Malária Flashcards

1
Q

Especies associadas a malaria humana

A

Plasmodium falciparum,
P. vivax
P. malariae
P. ovale (nunca no Br, restrita a determinadas regiões da Africa)

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2
Q

Manifestações Clínicas - não complicada

A

Incubação: 7 a 14 dias. P. vivax e P. malarie podem levar varios meses

Crise aguda: CALAFRIOS, FEBRE E SUDORESE

Duração: 6 - 12h, temperatura igual ou > 40ºC.

paroxismos acompanhados por CEFALEIA, MIALGIA, NAUSEAS E VÔMITOS.

após os primeiros paroxismos, a febre pode ser intermitente

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3
Q

Quadro Clínico malaria não complicada

A

pode ser leve, moderada ou grave

depende: ESPECIE, QUANTIDADE DE PARASITOS CIRCULANTES, TEMPO DA DOENÇAE DO NÍVEL DE IMUNIDADE ADQUIRIDA PELO PCT

gestantes, lids e os primoinfectados estão sujeitos a maior gravidade, principalmente por P. falciparum, que podem ser letais.

O diagnóstico precoce e o tratamento
correto e oportuno são os meios mais adequados
para reduzir a gravidade e a letalidade por malária.

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4
Q

QD - outros

A

outras doenças febris
agudas podem apresentar sinais e sintomas semelhantes,
tais como a dengue, a febre amarela, a
leptospirose, a febre tifóide e muitas outras.

decisão de tratar um paciente
por malária deve ser baseada na confirmação
laboratorial da doença, pela microscopia da gota
espessa de sangue ou por testes rápidos imunocromatográficos.

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5
Q

Sinais e sintomas malaria grave e complicada

A
  1. Prostração
  2. Alteração da consciência (Coma não atribuído a outras causas, com Glasgow ≤9)
  3. Dispnéia ou hiperventilação
  4. Convulsões (≥ 3 episódios observados em 24 horas)
  5. Hipotensão arterial ou choque (Pressão arterial sistólica < 70mmHg em pacientes com idade superior a 5 anos (< 50mmHg em crianças)
  6. Edema pulmonar ao Rx de tórax
  7. Hemorragias
  8. Icterícia
  9. Hemoglobinúria
  10. Hiperpirexia (>41ºC)
  11. Oligúria
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6
Q

Alterações laboratoriais malaria grave e complicada

A
  1. Anemia grave
  2. Hipoglicemia (Glicemia < 40 mg/dl)
  3. Acidose metabólica (pH arterial < 7,25 ou HCO3 < 15mmol/l)
  4. Insuficiência renal (Diurese < 400ml/24 horas em adultos (< 12ml/kg/24 horas em crianças) e creatinina sérica > 3,0 mg/dl)
  5. Hiperlactatemia
  6. Hiperparasitemia
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7
Q

Diagnóstico Microscópico

A

Encontro de parasitos no sangue

O metodo mais utilizados é o da microscopia da gota espessa do sangue colhida por punção digital e corada no metodo de Walker

padrão-ouro

É possível detectar densidades baixas de parasitos
(5-10 parasitos por μl de sangue), quando o exame
é feito por profissional experiente. Contudo, nas
condições de campo, a capacidade de detecção é de 100 parasitos/μl de sangue.

Permite diferenciar as especies e ver estagio de evolução

uma lamina corada pode permanecer armazenada por tempo indeterminado

tecnica demanda cerca de 60min

eficacia depende da qualidade de reagentes, de pessoal treinado e experiente na leitura das laminas e de permanente supervisão

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8
Q

Avaliação semiquantitativa pela microscopia de gota espessa

A

Número de parasitos
contados/campo Parasitemia qualitativa Parasitemia quantitativa
(por mm3)
40 a 60 po 100 campos +/2 200-300

