Ofidismo Flashcards

1
Q

Oq é ofidismo?

A

Acidente por serpentes peçonhentas

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2
Q

Definição de animal peçonhento

A

produzem uma peçonha em um grupo de células ou órgão secretor (glândula) e possuem uma ferramenta, capaz de injetar tal peçonha na sua presa ou predador. Esta ferramenta podem ser dentes modificados, aguilhão, ferrão, quelíceras, cerdas urticantes, nematocistos, entre outros

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3
Q

Qual a importância do seu estudo?

A

Frequência Letalidade (Brasil): 40 óbitos/10.000 acidentes Há tratamento específico A rapidez tratamento diminui as complicações

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4
Q

Distribuição percentual do númeo absoluto de casos por regiões

A

atualizar no novo slide

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5
Q

Familias das cobrinhas

A

Viperidae: – Bothrops (Jararaca) – Crotalus (Cascavel) – Lachesis (Sururcucu) Elapidae: – Micrurus (Coral)

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6
Q

Qual o principal local da picada?

A

70,8% no pé e na perna; 13,4% na mão e antebraço.

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7
Q

Letalidade

A

Dos 81.611 casos notificados, houve registro de 359 óbitos. A letalidade geral para o Brasil foi de 0,45%.

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8
Q

Importância da identificação das serpentes?

A
  • possibilita a dispensa imediata da maioria dos pacientes picados por serpentes não peçonhentas; - viabiliza o reconhecimento das espécies de importância médica em âmbito regional; - é medida auxiliar na indicação mais precisa do antiveneno a ser administrado.
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9
Q

Distribuição dos acidentes por gênero da serpente

A

Bothrops - 90,5% Crotalus - 7,7% Lachesis - 1,4% Micrurus - 0,4%

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10
Q

Características das peçonhentas - Olhos

A

Pupila em fenda Menos a micrurus

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11
Q

Características das peçonhentas - Cauda

A

Lisa - Bothrops Guizo ou chocalho - Crotalus Escamas eriçadas - Lachesis

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12
Q

Características das peçonhentas - Fosseta Loreal

A

Órgão sensorial termorreceptor Orificio situado entre o olho e a narina. Bothrops, Crotalus e Lachesis

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13
Q

Características das peçonhentas - Dentição

A

ÁGLIFA - serpentes sem aparelho inoculador de peçonha. Os dentes são maciços e sem canal inoculador de peçonha. Estas serpentes atacam, geralmente, por constrição. Exemplos: sucuri, jiboia, pítons, etc. OPISTÓGLIFA - dentes inoculadores de peçonha se encontram na parte posterior do maxilar superior, apresentando, assim, perigo altamente reduzido para o homem. Dentição característica de alguns membros da família Colubridae como a muçurana, falsas corais. PROTERÓGLIFA - característica das serpentes da família Elapidae. Apresentam dois dentes inoculadores de peçonha na parte anterior do maxilar superior, de carácter marcadamente forte, não retráteis. Coral Verdadeira SOLENÓGLIFA - Dentição característica das serpentes da família Viperidae. Os membros desta família possuem dois dentes retrácteis, inoculadores de uma potente peçonha de caráter neurotóxico, hemotóxico e ou citotóxico, localizados na parte anterior do maxilar superior. Permite ao animal inocular uma quantidade de peçonha maior do que uma serpente da família das proteroglifas. Isso agrava ainda mais a conseqüência da mordida. Exemplos: cascavel, jararaca, surucucu, urutu, etc.

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14
Q

Distribuição no Brasil

A

Bothrops e Micrurus - Todo território Crotalus - São encontradas em campos abertos, áreas secas, arenosas e pedregosas e raramente na faixa litorânea. Não ocorrem em florestas e no Pantanal. Alguns bolsões. Lachesis - Amazônia, Mata Atlântica e algumas enclaves de matas úmidas do Nordeste.

