Malária Flashcards
Especies associadas a malaria humana
Plasmodium falciparum,
P. vivax
P. malariae
P. ovale (nunca no Br, restrita a determinadas regiões da Africa)
Manifestações Clínicas - não complicada
Incubação: 7 a 14 dias. P. vivax e P. malarie podem levar varios meses
Crise aguda: CALAFRIOS, FEBRE E SUDORESE
Duração: 6 - 12h, temperatura igual ou > 40ºC.
paroxismos acompanhados por CEFALEIA, MIALGIA, NAUSEAS E VÔMITOS.
após os primeiros paroxismos, a febre pode ser intermitente
Quadro Clínico malaria não complicada
pode ser leve, moderada ou grave
depende: ESPECIE, QUANTIDADE DE PARASITOS CIRCULANTES, TEMPO DA DOENÇAE DO NÍVEL DE IMUNIDADE ADQUIRIDA PELO PCT
gestantes, lids e os primoinfectados estão sujeitos a maior gravidade, principalmente por P. falciparum, que podem ser letais.
O diagnóstico precoce e o tratamento
correto e oportuno são os meios mais adequados
para reduzir a gravidade e a letalidade por malária.
QD - outros
outras doenças febris
agudas podem apresentar sinais e sintomas semelhantes,
tais como a dengue, a febre amarela, a
leptospirose, a febre tifóide e muitas outras.
decisão de tratar um paciente
por malária deve ser baseada na confirmação
laboratorial da doença, pela microscopia da gota
espessa de sangue ou por testes rápidos imunocromatográficos.
Sinais e sintomas malaria grave e complicada
- Prostração
- Alteração da consciência (Coma não atribuído a outras causas, com Glasgow ≤9)
- Dispnéia ou hiperventilação
- Convulsões (≥ 3 episódios observados em 24 horas)
- Hipotensão arterial ou choque (Pressão arterial sistólica < 70mmHg em pacientes com idade superior a 5 anos (< 50mmHg em crianças)
- Edema pulmonar ao Rx de tórax
- Hemorragias
- Icterícia
- Hemoglobinúria
- Hiperpirexia (>41ºC)
- Oligúria
Alterações laboratoriais malaria grave e complicada
- Anemia grave
- Hipoglicemia (Glicemia < 40 mg/dl)
- Acidose metabólica (pH arterial < 7,25 ou HCO3 < 15mmol/l)
- Insuficiência renal (Diurese < 400ml/24 horas em adultos (< 12ml/kg/24 horas em crianças) e creatinina sérica > 3,0 mg/dl)
- Hiperlactatemia
- Hiperparasitemia
Diagnóstico Microscópico
Encontro de parasitos no sangue
O metodo mais utilizados é o da microscopia da gota espessa do sangue colhida por punção digital e corada no metodo de Walker
padrão-ouro
É possível detectar densidades baixas de parasitos
(5-10 parasitos por μl de sangue), quando o exame
é feito por profissional experiente. Contudo, nas
condições de campo, a capacidade de detecção é de 100 parasitos/μl de sangue.
Permite diferenciar as especies e ver estagio de evolução
uma lamina corada pode permanecer armazenada por tempo indeterminado
tecnica demanda cerca de 60min
eficacia depende da qualidade de reagentes, de pessoal treinado e experiente na leitura das laminas e de permanente supervisão
Avaliação semiquantitativa pela microscopia de gota espessa
Número de parasitos
contados/campo Parasitemia qualitativa Parasitemia quantitativa
(por mm3)
40 a 60 po 100 campos +/2 200-300
1 por campo + 301-500
2-20 por campo ++ 501-10.000
21-200 por campo +++ 10.001-100.000
200 ou mais por campo ++++ > 100.000
Testes rápidos imunocromatográficos
detecção de antigenos por anticorpos monoclonais
diagnosticos em cerca de 15 a 20 min
Sensibilidade para P. falciparum > 90%
dispensam o uso de microscopio e de treinamento prolongado do pessoal
Desvantagens dos testes rápidos imunocromatograficos
(i) não distinguem P. vivax, P. malariae e P.
ovale; (ii) não medem o nível de parasitemia; (iii)
não detectam infecções mistas que incluem o P. falciparum
seus custos são ainda mais
elevados que o da gota espessa e pode apresentar
perda de qualidade quando armazenado por muitos
meses em condições de campo.
No Brasil, as indicações para o uso dos testes rápidos que prioriza
localidades onde o acesso ao diagnóstico microscópico
é dificultado por distância geográfica ou incapacidade
local do serviço de saúde.
Objetivos do Tratamento da malária
a) interrupção da esquizogonia sanguínea, responsável
pela patogenia e manifestações clínicas da infecção;
b) destruição de formas latentes do parasito no ciclo tecidual
(hipnozoítos) das espécies P .vivax e P. ovale, evitando
assim as recaídas tardias;
c) interrupção da transmissão do parasito, pelo uso de
drogas que impedem o desenvolvimento de formas sexuadas
dos parasitos (gametócitos).
A decisão de como tratar o paciente com malária
a) espécie de plasmódio infectante, pela especificidade dos esquemas terapêuticos a
serem utilizados;
b) idade do paciente, pela maior toxicidade para crianças e idosos;
c) história de exposição anterior à infecção uma vez que indivíduos primoinfectados
tendem a apresentar formas mais graves da doença;
d) condições associadas, tais como gravidez e outros problemas de saúde;
e) gravidade da doença, pela necessidade de hospitalização e de tratamento com
esquemas especiais de antimaláricos.
