Leishmaniose Flashcards
Situação epidemiológica - mundo
~ problema de saúde pública em 85 países
~ registro anual de 0,7 a 1,3 milhão de casos novos
~ OMS considera como uma das seis mais importantes doenças infecciosas, pelo seu alto coeficiente de detecção e a capacidade de produzir deformidades.
Situação epidemiológica - BR
A LT ocorre em ambos os sexos e em todas as faixas etárias, entretanto, na média do País, predominam os maiores de 10 anos (92,5% do total de casos) e o sexo masculino (74% no ano de 2014).
Objetivos especificos da vigilancia
–– Realizar o diagnóstico e o tratamento adequados e oportunos dos casos humanos de LT.
–– Manter um sistema de vigilância epidemiológica efetivo.
–– Reduzir o contato dos hospedeiros suscetíveis com o vetor.
–– Promover as ações de educação em saúde e mobilização social.
Atividades do Programa de Vigilância da LT
Assistência à saúde de casos humanos.
Vigilância de casos humanos e óbitos.
Vigilância de eventos adversos a medicamentos.
Vigilância entomológica e controle vetorial.
Promoção de ações de educação em saúde.
Definição
- não contagiosa
- Primariamente é uma infecção zoonótica
- acomete pele e mucosas
Ag Etiológico
Gênero: Leishmania
Familia: Trypanosomatidae
parasito intracelular obrigatório de cels do sistema fagocítico mononuclear
Formas do parasito
- Flagelada/promastigota: encontrada no tubo digestivo do inseto vetor
- Aflagelada/amastigota: encontrada nos tecidos dos hospedeiros vertebrados
7 especies identificadas no BR Leish
L. (V.) braziliensis L.(V.) guyanensis L.(L.) amazonensis L. (V.) lainsoni L. (V.) naiffi L. (V.) lindenberg L. (V.) shawi
Principais espécies BR Leish
L. (V.) braziliensis
L.(V.) guyanensis
L.(L.) amazonensis
Características do Vetor
Flebotomíneos
Conhecidos como mosquito-palha, tatuquira, birigui
Ordem - Díptera
Família - Psychodidae
Subfamília - Phlebotominae
Gênero - Lutzomyia
Principais especies do vetor
Lutzomyia flaviscutellata Lu. whitmani Lu. umbratilis Lu. intermedia Lu. wellcomei Lu. migonei
Reservatórios silvestres
Marsupiais Edentados Quirópteros Canídeos silvestres Roedores: -- Bolomys lasiurus -- Rattus rattus -- Nectomys squamipes
animais domesticos tb podem ser reservatórios
Modo de transmissão
picada de insetos transmissores infectados
Periodo de incubação
no ser humano é, em média, de dois a três meses, podendo variar de duas semanas a dois anos.
Ciclo L. amazonensis
- Amazônia legal, bahia, MG, SP, GO, PR
- Reservatórios: roedores silvestres do gênero Proechymis e o Oryzomys
- Vetores: Lu. reducta e Lu. olmeca nociva (Amazonas e Rondônia) e Lu. flaviscutellata que é o principal pois tem ampla distribuição geográfica
- Causa ulceras cutaneas localizadas, podendo desenvolver quadro classico de leishmaniose cutânea difusa (LCD).
Ciclo L. guyanensis
- Região norte e guianas
- Reservatórios: preguiça, tamanduá, roedores e gambá
- Vetores: Lu. anduzei e Lu. umbratilis (principal vetor) que é encontrado em estado de repouso nas primeiras horas da manhã, picando o ser humano quando este adentra
- Causa lesões ulceradas cutâneas únicas ou multiplas (varias picadas ou metastases linfáticas). RARO COMPROMETIMENTO MUCOSO
- atinge principamente homens jovens e adultos em fase produtiva
Ciclo L. braziliensis
- primeira espécie descrita
- America Central até o norte da Argentina, amplamente distribuída no BR
- Reservatórios: roedores silvestres e sinantrópicos (PE). felídeos (RJ), marmosa (SP), canídeos (CE, BA, ES, EJ, SP) e equídeos (CE, BA, RJ)
- Vetores: Lu. complexa e Lu. wellcomei
- As lesões são caracterizadas por por úlcera cutânea, única ou múltipla, cuja principal complicação é a metástase, por via hematogênica, para as mucosas da nasofaringe, com destruição desses tecidos, forma mucosa da doença. A frequência desta complicação tem sido em torno de 5% dos casos no País (5,55 % em 2014); no entanto, pode superar a 25% dos casos em alguns municípios endêmicos.
Ciclo L. shawi
- Regiões nordeste e sudeste do PA e MA
- Reservatórios: macaco, quati e preguiça
- Vetor: Lu. whitmani.
Ciclo L. lainsoni
- PA, RO e AC
- Reservatório: paca
- Vetor: Lu. ubiquitalis
Ciclo L. naiffi
- PA, AM
- Reservatório: tatu
- Vetor: Lu. ayrozai, Lu.
paraensis e Lu. squamiventris
Ciclo L. lindenberg
- PA
- Reservat[orio: ñ sei
- Vetor: Lu. antunesi
Fisiopatogenia no intestino do vetor
Metaciclogênese - promastigotas deixam de se reproduzir e se tornam infectantes (promastigotas metacíclicas), perdem a capacidade de adesão ao intestino médio do inseto e podem então migrar para faringe e cavidade bucal do flebótomo
Fisiopatogenia no hospedeiro
Ao adentrar a pele, o parasito se adere à superficie dos macrofagos e cels de Langerhans passando para o meio intercelular por fagocitose, em que se tornam amastigota.
Ficam dentro do fagolisossomo, porem os parasitos são resistentes e se multiplicam até espocarem o macrofago e infectarem outros.
Ocorre liberação de partículas antigênicas que serão apresentadas ao sistema imune
Quem não é internalizado, morre
As Thelper estimulam os macrofagos (IFN-gama) a matarem os parasitos com óxido nítrico
Leishmaniose cutânea
- Mais frequente
- Lesões cutâneas e tendem à cicatrização
- Frequentemente unicas ou em pequeno numero
- Raramente podem ser múltiplas, caracterizando a forma leishmaniose cutânea disseminada
- A infecção secundária torna mais inflamadas, dolorosas e purulentas
- amazonensis tem bordas mais infiltradas