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15
Q

Características Bothrops

A

jararaca, ouricana, jararacuçu, urutu-cruzeira, jararaca-do-rabo-branco, malha-de-sapo, patrona, surucucurana, combóia, caiçara Habitam principalmente zonas rurais e periferias de grandes cidades, preferindo ambientes úmidos como matas e áreas cultivadas e locais onde haja facilidade para proliferação de roedores (paióis, celeiros, depósitos de lenha). Têm hábitos predominantemente noturnos ou crepusculares. Podem apresentar comportamento agressivo quando se sentem ameaçadas, desferindo botes sem produzir ruídos.

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16
Q

Características Crotalus

A

cascavel, cascavel-quatro-ventas, boicininga, maracambóia, maracá Não têm por hábito atacar e, quando excitadas, denunciam sua presença pelo ruído característico do guizo ou chocalho

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17
Q

Características Lachesis

A

surucucu, surucucu-pico-de-jaca, surucutinga, malha-de-fogo É a maior das serpentes peçonhentas das Américas, atingindo até 3,5m

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18
Q

Características Micrurus

A

pequeno e médio porte com tamanho em torno de 1,0 m, conhecidos popularmente por coral, coral verdadeira ou boicorá. Apresentam anéis vermelhos, pretos e brancos em qualquer tipo de combinação Região Amazônica por ter corais de cor marrom-escuro, com manchas avermelhadas na região ventral Falsas - Os anéis não envolvem toda circunferência do corpo.

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19
Q

Quadro Clínico - Local

A
  1. Marcas das presas 2. Sinais inflamatórios (dor, edema tenso - as vezes violáceo) 3. Necrose 4. Sangramentos (equimoses) 5. Vesículas e/ou bolhas (conteúde: seroso, hemorrágico ou necrótico) 6. Infecção local 7. Linfadenomegalia regional 8.
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20
Q

Quadro Clínico - Sistêmico

A
  1. Hipotensão arterial 2. Choque 3. Manifestações neurológicas 4. Insuficiência Renal 5. Hemorragias 6. Mialgia generalizada 7. Mioglobinúria ou hematúria
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21
Q

Quais gêneros tem veneno com ação PROTEOLÍTICA?

A

Bothrops Lachesis

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22
Q

Quais gêneros tem veneno com ação COAGULANTE?

A

Bothrops Lachesis Crotalus

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23
Q

Quais gêneros tem veneno com ação HEMORRÁGICA?

A

Bothrops Lachesis

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24
Q

Quais gêneros tem veneno com ação NEUROTÓXICA?

A

Crotalus Micrurus Lachesis

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25
Q

Quais gêneros tem veneno com ação MIOTÓXICA?

A

Crotalus

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26
Q

Como é a ação proteolítica?

A

Ação de enzimas proteolíticas: proteases, hialuronidases e fosfolipases, liberação de mediadores da resposta inflamatória, da ação das hemorragias sobre o endotelio vascular e da ação pró-coagulante do veneno. Leva a: – Inflamação local; – Destruição tecidual: liponecrose, mionecrose, destruição de paredes de vasos Casos graves: liberação de fatores vasoativos que podem levar ao choque.

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27
Q

Como é a ação coagulante? S

A

Ativação dos fatores de coagulação -> Consumo de fibrinogênio -> Incoagulabilidade sanguínea -> Microtrombos na parede capilar -> IRA Parece com a coagulação intravascular disseminada

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28
Q

Ação coagulante Bothrops

A

Ativa, de modo isolado ou simultâneo, o fator X e a protrombina. Possui também ação semelhante à trombina, convertendo fibrinogênio em fibrina. Lachesis e Crotalus (não reduz plaqueta) são por esse mecanismo; Pode levar a plaquetopenia e a incoagulabilidade sanguínea, semelhante a coagulação intravascular disseminada

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29
Q

Como é a ação hemorrágica?

A

HEMORRAGINAS: – rompem endotélio vascular; – degradam componentes da matriz extracelular; – Inibem agregação plaquetária. Hemorragia, edema e necrose.

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30
Q

Como é a ação neurotóxica?

A

Crotalus e Micrutus: – fração crotoxina, uma neurotoxina de ação pré-sináptica que atua nas terminações nervosas inibindo a liberação de acetilcolina. Esta inibição é o principal fator responsável pelo bloqueio neuromuscular do qual decorrem as paralisias motoras apresentadas pelos pacientes. Lachesis: – Estimula o vago (cólica abdominal, diarréia, bradicardia e hipotensão)

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31
Q

Como é a ação miotóxica?