1 por campo + 301-500

2-20 por campo ++ 501-10.000

21-200 por campo +++ 10.001-100.000

200 ou mais por campo ++++ > 100.000

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9
Q

Testes rápidos imunocromatográficos

A

detecção de antigenos por anticorpos monoclonais

diagnosticos em cerca de 15 a 20 min

Sensibilidade para P. falciparum > 90%

dispensam o uso de microscopio e de treinamento prolongado do pessoal

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10
Q

Desvantagens dos testes rápidos imunocromatograficos

A

(i) não distinguem P. vivax, P. malariae e P.
ovale; (ii) não medem o nível de parasitemia; (iii)
não detectam infecções mistas que incluem o P. falciparum

seus custos são ainda mais
elevados que o da gota espessa e pode apresentar
perda de qualidade quando armazenado por muitos
meses em condições de campo.

No Brasil, as indicações para o uso dos testes rápidos que prioriza
localidades onde o acesso ao diagnóstico microscópico
é dificultado por distância geográfica ou incapacidade
local do serviço de saúde.

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11
Q

Objetivos do Tratamento da malária

A

a) interrupção da esquizogonia sanguínea, responsável
pela patogenia e manifestações clínicas da infecção;
b) destruição de formas latentes do parasito no ciclo tecidual
(hipnozoítos) das espécies P .vivax e P. ovale, evitando
assim as recaídas tardias;
c) interrupção da transmissão do parasito, pelo uso de
drogas que impedem o desenvolvimento de formas sexuadas
dos parasitos (gametócitos).

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12
Q

A decisão de como tratar o paciente com malária

A

a) espécie de plasmódio infectante, pela especificidade dos esquemas terapêuticos a
serem utilizados;
b) idade do paciente, pela maior toxicidade para crianças e idosos;
c) história de exposição anterior à infecção uma vez que indivíduos primoinfectados
tendem a apresentar formas mais graves da doença;
d) condições associadas, tais como gravidez e outros problemas de saúde;
e) gravidade da doença, pela necessidade de hospitalização e de tratamento com
esquemas especiais de antimaláricos.

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13
Q

Condições que indicam gravidade da doença e necessidade de hospitalização do
paciente

A
• Crianças menores de 1 ano
• Idosos com mais de 70 anos
• Todas as gestantes
• Pacientes imunodeprimidos
• Pacientes com qualquer um dos sinais de perigo para malária grave
–– Hiperpirexia (temperatura > 41ºC)
–– Convulsão
–– Hiperparasitemia ( > 200.000/mm3)
–– Vômitos repetidos
–– Oligúria
–– Dispnéia
–– Anemia intensa
–– Icterícia
–– Hemorragias
–– Hipotensão arterial
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14
Q

Situações de risco elevado de transmissão

A

• Itinerário da viagem: destino que inclua local com níveis elevados de transmissão
de malária e/ou transmissão em perímetro urbano.

• Objetivo da viagem: viajantes que realizam atividades do pôr-do-sol ao amanhecer.

• Condições de acomodação: dormir ao ar livre, em acampamentos, barcos, ou
habitações precárias sem proteção contra mosquitos.

• Duração da viagem: período da viagem maior que o período de incubação da
doença, ou seja, permanecer no local tempo maior que o período mínimo de
incubação da doença (sete dias).

  • Época do ano: viagem próxima ao início ou término da estação chuvosa.
  • Altitude do destino: destinos até 1.000 m de altitude.
  • Acesso ao sistema de saúde no destino distante em mais de 24 horas.
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15
Q

Apresentam risco elevado de doença grave

A
1• Indivíduos de áreas onde a malária não é endêmica.
2• Crianças menores de cinco anos de idade.
3• Gestantes.
4• Idosos.
5• Esplenectomizados.
6• Pessoas vivendo com HIV/SIDA.
7• Neoplasias em tratamento.
8• Transplantados.
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16
Q

Proteção contra picadas de insetos

A

• Informação sobre o horário de maior atividade de mosquitos vetores de malária, do
pôr-do-sol ao amanhecer.

• Uso de roupas claras e com manga longa, durante atividades de exposição elevada.

