Tireoide Flashcards
SUS-SP – 2011. Mulher de 25 anos apresenta quadro de ansiedade, insônia, palpitação e emagrecimento. Os exames revelam TSH < 0,01 mcU/ml, velocidade de hemossedimentação de 3 mm/h, tireoide homogênea e de tamanho normal à ultrassonografia e captação tireoidiana de iodo radioativo de 1%. Dos dados abaixo o mais provável nessa paciente é:
A. alargamento de sela túrcica.
B. história de uso crônico de levotiroxina.
C. presença de exoftalmia.
D. título elevado de anticorpo antiperoxidase.
E. título elevado de anticorpo antirreceptor de tireotrofina.
Letra “B” - história de uso crônico de levotiroxina.
A paciente apresenta um quadro clínico de tireotoxicose. O TSH< 0,01 mcU/ml mostra
que há excesso hormonal, uma vez que o TSH é o exame mais sensível e precoce nas alterações
tireoidianas. No entanto, a captação normal de iodo radioativo é de 15 a 25%. Portanto, situações com
< 5% de captação são mais sugestivas de tireotoxicose sem hipertireoidismo (alguma tireoidite, ingesta de hormônio tireoidiano). Já se houver > 25% de captação é sugestivo de hipertireoidismo (as principais: doença de Graves – 80%, bócio multinodular tóxico e adenoma tóxico).
− LETRA A: alargamento da sela túrcica seria sugestivo de um tireotropinoma (tumor hipofisário) que estimularia a tireoide causando um hipertireoidismo e captação elevada de iodo.
− LETRA B: CORRETA.
− LETRA C: exoftalmia é a segunda característica mais comum da Doença de Graves, na qual haveria
captação elevada de iodo.
− LETRA D e E: o anticorpo antiperoxidase é um marcador de doença autoimune tireoidiana e o
antireceptor de tireotrofina ou TSH (TRAb) o mais específico de doença de Graves.
SURCE-CE – 2018. Mulher de 29 anos procurou assistência médica referindo há 3 meses perda de peso (3kg), irritabilidade, calor excessivo e palpitações. A paciente refere ainda amenorreia há 2 meses,
náuseas e vômitos. Ao exame, apresentava proptose ocular bilateral, bócio difuso e indolor, tremor fino
de extremidades e taquicardia. Exames laboratoriais: TSH < 0,02 mUi/L (VR: 0,3 - 4,0 mUi/L)
T4 livre: 2,17 ng/dL (VR: 0,7 - 1,5 ng/dL)
TRAb: 5,4 U/L (positivo > 1,75 U/L).
hCG - positivo.
LEGENDA - TSH: hormônio tireoestimulante; T4: tiroxina; TRAb: anticorpo anti-receptor de TSH; hCG: gonadotrofina coriônica humana; VR: valor de referência. Qual a conduta terapêutica mais indicada?
A. Hidratar.
B. Iniciar metimazol.
C. Iniciar propiltiouracil.
D. Realizar tireoidectomia total.
Letra “C” - Iniciar propiltiouracil.
A paciente apresenta sintomas de tireotoxicose e, ao exame clínico, características de doença de Graves (bócio difuso e exoftalmia). Laboratorialmente, a doença é confirmada pelo TRAb positivo. O detalhe é que a paciente se encontra gestante no primeiro trimestre, sendo indicação clássica para uso do propiltiouracil (assim como na crise tireotóxica). A partir do segundo
trimestre, troca-se a droga pelo metimazol.
PSU-MG – 2012. KFG, 37 anos, sexo feminino, professora, apresenta quadro de hipertireoidismo com
exoftalmia. Está em uso de metimazol e propranolol com controle precário. Foi indicado tratamento
cirúrgico, pois a paciente manifestou desejo de engravidar. Sobre esse caso, assinale a afirmativa
CORRETA:
A. A operação deve ser tireoidectomia total, para que ocorra também regressão da exoftalmia.
B. Caso se optasse pelo tratamento com lodo 131, haveria necessidade do uso de métodos contraceptivos por, pelo menos, um ano.