A

rabdomiólise) com liberação de enzimas e mioglobina para o soro e que são posteriormente excretadas pela urina. Não está identificada a fração que produz esse efeito. Há referências experimentais da ação miotóxica local da crotoxina e da crotamina

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32
Q

Quais ações do veneno da Bothrops?

A

Proteolítica Coagulante Hemorrágica

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33
Q

Quais ações do veneno da Lachesis?

A

Proteolítica Coagulante Hemorrágica Neurotóxica

34
Q

Quais ações do veneno da Crotalus?

A

Coagulante Neurotóxica Miotóxica

35
Q

Quais ações do veneno da Micrurus?

A

Neurotóxica

36
Q

QC Sistêmico Leves e moderados

A

Hemorragias leves ou moderadas

37
Q

QC Sistêmico Graves

A

Choque IRA Hemorragias intensas em regiões vitais (HDA e SNC)

38
Q

Hemorragias leves ou moderadas

A

Gengivorragia Hematúria (micro ou macroscópica) Púrpuras Equimoses Sangramentos em feridas recentes Hemoptise Epistaxe Sangramento conjuntival Hipermenorréia Hematêmese discreta ou moderada

39
Q

Fatores desencadeantes para IRA

A
  1. CIVD (deposição fibrina no glomérulo) 2. Hipotensão 3. Hemólise 4. Ação nefrotóxica direta das peçonhas (?) Outros
40
Q

Diferenciação entre botrópico e laquético

A

Estimulo vagal? Sim -> LACHESIS

41
Q

Manifestações do estímulo Vagal

A
  1. Cólicas abdominais 2. Diarréia 3. Náuseas, vômitos 4. Sudorese 5. Bradicardia 6. Hipotensão grave (1os minutos) -> Choque
42
Q

Manifestações Neurotoxicidade

A

Facies miastênica ou neurotóxica de Rosenfeld 1. Ptose palpebral (uni ou bilateral) 2. Flacidez musculatura face 3. Midríase bilateral semiparalítica 4. Oftalmoplegia 5. Diplopia 6. Visão turva

43
Q

Manifestações Miotoxicidade

A

Musculatura: – Mialgia generalizada de aparecimento precoce, podendo ser espontânea ou à compressão. Casos graves = intensas. Urina: – Hemoglobinúria ou mioglobinúria

44
Q

Outras manifestações de miotoxicidade ou neurotoxicidade (Crotalus)

A

Insuficiência Respiratória Aguda ou Paralisia Respiratória Parcial

45
Q

Diagnóstico Laboratorial

A
  1. Hemograma: aumento de Leucócitos, neutrofilia desvio à Esq. , diminuição de plaquetas 2. Tempo de coagulação: normal ou alterado 3. Aumento do VHS 4. Enzimas musculares (CPK, DHL, AST) 5. Uréia, creatinina, potássio séricos 6. EAS (hematúria, hemoglobinúria) 7. Outros (dependendo da gravidade) 8. Imunodiagnóstico
46
Q

Tempo de Coagulação

A

Deverá ser realizado sempre Útil: acidentes ofídicos com ação coagulante Resultados Normal: até 9 minutos Prolongado: 10-30 minutos Incoagulável: > 30 minutos

47
Q

Primeiros Socorros

A

Lavar apenas com H2O ou H2O e sabão; Manter o paciente deitado e hidratado Procurar o serviço médico mais próximo; Se possível, levar o animal para identificar.

48
Q

Medidas Gerais

A
  1. Repouso 2. Analgésicos S/N (evitar depressores do SNC) 3. Não garrotear nem colocar subs. sobre o ferimento 4. Limpeza local (água e sabão) 5. Não fazer curativos oclusivos 6. Monitorar sinais vitais e volume urinário
49
Q

ACIDENTE BOTRÓPICO E LAQUÉTICO. Manifestações Locais

A

Dor e edema no local, de intesidade variável e de instalação precoce, carater progressivo. Equimoses e sangramentos no ponto da picada são frequentes. Infartamento ganglionar e bolhas podem aparecer na evolução, acompanhados ou não de necrose.