Condições que indicam gravidade da doença e necessidade de hospitalização do
paciente
• Crianças menores de 1 ano • Idosos com mais de 70 anos • Todas as gestantes • Pacientes imunodeprimidos • Pacientes com qualquer um dos sinais de perigo para malária grave –– Hiperpirexia (temperatura > 41ºC) –– Convulsão –– Hiperparasitemia ( > 200.000/mm3) –– Vômitos repetidos –– Oligúria –– Dispnéia –– Anemia intensa –– Icterícia –– Hemorragias –– Hipotensão arterial
Situações de risco elevado de transmissão
• Itinerário da viagem: destino que inclua local com níveis elevados de transmissão
de malária e/ou transmissão em perímetro urbano.
• Objetivo da viagem: viajantes que realizam atividades do pôr-do-sol ao amanhecer.
• Condições de acomodação: dormir ao ar livre, em acampamentos, barcos, ou
habitações precárias sem proteção contra mosquitos.
• Duração da viagem: período da viagem maior que o período de incubação da
doença, ou seja, permanecer no local tempo maior que o período mínimo de
incubação da doença (sete dias).
- Época do ano: viagem próxima ao início ou término da estação chuvosa.
- Altitude do destino: destinos até 1.000 m de altitude.
- Acesso ao sistema de saúde no destino distante em mais de 24 horas.
Apresentam risco elevado de doença grave
1• Indivíduos de áreas onde a malária não é endêmica. 2• Crianças menores de cinco anos de idade. 3• Gestantes. 4• Idosos. 5• Esplenectomizados. 6• Pessoas vivendo com HIV/SIDA. 7• Neoplasias em tratamento. 8• Transplantados.
Proteção contra picadas de insetos
• Informação sobre o horário de maior atividade de mosquitos vetores de malária, do
pôr-do-sol ao amanhecer.
• Uso de roupas claras e com manga longa, durante atividades de exposição elevada.
• Uso de medidas de barreira, tais como telas nas portas e janelas, ar condicionado e
uso de mosquiteiro impregnado com piretróides.
• Uso de repelente à base de DEET (N-N-dietilmetatoluamida) que deve ser
aplicado nas áreas expostas da pele seguindo a orientação do fabricante. Em
crianças menores de 2 anos de idade não é recomendado o uso de repelente sem
orientação médica. Para crianças entre 2 e 12 anos usar concentrações até 10% de
DEET, no máximo três vezes ao dia, evitando-se o uso prolongado.
ocorrência de febre até seis meses após a saída da área
de transmissão de malária, o mesmo deve procurar serviço
médico especializado.
Quimioprofilaxia - drogas
doxiciclina
mefloquina
a combinação atovaquona/proguanil
cloroquina
não são contra esporozoitos, nem hipnozoitos
Viajantes em uso de quimioprofilaxia (QPX) devem realizar
pesquisa de hematozoário em gota
espessa ao término da profilaxia, mesmo que estejam assintomáticos
e, a qualquer tempo, caso apresentem quaisquer
sintomas de doença.
A QPX deve ser indicada quando o risco de doença grave e/
ou morte por malária P. falciparum for superior ao risco de
eventos adversos graves relacionados às drogas utilizadas.
O médico deve estar
ciente do perfil de resistência
QXP tem baixa eficácia para vivax
Recomendação QPX
recomendada
para viajantes que visitarão regiões de alto risco
de transmissão de P. falciparum na Amazônia Legal, que
permanecerão na região por tempo maior que o período
de incubação da doença (e com duração inferior a seis meses)
e em locais cujo acesso ao diagnóstico e tratamento de
malária estejam a mais de 24 horas.
objetivos da vigilância epidemiológica
• Estimar a magnitude da morbidade e mortalidade da
malária.
• Identificar tendências temporais, grupos e fatores de
risco.
• Detectar surtos e epidemias.
• Recomendar as medidas necessárias para prevenir ou
controlar a ocorrência da doença.
• Avaliar o impacto das medidas de controle.
Definição de caso suspeito na área endêmica
toda pessoa
que apresente febre seja residente ou tenha se deslocado
para área onde haja transmissão de malária, no período
de 8 a 30 dias anterior à data dos primeiros sintomas; ou
toda pessoa testada para malária durante investigação epidemiológica
Definição de caso suspeito na área não-endêmica
toda
pessoa que seja residente ou tenha se deslocado para área
onde haja transmissão de malária, no período de 8 a 30
dias anterior à data dos primeiros sintomas, e que apresente
febre com um dos seguintes sintomas: calafrios, tremores
generalizados, cansaço, mialgia; ou toda pessoa testada
para malária durante investigação epidemiológica.
Definição de caso confirmado
toda pessoa cuja presença
de parasito no sangue, sua espécie e parasitemia tenham
sido identificadas por meio de exame laboratorial
Lâmina de Verificação de Cura (LVC)
exame realizado durante e após tratamento recente, em paciente
previamente diagnosticado para malária, por busca
ativa ou passiva.
Criterios LVC - Amazonia Legal
não há obrigatoriedade
– Resultado do exame atual = P. vivax. Se o paciente
realizou tratamento para P. vivax dentro dos últimos
60 dias do diagnóstico atual, deverá ser classificado
como LVC.
– Resultado do exame atual = P. falciparum Se o paciente
realizou tratamento para P. falciparum dentro
dos últimos 40 dias do diagnóstico atual, deverá
ser classificado como LVC.
Criterios LVC - Região Não-amazonica
LVC deverá ser realizada: nos dias 2, 4, 7, 14,
21, 28, 40 e 60 após o início do tratamento de pacientes
com malária pelo P. vivax;
nos dias 2, 4, 7, 14, 21, 28 e
40 após o início do tratamento de pacientes com malária
pelo P. falciparum.
após os limites máximos o pct deve ser considerado novo caso ou autoctonia.
Notificação
todo caso de malária deve ser notificado
às autoridades de saúde, tanto na área endêmica quanto
na área não-endêmica.