C. Deve-se administrar Lugol (solução de iodo inorgânico a 2%) no período pré-operatório para evitar crise tireotóxica.
D. O propranolol deve ser suspenso pelo menos três dias antes do ato cirúrgico.
Letra “B” - Caso se optasse pelo tratamento com lodo 131, haveria necessidade do uso de métodos contraceptivos por, pelo menos, um ano.
Diante da falha do tratamento clínico, o radioiodo e a cirurgia surgem como opções. A cirurgia raramente é indicada hoje em dia pelas complicações inerentes ao procedimento e pela eficácia do radioiodo. O erro na letra A está em afirmar que a cirurgia traria regressão da exoftalmia.
A letra B está correta: apesar de não haver um tempo exato que se deve evitar a gestação após iodo radioativo, as fontes variam entre 6 meses a 1 ano.
Letra C: para evitar a crise tireotóxica, deve-se utilizar os betabloqueadores ou ainda corticoides. Os betabloqueadores não precisam ser suspensos antes da cirurgia.
UNICAMP-SP - 2010. Mulher, 35 anos, com Doença de Graves foi internada com palpitações, dispneia e tremor de extremidades. Exame físico: FC = 146 bpm, FR = 28 irpm, PA = 150 x 60 mmHg, agitação psicomotora, exoftalmia bilateral, tireoide aumentada de volume com sopro. A eficácia da terapia
durante os primeiros dias de internação deve ser acompanhada com quantificação sérica de:
A. Anticorpos antirreceptores de hormônio tireoestimulante (TRAb).
B. Tiroxina livre.
C. Anticorpos antitireoglobulina.
D. Hormônio tireoestimulante (TSH).
Letra “B” - Tiroxina livre
Nas disfunções tireoidianas, o TSH costuma ser o primeiro hormônio a apresentar alteração. No entanto, ele também costuma ser o último a se normalizar. No caso do hipertireoidismo, o TSH pode permanecer suprimido até um ano após o início do tratamento. Por isso, nesse período a resposta clínica e os níveis de T4 livre e T3 livre devem ser usados como referência.
SES-PE – 2016. Pacientes com crise tireotóxica podem apresentar todos os sintomas abaixo citados, EXCETO:
A. Hipotermia. B. Psicose. C. Fibrilação atrial. D. Icterícia. E. Insuficiência cardíaca congestiva.
Letra “A” - Hipotermia.
Letra A: A crise tireotóxica associa-se com hipertermia e não hipotermia!
− Letra B: Os efeitos no SNC podem variar de agitação, delirium, psicose, letargia à convulsão e coma.
− Letras C e E: Os efeitos no sistema cardiovascular variam de taquicardia, insuficiência cardíaca e fibrilação atrial.
− Letra D: A disfunção gastrointestinal pode variar de diarreia, náusea e vômito à dor abdominal e icterícia
inexplicável.
SUS-SP 2010. Mulher de 45 anos, apresenta há meses cansaço, humor depressivo, sonolência e obstipação. Ao exame físico está pálida, com pele seca, pulso de 50 bpm e pressão arterial de 130 × 100 mmHg. Dos dados abaixo o que tem MENOR probabilidade de ser encontrado nesta paciente é:
A. CPK e aldolase aumentadas.
B. hemoglobina de 8,2 g/dL e VCM aumentado.
C. ecocardiograma com derrame pericárdico.
D. hemoglobina glicada de 7,8%.
E. LDL colesterol de 160 mg/dL.
Letra “D” - hemoglobina glicada de 7,8%.
Todas as alternativas contêm itens associados diretamente com o hipotireoidismo. O erro encontra-se na letra D, pois não há associação entre diabetes e hipotireoidismo. Questões assim tentam induzir ao erro pelo imaginário de que a doença estaria associada com obesidade, o que é falso!
