Infecções do SNC Flashcards

1
Q

Introdução

A

EMERGÊNCIA INFECCIOSA

Pcts mais jovens (RN e lactentes) e idosos tem pior prognóstico

Surtos - N. meningitidis do grupo B.

Meningite por H. influenzae ocorre basicamente em kids com menos de 6 anos.

notificação obrigatória

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2
Q

MBA - Epidemio

A

No periodo neonatal, está associada a sepse em 1/3 a 1/4 dos casos.

Risco de adoecimento é maior no primeiro ano de vida, 90% ocorrendo até os 5 anos

Incidência maior em meses mais frios, de inverno e primavera, devido a maior frequencia de infecções respiratórias.

Surtos de meningite menigocócia têm sido descritos após epidemias de viroses respiratórias.

Pcts imunodeprimidos tem maior probabilidade de apresentar meningite por Gram -, independente de estarem hospitalizados ou na comunidade.

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3
Q

MBA - Aspectos etiológicos - Período neonatal

A

Gram - entéricas

  • E. coli
  • Enterobacter spp
  • Klebsiella pneumoniae
  • Salmonella enteritidis
  • Streptococcus do grupo B frequente nos USA, não é comum no BR, assim como Listeria monocytogenes.
  • S. aureus também pode causar nesta faixa etária, geralmente associada a sepse ou a surtos de infecções hospitalares em berçario ou UTI neonatal.
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4
Q

MBA - Aspectos etiológicos - Após o 1º mês até o 3º

A

Ainda predominam os gram - entéricos, mas ocorre também por:

  • H. influenzae
  • N. meningiditis
  • S. pneumoniae

Essas então passam a predominar após os 3 meses de idade até os 5 anos, sendo responsáveis por 90%.

No BR: período hiperendêmico de dç meningocócica, este germe predomina dos 3m-50a,

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5
Q

MBA - Aspectos etiológicos - Escolar, adolescentes e adultos jovens

A

Há nitido predominio de N. meningitidis,sendo S. pneumoniae o mais importante nos adultos com mais de 50 anos, acarretando alta morbi-mortalidade nessa faixa etária.

Por gram- entéricos, nessa faixa etária, está relacionado com imunodepressão, otite crônica, DM, estrongiloidíase e alcoolismo.

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6
Q

MBA - Aspectos etiológicos - Fratura

A

Fratura de base de crânio e fístula lquórica - S. pneumoniae, seguido por H. influenzae

Fratura aberta e neurocirurgia, sinus dermal - S. aureus e gram - entéricos

Shunt ventrículo-peritoneal - S. epidermidis (50%), S. aureus (25-35%) e gram - entéricos pelos casos restantes

Pós-punção lombar - P. aeruginosa e S. aureus

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7
Q

MBA - Neisseria Meningiditis

A

Agente mais frequente
Diplococo gram -
Sorotipos A e C apresentam maior tendência a pcasionar epidemias. Grupo B predomina tanto em casos isolados como em surtos.

20% dos adultos jovens são portadores de N. meningiditis em orofaringe, mas apenas 1 em cada 1.000 a 5.000 desenvolve a dç invasva

Individuos com deficiência de componentes terminais do complemento (C5, C6, C7 e C8) são mais propensos a ter dç meningocócica

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8
Q

MBA - Haemophilus influenzae tipo B

A

Cocobacilo Gram - pleomórfico e capsulado.

80% de MBA causada por esta bactéria ocorrem em kids até 2 anos

Maior chance de adquirir a dç:

  • Imunodeficientes;
  • Pacientes com hemoglobulinopatias;
  • Contactantes de caso de dç invasiva.

Pode ocorrer após ou durante episódio de otite média ou pneumonia

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9
Q

MBA - Staphylococcus pneumoniae

A

Diplococos Gram+, em forma de lança e tendem a ser capsulados

3ª causa mais comum de MBA

Predomina após os 50 anos.