• Uso de medidas de barreira, tais como telas nas portas e janelas, ar condicionado e
uso de mosquiteiro impregnado com piretróides.

• Uso de repelente à base de DEET (N-N-dietilmetatoluamida) que deve ser
aplicado nas áreas expostas da pele seguindo a orientação do fabricante. Em
crianças menores de 2 anos de idade não é recomendado o uso de repelente sem
orientação médica. Para crianças entre 2 e 12 anos usar concentrações até 10% de
DEET, no máximo três vezes ao dia, evitando-se o uso prolongado.

ocorrência de febre até seis meses após a saída da área
de transmissão de malária, o mesmo deve procurar serviço
médico especializado.

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17
Q

Quimioprofilaxia - drogas

A

doxiciclina
mefloquina
a combinação atovaquona/proguanil
cloroquina

não são contra esporozoitos, nem hipnozoitos

Viajantes em uso de quimioprofilaxia (QPX) devem realizar
pesquisa de hematozoário em gota
espessa ao término da profilaxia, mesmo que estejam assintomáticos
e, a qualquer tempo, caso apresentem quaisquer
sintomas de doença.

A QPX deve ser indicada quando o risco de doença grave e/
ou morte por malária P. falciparum for superior ao risco de
eventos adversos graves relacionados às drogas utilizadas.

O médico deve estar
ciente do perfil de resistência

QXP tem baixa eficácia para vivax

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18
Q

Recomendação QPX

A

recomendada
para viajantes que visitarão regiões de alto risco
de transmissão de P. falciparum na Amazônia Legal, que
permanecerão na região por tempo maior que o período
de incubação da doença (e com duração inferior a seis meses)
e em locais cujo acesso ao diagnóstico e tratamento de
malária estejam a mais de 24 horas.

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19
Q

objetivos da vigilância epidemiológica

A

• Estimar a magnitude da morbidade e mortalidade da
malária.
• Identificar tendências temporais, grupos e fatores de
risco.
• Detectar surtos e epidemias.
• Recomendar as medidas necessárias para prevenir ou
controlar a ocorrência da doença.
• Avaliar o impacto das medidas de controle.

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20
Q

Definição de caso suspeito na área endêmica

A

toda pessoa
que apresente febre seja residente ou tenha se deslocado
para área onde haja transmissão de malária, no período
de 8 a 30 dias anterior à data dos primeiros sintomas; ou
toda pessoa testada para malária durante investigação epidemiológica

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21
Q

Definição de caso suspeito na área não-endêmica

A

toda
pessoa que seja residente ou tenha se deslocado para área
onde haja transmissão de malária, no período de 8 a 30
dias anterior à data dos primeiros sintomas, e que apresente
febre com um dos seguintes sintomas: calafrios, tremores
generalizados, cansaço, mialgia; ou toda pessoa testada
para malária durante investigação epidemiológica.

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22
Q

Definição de caso confirmado

A

toda pessoa cuja presença
de parasito no sangue, sua espécie e parasitemia tenham
sido identificadas por meio de exame laboratorial

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23
Q

Lâmina de Verificação de Cura (LVC)

A

exame realizado durante e após tratamento recente, em paciente
previamente diagnosticado para malária, por busca
ativa ou passiva.

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24
Q

Criterios LVC - Amazonia Legal

A

não há obrigatoriedade

– Resultado do exame atual = P. vivax. Se o paciente
realizou tratamento para P. vivax dentro dos últimos
60 dias do diagnóstico atual, deverá ser classificado
como LVC.

– Resultado do exame atual = P. falciparum Se o paciente
realizou tratamento para P. falciparum dentro
dos últimos 40 dias do diagnóstico atual, deverá
ser classificado como LVC.

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25
Q

Criterios LVC - Região Não-amazonica

A

LVC deverá ser realizada: nos dias 2, 4, 7, 14,
21, 28, 40 e 60 após o início do tratamento de pacientes
com malária pelo P. vivax;

nos dias 2, 4, 7, 14, 21, 28 e
40 após o início do tratamento de pacientes com malária
pelo P. falciparum.

após os limites máximos o pct deve ser considerado novo caso ou autoctonia.