PSU-MG – 2010. Mulher de 55 anos procura atendimento com relato de fadiga, pele seca,
constipação intestinal e dor em grandes e pequenas articulações, sem sinais de artrite. Ela tem passado de fibrilação atrial, tendo sido submetida a cardioversão elétrica há 5 anos, com sucesso. Desde então, em uso de amiodarona, 300 mg/dia. Ao exame, o único achado positivo é hipertensão diastólica. Assinale a alternativa que contém o exame complementar que mais provavelmente definirá o diagnóstico desta paciente.
A. Fator reumático
B. Anticorpo antinuclear
C. TSH
D. Globulinas séricas
Letra “C” - Globulinas séricas
A paciente apresenta diversos sinais clínicos de hipotireoidismo descompensado: constipação intestinal, fadiga, pele seca, dores em articulações e hipertensão diastólica. Além disso, faz uso de amiodarona, uma droga capaz de induzir os 3 tipos de distúrbios tireoidianos: hipertireoidismo, hipotireoidismo e tireoidites! Portanto, a dosagem do TSH é mandatória.
UFPE-PE – 2010. Sobre o coma mixedematoso, é correto afirmar que:
A. a hipernatremia é secundária à desidratação.
B. a fração de excreção do sódio urinário encontra-se muito reduzida.
C. os níveis de TSH são muito elevados e correspondem diretamente à gravidade do estado clínico.
D. os níveis de fosfoquinase (CK) e de lactato encontram-se elevados.
Letra “D” - os níveis de fosfoquinase (CK) e de lactato encontram-se elevados.
No hipotireoidismo ocorre dificuldade em depurar água livre e hiponatremia. Apesar disso, há um mau funcionamento dos mecanismos de reabsorção tubular com tendência à perda de sal piorando a hiponatremia. Os níveis de TSH estão elevados, mas não há uma associação direta entre seus níveis e achados clínicos.
UFPB-PB – 2017. O estado mixedematoso é uma forma grave de hipotireoidismo, geralmente que não foi tratado e com evolução de longa duração. Sobre esta patologia, assinale a afirmativa errada:
A. O diagnóstico de estado mixedematoso se dá com o quadro clínico de agitação psicomotora, febre, além
de fatores precipitantes que levam a taquicardia, delirium, hipernatremia e oligúria, por insuficiência
renal.
B. Os principais fatores precipitantes são infecção/sepse, exposição ao frio, medicamentos (anestésicos, sedativos, tranquilizantes), doença pulmonar, acidente vascular encefálico, insuficiência cardíaca, sangramentos digestivos, cirurgias etc.
C. A maioria dos pacientes apresenta diminuição dos níveis T4 livre, T3 e T4 totais, e aumento de TSH.
D. O tratamento medicamentoso consiste em reposição de hormônios tireoidianos, dando preferência à via intravenosa, que não se encontra disponível na maioria das vezes, além da reposição de hidrocortisona por suspeita de hipocortisolismo associado, tratamento da hipoglicemia e da hipoventilação, além de correção dos fatores precipitantes como infecções e distúrbios hidroeletrolíticos.
E. Existem fatores que podem determinar a necessidade de assistência ventilatória ou intubação
orotraqueal, como diminuição da resposta respiratória à hipoxemia e hipercapnia, presença de obesidade
e apneia do sono, macroglossia, além miopatia com fraqueza na musculatura respiratória.
Letra “A” - O diagnóstico de estado mixedematoso se dá com o quadro clínico de agitação psicomotora, febre, além de fatores precipitantes que levam a taquicardia, delirium, hipernatremia e oligúria, por insuficiência renal.
A Letra A descreve sintomas compatíveis com crise tireotóxica, como agitação, febre e taquicardia! Sintomas opostos aos do coma mixedematoso.