Está associada a otite média aguda em 20% dos casos e a pneumonia em 25%

Letalidade entre 20-50%

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10
Q

MBA - S. pneumoniae - grupo atingido

A
  1. Pcts com fístula liquórica;
  2. MBA de repetição;
  3. Alcoolatras;
  4. Dçs hematológicas (anemia falciforme, talassemia, leucemia linfocítica crônica e mieloma múltiplo).
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11
Q

MBA - Quadro Clínico - neonatos

A
  1. Hiper ou hipotermia
  2. Apatia
  3. Choro constante
  4. Irritabilidade
  5. Choro a mobilização da cabeça
  6. Convulsão
  7. Sonolência
  8. Torpor ou coma
  9. Abaulamento da fontanela
  10. Vômito
  11. Anorexia

Evidencias de irritação meningea podem estar ausente
Pode ter um quadro de infecção viral, otite, sinusite ou mesmo pneumonia.

PUNÇÃO LOMBAR EM TODOS CASOS DE SEPSE

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12
Q

MBA - Quadro Clínico - Outras faixas etárias

A

Processo infeccioso:
- Febre, anorexia, mialgia, prostração e hipotensão;

Hipertensão intracraniana:
- cefaleia e vômitos

Comprometimento neurológico:
- Alteração de nível de consciência, agitação psicomotora, crise convulsiva, rigidez de nuca, sinais de Kernig e Brudzinski.

Sinais focais: oftalmoplegia e/ou paralisia facial. Resultantes de vasculite cerebral sendo mais associados com meningite pneumocócica.

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13
Q

MBA - Quadro Clínico - Outras faixas etárias - Lesões

A

Petéquias e púrpuras ocorrem em 40-60% dos casos de meningite meningocócica. (precoces)

Ocasionalmente o H. influenzae tipo B também determina quadro séptico com vasculite e hipotensão. (tardias)

Lesões purpúricas raramente são vistas em MBA por S. pneumoniae, gram - entéricos ou S. aureus

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14
Q

MBA - Quadro Clínico - Quadro fulminante - Meningocócica

A

Febre, alteração do estado geral, lesões pupúricas que evoluem rapidamente, hipotensão e choque nas primeiras 24-36h.

Podem estar ausentes sinais meníngeos e o exame liquórico apresenta-se normal, o que é associado a péssimo prognóstico

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15
Q

MBA - Diagnóstico Laboratorial - Punção Lombar

A

Pode ser postergada em casos:

  • HIC grave (anisocoria, HAS, bradicardia, arritmia respiratória);
  • Sinais focais em pcts com insuficiência respiratória aguda;
  • Pcts com discrasias sanguíneas.

MENINGOCOCCIMENIA FULMINANTE - ATV E REPOSIÇÃO VOLÊMICA. Depois punção lombar.

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16
Q

MBA - Diagnóstico Laboratorial - Estudo do líquor

A

Citologia: aumento das celulas, geralmente acima de 500/mm³, com predominio de POLIMORFONUCLEARES

Bioquímica: glicorraqui geralmente reduzida (<40 mg/dl ou menos que a metade da glicemia) e a proteinorraquia aumentada (>40 mg/dl, na maioria dos casos >100 mg/dl).

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17
Q

MBA - Exame Bacteriológico

A

Bacterioscopia: Gram detecta o agente em 60-90% dos casos

Cultura: É diagnóstica em 70% dos casos

Pesquisa de antígenos: teste de látex para os 3 principais agentes. Sensibilidade de 80-95%. A contra-imunoeletroforese também detecta antígenos, sendo mais sensível que o latex, porem pouco utiilizada pela dificuldade de realização.

Hemocultura: antes do atb, indispensável em RNs, pacientes sépticos ou imunodeprimidos.

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18
Q

MBA - Raio-x e USG

A

Tórax e de seios da face e otoscopia em casos de pneumocócica, por Haemophilus, outros gram- e nos com etiologias desconhecidas.

USG cerebral em lactentes com fontanela anterior aberta para acompanhamento semanal. É de fácil execução e com alta sensibilidade para evidenciar presença de efusão subdural, hidrocefalia ou ventriculite, comuns nesta faixa etária

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19
Q

MBA - TC

A
  1. Presença de sinais focais;
  2. Manutenção de coma após 72h de tto adequado;
  3. Persistência de crises convulsivas ou seu aparecimento após 72 horas de tto adequado;
  4. Meningite de repetição;
  5. Pcts com historia de otite médica crônica;
  6. Aumento do perímetro cefálico;
  7. Suspeita de efusão subdural;
  8. Suspeita de malformação congênita.
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20
Q