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26
Q

Notificação

A

todo caso de malária deve ser notificado
às autoridades de saúde, tanto na área endêmica quanto
na área não-endêmica.

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27
Q

Proteção da população

A
  • tratamento imediato dos casos diagnosticados;
  • detecção e tratamento de novos casos junto aos comunicantes;

• orientação à população quanto à doença,
uso de repelentes, mosquiteiros impregnados, roupas
protetoras, telas em portas e janelas;

• investigação dos
casos e avaliação entomológica para orientar as medidas
de controle disponíveis

28
Q

Controle vetorial

A

• borrifação residual é o método atual para controle de mosquitos
adultos, deve respeitar a residualidade do inseticida (de
três meses no caso de piretróides) e ter cobertura mínima
de 80% das residências atendidas;

• mosquiteiros
impregnados de longa duração devem ser distribuídos
gratuitamente e instalados pelos agentes de saúde, e
com acompanhamento em relação ao correto uso diário
e à limitação no número de lavagens;

• termonebulização
não deve ser utilizada na rotina, somente em
situações de alta transmissão (surtos e epidemias) nos
aglomerados de residências em ciclos de três dias consecutivos
no horário de pico de atividade hematofágica
das fêmeas e repetidos a cada cinco a sete dias;
• aplicação
de larvicidas em criadouros do vetor; e pequenas
obras de saneamento, para eliminação destes criadouros.

29
Q

Aderência das celulas infectadas

A

apresentam protrusões eletrodensas em sua superfície, o que facilita a aderência dessas às células endoteliais de vênulas e pós-capilares e capilares de diversos órgãos, como cérebro, pulmões e rins, além da presença de adesinas do Plasmodium – como os knobs –, propiciando a maior gravidade da doença, através do fenômeno conhecido por citoaderência.

Produção de “rosetas” que se aderem a celulas ñ infectadas

30
Q

Receptores

A

receptores da célula do hospedeiro, como o ELAM-1, ICAM-1, VCAM-1, CD36 e outros.

A expressão desses receptores pode apresentar variação com a concentração de citocinas, como o TNF-α produzido e liberado por macrófagos ativados.

Além do TNF outras substâncias são liberadas para a circulação, como as interleucinas (IL) 1, 6 e 8, que são causa de febre e de outras manifestações presentes no quadro da malária

31
Q

Fatores que atuam na proteção do individuo

A

deficiência de glicose-6-desidrogenase
a anemia falciforme
a talassemia.

32
Q

Malária cerebral

A

0,01% a 16% dos pacientes

relativamente comum da malária grave e a principal causa de óbito, com uma letalidade de 10% a 50%.

presença de coma ou convulsões em indivíduos infectados por P. falciparum que não apresentem outra etiologia de encefalopatia.

33
Q

Malária cerebral - teoria mecânica

A

sequestro de hemácias e a consequente obstrução do fluxo cerebral e hipóxia estariam diretamente relacionada com o acometimento cerebral na malária grave

34
Q

Malária cerebral - teoria inflamatória

A

caracterizada pela liberação de citocinas do tipo Th1

35
Q

Malária cerebral - manifestações

A

desenvolve de forma progressiva, em alguns dias, com manifestações que incluem CEFALEIA, ALTERAÇÕES DE COMPORTAMENTO, DESORIENTAÇÃO, CONVULSÕES E COMA.

O paciente pode apresentar bruxismo.

Ao exame neurológico observa-se, eventualmente, hiperreflexia e sinal de Babinski bilateral e manifestações decorrentes da hipertensão intracraniana, particularmente em crianças.