SUS-SP – 2015. Uma adolescente moradora da cidade de Campinas em São Paulo, com 15 anos de idade,
apresenta ao exame clínico um pequeno aumento da glândula tireoide tendo sido submetida a exames
que revelaram T3 e T4 livre normais e TSH elevado. O diagnóstico mais provável é:
A. Tireoidite de Hashimoto. B. Bócio endêmico. C. Adenoma hipofisário. D. Hipotireoidismo central. E. Doença de Graves.
Letra “A” - Tireoidite de Hashimoto
A questão traz uma paciente com bócio e laboratório revelando um hipotireoidismo subclínico. A principal causa em áreas endêmicas é a deficiência de iodo gerando o bócio endêmico. No entanto, em áreas suficientes de iodo, como no Brasil, a causa mais comum é autoimune, ou seja, a tireoidite de Hashimoto caracterizada pelos níveis elevados de anti TPO!
− Letra A: principal causa de hipotireoidismo e bócio em áreas suficientes de iodo, caso do Brasil!
− Letra B: principal causa de hipotireoidismo em áreas endêmicas (áreas com deficiência e iodo). Não é o
caso do Brasil!
− Letra C e D: em caso de hipotireoidismo central, haveria T3 e T4 baixos, com TSH elevado ou normal! Vale destacar que no hipotireoidismo central não há estímulo à tireoide, ou seja, não há bócio!
− Letra E: principal causa de hipertireoidismo!
SUS-SP 2018. Mulher de 36 anos vai à consulta médica para avaliação de nódulos tireoidianos. A ultrassonografia de tireoide demonstra 2 nódulos em lobo esquerdo: puramente cístico de 1 cm no maior eixo e puramente sólido, hipoecoico, com microcalcificações de 0,6 cm no maior eixo. Nega
história familiar de neoplasia tireoidiana e nega exposição à radiação na infância. A função tireoidiana
é normal. A conduta mais adequada é:
A. Iniciar levotiroxina.
B. Tireoidectomia total.
C. Punção aspirativa por agulha fina de ambos os nódulos.
D. Cintilografia de tireoide.
E. Observacional - repetir ultrassonografia.
Letra “E” - Observacional - repetir ultrassonografia.
Os nódulos puramente císticos são benignos! Por isso, mesmo sendo de 1 cm, não há necessidade de punção! Já o segundo nódulo, este sim sólido, hipoecoico e com microcalcificação poderia ser sim puncionado! Lembrem-se: a recomendação é não puncionar nódulos menores que 1 cm, mas podemos sim optar por isso caso haja fatores de risco! A conduta mais recomendada pelo fato de ser < 1 cm é acompanhar, mas como há fatores de risco, ele pode ser puncionado! É por isso que nas questões, geralmente há uma facilitação para não permitir dupla resposta. Então vamos lá: o primeiro nódulo deve ser acompanhado. O segundo, pode ser puncionado, mas o mais recomendado é o seguimento. Percebam que não há a opção seguimento do primeiro nódulo e PAAF do segundo, pois se estivesse nas alternativas poderia sim ser a resposta! Ele nos dá a opção da PAAF de ambos, o que está incorreto.
UFPB-PB – 2017. Nos pacientes com nódulo sólido em tireoide que são submetidos à PAAF, qual desses tipos histológicos não se pode diagnosticar com segurança?
A. Bócio coloide. B. Carcinoma papilífero. C. Carcinoma folicular. D. Carcinoma medular. E. Carcinoma anaplásico.
Letra “C” - Carcinoma folicular.
A PAAF é um exame simples com alta sensibilidade e especificidade. É uma citologia, exame de escolha para revelar a natureza do nódulo tireoidiano. Mas, existe uma exceção: não é um bom exame quando afirma-se tratar de um carcinoma folicular! Neste caso ele acerta em 30% dos casos! Por isso o diagnóstico é histológico através da abordagem cirúrgica!
PSU-MG – 2017. Em se tratando dos nódulos tireoidianos detectados ao exame clínico, favorece a
suspeita de malignidade a concomitância dos seguintes achados:
A. Presença de microcalcificações à ultrassonografia e predomínio de vascularização central ao
Doppler em paciente de 38 anos, do sexo masculino.
