DPOC Flashcards

1
Q

Exacerbação da DPOC - Sintomas (03 - PEA):

A
  • Piora da dispneia;
  • Escarro purulento;
  • Aumento do volume de expectoração.
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2
Q

Exacerbação da DPOC - ( ) A ausência de febre afasta a possibilidade de exacerbação infecciosa da DPOC (V/F)

A

Falso

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3
Q

Exacerbação da DPOC - Tto (06):

A
  • Otimização do tto da DPOC;
  • ATB: 02 sintomas ou necessidade de AVM;
  • CE Sistêmico (VO ou EV) - não pode ser substituído pelo CI;
  • Bd (Saba ou Sama);
  • VNI meta Sat.o2>90%;
  • Metilxantinas (Teofilina): desuso.
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4
Q

Exacerbação da DPOC - FR para má evolução?

A

Idade

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5
Q

Exacerbação da DPOC - ( ) A manutenção da saturação de oxigênio acima de 98% é um dos objetivos do tto através de O2 suplementar (V/F)

A

Falso - a meta é >90%

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6
Q

Exacerbação da DPOC - ( ) A realização de uma espirometria é essencial para a decisão de iniciar o brometo de ipratrópio (V/F)

A

Falso - não se faz espiro para tratar exacerbação

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7
Q

(SES-PE 2014 R3 CLÍNICA MÉDICA) - Todas as alternativas abaixo são fatores de risco para
exacerbação da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) pela bactéria Pseudomonas aeruginosa,
EXCETO

A) Vacinação contra influenza prévia.
B) Volume expiratório forçado menor do que 50%.
C) Hospitalização recente.
D) Bronquiectasia.
E) Isolamento de Pseudomonas aeruginosa em exacerbação prévia.

A

Letra “A” - Vacinação contra influenza prévia.

COMENTÁRIO: Questão bem objetiva, nos pergunta sobre qual das alternativas não representariam um fator de risco para exacerbação da DPOC pela infecção por Pseudomonas aeruginosa. A infecção tende a ser mais prevalente nos pacientes mais graves (GOLD 3 ou 4), com hospitalizações recentes ou recorrentes, usuários de antibióticos nos últimos 6 meses ou pacientes que já tiveram infecção previa pela bactéria documentada em culturas anteriores. Vamos às alternativas: A- INCORRETA, a vacinação é um fator protetor, modificando curso da doença e sobrevida do paciente; B – CORRETA, o GOLD 3 ou 4 se encaixaria justamente com esse padrão respiratório à espirometria (VEF <50%); C e E – CORRETAS, conforme relatado anteriormente; D- CORRETA, alterações arquiteturais do parênquima pulmonar são fatores de risco para essas infecções.

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8
Q

(SES-PE 2016 R3 CLÍNICA MÉDICA) - Em relação à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), é
INCORRETO afirmar que

A) o corticoide sistêmico deve ser utilizado no DPOC estável pela classificação GOLD para prevenir
exacerbações.

B) a investigação de deficiência de alfa-1 antitipsina no DPOC deve ser realizada no enfisema de início
precoce sem fatores de risco conhecidos.

C) os corticoides inalados são indicados para pacientes com DPOC que apresentam exacerbações frequentes ou VEF < 50%.

D) a cessação do tabagismo é a intervenção com maior capacidade de alterar a história natural do DPOC.

E) as infecções respiratórias são responsáveis por 50 a 70% das exacerbações do DPOC.

A

Letra “A” - o corticoide sistêmico deve ser utilizado no DPOC estável pela classificação GOLD para prevenir
exacerbações.

COMENTÁRIO: A questão pergunta qual das alternativas apresenta um conceito errôneo sobre o DPOC, diante disso, vamos analisa-las: A- INCORRETA, o corticoide sistêmico só é utilizado nas exacerbações, não sendo utilizado no DPOC estável, pois para tal paciente o corticoide é utilizado pela via inalatória; B- CORRETA, devemos pensar na deficiência de alfa-1-antitripsina principalmente em pacientes < 45 anos e com carga tabágica menor de 15 maços/ano; C – CORRETA, os corticoides inalatórios são bem indicados nos pacientes GOLD C e D, que exacerbam muito ou que têm doença mais grave; D – CORRETA, a cessação do tabagismo é de fundamental importância pois o paciente vai parar a progressão da doença, além do já comprovado aumento de sobrevida; E- CORRETA, apesar de sabermos que 2/3 das exacerbações infecciosas são de origem viral, sendo o mais comumente implicado o Rhinovirus, é difícil afastar a participação bacteriana no processo, com isso, o antibiótico sempre deve ser iniciado, tendo em vista que exacerbações frequentes aceleram a progressão da doença, aumentando a velocidade de queda do VEF1.

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9
Q

(SES-PE 2010 R3 CLÍNICA MÉDICA) - Paciente 70 anos, com diagnóstico de DPOC há 15 anos vem há
2 anos apresentando um cor pulmonale com descompensação cardíaca. Além de tratar a doença de base, qual a principal medida terapêutica nesse paciente?

A) Betabloqueador
B) Oxigenioterapia
C) Digoxina
D) Trombolítico
E) Inibidores da cox2
A

Letra “B” - Oxigenioterapia

COMENTÁRIO: A questão nos traz um paciente de 70 anos, com DPOC associado a cor pulmonale com descompensação cardíaca há 2 anos e nos questiona a principal medida terapêutica para o caso. Primeiramente, é válido lembrar que cor pulmonale é toda alteração cardíaca, insuficiência cardíaca de câmaras direitas, decorrente de doença pulmonar. Na DPOC, a hipoxemia crônica leva a uma vasoconstrição das áreas pulmonares bem ventiladas, essa vasoconstrição leva a uma hipertensão arterial pulmonar (HAP) do tipo 3, relacionada a doença pulmonar. Posteriormente, com o agravamento da HAP, ocorre um remodelamento da parede das pequenas artérias pulmonares, aumentando a pressão arterial pulmonar e aumentando excessivamente a pós carga no ventrículo direito. Então, para reaver todo esse processo fisiopatológico do cor pulmonale, é de fundamental importância a correção da hipoxemia, frente a isso, a opção que melhor se encaixaria seria a encontrada na letra B – oxigenoterapia. É válido lembrar as outras indicações de oxigenoterapia no paciente com DPOC, como PaO2 menor ou igual a 55 ou SatO2 menor ou igual a 88% em repouso; e PaO2 entre 56-59 ou SatO2 de 88 na presença de policitemia (hematócrito maior que 55%). Lembrando que tais medidas de alterações na PaO2 ou SatO2 têm que ser confirmadas após um período de 3 semanas com o paciente estável. Gabarito: B.

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10
Q

(SES-PE 2019.2 CLÍNICA MÉDICA) - Um homem portador de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
(DPOC), 76 anos, apresenta-se com aumento do volume da expectoração, escarro purulento e piora da
dispneia há 72 horas, Nega febre. Diante desse caso, assinale a alternativa CORRETA.

A) A ausência de febre afasta a possibilidade de exacerbação infecciosa do DPOC.
B) A idade não deve ser considerada como um fator de risco para uma má evolução da exacerbação.
C) A manutenção da saturação de oxigênio (O2) acima de 98% é um dos objetivos do tratamento através do
O2 suplementar.
D) É recomendada a otimização do tratamento para DPOC e início de antibiótico e corticoide sistêmico.
E) A realização de uma espirometria é essencial para se iniciar o brometo de ipatrópio.

