos e adolescentes.
amplificação de ácidos nucleicos utilizados para detecção de DNA dos bacilos do complexo M. tuberculosis e triagem de cepas resistentes à rifampicina pela técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR) em tempo real. O teste apresenta o resultado em aproximadamente 2 horas em ambiente laboratorial, sendo necessária somente uma amostra de escarro.
A sensibilidade para diagnostico em crianças (<10 anos) é de 66%.
Como também pode detectar bacilos mortos ou inviáveis, não deve ser utilizado para diagnóstico nos casos de retratamento. Nesses casos, deve ser realizado baciloscopia de escarro e cultura para micobactérias, seguida de teste de sensibilidade antimicrobiano para verificação de resistência aos fármacos e o TRM-TB poderá ser utilizado apenas para triagem da resistência à rifampicina.
INDICAÇÕES TRM-TB
Está indicado nas seguintes situações:
Diagnóstico de casos novos de TB pulmonar e laríngea em adultos e adolescentes.
Diagnóstico de casos novos de TB pulmonar e laríngea em adultos e adolescentes de populações de maior vulnerabilidade.
Diagnóstico de TB extrapulmonar nos materiais biológicos já validados.
Triagem de resistência à rifampicina nos casos de retratamento.
Triagem de resistência à rifampicina nos casos com suspeita de falência ao tratamento da TB.