B. Presença de calcificações grosseiras, tipo “casca de ovo”, à ultrassonografia e predomínio de
vascularização periférica ao doppler em paciente de 32 anos, do sexo feminino.
C. Presença de microcalcificações à ultrassonografia e predomínio de vascularização periférica ao
doppler em paciente de 78 anos, do sexo feminino.
D. Presença de calcificações grosseiras, tipo “casca de ovo”, à ultrassonografia e predomínio de
vascularização periférica ao Doppler em paciente de 82 anos, do sexo masculino.
Letra “A” - Presença de microcalcificações à ultrassonografia e predomínio de vascularização central ao Doppler em paciente de 38 anos, do sexo masculino.
Letra A: correta!
− Letra B: calcificações grosseiras do tipo casca de ovo, nódulos císticos, espongiformes e artefato em cauda
de cometa são sugestivos de benignidade. O mesmo ocorre com vascularização periférica ou
predominantemente periférica. O risco maior ocorre no sexo masculino e em relação à idade nos maiores
de 40 anos.
− Letra C: o erro está na vascularização periférica e no sexo feminino.
− Letra D: calcificações grosseiras tipo “casca de ovo” e vascularização periférica são sugestivas de
benignidade.
PSU-MG – 2012. Paciente do sexo masculino, 24 anos, procurou serviço médico queixando-se de aparecimento de nódulo na região cervical anterior. Tem história familiar positiva para neoplasia de
tireoide. Durante o exame clínico, o médico palpou nódulo localizado em nível da tireoide. Podemos
afirmar, EXCETO:
A. É necessária a realização de ultrassonografia da tireoide para caracterização do tipo de nódulo e avaliação
da presença de linfonodos.
B. Nódulo solitário da tireoide não significa necessariamente que seja maligno.
C. A Punção por Agulha Fina pode determinar a natureza da lesão.
D. Os nódulos frios da tireoide raramente se associam à neoplasia maligna.
Letra “D” - Os nódulos frios da tireoide raramente se associam à neoplasia maligna.
− Letra A: a ultrassonografia é o exame indicado para melhor caracterização dos nódulos e existe sim a
recomendação de fazê-la.
− Letra B: não há diferença entre nódulos únicos ou múltiplos em relação ao risco. O que vale é a
característica de cada nódulo.
− Letra C: a PAAF é melhor exame para determinar a natureza da lesão, exceto quando ele afirma se tratar
de um carcinoma folicular. Neste caso, ocorre acerto de 30% e o diagnóstico histopatológico é necessário!
− Letra D: os nódulos quentes, tóxicos ou ainda, produtores de hormônios, raramente associam-se com
malignidade.
UERN-RN – 2016. A forma mais comum de carcinoma de tireoide é:
A. Carcinoma papilífero.
B. Carcinoma medular.
C. Carcinoma anaplásico.
D. Linfoma.
Letra “A” - Carcinoma papilífero
O carcinoma tireoidiano mais comum é o papilífero! Acomete pacientes mais jovens; apresenta crescimento lento e disseminação predominantemente linfática; metástase para linfonodo cervical (locorregional) como principal sítio; são diagnosticados na punção através do achado de alterações nucleares (corpos de psamonas) e possuem excelente prognóstico. O tratamento é realizado com cirurgia (mais comum é a tireoidectomia total) seguida de dose ablativa de iodo radioativo e terapia supressiva do TSH (deixar o TSH em níveis mais baixos propositalmente para que eventuais células neoplásicas não sejam estimuladas).
SES-PE – 2017. O marcador que deve ser avaliado no seguimento de pacientes submetidos à tireoidectomia total por carcinoma papilífero é:
A. Calcitonina. B. CEA. C. Tireoglobulina. D. Alfafetoproteína. E. CA 125.
Letra “C” - Tireoglobulina
O marcador de seguimento dos carcinomas bem diferenciados é a tireoglobulina!
Dosamos também o anticorpo anti-tireoglobulina, para garantir que este anticorpo não esteja
gerando resultados inadequados. O carcinoma medular da tireoide deve ser acompanhado com a
calcitonina, já que deriva das células parafoliculares ou células C e com o CEA.