A

Letra “D” - É recomendada a otimização do tratamento para DPOC e início de antibiótico e corticoide sistêmico.

Estamos diante de um caso de um senhor de 76 anos, portador de DPOC, que há 72h vem evoluindo com um quadro de aumento do volume da expectoração, escarro purulento e piora da dispneia, sem febre associada, tendo isso em vista, a questão nos pede a alternativa correta. Como podemos ver, o paciente refere os sintomas cardinais da exacerbação: piora da dispneia, aumento do volume e purulência do escarro (sugerindo infecção bacteriana), o terceiro, mas não menos importante, seria piora da tosse, que apesar de não referido no caso, poderia estar presente. Vamos as alternativas: A- INCORRETA, as causas infecciosas correspondem a 50-70% de todas as exacerbações e a febre, por não ser obrigatória, sua ausência não deve atrasar as medidas a serem tomadas; B – INCORRETA, a idade é um importante fator de risco para uma má evolução da exacerbação pela DPOC, já que os idosos têm menor reserva fisiológica; C – INCORRETA, o paciente com DPOC é um paciente hipoxêmico, tem seu drive respiratório baseado não mais na pressão parcial de CO2, mas sim na pressão parcial de O2, como uma forma de compensação ao seu estado de hipoxemia crônica, então, devemos mantê-lo com uma saturação entre 88 e 92%, não mais que isso; D – CORRETA, são 4 os pilares do tratamento de uma exacerbação: antibiótico + corticoide sistêmico + broncodilatadores de curta ação + suporte ventilatório para manter a saturação alvo mencionada; E – INCORRETA, o brometo de ipratrópio é um anticolinérgico de curta ação, poderia ser utilizado como um dos pilares anteriormente citados no controle da exacerbação, mas a espirometria é utilizada apenas no manejo do tratamento de manutenção da doença.

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11
Q

(SES-PE 2017 R3 CLÍNICA MÉDICA) - Em pacientes com doenças pulmonares crônicas, arrritmias atriais
são comuns, especialmente na presença de broncoespasmo associado ao uso de agonistas betaadrenérgicos. Nesses pacientes, qual das medicações a seguir pode ser usada para controle da frequência ventricular na fibrilação atrial?

A) Diltiazen
B) Metoprolol
C) Sotalol
D) Propafenona
E) Propranolol
A

Letra “A” - Diltiazem

Em pacientes com doenças pulmonares crônicas as arritmias atriais são muito comuns (as mais frequentes são a taquicardia atrial multifocal, a fibrilação atrial e o flutter atrial), especialmente na presença de broncoespasmo associado ao uso de agonistas beta-adrenérgicos. Assim, a questão nos interroga qual seria a melhor medicação para controle de frequência ventricular na fibrilação atrial. No paciente com DPOC, devemos ter cuidado com o uso de beta-bloqueadores pois eles podem precipitar as crises de broncoespasmo. Diante disso, podemos excluir as alternativas que fazem parte dessa classe de drogas: B, C e E – INCORRETAS. A segunda opção no manejo de controle de frequência ventricular são os bloqueadores de canais de cálcio não diidropiridínicos, dentre eles, o presente na alternativa A (CORRETA), o diltiazem.

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12
Q

(SES-PE 2018.2 R3 CLÍNICA MÉDICA) - Em relação à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), é
INCORRETO afirmar que

A) o processo inflamatório crônico pode produzir modificações dos brônquios (bronquite crônica) e causar destruição do parênquima pulmonar (enfisema), com consequente redução de sua elasticidade.

B) os sintomas incluem tosse crônica, produção de expectoração e dispneia ao esforço.

C) a cessação do tabagismo, quando já diagnosticado o DPOC, pouco modifica a progressão da doença.

D) em pacientes sintomáticos, é recomendado o uso regular de broncodilatadores de ação prolongada.

E) o diagnóstico é confirmado através de uma medição objetiva da limitação do fluxo aéreo, de preferência
por espirometria.

A

Letra “C” - a cessação do tabagismo, quando já diagnosticado o DPOC, pouco modifica a progressão da doença.

Questão bem objetiva, em relação a DPOC nos pede a alternativa incorreta. Então, vamos as proposições: A- CORRETA, aborda exatamente o processo fisiopatológico da doença, que é o desbalanço entre as elastases, que vão destruir os septos intra-alveolares, e as anti-tripsinas, em especial a alfa-1-antitripsina; B- CORRETA, é a tríade sintomatológica clássica do paciente com DPOC; C- INCORRETA, a cessação do tabagismo é a medida que mais modifica o curso da doença, diminuindo a taxa de progressão da doença ao retirar o principal fator responsável pela destruição do parênquima pulmonar; D- CORRETA, tais medicações fazem parte do esquema terapêutico de manutenção; E – CORRETA, a espirometria vai confirmar o diagnóstico através da avaliação do índice de Tiffeneau (relação VEF1/CVF), com resultado menor que 70% nos distúrbios obstrutivos, e do VEF1 (indicando a gravidade do distúrbio).

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13
Q

(SES-PE 2019 R3 CLÍNICA MÉDICA) - Homem de 62 anos tem o diagnóstico de DPOC e faz uso de
Tiotrópio e Salmeterol. Possui uma carga tabágica de 100 maços/ano, tosse crônica e refere dispneia ao
caminhar perto de 100 metros, precisando parar, muitas vezes, a caminhada. Apresentou uma exacerbação no último ano sem necessidade de internamento hospitalar e nega infecções respiratórias. Na espirometria, apresenta os seguintes dados pós-broncodilatadores: VEF1/CVF 0.6 e VEF1 40% do previsto. Tem saturação de 87% de oxigênio ao ar ambiente e gasometria arterial com pO2 55 mmHg, pCO2 65 mmHg e bicarbonato 34 mEq/l. Qual é a classificação da doença, segundo a mais recente Global Initiative for Chronic Obstructive
Lung Disease?

A) Grau 4, grupo D.
B) Grau 3, grupo B.
C) Grau 3, grupo C.
D) Grau 3, grupo D.
E) Grau 4, grupo B.
A

Letra “B” - Grau 3, Grupo B

Temos um paciente de 62 anos, portador de DPOC, que faz uso de Salmeterol (beta 2 agonista de longa) e Tiotrópio (anti-muscarínico de longa), apresenta uma dispneia grau 3 (caminha perto de 100 metros, precisando parar, muitas vezes, a caminhada), segundo a escala MRC modificado, e que, além disso, só apresentou uma exacerbação, sem necessidade de internamento durante o ano (paciente que pouco exacerba). A espirometria nos mostra um índice de Tiffeneau (relação VEF1/CVF) de 0,6, diagnosticando um distúrbio respiratório obstrutivo, e um VEF1= 40%, o que nos permite classificar esse paciente no GOLD 3 (VEF1 entre 30-49%), segundo a gravidade da doença. Através da gasometria arterial podemos observar que esse paciente é hipoxêmico (87% de saturação de oxigênio ao ar ambiente e gasometria arterial com pO2 55 mmHg) e apresenta uma hipercapnia (pCO2 65 mmHg). Diante disso, a questão nos pede a classificação da doença segundo a atualização mais recente do GOLD: como visto anteriormente, ele seria um GOLD 3 (segundo a avaliação da gravidade pelo VEF1) e grupo B, pois é muito sintomático mas exacerba pouco, resposta letra B.