Deve-se excluir outras causas de alterações neurológicas que acontecem na malária, como hipoglicemia e acidentes vasculares

36
Q

Anemia grave

A

manifestação frequente e precoce da malária, a qual ocorre devido a múltiplos fatores, incluindo destruição ou sequestro dos eritrócitos, alteração da eritropoese e perda sanguínea decorrente de eventual coagulopatia

Africa: hematócrito menor que 15% ou concentração de hemoglobina inferior a 5g/dl

redução da hemoglobina ou do hematócrito abaixo dos níveis esperados por idade, sexo e condição na presença de Plasmodium

37
Q

anemia grave - susceptibilidade

A

1) a IL-6 induz a expressão da hepcidina, a qual é a principal reguladora da homeostase sistêmica do ferro, levando a diminuição do ferro disponível para a eritropoiese;
2) o fator de transformação do crescimento (TGF) inibe a proliferação dos eritroblastos; o TNF-α leva a maior clivagem do fator de transcrição eritróide; o INF-γ induz a produção pelos macrófagos de ligante indutor de apoptose relacionado ao TNF, o qual inibe a diferenciação dos eritroblastos

38
Q

Insuficiência renal

A

oligúria – diurese inferior a 400ml/24 horas – e elevação sérica de creatinina e uréia.

citoaderência e os eventos embólicos na microcirculação, além da diminuição da deformabilidade das hemácias culminam na redução do fluxo sanguíneo sistêmico e consequente isquemia renal

ativação endotelial mediada pela maciça liberação de citocinas vasoativas, hipovolemia e a redução da viscosidade sanguínea. dano renal decorrente dessas alterações está ligado à toxicidade direta das catecolaminas sobre o parênquima renal, assim como às implicações hemodinâmicas que culminam em isquemia. Outros mecanismos como a deposição de imunocomplexos e a glomerulopatia imunomediada também contribuem para a lesão renal

39
Q

Disfunção pulmonar

A

incidência de 3% a 10% nas infecções causadas por P. falciparum, com letalidade próxima a 70%.

aumento da frequência respiratória, o qual habitualmente precede as alterações radiográficas

o edema pulmonar pode ocorrer após o inicio do tto

a lesão endotelial tem papel central, tendo em vista a aderencia de hamacias infectadas, liberação de citocinas e adesão leucocitária

40
Q

Hipotensão e choque

A

pressão arterial sistólica < 90mmHg na posição supina em indivíduos com idade acima de cinco anos

geralmente associado a edema pulmonar, acidose metabólica, sepse e/ou hemorragia maciça causada por sangramento gastrintestinal ou ruptura esplênica

na maioria das vezes se caracteriza pela resistência vascular periférica reduzida e função cardíaca preservada - choque hiperdinâmico

choque em pacientes com infecção pelo Plasmodium é definida como síndrome da malária álgida e pode estar associada à insuficiência adrenal aguda, falência miocárdica, edema pulmonar agudo e sangramentos profusos causados por coagulação intravascular disseminada ou rotura de hematoma subcapsular esplênico.

Trata-se de uma complicação de rara ocorrência desencadeada por inúmeros mecanismos incluindo infecção bacteriana concomitante, desidratação e deficiência de glicocorticoides decorrente da insuficiência supra-renal aguda.

41
Q

Coagulação intravascular disseminada

A

associada com um estado procoagulante caracterizado por trombocitopenia e ativação da cascata de coagulação e sistema fibrinolítico; no entanto, a ocorrência de eventos hemorrágicos é incomum.

42
Q

Hipoglicemia

A

comum podendo levar a convulsões e coma.

hiperinsulinemia resultante da estimulação das cels pancreaticas a fatores derivados do plasmodium

em alguns pcts, a deterioração do estado de consciência pode ser o unico sinal

43
Q

Acidose Metabólica

A

aumento do metabolismo anaeróbico da glicose que pode decorrer:

  1. da hipoxia tecidual associada a anemia,
  2. aumento da atividade muscular durante as convulsões,
  3. aumento da demanda nutricional pelos eritrocitos parasitados,
  4. inibição da oxidação da glicose na mitocondria dos eritrocitos parasitados causada pela deficiencia de tiamina
  5. febre e o aumento das citocinas
  6. diminuição da depuração de lactato peo figado

pode ter respiração Kussmaul a fim de produzir alcalose respiratoria

44
Q

Disfunção hepática

A

manifesta-se por icterícia (BD), hepatomegalia e discreta elevação das aminotransferases;

redução na síntese dos fatores de coagulação, dificuldade no metabolismo de alguns antimaláricos e alterações na gliconeogênese contribuindo para a ocorrência da hipoglicemia e acidose lática – chegando, eventualmente, à insuficiência hepática aguda