SES-PE – 2017. Assinale a alternativa que indica o câncer da tireoide relacionado à síndrome de
neoplasia endócrina múltipla.
A. Carcinoma anaplásico. B. Carcinoma medular. C. Carcinoma papilífero. D. Carcinoma folicular. E. Carcinoma de células de Hurthle.
Letra “B” - Carcinoma medular
A maioria dos carcinomas medulares ocorre de maneira esporádica (75%), mas, uma menor parte (25%) deriva de doenças familiares transmitidas de modo autossômico dominante por mutações no proto-oncogene RET. Nestes últimos, a maioria está associada com outras doenças endócrinas, caracterizando as neoplasias endócrinas múltiplas (NEM 2 A e 2B).
SES-PE – 2018. Considere um paciente masculino, 70 anos, com grande tumor infiltrativo de tireoide, de rápido crescimento e com desconforto respiratório. Qual seria o MAIS PROVÁVEL diagnóstico desse paciente?
A. Carcinoma papilífero. B. Carcinoma folicular. C. Carcinoma medular. D. Carcinoma anaplásico. E. Carcinoma de células de Hurthle.
Letra “D” - Carcinoma anaplásico
Questão perfeita para mostrar como não brigar com a banca! Ora, o carcinoma papilífero
é muito mais frequente que os demais. Então não está incorreto deduzir que, na prática, esse tipo de
carcinoma esteja associado inclusive com as formas atípicas até que o resultado citológico prove o
contrário! Também está correto quem pensou na possibilidade do carcinoma folicular, pela idade do
paciente! Mas atenção: está claro que a questão quer saber qual o tipo de carcinoma associado com
rápido crescimento em idosos causando infiltração chegando ao ponto máximo de causar desconforto
respiratório (muitas vezes sendo necessário realizar traqueostomia). Então sem brigar com a questão,
Letra D!
UFPE-PE – 2014. Sobre as neoplasias malignas da tireoide, é correto afirmar que:
A. A idade é um importante fator prognóstico, sendo o carcinoma da tireoide mais letal em pessoas
acima de 40 anos.
B. O carcinoma medular é o tipo histológico mais comum.
C. Metástases para linfonodos são incomuns em crianças e adultos jovens com carcinoma papilífero.
D. A punção aspirativa com agulha fina é o procedimento de escolha para o diagnóstico diferencial
entre o carcinoma folicular e o adenoma folicular.
E. A maioria dos casos de carcinoma medular está associado com síndromes hereditárias como as
neoplasias endócrinas múltiplas tipo 2.
Letra “A” - A idade é um importante fator prognóstico, sendo o carcinoma da tireoide mais letal em pessoas
acima de 40 anos.
− Letra A: A idade é o fator prognóstico isolado mais importante!
− Letra B: o tipo histológico mais comum é o papilífero, seguido do folicular!
− Letra C: carcinoma papilífero apresenta disseminação predominantemente linfática e está muito
associado com metástases para linfonodos, principalmente cervicais. Já o carcinoma folicular, que
apresenta disseminação principalmente hematogênica, apresenta comumente metástase a distância na
apresentação inicial.
− Letra D: A PAAF não é segura para o diagnóstico de carcinoma folicular. Ela acerta em cerca de 30%, por
isso o diagnóstico é histológico, devendo o paciente ser encaminhado para cirurgia!
− Letra E: 75% do carcinoma medular ocorre de maneira esporádica; 25% ocorre de maneira familiar e a
maioria destas associadas com as neoplasias endócrinas múltiplas por mutação no proto-oncogene RET.
UFPB-PB – 2014. Em relação aos Carcinomas (Ca) da Tireoide, assinale a alternativa INCORRETA:
A. O Carcinoma Medular é a forma mais agressiva do câncer da tireoide.
B. A síndrome de veia cava superior pode estar presente no paciente com câncer anaplásico da
Tireoide.