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14
Q

(SES-PE 2019 R3 CLÍNICA MÉDICA) - Todas as medidas abaixo citadas estão indicadas para o paciente
da questão anterior (Na espirometria, apresenta os seguintes dados pós-broncodilatadores: VEF1/CVF 0.6 e VEF1 40% do previsto. Tem saturação de 87% de oxigênio ao ar ambiente e gasometria arterial com pO2 55 mmHg, pCO2 65 mmHg e bicarbonato 34 mEq/l), EXCETO

A) Cessação do tabagismo.
B) Oxigenioterapia domiciliar.
C) Fisioterapia respiratória.
D) Vacinação para pneumoco e influenza.
E) Azitromicina 500mg três vezes por semana.
A

Letra “E” - Azitromicina 500mg três vezes por semana.

Ainda tendo em mente o paciente apresentado no enunciado da questão anterior, lembrando que ele é um paciente GOLD 3, grupo B, com hipoxemia (87% de saturação de oxigênio e pO2 55 mmHg) e hipercapnia evidenciada pela gasometria arterial (pCO2 = 65 mmHg). Diante disso, a questão nos solicita a única opção que não poderia ser adotada para tal paciente. Vamos às alternativas: A – CORRETA, cessação do tabagismo é a medida que mais modifica o curso da doença; B – CORRETA, o paciente preenche os critérios de oxigenoterapia domiciliar (PaO2 menor ou igual a 55 ou SatO2 menor ou igual a 88% em repouso; PaO2 entre 56-59 ou SatO2 de 88% na presença de policitemia – hematócrito maior que 55% – e/ou cor pulmonale); C – CORRETA, a fisioterapia respiratória está indicada para todos os pacientes a partir do GOLD B (ou seja, não está indicada para o GOLD A); D – CORRETA, vacinação para influenza e pneumococo fazem parte do tratamento de manutenção para prevenção de exacerbações; E – INCORRETA, a azitromicina 500mg três vezes por semana está indicada como profilaxia apenas para pacientes que exacerbam frequentemente, o que não seria o caso do nosso paciente.

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15
Q

(SES-PE 2012 R3 PEDIATRIA) - Você está acompanhando as provas de função pulmonar de alguns pacientes do ambulatório. Assinale a opção CORRETA que corresponda a um paciente portador de doença obstrutiva.

A) CVF normal ou aumentada; CPT aumentada; VEF1 diminuído; VEF1 / VCF diminuído e FEF 25-75
diminuído.

B) CVF normal ou diminuída; CPT aumentada; VEF1 diminuído; VEF1 / VCF diminuído e FEF 25-75
diminuído.

C) CVF normal ou aumentada; CPT aumentada; VEF1 normal; VEF1 / VCF diminuído e FEF 25-75 diminuído.

D) CVF normal ou aumentada; CPT aumentada; VEF1 aumentado; VEF1 / VCF diminuído e FEF 25-75
diminuído.

E) CVF normal ou aumentada; CPT aumentada; VEF1 diminuído; VEF1 / VCF diminuído e FEF 25-75 normal
ou aumentado.

A

Letra “A” - CVF normal ou aumentada; CPT aumentada; VEF1 diminuído; VEF1 / VCF diminuído e FEF 25-75
diminuído.

A questão nos fornece provas de função pulmonar de alguns pacientes do ambulatório e nos pede a que mais se encaixaria para um paciente portador de doença obstrutiva, caracterizada pela limitação ao fluxo aéreo expiratório. Diante disso, na espirometria dos pacientes com DPOC, principalmente nos com predomínio de padrão enfisematoso, há um aumento da complacência pulmonar, resultando, consequentemente, num aumento da capacidade vital forçada- CVF e da capacidade pulmonar total – CPT (capacidade vital forçada + volume residual). Além disso, vamos encontrar uma relação VEF1 (volume expiratório forçado no 1° segundo) /CVF <70% (devido a um VEF1 baixo e a CVF normal ou aumentada, diminuindo, assim, a relação) e FEF 25-75 (fluxo expiratório forçado entre 25 e 75% da capacidade pulmonar) diminuído. Este último, inclusive, é o primeiro a se alterar na DPOC. A alternativa que contempla as alterações citadas é a letra A – CVF normal ou aumentada; CPT aumentada; VEF1 diminuído; VEF1 / VCF diminuído e FEF 25-75 diminuído.

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16
Q

(SES-PE 2018 R3 CLÍNICA MÉDICA) - Em relação à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), é
INCORRETO afirmar que

A) o fator de risco mais importante para o DPOC é o tabagismo.

B) os sinais e sintomas cardinais do DPOC são dispneia, tosse crônica e expectoração.

C) a espirometria é o exame mais importante para o diagnóstico e estadiamento de gravidade no paciente
com DPOC.

D) a bronquiectasia e a insuficiência cardíaca fazem parte do diagnóstico diferencial do DPOC.

E) para os pacientes DPOC da categoria A que são minimamente sintomáticos e com baixo risco de
exacerbação (ou seja, 0 a 1 exacerbação por ano), deve ser usado o corticoide inalatório para diminuir a
progressão da doença.

A

Letra “E” - para os pacientes DPOC da categoria A que são minimamente sintomáticos e com baixo risco de
exacerbação (ou seja, 0 a 1 exacerbação por ano), deve ser usado o corticoide inalatório para diminuir a
progressão da doença.

Em relação a DPOC, a questão nos pede a alternativa incorreta, então, vamos às proposições: A – CORRETA, a exposição ambiental faz parte dos fatores de risco e a mais importante no nosso meio é o tabagismo; B – CORRETA, esses são os sintomas clássicos do quadro clínico da doença, mas lembrando, não são específicos; C – CORRETA, a prova de função pulmonar (espirometria) é mandatória na avaliação de um paciente com (ou suspeita de) DPOC e as principais medidas a serem avaliadas e consideradas na classificação do GOLD são a relação VEF1/CVF, que vai definir a presença de um padrão respiratório obstrutivo, e o VEF1 que vai quantificar o grau de obstrução e assim avaliar a gravidade da doença; D – CORRETA, ambas as condições vão dar a clínica de um paciente com DPOC, dispneia + tosse crônica + expectoração; E – INCORRETA, o corticoide inalatório fica reservado para os pacientes que exacerbam muito, o que não seria o caso dos pacientes categoria A (poucos sintomáticos e exacerbam pouco), e tais medicações não diminuem progressão de doença.

17
Q

(SES-PE 2009 ACESSO DIRETO) - Em relação à doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), assinale
a alternativa correta:

A) A cessação do tabagismo tem pouca influência sobre a progressão da doença.

B) Os agentes bacterianos mais encontrados na exacerbação da DPOC são Haemophilus influenzae,
Streptococcus pneumoniae e Morraxella catarrhalis.

C) Os corticoides sistêmicos não trazem benefício no tratamento da exacerbação do DPOC.

D) As metilxantinas são consideradas drogas de primeira linha no DPOC estável, devido a sua segurança e ao seu efeito broncodilatador potente.

E) O tabagismo leva à progressão para a DPOC em cerca de 80% dos tabagistas de longa data.

A

Letra “B” - Os agentes bacterianos mais encontrados na exacerbação da DPOC são Haemophilus influenzae,
Streptococcus pneumoniae e Morraxella catarrhalis.