MBA - TTO

A

0-3m: Ampicilina+ceftriaxona
> 3m a 5a: Ceftriaxona
>5a: ceftriaxona
Pós-punção lombar: Ceftazidima + oxacilina
Presença de shunt: vancomicina + ceftriaxona

21
Q

MBA - Isolamento

A

N. meningiditis ou por H. influenzae o pct deverá ser mantido em isolamento respiratório nas primeiras 24h de tto atb.

22
Q

MBA - TTO adjuvante - Medidas gerais

A

Na maioria dos pcts ocorre HIC e para reduzi-las, deve-se:

  • Evitar hiperidratação: solução isosmolar, evitando-se hiponatremia. Manter normovolemia. Como ocorre secreção inapropriada de ADH, deve-se evitar soluções hiposmolares e em grande volume.
  • Elevar cebeceira da cama;
  • Diurese osmótica - manitol.
  • Entubação e hiperventilação - nos casos de coma e/ou arritmia respiratória, mantendo-se a PCO2 entre 27-30 mmHg.
23
Q

MBA - TTO adjuvante - Corticosteróides

A

foi demonstrado beneficio no uso contra H. influenzae, diminuindo tempo de febre e [] de proteínas, caqueximia, lactato e celulas em liquor nas primeiras 24h e menor frequencia de sequelas neurológicas, principalmente surdez.

Dexametasona durante os 4 primeiros dias, de preferencia iniciada 15-20 min antes do inicio do ATB.

Pode ocorre febre como efeito rebote.

NÃO INDICADO EM NEONATOS.

Pneumococica resistente a penicilina, se for usar corticoides tem que mudar a vanco pra ceftriaxona ou adc rifampicina. Corticoide diminui a penetração de vanco no SNC

24
Q

MBA - TTO adjuvante - Pacientes torporosos ou em coma

A

Evitar queda da base da lingua e acúmulo de secreções nas vias aereas.
Cateter nasogastrico para evitar broncoaspiração