50
Q

ACIDENTE BOTRÓPICO. Manifestações Sistêmicas

A

Hemorragias à distância. Gestantes podem ter hemorragia uterina. Podem ocorrer: nauseas, võmitos, sudorese, hipotensão arterial e choque

51
Q

ACIDENTE BOTRÓPICO. Classificação e TTO - Leve

A

Mais comum. Os filhotes (<40 cm) podem apresentar como unico elemento de diagnóstico a alteração do TC. Locais (dor, edema e equimose): AUSENTES OU DISCRETAS. Edema em até 2 segmentos. Sistêmicas (hemorragia grave, choque, anúria): AUSENTES Tempo de Coagulação (TC): NORMAL OU ALTERADO Soroterapia (nº ampolas): 2-4

52
Q

ACIDENTE BOTRÓPICO. Classificação e TTO - Moderada

A

Locais (dor, edema e equimose): EVIDENTES. Edema em 3-4 segmentos.. O edema ultrapassa o segmento anatômico picado. Pode ou não ter gengivorragia, epistaxe e hematúria. Sistêmicas (hemorragia grave, choque, anúria): AUSENTES Tempo de Coagulação (TC): NORMAL OU ALTERADO Soroterapia (nº ampolas): 4-8

53
Q

ACIDENTE BOTRÓPICO. Classificação e TTO - Grave

A

Locais (dor, edema e equimose): INTENSAS. Edema em 5 ou mais segmentos. Edema local endurado intenso e extenso, acompanhado de dor intensa, podendo ter bolhas. Podem aparecer sinais de isquemia devido à compressão dos feixes vásculo-nervosos. Sistêmicas (hemorragia grave, choque, anúria): PRESENTES Tempo de Coagulação (TC): NORMAL OU ALTERADO Soroterapia (nº ampolas): 12

54
Q

ACIDENTE BOTRÓPICO E LAQUÉTICO. Complicações Locais

A

Síndrome Compartimental: compressão do feixe vásculo-nervoso por conta do grande edema, produzindo isquemia de extremidades. DOR INTENSA, PARESTESIA, DIMINUIÇÃO DA TEMPERATURA DO SEGMENTO DISTAL, CIANOSE E DEFICIT MOTOR. FASCIOTOMIA, Abscesso: 10-20%. Os germes podem ser da boca do animal, da pele do acidentado ou uso de contaminantes no ferimento. BACILOS GRAM-, ANAERÓBIOS e mais raramente cocos gram+. DRENAR. Necrose: ação proteolítica, infecção, trombose arterial, sindrome de compartimento ou uso indevido de torniquete. DEBRIDAR. Pode ter ainda: celulite, erisipela e deficit funcional

55
Q

ACIDENTE BOTRÓPICO. Manifestações Sistêmicas.

A

Choque IRA

56
Q

ACIDENTE BOTRÓPICO. TTO específico

A

antibotrópico (SAB) antibotrópico-crotálica (SABC) antibotrópicolaquética (SABL). Se TC alterada 24h após soroterapia, está indicada dose adicional de 2 ampolas.

57
Q

ACIDENTE BOTRÓPICO. TTO geral

A

a) Manter elevado e estendido o segmento picado; b) Emprego de analgésicos para alívio da dor; c) Hidratação: manter o paciente hidratado, com diurese entre 30 a 40 ml/hora no adulto, e 1 a 2 ml/kg/hora na criança; d) Antibioticoterapia: o uso de antibióticos deverá ser indicado quando houver evidência de infecção. As bactérias isoladas de material proveniente de lesões são principalmente Morganella morganii, Escherichia coli, Providentia sp e Streptococo do grupo D, geralmente sensíveis ao cloranfenicol. Dependendo da evolução clínica, poderá ser indicada a associação de clindamicina com aminoglicosídeo.

58
Q

ACIDENTE CROTÁLICO. Manifestações Locais.

A

Há parestesia local ou regional, que pode persistir por tempo variável, podendo ser acompanhada de edema discreto ou eritema no ponto da picada. Não há dor, ou pode ser de pequena intensidade.