Em relação a DPOC, a questão nos pede a alternativa correta, então, vamos as proposições: A – INCORRETA, a cessação do tabagismo é a medida que mais tem impacto na progressão da doença; B – CORRETA, conceitual ; C – INCORRETA, os corticoides sistêmicos fazem parte dos pilares de tratamento das exacerbações, juntamente com o antibiótico, os broncodilatadores de curta ação e o suporte ventilatório, além disso, eles diminuem a recidiva precoce e reinternamentos, melhoram a função pulmonar e diminuem a falha terapêutica; C – INCORRETA, elas estão em desuso, principalmente devido a sua insegurança (dose tóxica próxima a dose terapêutica e maior risco de arritmias) e baixa resposta terapêutica; E – INCORRETA, 15 % dos fumantes de 1 maço/dia e 25% dos fumantes de 2 maços/dia terão DPOC se mantiverem o hábito de fumar.

18
Q

(SES-PE 2011 ACESSO DIRETO) - Todas as medidas abaixo podem diminuir o número de exacerbações
no paciente com doença pulmonar obstrutiva crônica com VEF1 < 50%, EXCETO:

A) Beta-2 agonista de longa duração inalatório + corticoide inalatório.
B) Interrupção do tabagismo.
C) Teofilina oral.
D) Vacinação de influenza.
E) Anticolinérgico de longa duração.
A

Letra “C” - Teofilina oral

As medidas que diminuem exacerbação podem ser divididas em medidas não farmacológicas, como a cessação do tabagismo, a vacinação contra influenza e pneumococo, o suporte e a reabilitação pulmonar. Dentre as farmacológicas, temos: os broncodilatadores de longa ação (beta-2 agonistas, anti-colinérgicos), os corticoides inalatórios, o Roflumilaste (inibidor da fosfodiesterase específico do pulmão), antibioticoterapia profilática e a N-acetilcisteína. Diante disso, a questão nos solicita qual das medidas apresentadas não diminui o número de exacerbações no paciente com doença pulmonar obstrutiva crônica com VEF1 < 50% (paciente GOLD 3 ou 4). A resposta incorreta seria a alternativa C, pois as metilxantinas, como a teofilina, além de não serem mais utilizadas no tratamento de primeira linha da doença, elas só agem no controle sintomático e não diminuem as exacerbações.

19
Q

(SES-PE 2012 ACESSO DIRETO) - Sobre Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), é CORRETO
afirmar que:

A) O subdiagnóstico de DPOC é raro, pois a sintomatologia é sempre exuberante e característica.

B) A DPOC caracteriza-se por obstrução ao fluxo aéreo, que pode ser totalmente reversível com a terapia otimizada de B-2-agonista.

C) A oxigenioterapia domiciliar em pacientes com PaO2 “maior ou igual a” 55 mmHg melhora a sintomatologia e a capacidade funcional, mas não tem impacto na sobrevida.

D) O diagnóstico é dado por exame espirométrico que apresente valor de VFE1/CVF < 0,7.

E) Nas exacerbações infecciosas da DPOC, o uso de corticoide não é adequado.

A

Letra “D” - O diagnóstico é dado por exame espirométrico que apresente valor de VFE1/CVF < 0,7.

Sobre Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), a questão nos solicita a alternativa correta. Então, vamos analisar as proposições: A- INCORRETA, o diagnóstico é muito difícil de ser feito, pois por mais que os sintomas sejam clássicos, eles são inespecíficos e acabam passando desapercebidos; B – INCORRETA, apesar de em 30% dos casos haver uma reversibilidade total na espirometria associada ao beta-2 de curta ação, a DPOC é uma doença que por definição é crônica, progressiva e irreversível; C – INCORRETA, as indicações de oxigenioterapia domiciliar tem impacto na sobrevida e as suas indicações são (1) PaO2 menor ou igual a 55 ou SatO2 menor ou igual a 88% em repouso e (2) PaO2 entre 56-59 ou SatO2 de 88 na presença de policitemia – hematócrito maior que 55% – e/ou cor pulmonale; D – CORRETA, conceitual; E – INCORRETA, o corticoide sistêmico faz parte dos pilares do tratamento das exacerbações.

20
Q

(UFPE 2012 ACESSO DIRETO) - Assinale a alternativa em que está indicada a solicitação de dosagem
de alfa-1-antitripsina na prática clínica.

A) Pacientes com enfisema predominando em regiões basais dos pulmões.
B) Portadores de fibrosa cística.
C) Pacientes com história familiar de linfangiomatose pulmonar.
D) Portadores de doença hepática crônica ANCA negativos.

A

Letra “A” - Pacientes com enfisema predominando em regiões basais dos pulmões.

A questão trata das indicações de solicitação de dosagem de alfa-1-antitripsina na prática clínica, tendo isso em vista, ela interroga qual das alternativas faria parte dessas indicações. A deficiência de alfa-1- antitripsina é uma causa importante de DPOC, pois a ausência dessa enzima deixa livre a elastase neutrofílica que vai degradando paulatinamente o parênquima pulmonar, sendo assim devemos pensar nessa possibilidade diante de pacientes jovens (<45 anos), pacientes com baixa carga tabágica (<15 maços/ano), presença de enfisema de predomínio em bases pulmonares (no DPOC relacionado ao tabagismo esse acometimento se dá mais em ápices, devido justamente a ascensão do ar quente inalado) e de característica pan-acinar ao histopatológico, história familiar de DPOC e, além disso, história pessoal de insuficiência hepática (pois essa enzima é importante na manutenção do parênquima hepático). Diante do apresentado, a única indicação seria a presente na alternativa A.

21
Q

(UERN 2016 ACESSO DIRETO) - Um homem com 72 anos de idade que, durante quase 50 anos, fumou
cerca de 40 cigarros ao dia, se queixa de fadiga, tosse, expectoração e “falta de ar”, que vem piorando nos
últimos anos. Há cerca de oito meses, passou a notar edema nos membros inferiores. No exame físico,
constata-se cianose bem aparente nos lábios e extremidades e edema nos membros inferiores. Em relação a esse caso, é CORRETO afirmar que:

A) O trabalho inadequado da musculatura respiratória é a causa principal da insuficiência respiratória crônica.
B) A dificuldade de respirar se concentra preponderantemente na fase inspiratória.
C) A hipoxemia é a causa principal da hipertensão pulmonar.
D) A hipoventilação alveolar é a causa principal da insuficiência respiratória crônica.

A

Letra “C” - A hipoxemia é a causa principal da hipertensão pulmonar.