45
Q

Disfunção hepática - achados patológicos

A

proliferação de células reticuloendoteliais, congestão, infiltração periportal, infiltração e dilatação sinusoidal, e colestase.(

46
Q

Tratamento esquizonicidas - artemisinina

A

derivados da artemisinina – artesunato e artemeter – são as substâncias comumente utilizadas, sendo a primeira de uso intravenoso, intramuscular e retal e a segunda disponível apenas para uso intramuscular

agem tambem nos gametócitos de vivax

indicados no tratamento da malária grave, principalmente a malária cerebral, devido a sua rapidez na redução da parasitemia. São bem tolerados pelos pacientes, com poucos efeitos adversos – diarréia, dor abdominal e náuseas são os mais relevantes.

47
Q

Tratamento esquizonicidas - quinino

A

esquizonticida eritrocitário de ação rápida, com atividade também sobre gametócitos de P. vivax, P. ovale e P. malariae.

Não atua sobre esquizontes tissulares ou gametócitos de P. falciparum

rapidamente absorvido – por via oral ou intravenosa – e eliminado pelo organismo, com meia-vida em torno de 12 horas, com concentração em todos os líquidos e tecidos orgânicos, inclusive no interior das hemácias, nas quais alcança concentração de 1/3 a 1/2 da presente no plasma

48
Q

Tratamento esquizonicidas - quinino - efeitos adversos

A

cinchonismo (tinido, déficit auditivo transitório, tremores e distúrbios visuais), a epigastralgia, as náuseas e os vômitos, além de hipoglicemia quando em doses altas.

reversiveis com a interrupção do medicamento

A infusão intravenosa pode levar também à trombose, à hipotensão arterial sistêmica e a alterações de ritmo cardíaco, devendo ser o fármaco administrado diluído lentamente. Atualmente é recomendado em associação com clindamicina

49
Q

TTO - hipotensão e choque

A

Reposição volêmica parcimoniosa, pelo risco de SDRA e edema agudo de pulmão, iniciando-se aminas simpaticomiméticas, como dobutamina e/ou noradrenalina, para recuperação dos níveis tensionais. Antibioticoterapia de amplo espectro deve ser cogitada se presença de infecção bacteriana concomitante

50
Q

TTO - IRA

A

Tratamento dialítico precoce. A hemodiálise intermitente é melhor que a diálise peritoneal; se esta for a opção escolhida, a forma continua é superior à intermitente.

Monitorizar pressão venosa central e pressão arterial média, além de dosagem sérica de uréia e creatinina.

Suspensão de drogas nefrotóxicas

51
Q

TTO - anemia

A

Observar repercussões hemodinâmicas, perfusão renal, e a real necessidade de hemotransfusão, que deve ser baseada na evidência clínica de risco para oxigenação cerebral, devido à possibilidade de aumento da parasitemia após a transfusão. Se houver a necessidade de administração de concentrado de hemácias, o volume total das bolsas deve entrar no cálculo do balanço hídrico

52
Q

TTO - hipoglicemia

A

Controle glicêmico rigoroso e glicose regular a 50% em bolus quando necessário, devendo-se preferir a infusão contínua de soro glicosado 10%.

53
Q

TTO - coagulação intravascular disseminada

A

Reposição de plasma fresco e fatores de coagulação.

54
Q

TTO - insuficiência respiratória

A

Intubação orotraqueal e, se necessário, ventilação mecânica. Utilização de ventilação protetora através de “high-frequency oscillatory ventilation” como alternativa em paciente com síndrome da angústia respiratória relacionada á malária teve bons resultados, com baixos volumes correntes e pressão positiva expiratória final (PEEP) de cmH2O.