59
Q

ACIDENTE CROTÁLICO. Manifestações Sistêmicas

A

a) Gerais: mal-estar, prostração, sudorese, náuseas, vômitos, sonolência ou inquietação e secura da boca podem aparecer precocemente e estar relacionadas ao medo e a tensão emocional desencadeados pelo acidente. b) Neurológicas: decorrem da ação neurotóxica do veneno, surgem nas primeiras horas após a picada, e caracterizam o fácies miastênica (fácies neurotóxica de Rosenfeld). Como manifestações menos freqüentes, pode-se encontrar paralisia velopalatina, com dificuldade à deglutição, diminuição do reflexo do vômito, alterações do paladar e olfato. c) Musculares: mialgias generalizadas que podem aparecer precocemente. Mioglobinúria por conta da rabdomiólise. d) Distúrbios da Coagulação: pode haver incoagulabilidade sangüínea ou aumento do Tempo de Coagulação (TC), em aproximadamente 40% dos pacientes, observando-se raramente sangramentos restritos às gengivas (gengivorragia).

60
Q

ACIDENTE CROTÁLICO. Classificação e TTO - Leve

A

Fácies miastêmica/Visão turva: AUSENTE OU TARDIA Mialgia: AUSENTE OU DISCRETA Urina vermelha ou marrom: AUSENTE Oligúria/Anúria: AUSENTE Tempo de Coagulação (TC): NORMAL OU ALTERADO Soroterapia (nº de ampolas): 5

61
Q

ACIDENTE CROTÁLICO. Classificação e TTO - Moderada

A

Fácies miastêmica/Visão turva: DISCRETA OU EVIDENTE Mialgia: DISCRETA Urina vermelha ou marrom: POUCO EVIDENTE OU AUSENTE Oligúria/Anúria: AUSENTE Tempo de Coagulação (TC): NORMAL OU ALTERADO Soroterapia (nº de ampolas): 10

62
Q

ACIDENTE CROTÁLICO. Classificação e TTO - Grave

A

Fácies miastêmica/Visão turva: EVIDENTE Mialgia: INTENSA Urina vermelha ou marrom: PRESENTE Oligúria/Anúria: PRESENTE OU AUSENTE Tempo de Coagulação (TC): NORMAL OU ALTERADO Soroterapia (nº de ampolas): 20

63
Q

ACIDENTE CROTÁLICO. Complicações.

A

a) Locais: raros pacientes evoluem com parestesias locais duradouras, porém reversíveis após algumas semanas. b) Sistêmicas: a principal complicação do acidente crotálico, em nosso meio, é a IRA, com necrose tubular geralmente de instalação nas primeiras 48 horas.

64
Q

ACIDENTE CROTÁLICO. Exame de Sangue.

A

Miólise leva liberação de mioglobina e enzimas, aumentando: - CK - precoce, com pico dentro das primeiras 24h. - LDH - mais lento e gradual, constituindo-se um exame para diagnóstico tardio. - ALT e AST - ALDOSE. Hemograma: leucocitose, com neutrofilia e desvio à esquerda, às vezes com granulações tóxicas.

65
Q

ACIDENTE LAQUÉTICO. TTO

A

Gravidade avaliada pelos sinais locais e intensidade das manifestações vagais (bradicardia, hipotensão arterial, diarréia) 10 a 20 de Soro Antilaquético ou Antibotrópico-laquético. Bradicardia - Sulfato de atropina Hipotensão/choque - Hidratação vigorosa e drogas vasoativas SN Complicações locais - Tratamento idêntico ao acidente botrópico

66
Q

ACIDENTE ELAPÍDICO. Ações do veneno.

A

Neurotoxinas de ação pós-sináptica: ntx competem com a acetilclina pelos receptores da junção neuromuscular. EDROFÔNIO e NEOSTIGMINA. Neurotoxinas de ação pré-sináptica: bloqueia a liberação de acetilcoolina pelos impulsos nervosos, impedindo a deflagração do potencial de ação. Ação da cascavel tambem. NÃO É ANTAGONIZADO PELAS SUBSTÂNCIAS ANTICOLINESTERÁSICAS.