A questão traz um caso de um homem de 72 anos, com uma carga tabágica de 10 maços /ano (1 maço= 20 cigarros, portanto, o paciente consumia 2 maços por dia que quando multiplicamos pelo tempo de exposição de 50 anos, chegamos ao resultado da carga tabágica), com queixa de fadiga, tosse, expectoração e dispneia progressiva, ou seja, os sintomas cardinais da DPOC. Clinicamente levantamos a suspeição de DPOC, o que nos faltaria para a confirmação diagnóstico seria a espirometria evidenciando um padrão obstrutivo, sem resposta ao broncodilatador. Além disso, a questão também nos informa que o paciente apresenta edema de MMII, o que nos faz pensar em um acometimento cardíaco de câmaras direitas originado de uma doença pulmonar (cor pulmonale) e presença de cianose de lábios e extremidades. Com isso, temos toda a descrição de um paciente com hipoxemia crônica, que seria o evento causador da hipertensão pulmonar (tipo 3, relacionado a patologias pulmonares) devido a uma vasoconstrição das áreas não ventiladas do pulmão, resultando num aumento da pós carga do ventrículo direito. Analisando as alternativas, temos: A- INCORRETA, a causa principal da insuficiência respiratória é a DPOC e o trabalho inadequado da musculatura respiratória é uma consequência da hiperinsuflação; B – INCORRETA, toda doença obstrutiva há uma limitação do fluxo aéreo na fase expiratória; C – CORRETA, conceito apresentado acima; D – INCORRETA, a hipoventilação é uma consequência da limitação ao fluxo aéreo respiratório.

22
Q

(SUS-SP 2019 ACESSO DIRETO) - Pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica grave,
com descompensações frequentes, apesar de tratamento pleno, podem se beneficiar do uso contínuo de oxigênio. Constituem critérios de uso de oxigenioterapia no domicílio os valores de pressão arterial de oxigênio ou de saturação de oxigênio, respectivamente

A) ≤ 55 mmHg ou ≤ 88 %.
B) < 70 mmHg ou < 86%.
C) < 70 mmHg ou ≤ 90%.
D) ≤ 60 mmHg ou ≤ 88%.
E) ≤ 58 mmHg ou ≤ 85%.
A

Letra “A” - ≤ 55 mmHg ou ≤ 88 %.

  1. PaO2<=55 ou Sat.O2<=88% (repouso/ar ambiente)
  2. PaO2: 55-60 ou Sat.O2<=89 + Policitemia (Ht>55%) e/ou Cor Pulmonale
23
Q

(SUS-SP 2017 ACESSO DIRETO) - O achado fisiológico característico da doença pulmonar obstrutiva
crônica, na prova de função pulmonar, é:

A) Reversão de obstrução do fluxo aéreo após a administração de inibidor de leucotrieno.
B) Obstrução ao fluxo aéreo total ou parcialmente reversível após o uso de beta-agonista inalatório.
C) Obstrução ao fluxo aéreo após 6 segundos, sem reversão com broncodilatador inalatório.
D) Obstrução ao fluxo aéreo no 1° segundo acompanhado de diminuição proporcional na capacidade vital
forçada.
E) Obstrução fixa do fluxo inspiratório, com ou sem uso de broncodilatador.

A

Letra “B” - Obstrução ao fluxo aéreo total ou parcialmente reversível após o uso de beta-agonista inalatório.

A questão nos pergunta sobre o achado fisiológico característico da DPOC, na espirometria. Vamos as alternativas: A- INCORRETA, na DPOC eu não tenho um padrão de resposta inflamatória tão importante quanto na asma, sendo assim esse paciente não vai se beneficiar com o uso de inibidor de leucotrieno; B – CORRETA, a DPOC é por definição uma doença crônica, progressiva e irreversível, mas é válido lembrar que há uma exceção a essa regra, em 30% dos casos pode haver uma reversão total na espirometria; C – INCORRETA, o parâmetro utilizado é na verdade o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1); D – INCORRETA, há um aumento da capacidade vital forçada e um aumento do volume residual, com consequente aumento da capacidade pulmonar total, resultando numa diminuição do índice de tiffeneau (VEF1/CVF); E – INCORRETA, é uma obstrução variável do fluxo expiratório.

24
Q

(SUS-SP 2014 ACESSO DIRETO) - Numa exacerbação aguda severa de doença pulmonar obstrutiva
crônica, em um paciente com moderada retenção crônica de CO2, os principais agentes terapêuticos são, EXCETO:

A) corticoesteroide sistêmico.
B) antibióticos.
C) agonista beta-adrenérgico inalatório de longa duração.
D) oxigênio.
E) anticolinérgico inalatório.
A

Letra “C” - agonista beta-adrenérgico inalatório de longa duração.

Exacerbação: ABCD
Atb
Bd: SABA ou SAMA
CE sistêmico (EV ou VO)
Dar O2 (VNI, CPAP)
Otimização da terapia de manutenção

Nos quadros de exacerbações agudas no paciente com DPOC, devemos pensar nos quatro pilares terapêuticos: 1. Antibioticoterapia sistêmica; 2. Corticoterapia sistêmica, podendo ser oral ou venoso; 3. Broncodilatadores de curta ação (podendo ser um beta 2 agonista ou um anicolinérgico); e 4. Suporte ventilatório, a depender da necessidade do paciente (VNI, IOT…). Além disso, após o tratamento da exacerbação é importante a otimização da terapia de manutenção, com o objetivo de evitar novas exacerbações. Diante disso, a questão nos solicitou qual dentre os agentes terapêuticos propostos não fazia parte do manejo desse paciente, então, após o exposto acima, a melhor opção seria a alternativa C, tendo em vista que tais drogas fazem parte do manejo terapêutico de manutenção.

25
Q

(SURCE 2019 R3 CLÍNICA MÉDICA) - Paciente 56 anos, tabagista desde os 06 anos (50 maços /ano,
ainda fumante), vem evoluindo há 6 meses com dispneia progressiva (atualmente quando apressa o passo ao caminhar) e tosse produtiva. Há 02 meses apresentou piora dos sintomas com necessidade de
internamento hospitalar, negou quadro semelhante no último ano. Hoje encontra-se com exame físico normal
exceto por discretos roncos à ausculta pulmonar. Trouxe resultado de Radiografia de tórax que mostrava
sinais de hiperinsuflação, Gasometria sem alterações de pH, PaCO₂ e Bicarbonato mas com PaO₂= 68 mmHg e SaO₂= 92% (ar ambiente). A espirometria mostrava relação VEF1/CVF de 0,65 com VEF1= 54% do previsto (ambos pós broncodilatador). Não houve variação significativa de fluxo ou volume. Qual a conduta mais adequada, dentre as opções abaixo, para este paciente?

A) Iniciar Beta agonista de longa ação associado a Roflumilaste.
B) Iniciar corticoide oral por 2 semanas e manter com corticoide inalatório.
C) Iniciar Beta agonista de curta ação e oxigenoterapia domiciliar (15h/dia).
D) Iniciar anticolinérgico de ação prolongada e Beta agonista de curta ação nas crises.

A

Letra “D” - Iniciar anticolinérgico de ação prolongada e Beta agonista de curta ação nas crises.

Paciente de 56 anos com história de exposição de risco (tabagismo) e sintomas clássicos de DPOC, além disso, refere história de 1 exacerbação no último ano, ou seja, exacerba pouco. Ao exame físico não apresentava grandes achados e a radiografia de tórax apresentava hiperinsuflação pulmonar, corroborando com a hipótese diagnóstica levantada até então. A gasometria arterial demonstrava leve hipoxemia (PaO₂= 68 mmHg e SaO₂= 92% em ar ambiente). O que vem confirmar a nossa hipótese diagnóstica é a espirometria com achado da relação VEF1/CVF = 0,65 (< 0,7), configurando a presença de um distúrbio respiratório obstrutivo, e o VEF1= 54%, o que nos permite classificá-lo como um GOLD 2. Então, temos um paciente sintomático, apesar de não sabermos exatamente a classificação segundo os sintomas, que exacerba pouco e que pelo VEF1 tem uma doença de gravidade moderada. Concluímos assim, que este paciente precisaria de um beta 2 agonista de longa ação ou um anticolinérgico de longa ação. Vamos as alternativas: A – INCORRETA, o Roflumilaste, um inibidor da fosfodiesterase especifica do pulmão, é mais indicado para pacientes com muitas exacerbações e como opção terapêutica final, após otimização de outras medicações colocadas previamente; B – INCORRETA, o corticoide sistêmico estaria indicado num contexto de exacerbação, o que não é o caso e o corticoide inalatório estaria indicado na terapia de manutenção de pacientes com múltiplas exacerbações, o que também não se adequa ao caso; C – INCORRETA, o beta -2 agonista de curta é indicado apenas nas crises, como medicação de resgate e o paciente não apresenta critérios de oxigenioterapia domiciliar; D – CORRETA, conceito exposto acima.