A utilização de ventilação mecânica não invasiva foi utilizada com sucesso em casos de malária por P. vivax e angústia respiratória

55
Q

Esquema curto - p. vivax ou p. ovale. 7 dias

A

CLOROQUINA 3 DIAS

PRIMAQUINA 7 DIAS

56
Q

Esquema longo - p. vivax e p. ovale. 14 dias

A

CLOROQUINA 3 DIAS

PRIMAQUINA 14 DIAS

57
Q

Esquema para P. malariae para todas as idades e das
infecções por P. vivax ou P. ovale em gestantes e crianças com menos de
6 meses

A

CLOROQUINA 3 DIAS

58
Q

Esquema recomendado para prevenção das recaídas frequentes por
Plasmodium vivax ou P. ovale

A

CLOROQUINA SEMANAL DURANTE 12 SEMANAS

59
Q

Esquema infecções por Plasmodium falciparum

A

1º dia:
Manhã: ARTEMETER+LUMEFANTRINA e PRIMAQUINA 15mg
Noite: ARTEMETER+LUMEFANTRINA

2º e 3º dia (manhã e noite): ARTEMETER+LUMEFANTRINA

60
Q

Esquema de segunda escolha, recomendado para o tratamento das infecções
por Plasmodium falciparum

A

1º, 2º e 3º dias: QUININA E DOXICICLINA

4º e 5º dias: DOXICICLINA

6º dia: PRIMAQUINA

61
Q

Tratamento das infecções mistas por Plasmodium falciparum e Plasmodium
vivax ou Plasmodium ovale

A
1º ao 3º dia: Artemeter +
Lumefantrina
ou
Artesunato +
Mefloquina

4º ao 10º dias: PRIMAQUINA

62
Q

Tratamento da malária na gravidez 1º trimestre e na criança

menor de 6 meses - P. falciparum

A

1º, 2º e 3º dias: QUININA e CLINDAMICINA

4º e 5º dias: CLINDAMICINA

Os
derivados da artemisinina podem ser usados no primeiro
trimestre de gestação em casos de malária grave, caso seja
iminente o risco de vida da mãe.

63
Q

Tratamento da malária na gravidez 2º e 3º trimestre e na criança
menor de 6 meses - P. falciparum

A

artemeter+lumefantrina ou artesunato+mefloquina

a doxiciclina
é contra-indicada,

enquanto a clindamicina pode
ser usada com segurança em associação com quinina.

64
Q

Gestantes e crianças menores de 6 meses com malária pelo

P. vivax ou P. ovale

A

devem receber apenas cloroquina

primaquina é
contra-indicada nessas situações pelo alto risco de hemólise

Após um segundo episódio de malária por P. vivax ou P.
ovale (recaída), toda gestante deverá receber o tratamento
convencional com cloroquina e, em seguida, iniciar
o esquema de cloroquina semanal profilática

65
Q

MALÁRIA GRAVE

A

A malária grave deve ser considerada uma emergência
médica.

Portanto:
1. a permeabilidade das vias aéreas deve
estar garantida e os parâmetros da respiração e circulação
avaliados.
2. Se possível, o peso do paciente deve ser aferido
ou estimado, para facilitar os cálculos dos medicamentos
a serem administrados.
3. Um acesso venoso adequado deve
ser providenciado e as seguintes determinações laboratoriais
solicitadas: glicemia, hemograma, determinação da
parasitemia, gasometria arterial e parâmetros de função
renal e hepática.
4. Exame clínico-neurológico minucioso
deve ser realizado, com especial atenção para o estado de
consciência do paciente, registrando-se o escore da escala
de coma (por exemplo, a escala de Glasgow).

66
Q

TTO MALARIA GRAVE

A
Artesunato+Clindamicina 
OU
Artemether+Clindamicina
OU
Quinina+Clindamicina (PODE PARA GRAVIDAS NO 1º TRIMESTRE E KIDS < 6 MESES)