C. A apresentação característica do carcinoma anaplásico da tireoide ocorre em idosos que se
queixam de disfagia e uma massa dolorosa de crescimento rápido.
D. O carcinoma folicular é a segunda categoria de cânceres bem diferenciado desta glândula.
E. O principal tratamento do carcinoma papilífero da tireoide é a ablação cirúrgica.
Letra “A” - O Carcinoma Medular é a forma mais agressiva do câncer da tireoide.
Letra A: O carcinoma mais agressivo é o carcinoma ANAPLÁSICO!
− Letra B e C: O carcinoma anaplásico é a forma mais agressiva caracterizada por infiltração e rápida
evolução! Pode causar compressão da veia cava superior!
− Letra D: O carcinoma papilífero é o mais frequente e o folicular é a segunda histologia mais comum!
− Letra E: O tratamento do carcinoma papilífero e folicular (bem diferenciados) é a ablação cirúrgica,
seguida da dose ablativa de iodo radioativo e supressão do TSH. O seguimento é realizado com a
tireoglobulina (que é útil para o seguimento, mas não para o diagnóstico).
HIAESP – 2018. Homem, 40 anos, relata perda de aproximadamente 3 kg (4% do peso) em um mês.
Sente-se agitado, com dor cervical, dificuldade para dormir, taquicardia e palpitações. Os sintomas
foram precedidos de resfriado. Volta em retorno com TSH: 0,1 uIU/mL (VR 0,5-4,5 uIU/mL), T4 livre de
7,77 ng/dL (VR 0,7-1,5), tireoglobulina 367 ng/mL (VR: 1,5-50) e TRAb negativo. A conduta correta inclui
propranolol e:
A. anti-inflamatório. B. levotiroxina. C. metimazol. D. tireoidectomia. E. radioiodoterapia.
Letra “A” - anti-inflamatório.
Os sintomas de perda de peso, agitação, insônia, taquicardia e palpitações são sugestivos
de tireotoxicose, excesso de hormônio tireoidiano. As dicas sobre a etiologia foram dadas quando se
relatou o quadro após um resfriado e pelo sintoma de dor cervical; sugestivas de tireoidite de Quervain.
O TRAb negativo fala contra a doença de Graves. O tratamento envolve betabloqueadores associados
com anti-inflamatórios ou corticoides.
(SES-PE 2017 ACESSO DIRETO) - Um paciente de 18 anos queixa-se de nervosismo, perda de peso, palpitações e intolerância ao calor há seis meses. Ao exame físico, está taquicárdico (120bpm), afebril e emagrecido, observando-se palmas das mãos úmidas e quentes, além de tremor de extremidades. A tireoide está aumentada, com consistência macia e frêmito palpável, embora não exista exoftalmia. Qual a conduta mais adequada nesse momento?
A) Propranolol. B) Propranolol + metimazol. C) Iodo radioativo. D) Iodo radioativo + metimazol. E) Iodo radioativo + iodeto de potássio.
Letra ‘B” - Propranolo e Metimazol
Temos um paciente de 18 anos com tireotoxicose provavelmente secundária à doença de Graves, devido a presença de um bócio difuso com frêmito. Diante disso, para o tratamento devemos utilizar a tionamida associada a um betabloqueador. A tionamida mais utilizada é o metimazol, devido a sua maior eficácia, menos efeitos colaterais e maior comodidade posológica (1x ao dia). O propiltiouracil é preferível no 1° trimestre da gestação e nas crises tireotóxicas, pois quando feito em altas doses impede a conversão periférica de T4 em T3. Ambos podem causar agranulocitose (então, muita atenção aos quadros de amigdalite após o início de tais medicações, pois esse pode ser um sintoma sugestivo) e a hepatotoxicidade. O betabloqueador vai agir na melhora da sintomatologia adrenérgica e atuar também inibindo a conversão periférica de T4 em T3. O iodo radioativo nunca deve ser realizado num paciente descompensado, como o do caso apresentado, essa deve ser uma medida programada. Portanto a melhor opção é a alternativa B.