26
Q

(PSU-MG 2015 ACESSO DIRETO) - Um paciente idoso é internado com relato de dispneia progressiva
nos últimos dois dias, associada à tosse e expectoração amarelada abundante, sem febre. Diz ser portador de DPOC e ter sido internado, com crise semelhante, há seis meses. Com relação ao caso, assinale a alternativa ERRADA:

A) É provável que o paciente esteja no estágio 3 ou mesmo 4 da doença pela classificação de GOLD.
B) Mesmo na ausência de febre, antibióticos estão indicados neste caso.
C) Prednisona oral dever ser utilizada por tempo indeterminado se houver baixa tolerância aos esforços e FEV1 menor que 40% do previsto para sexo, idade e altura.
D) Ventilação não invasiva deve ser considerada se houver dispneia grave e aumento da pCO2.

A

Letra “C” - Prednisona oral dever ser utilizada por tempo indeterminado se houver baixa tolerância aos esforços e FEV1 menor que 40% do previsto para sexo, idade e altura.

Temos um paciente sabidamente DPOC e que nos últimos 2 dias vem apresentando tosse + dispneia + expectoração amarelada abundante, ou seja, os sintomas cardinais da exacerbação. Além disso, ele teve uma exacerbação nos últimos 6 meses, e como essa é a segunda no ano, já podemos afirmar que este é um paciente que exacerba muito e com isso inferir que é um paciente mais grave (GOLD C ou D). Com isso, a questão nos solicita a alternativa errada: A – CORRETA, é um paciente que pela classificação de 2015 do GOLD os graus 3 ou 4 seriam correspondentes as classes C ou D; B – CORRETA, primeiramente, a febre não é obrigatória, e para o início do antibiótico só são necessários pelo menos 2 critérios de piora e ele já possui 3; C – INCORRETA, a predinisona oral é utilizada sim, porém com tempo determinado, em geral, no máximo de 7 dias de uso; D – CORRETA, essa inclusive é um das indicações de ventilação não invasiva.

27
Q
  1. (HIAE-SP 2010 ACESSO DIRETO) - Dentre os abaixo, o medicamento inalatório para uso domiciliar de manutenção dos pacientes com bronquite crônica e enfisema pulmonar com melhores efeitos terapêuticos é:
A) brometo de tiotrópio.
B) budesonida.
C) fenoterol.
D) salbutamol.
E) beclometasona.
A

Letra “A” - brometo de tiotrópio.

A questão nos pede o medicamento inalatório para uso domiciliar de manutenção dos pacientes com bronquite crônica e enfisema pulmonar, ou seja, DPOC, que apresenta com melhores efeitos terapêuticos. Os medicamentos de primeira linha são os beta-2-agonistas de longa ação (C e D INCORRETAS, pois os apresentados são de curta ação) ou anticolinérgicos de longa ação, dentre eles, cabe um destaque ainda maior para os anticolinérgicos por apresentarem melhores efeitos terapêuticos, como é o caso do Brometo de tiotrópio (A – CORRETA). Os corticoides inalatórios vão fazer parte do esquema terapêutico de pacientes que exacerbam com frequência, sendo então uma medicação de segunda linha, o que não se adequaria ao caso (B e E – INCORRETAS).

28
Q
  1. (UNICAMP 2006 ACESSO DIRETO) - Homem, 50 anos, portador de doença pulmonar obstrutiva crônica
    apresenta exacerbação aguda, com intensificação da tosse e expectoração amarelada. A CONDUTA É:

A) Inalação com soro fisiológico mais fisioterapia.
B) Observar, pois há grande possibilidade de ser infecção viral.
C) Iniciar tratamento com penicilina benzatina IM.
D) Iniciar tratamento com associação amoxicilina + clavulanato VO.
E) Iniciar tratamento com dicloxacilina VO.

A

Letra “D” - Iniciar tratamento com associação amoxicilina + clavulanato VO.

A questão nos apresenta um quadro de um homem de 50 anos, portador de DPOC, que apresenta um quadro de exacerbação infecciosa, e ela nos pede a melhor conduta para o caso, que como sabemos, será baseada na tétrade de tratamento da exacerbação. Analisando as alternativas, temos: A- INCORRETA, soro fisiológico não faz parte das condutas adotadas; B – INCORRETA, 2/3 das infecções são de etiologia viral, mas diante de um paciente com exacerbação pelo DPOC não devemos adotar a conduta expectante e sim início imediato de antibioticoterapia; C – INCORRETA, devemos iniciar a antibioticoterapia direcionada aos germes gram positivos colonizadores de vias aéreas superiores e inferiores, o que não seria o caso da penicilina Benzatina; D – CORRETA, a amoxicilina associada a clavulonato tem bom espectro de cobertura dos patógenos responsáveis (Haemophilus influenzae, Moraxella catarrhalis e streptococcus pneumoniae); E- INCORRETA, tal medicação não apresenta boa cobertura para os germes supracitados.

29
Q
  1. (SUS-SP 2017 ACESSO DIRETO) - Uma mulher de 59 anos, tabagista desde os 16 anos, hipertensa, em
    uso de losartana 100 mg/dia, queixa-se de tosse há 8 meses. Tem sobrepeso leve e vida sedentária. Nega
    dispneia, dor torácica ou abdominal, pirose ou emagrecimento. Refere ter tido, há mais de 10 anos, dois episódios de alergia cutânea urticariforme com antibióticos que não lembra o nome. O exame físico é normal. Testes pulmonares mostram volume expiratório forçado no 1° segundo − VEF1 = 75% do esperado e a razão VEF1/capacidade vital forçada − CVF = 65%. Após broncodilatador, ocorre aumento apenas do VEF1 para 82%. A radiografia de tórax é normal. A causa mais provável da tosse nessa paciente é
A) uso de losartana.
B) processo alérgico.
C) asma.
D) refluxo gastresofágico.
E) DPOC.
A

Letra “E” - DPOC

Estamos diante de um caso de uma mulher de 59 anos, tabagista, hipertensa e com sobrepeso, com uma queixa de tosse há 8 meses, ou seja, a paciente apresenta uma exposição de risco e um sintoma clássico sugestivo de DPOC. Além disso, ela traz uma espirometria com uma relação VEF1/CVF < 70%, configurando assim um distúrbio obstrutivo, com uma limitação variável do fluxo aéreo expiratório, e sem melhora expressiva após uso do broncodilatador, o que nos permite confirmar o diagnóstico de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (alternativa E).