25
MBA - TTO adjuvante - Pcts hipotensos
Reposição volêmica Se não responder tem que colocar dopamina Dobuta em casos de vasoconstrição periférica importante e/ou falência miocárdica
26
MBA - TTO adjuvante - Convulsões
Fenobarbital ou hidantal Na crise usa diazepam
27
MBA - tempo de TTO
``` Meningite meningocócica - 7-8 dias Por H. influenzae - 8-10 dias Pneumocócica - 10-14 dias Por bacilos gram - entéricos, S. aureus e S epidermidis - 14-21 dias L. monocytogenes - 21 dias ```
28
MBA - Evolução
Febre, cefaleia e sinais meningeos geralmente desaparece em 3-5 dias Na meningocócica pode acarretar em artrite reativa de natureza imunológica, não sendo necessária ATB, deve-se acrescentar aspirina
29
MBA - complicações
1. Herniação 2. Coma - lesão cortical difusa 3. Efusão subdural - lactentes por H. influenzae e S. pneumoniae. USG e Tc. TTo com punções diárias do espaço subdural. 4. Empiema subdural - menos frequente que a efusão, mesmos agentes. Cirurgia 5. Ventriculite - RN e lactentes. USG é mais sensível, 6. Hidrocefalia - medida do perímetro cefálico Sequelas tardias: surdez, hidrocefalia, retardo psicomotor, deficit intelectual, epilepsia, cegueira e hemiplegia.
30
MBA - Profilaxia - Dç meningocócica
Quimioprofilaxia indicada para contatos familiares e íntimos de creche, orfanato, quarteis, turmas de pré-primário e jardim ou maternal. Outros que estiveram por cerca de 4h durante 5-7dias Rifampicina por 2 dias Gravidas - ceftriaxon dose única
31
MBA - Profilaxia - Por H. influenzae
indicada para contatos familiares se tiver outra kid < 6a suscetivel e em escolas e afins. Rifampicina 4d
32
Abscesso e Empiema
Cerebrite - estado inicial de abscessos cerebrais, podendo não ter sinais focais e o liquor pode tá normal ou pouco alterado, mais sugestivo de viral do que bacteriana
33
Abscesso e Empiema - Quadro Clínico
Cefaleia - 65-80% Alterações do nível de consciência - 60-80% Nauseas e vômitos - 35-50% Febre - 40-50% Apresentação menos aguda que a viral e bacteriana. Duração de 7-10 pra empiema e de cerca de 2 semanas para abscesso Sinais meningeos e focais ocorrem em cerca de 60-80% Alteração de nível de consciencia, sinais de HIC e papiledema ocorrem em 5-40%
34
Abscesso e Empiema - Condições predisponentes
No BR: otite médida cronica, principalmente em presença de colestetoma, é a porta de entrada mais frequente para abscesso.
35
Abscesso e Empiema - Diagnósticoo e etiologia
TC - sensibilidade de 90-100%. Cintilografia - 80% Abscesso - Captação anelar de contraste, circundada por edema. Empiema - area hipocaptante justameningea com membrana hipercaptante
36
Abscesso e Empiema - diagnóstico diferencial
1. Metastases 2. Glioblastomas 3. Toxo 4. Granulomas 5. Hematomas 6. Infarto 7. gliomas císticos 8. aneurismas trombosados 9. malformação arteriovenosa e alterações pós-operatórias
37
Abscesso e Empiema - Agentes etiológicos
Anaeróbios em 80-100%: - Peptostreptococcus; - Bacteroides; - Propionibacterium Aerobios: - Streptococcus; - Enterobacterias; - Staphylococcus coagulase + Aureus é mais comum em empiemas que em abscessos
38
Meningite tuberculosa - Fatores predisponentes
Bacilemia da infecção primaria ou reativação endógena. 1. Extremos de idade; 2. Imunossupressão; 3. Desnutrição; 4. Linfoma 5. Alcoolismo
39
Meningite tuberculosa - Fatores responsaveis pelo QC
1. Exsudato basilae espesso (paralisias de nervos cranianos); 2. Vasculite e oclusão vascular (deficit neurologico focal); 3. Reação alérgica a tubérculo-proteinas (alterações liquóricas); 4. Edema cerebral (alterações de consciência, convulsões e HIC) 5. Presença de tuberculomas ocasionando efeito de massa
40
Meningite tuberculosa - Estágios
I: Fase prodrômica sem sintmas neurológicos bem definidos II: Sinais de irritação meníngea, discreta ou nenhuma alteração de consciência e leve comprometimento de pares cranianos. III: alteração importante do nível de consciência (torpor e coma), convulsões, paresias e movimentos involuntários
41
Meningite tuberculosa - Liquor
1. Citometria: 100-500 cels. Predominio de mononucleares, podendo inicialmente ser de polimorfonucleares. 2. Glicorraquia: < 40 ou menos da metade em 50-85% 3. Baciloscopia: RARAMENTE POSITIVA. 40-60%
42
Meningite tuberculosa - Imagem
Raio-x anormal em 1/3, principalmente em kids. Adenomegalia hilares até infiltrado miliar e cavitações TC: pesquisar meningite de base, tuberculoma, edema e hidrocefalia.
43
Meningite tuberculosa - TTO
Rifampicina Isoniazida Pirazinamida Os 3 por 2 meses e PI em 7 Prednisonapara pcts nos estágios II e III, durante 2-4 semanas, com retirada gradual.
44
Meningite tuberculosa - Prognóstico e Sequelas
Letalidade nos estágios II e III é de 10-25% Sequelas em 25-50% sendo as mais comuns: hidrocefalia, deficiências visuais e auditivas, retardo do desenvolvimento psicomotor e alterações motoras como hemiplegia, hemiparesias e paraplegias.
45
Meningite Viral - Agentes
``` Enterovírus Caxumba Vírus da coriomeningite linfocítica Herpes simples CMV Vírus Epstein-BArr HIV ``` Mais comum na primavera e no verão
46
Meningite Viral - Laboratório
Celularidade abaixo de 500 e predominio de monocucleares, com elevação discreta de proteínas e glicose normal Cultura do liquor, sorologia pareada (intervalo de 10-14 dias entre as amostras), coprocultura para vírus ou cultura de secreção nasofaríngea
47
Encefalite - agentes
Os mesmos da viral Herpres simpex e arbovírus causam mais encefalite O resto é basicamente igual o da viral TTo de for herpética: aciclovir
48
Encefalite - Prognóstico
Quando não tratada: letalidade de 60-80% | Com aciclovir diminui pra 30%