(SES-PE 2014 R3 CLÍNICA MÉDICA) - Mulher com 45 anos, moradora do bairro de Boa Viagem, assintomática procura sua ginecologista para uma consulta de rotina que solicita alguns exames. Nesses exames, apresenta a função tiroideana normal. A ultrassonografia (USG) da tireoide mostra um nódulo sólido de 0,6 x 0,5cm no polo superior do lobo direito com contornos nítidos e sem calcificações. Qual é a conduta mais apropriada nesse caso?
A) Solicitar uma punção aspirativa do nódulo, guiada por USG.
B) Indicar tiroidectomia parcial devido ao alto risco de malignidade.
C) Indicar terapia supressiva com hormônio tiroideano.
D) Realizar uma cintilografia da tireoide.
E) Manter em observação a paciente e solicitar uma nova USG de tireoide em 1 ano.
Letra “E” - Manter em observação a paciente e solicitar uma nova USG de tireoide em 1 ano.
Quando estamos diante de nódulo > 1 cm com fatores de risco associados como nódulo hipoecoico, irregular, com microcalcificações, que apresenta grande crescimento, comprimento > largura, fluxo central maior que periférico (CHAMAS 4) ou fluxo eminentemente central ao doppler (CHAMAS 5), devemos proceder com uma melhor investigação, para isso, devemos observar o TSH, se esse estiver suprimido, devemos solicitar uma cintilografia para fazermos um diagnóstico diferencial entre um nódulo hiperfuncionante, (adenoma tóxico) e um carcinoma de tireoide. Se o TSH se apresentar dentro dos limites de normalidade, devemos proceder com a realização de uma punção aspirativa do nódulo (PAAF) guiada por USG. É válido lembrar que a punção deve ser realizada nos nódulos palpáveis ao exame físico e se seguirmos as recomendações da ATA e do TI RADS, criadas para evitar a punção desnecessária, temos que nódulos até 0,5 cm não puncionamos; entre 0,5 e 1 cm, temos alta tendência a não puncionar; e > 1 cm + fator de risco, a punção passa a ser indicada. Por fim, a respeito da conduta diante de um nódulo < 1 cm, sem fatores de risco associados, como é o caso apresentado, devemos manter a paciente em observação e solicitar uma nova USG de tireoide em 1 ano (alternativa E).
(SES-PE 2017.2 R3 CLÍNICA MÉDICA) - Uma mulher de 36 anos apresenta um nódulo sólido de 2x2 cm com fluxo central e microcalcificações ao ultrassom. Qual a melhor conduta nesse momento?
A) Tiroidectomia.
B) Tomografia computadorizada de tiroide.
C) Dosagem sérica de VSH e Proteína C Reativa.
D) Punção de nódulo da tiroide guiado por USG (PAAF).
E) Dosagem sérica de anticorpo anti-peroxidase (anti-TPO).
Letra “D” - Punção de nódulo da tiroide guiado por USG (PAAF).
Temos o caso de uma mulher que apresenta ao ultrassom um nódulo sólido de tireoide com 2×2 cm e com fatores de risco associado (fluxo central e microcalcificações). Diante de um caso como esse devemos ter em mente que o próximo passo seria a avaliação do TSH, pois se esse estiver suprimido, a melhor conduta seria a cintilografia, se não, seguiríamos com a punção aspirativa. Assim, vamos analisar as alternativas: A – INCORRETA, deve ser aventada como uma opção nos casos de nódulos > 4 cm; B – INCORRETA, a USG é um exame muito melhor para avaliação de nódulos; C – INCORRETA, o VSH pode ser dosado quando há suspeita de tireoidite e vai estar tipicamente aumentado na tireoidite de Quervain, onde o paciente apresenta dor cervical, febre e VSH ↑; D – CORRETA, não vamos brigar com a questão, apesar de o mais adequado ser solicitar o TSH antes, podemos proceder com a realização da PAAF; E – INCORRETA, não teria aplicabilidade para o caso.