30
Q
  1. (SURCE 2018 ACESSO DIRETO) - Paciente 54 anos, feminina, tabagista evoluindo com falta de ar e
    tosse há 7 meses, além de expectoração esbranquiçada persistente nos últimos 3 meses. Refere limitação funcional moderada em relação às atividades de rotina por conta do “problema de pulmão” e piora da falta de ar ao subir escadas. No último ano, apresentou um episódio de “pneumonia” (aumento da secreção, que se tornou esverdeada e precisou usar levofloxacina, sem necessidade de internamento). Nega comorbidades. Trouxe radiografia de tórax com hiperinsuflação e espirometria com VEF1/CVF = 0,56 e VEF1= 1,1 litro (57% do previsto), ambos, pós broncodiltador (BD). Não houve variação significativa pós BD e a CVF foi normal.
    Legenda: VEF1: volume expiratório forçado no 1º segundo; CVF: capacidade vital forçada. Qual a estratégia terapêutica por via inalatória mais adequada, dentre as citadas abaixo, para a terapia de manutenção?

A) Beta agonistas adrenérgicos de curta ação.
B) Beta agonistas adrenérgicos de longa ação.
C) Beta agonista adrenérgico de longa ação + corticoide.
D) Beta agonista adrenérgicos de longa ação + Tiotrópio.

A

Letra “B” - Beta agonistas adrenérgicos de longa ação.

Temos uma paciente tabagista (exposição de risco), associada a sintomas clássicos de tosse + dispneia + expectoração, com história de um “problema no pulmão”, nos fazendo pensar em DPOC, posteriormente confirmada devido ao padrão obstrutivo apresentado na espirometria (VEF1/CVF <0,7), com um VEF1 = 57%, classificando-a como GOLD 2 (VEF1 entre 50 – 79%). Além disso, ela refere uma sintomatologia importante da doença e presença de 1 exacerbação sem necessidade de internamento no último ano, sendo, portanto uma paciente muito sintomática e que exacerba pouco (GOLD B). Nesse estágio a primeira linha de tratamento por via inalatória seria ou um anticolinérgico de longa ação (ex: Brometo de tiotrópio) ou o beta-2-agonista de longa ação, sempre optando pelo anticolinérgico devido aos melhores desfechos apresentados. Analisando as proposições, temos: A – INCORRETO, vamos utilizar tais medicações nas crises; B – CORRETA, conceito apresentado acima; C – INCORRETA, o corticoide inalatório não se encaixaria no quadro pois a paciente exacerba pouco, e o corticoide sistêmico não seria adequado pois a mesma não se encontra numa exacerbação; D – INCORRETA, não seria a medida inicialmente adotada, tal medida é uma opção nos pacientes GOLD D.

31
Q
  1. (UNICAMP 2018 R3 CLÍNICA MÉDICA) - Homem, 66 anos, apresentou 3 exacerbações infecciosas de
    DPOC no último ano, a última há 3 meses com necessidade de internação por 1 semana. Vem à consulta relatando que desde a internação apresenta dispneia a andar poucos passos mesmo em superfície plana, além de tosse com pouca expectoração e chiado ocasional. Ex-tabagista (80 anos-maço), interrompeu o hábito há 4 anos, e não tem história pessoal ou familiar de asma. Faz uso ambulatorial de beta2-agonista de longa duração (salmeterol). No exame físico não apresenta edema em membros inferiores. Traz exames coletados há 1 semana: Hemograma: Leucócitos= 6750cels/mm3 (62%neutrófilos, 29% linfócitos), Hb=
    18,5mg/dL, Ht=56%, Plaquetas= 334000/mm3; Ureia=34mg/dL, creatinina= 0,9mg/dL, glicemia= 99mg/dL, gasometria arterial: pH=7,37, pO2= 54mmHg, pCO2= 44mmHg, HCO3=24mEq/L, BE= +3mEq/L, SaO2=87%. A conduta é:

A) Oxigenoterapia domiciliar e anticolinérgico inalatório de longa duração.
B) Sangria terapêutica e anticolinérgico inalatório de longa duração.
C) Oxigenoterapia domiciliar e corticóide inalatório.
D) Sangria terapêutica e corticóide inalatório.

A

Letra “A” - Oxigenoterapia domiciliar e anticolinérgico inalatório de longa duração.

  1. PaO2<=55 ou Sat.O2<=88% (repouso/ar ambiente)
  2. PaO2: 55-60 ou Sat.O2<=89 + Policitemia (Ht>55%) e/ou Cor Pulmonale

Temos o caso de um paciente de 66 anos, portador de DPOC, grande exacerbador (apresentou 3 exacerbações infecciosas no último ano) e bastante sintomático, muito provavelmente um paciente GOLD D. Faz uso ambulatorial de beta2-agonista de longa duração (salmeterol), que está inadequada para atual classificação do paciente. Como um paciente GOLD D, ele tem indicação de associar ao beta-2- agonista de longa a um anti-muscarínico de longa, como o brometo de tiotrópio. Além disso, devido ao quadro de frequentes exacerbações, poderia ser iniciado, em associação, um corticoide inalatório ou o Roflumilaste, ou até mesmo antibióticoprofilaxia, mas claro, essas opções devem ser aventadas após falha da proposta inicial. Além disso, o paciente apresenta uma indicação de oxigenioterapia domiciliar que é a presença de PaO2= 54 mmHg (≤ 55 mmHg) e SaO2 = 87% (≤ 88 %) em repouso e somada a presença de uma policitemia, indicada pelo Ht= 56% (Ht maior ou igual a 55). Diante do exposto, a mais adequada ao caso seria a alternativa A.

32
Q

PSU-MG - ACESSO DIRETO – 2011. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é acompanhada de
desequilíbrio da ventilação-perfusão, que resulta em hipóxia durante a respiração em ar ambiente. Em
relação às características dos gases arteriais dos pacientes com essa afecção é correto afirmar, EXCETO:

A. Em alguns pacientes com DPOC leve, a hipóxia só aparece durante o exercício físico
B. Em pacientes com DPOC e insuficiência respiratória aguda, observa-se aumento da PaCO2.
C. Em pacientes com DPOC e insuficiência respiratória crônica, observa-se compensação metabólica com diminuição do excesso de base e aumento do pH
D. Os gases arteriais devem ser medidos em pacientes com saturação de oxigênio abaixo de 88% a 92% à
gasometria de pulso.

A

Letra “C” - Em pacientes com DPOC e insuficiência respiratória crônica, observa-se compensação metabólica com diminuição do excesso de base e aumento do pH

As alternativas A e B estão verdadeiras e são autoexplicativas. A alternativa D refere-se
justamente às metas de saturação de oxigênio que desejamos para os pacientes com DPOC e, quando os
valores estão abaixo desta referência, devemos solicitar uma gasometria para melhor avaliar o distúrbio e a
necessidade de suplementação de O2. O erro da letra C está na afirmação de que há DIMINUIÇÃO do excesso
de bases! Lembrem-se que pacientes com DPOC são retentores crônicos de CO2 e, consequentemente,
tendem à acidose respiratória crônica. Para compensar esta acidose respiratória, os rins passam a reter mais
HCO3, o que gera equilíbrio do pH, porém às custas de aumento do excesso de bases (BE), e não redução.
RESPOSTA: Letra C.