67
Q

ACIDENTE ELAPÍDICO. Manifestações Sistêmicas.

A

Inicialmente pode apresentar vômitos, posteriormente pode surgir fraqueza muscular progressiva -> facies miastênica. Dificuldades para manter postura ereta, mialgia localizada ou generalizada, dificuldade para deglutir. Paralisia flácida da musculatura respiratória compromete a ventilação, podendo evoluir para insuficiência respiratória aguda e apnéia.

68
Q

ACIDENTE ELAPÍDICO. TTO

A

VER SLIDE NOVO 5 sem paralisa 10 com paralisia Todos casos com manifestações clínicas devem ser considerados potencialmente graves.

69
Q

ACIDENTE ELAPÍDICO. TTO da insuficiência respiratória - Neostigmina

A

Teste de verificação: 0,05 mg/kg em crianças ou uma ampola no adulto, por via IV. A resposta é rápida, com melhora evidente do quadro neurotóxico nos primeiros 10 minutos. Terapia de Manutenção: 0,05 a 0,1 mg/kg, IV, a cada quatro horas ou em intervalos menores, precedida da administração de atropina

70
Q

ACIDENTE ELAPÍDICO. TTO da insuficiência respiratória - Atropina

A

É um antagonista competitivo dos efeitos muscarínicos da Ach, principalmente a bradicardia e a hipersecreção. Deve ser administrada sempre antes da neostigmina, – Kids: 0,05 mg/kg IV – Adultos: 0,5 mg IV.

71
Q

Soros Disponíveis

A

antibotrópico  SAB antilaquético  SAL anticrotálico  SAC antielapídico  SAE antibotrópico-laquético  SABL antibotrópico-crotálico  SABC

72
Q

Principios da Soroterapia

A
  1. Precoce; 2. Dose única; 3. Intravenosa; 4. Dosagem: – Depende da gravidade – Criança = Adultos 5. Não há contra-indicação em gestante; sempre com SG 5% ou SF 0.9% por VIA EV 1 ampola = 10 ml (inativa no mínimo 50 mg do veneno)
73
Q

EDEMA - Divisão em segmentos

A
  1. pé ou mão 2. ½ distal da perna ou do antebraço 3. ½ proximal da perna ou do antebraço 4. ½ distal da coxa ou do braço 5. ½ proximal da coxa ou do braço
74
Q

Rotina da adm da soroterapia

A

Garantir bom acesso venoso. Deixar preparado material para ressuscitação Pré-medicação (se for a opção)

75
Q

Pré-medicação

A

10 a 15 minutos antes de iniciar a soroterapia: 1. Antihistamínicos (antagonistas H1 e H2) por via parenteral: – Antagonistas H1: Dextroclorofeniramina ou Prometazina (Fenergan ®) – Antagonistas H2: Cimetidina ou Ranitidina 2. Hidrocortisona: 10 mg/kg IV (máximo 1g)

76
Q

Pré-medicação - Reações Precoces Leves

A

Urticárias Tremores Tosse Náuseas Dor abdominal Prurido Rubor facial

77
Q

Pré-medicação - Reações Precoces Graves

A

Arritmias cardíacas Hipotensão Choque Obstrução VAS

78
Q

Pré-medicação - Reações Tardias

A

DOENÇA DO SORO (5 a 24 dias após): Febre Artralgia Linfadenomegalia Urticária Proteinúria

79
Q

Condutas nas reações precoces à soroterapia

A

– Suspensão temporária da infusão; –Tratar as reações; – Reiniciar a soroterapia – Diluir em SF 0.9% ou SG 5% (1:2 a 1:5) – Infundir lentamente

80
Q

PREVENÇÃO

A
  1. Usar botas de cano longo ou perneiras de couro com botinas 2. Usar luvas de couro para manipular folhas secas, montes de lixo, lenha e palha; 3. Não colocar a mão dentro de buracos, cupinzeiros, etc. 4. Limpar paiós, quintais e terrenos baldios 5. Tampar buracos de muros e frestas de portas 6. Evitar entulhos, lixo e acúmulo de material de construção perto das casas 7. Preservar os predadores naturais das serpentes (emas, seriemas, gaviões e gambás)