33
Q

SES-PE - R3 CLÍNICA MÉDICA -2018. Em relação à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), é
INCORRETO afirmar que:

A. O fator de risco mais importante para o DPOC é o tabagismo.
B. Os sinais e sintomas cardinais do DPOC são dispneia, tosse crônica e expectoração.
C. A espirometria é o exame mais importante para o diagnóstico e estadiamento de gravidade no paciente
com DPOC.
D. A bronquiectasia e a insuficiência cardíaca fazem parte do diagnóstico diferencial do DPOC.
E. Para os pacientes DPOC da categoria A que são minimamente sintomáticos e com baixo risco de
exacerbação (ou seja, 0 a 1 exacerbação por ano), deve ser usado o corticoide inalatório para diminuir a
progressão da doença.

A

Letra “E” - Para os pacientes DPOC da categoria A que são minimamente sintomáticos e com baixo risco de
exacerbação (ou seja, 0 a 1 exacerbação por ano), deve ser usado o corticoide inalatório para diminuir a
progressão da doença.

Questão excelente para revisarmos alguns conceitos! Como vimos, o tabagismo é sim o
fator de risco mais importante (mas não o único) para DPOC, principalmente quando a carga tabágica é
>20 maços/ano. Quando estamos diante de um paciente com história importante de tabagismo ou
outro fator de risco, que se queixa de tosse, dispneia e expectoração, a primeira hipótese que nos vem
à cabeça é a DPOC, o que indicaria um exame espirométrico. Além da bronquiectasia e da IC, existem várias outras condições que podem cursar com tosse, dispneia e até expectoração, por isso são
consideradas diagnósticos diferenciais de DPOC. Apenas sabendo conceitos básicos sobre a DPOC você conseguiria acertar a questão por eliminação, mas veremos mais adiante que, diferente da asma, na
DPOC, o corticoide inalatório tem indicação restrita, apenas nos quadros mais avançados e mais
sintomáticos, com maior número de exacerbações.

34
Q

PSU-MG - ACESSO DIRETO - 2012. Homem, tabagista, 57 anos, vem à consulta por tosse e dispneia aos médios e grandes esforços e quer saber sobre as “consequências do cigarro”. Seu exame físico é normal, bem como sua radiografia de tórax. Você lhe pede uma espirometria, cujo resultado foi de que a relação FEV1/CVF (relação entre Volume Expiratório Forçado de 1 segundo (FEV1) e Capacidade Vital Forçada (CVF)) era de 70%, mas o FEV1 estava 60% abaixo do valor previsto. Sua orientação ao paciente deve ser, além da interrupção do cigarro, é:

A. Aguardar a recuperação que provavelmente ocorrerá em 2 anos;
B. Iniciar broncodilatadores de longa ação, corticoides inalatórios, quando necessários, e reabilitação
respiratória;
C. Iniciar broncodilatadores e corticoterapia inalatória contínua para interromper a evolução da doença;
D. Iniciar broncodilatadores, corticoterapia sistêmica e realizar tomografia de tórax anual para detectar
carcinoma broncogênico em fase inicial.

A

Letra “B” - Iniciar broncodilatadores de longa ação, corticoides inalatórios, quando necessários, e reabilitação respiratória;

Percebam que estamos diante de um paciente tabagista com tosse e dispneia, o que já levanta a suspeita de DPOC. Além do exame físico e da radiografia de tórax normais, a questão também
forneceu um exame espirométrico com índice Tiffeneau no limite da normalidade, já que consideramos padrão obstrutivo a relação CVF/VF1 <0,7 (maldade da questão). Porém, devemos lembrar que alguns pacientes podem ter o exame normal e serem portadores de distúrbio obstrutivo. Para “nos ajudar”, a questão deu um VEF1 60% abaixo do valor previsto para a idade, o que indica dificuldade na saída de ar dos pulmões. Então vejam, temos um paciente com exame físico normal, radiografia de tórax normal e índice de Tiffeneau que não indica padrão obstrutivo, e mesmo assim, a principal hipótese é DPOC (tabagismo + tosse + dispneia + VEF1 60%). Pensando nisso, a questão deseja saber qual o tratamento para este caso. A Letra A está claramente errada, pois precisamos intervir desde o momento do diagnóstico, dando as orientações gerais ao paciente, como cessação do tabagismo, reabilitação pulmonar e atualização do cartão vacinal, além de medicá-lo se necessário. A Letra C fala em corticoide inalatório, porém não devemos iniciá-lo neste momento, já que o paciente está, “no máximo”, no estádio B (sintomas moderados e nenhuma exacerbação no ano anterior). Além disso, as únicas
medidas que modificam o curso da doença são a cessação do tabagismo e o oxigênio domiciliar. A letra
D fala em corticoide SISTÊMICO, porém este deve ser feito apenas nos casos de exacerbação da DPOC!
Além disso, não se recomenda rastreio de CA de pulmão para todos os tabagistas, devendo-se AVALIAR nos pacientes maiores de 55 anos com carga tabágica > 30 maços/ano, dado que não foi fornecido pela questão. Ficamos então com a letra B. Devemos iniciar broncodilatador devido aos sintomas do paciente, sendo os corticoides inalatórios prescritos quando houver necessidade, em caso de
progressão da doença. Perceba que você não precisa saber tudo, basta eliminar as alternativas que
estão claramente falsas.

35
Q

SES-PE - R3 CLÍNICA MÉDICA - 2013. Um homem portador de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
(DPOC), 78 anos apresenta-se com aumento do volume da expectoração, escarro purulento e piora da
dispneia há 24 horas. Nega febre. Diante desse caso, assinale a alternativa CORRETA.

A. A ausência de febre afasta a possibilidade de exacerbação infecciosa do DPOC.
B. A idade não deve ser considerada como um fator de risco para uma má evolução da exacerbação.
C. A manutenção da saturação de oxigênio (O2) acima de 98% é um dos objetivos do tratamento através
do O2 suplementar.
D. É recomendada a otimização do tratamento para DPOC e recomendado o início de antibiótico e
corticoide sistêmico.
E. A realização de uma espirometria é essencial para a decisão de se iniciar o brometo de ipratrópio.

A

Letra “D” - É recomendada a otimização do tratamento para DPOC e recomendado o início de antibiótico e
corticoide sistêmico.

A questão já disse que o paciente é portador de DPOC e que está evoluindo com aumento da expectoração, escarro purulento e piora da dispneia. O que está acontecendo? É lógico que o paciente está em franca exacerbação da DPOC! Agora ela pergunta o que está CORRETO. A letra A está errada, pois pacientes mais idosos, como o da questão, podem não apresentar febre diante de quadro infeccioso, podendo o delírio hipoativo ser a única manifestação. A letra B está errada, pois a idade avançada sugere que o paciente tenha maior exposição ao fator de risco e menor status funcional, o que já pioraria o prognóstico. A letra C está errada, pois devemos manter a SpO2 entre 88-92%, a fim de não causar depressão do centro respiratório e piora da hipercapnia. A letra E está errada pois não há necessidade de nenhum exame adicional para iniciar o tratamento deste paciente, o qual deve constar de antibioticoterapia, broncodilatador de curta ação, corticoide SISTÊMICO e suplementação de O2. Ficamos então com a letra D, que fala em otimizar o tratamento do paciente, uma vez que já tem o diagnóstico de DPOC, apresentou exacerbação e tratar a crise aguda com antibiótico e corticoide SISTÊMICO.