DPOC Flashcards
Exacerbação da DPOC - Sintomas (03 - PEA):
- Piora da dispneia;
- Escarro purulento;
- Aumento do volume de expectoração.
Exacerbação da DPOC - ( ) A ausência de febre afasta a possibilidade de exacerbação infecciosa da DPOC (V/F)
Falso
Exacerbação da DPOC - Tto (06):
- Otimização do tto da DPOC;
- ATB: 02 sintomas ou necessidade de AVM;
- CE Sistêmico (VO ou EV) - não pode ser substituído pelo CI;
- Bd (Saba ou Sama);
- VNI meta Sat.o2>90%;
- Metilxantinas (Teofilina): desuso.
Exacerbação da DPOC - FR para má evolução?
Idade
Exacerbação da DPOC - ( ) A manutenção da saturação de oxigênio acima de 98% é um dos objetivos do tto através de O2 suplementar (V/F)
Falso - a meta é >90%
Exacerbação da DPOC - ( ) A realização de uma espirometria é essencial para a decisão de iniciar o brometo de ipratrópio (V/F)
Falso - não se faz espiro para tratar exacerbação
(SES-PE 2014 R3 CLÍNICA MÉDICA) - Todas as alternativas abaixo são fatores de risco para
exacerbação da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) pela bactéria Pseudomonas aeruginosa,
EXCETO
A) Vacinação contra influenza prévia.
B) Volume expiratório forçado menor do que 50%.
C) Hospitalização recente.
D) Bronquiectasia.
E) Isolamento de Pseudomonas aeruginosa em exacerbação prévia.
Letra “A” - Vacinação contra influenza prévia.
COMENTÁRIO: Questão bem objetiva, nos pergunta sobre qual das alternativas não representariam um fator de risco para exacerbação da DPOC pela infecção por Pseudomonas aeruginosa. A infecção tende a ser mais prevalente nos pacientes mais graves (GOLD 3 ou 4), com hospitalizações recentes ou recorrentes, usuários de antibióticos nos últimos 6 meses ou pacientes que já tiveram infecção previa pela bactéria documentada em culturas anteriores. Vamos às alternativas: A- INCORRETA, a vacinação é um fator protetor, modificando curso da doença e sobrevida do paciente; B – CORRETA, o GOLD 3 ou 4 se encaixaria justamente com esse padrão respiratório à espirometria (VEF <50%); C e E – CORRETAS, conforme relatado anteriormente; D- CORRETA, alterações arquiteturais do parênquima pulmonar são fatores de risco para essas infecções.
(SES-PE 2016 R3 CLÍNICA MÉDICA) - Em relação à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), é
INCORRETO afirmar que
A) o corticoide sistêmico deve ser utilizado no DPOC estável pela classificação GOLD para prevenir
exacerbações.
B) a investigação de deficiência de alfa-1 antitipsina no DPOC deve ser realizada no enfisema de início
precoce sem fatores de risco conhecidos.
C) os corticoides inalados são indicados para pacientes com DPOC que apresentam exacerbações frequentes ou VEF < 50%.
D) a cessação do tabagismo é a intervenção com maior capacidade de alterar a história natural do DPOC.
E) as infecções respiratórias são responsáveis por 50 a 70% das exacerbações do DPOC.
Letra “A” - o corticoide sistêmico deve ser utilizado no DPOC estável pela classificação GOLD para prevenir
exacerbações.
COMENTÁRIO: A questão pergunta qual das alternativas apresenta um conceito errôneo sobre o DPOC, diante disso, vamos analisa-las: A- INCORRETA, o corticoide sistêmico só é utilizado nas exacerbações, não sendo utilizado no DPOC estável, pois para tal paciente o corticoide é utilizado pela via inalatória; B- CORRETA, devemos pensar na deficiência de alfa-1-antitripsina principalmente em pacientes < 45 anos e com carga tabágica menor de 15 maços/ano; C – CORRETA, os corticoides inalatórios são bem indicados nos pacientes GOLD C e D, que exacerbam muito ou que têm doença mais grave; D – CORRETA, a cessação do tabagismo é de fundamental importância pois o paciente vai parar a progressão da doença, além do já comprovado aumento de sobrevida; E- CORRETA, apesar de sabermos que 2/3 das exacerbações infecciosas são de origem viral, sendo o mais comumente implicado o Rhinovirus, é difícil afastar a participação bacteriana no processo, com isso, o antibiótico sempre deve ser iniciado, tendo em vista que exacerbações frequentes aceleram a progressão da doença, aumentando a velocidade de queda do VEF1.
(SES-PE 2010 R3 CLÍNICA MÉDICA) - Paciente 70 anos, com diagnóstico de DPOC há 15 anos vem há
2 anos apresentando um cor pulmonale com descompensação cardíaca. Além de tratar a doença de base, qual a principal medida terapêutica nesse paciente?
A) Betabloqueador B) Oxigenioterapia C) Digoxina D) Trombolítico E) Inibidores da cox2
Letra “B” - Oxigenioterapia
COMENTÁRIO: A questão nos traz um paciente de 70 anos, com DPOC associado a cor pulmonale com descompensação cardíaca há 2 anos e nos questiona a principal medida terapêutica para o caso. Primeiramente, é válido lembrar que cor pulmonale é toda alteração cardíaca, insuficiência cardíaca de câmaras direitas, decorrente de doença pulmonar. Na DPOC, a hipoxemia crônica leva a uma vasoconstrição das áreas pulmonares bem ventiladas, essa vasoconstrição leva a uma hipertensão arterial pulmonar (HAP) do tipo 3, relacionada a doença pulmonar. Posteriormente, com o agravamento da HAP, ocorre um remodelamento da parede das pequenas artérias pulmonares, aumentando a pressão arterial pulmonar e aumentando excessivamente a pós carga no ventrículo direito. Então, para reaver todo esse processo fisiopatológico do cor pulmonale, é de fundamental importância a correção da hipoxemia, frente a isso, a opção que melhor se encaixaria seria a encontrada na letra B – oxigenoterapia. É válido lembrar as outras indicações de oxigenoterapia no paciente com DPOC, como PaO2 menor ou igual a 55 ou SatO2 menor ou igual a 88% em repouso; e PaO2 entre 56-59 ou SatO2 de 88 na presença de policitemia (hematócrito maior que 55%). Lembrando que tais medidas de alterações na PaO2 ou SatO2 têm que ser confirmadas após um período de 3 semanas com o paciente estável. Gabarito: B.
(SES-PE 2019.2 CLÍNICA MÉDICA) - Um homem portador de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
(DPOC), 76 anos, apresenta-se com aumento do volume da expectoração, escarro purulento e piora da
dispneia há 72 horas, Nega febre. Diante desse caso, assinale a alternativa CORRETA.
A) A ausência de febre afasta a possibilidade de exacerbação infecciosa do DPOC.
B) A idade não deve ser considerada como um fator de risco para uma má evolução da exacerbação.
C) A manutenção da saturação de oxigênio (O2) acima de 98% é um dos objetivos do tratamento através do
O2 suplementar.
D) É recomendada a otimização do tratamento para DPOC e início de antibiótico e corticoide sistêmico.
E) A realização de uma espirometria é essencial para se iniciar o brometo de ipatrópio.
Letra “D” - É recomendada a otimização do tratamento para DPOC e início de antibiótico e corticoide sistêmico.
Estamos diante de um caso de um senhor de 76 anos, portador de DPOC, que há 72h vem evoluindo com um quadro de aumento do volume da expectoração, escarro purulento e piora da dispneia, sem febre associada, tendo isso em vista, a questão nos pede a alternativa correta. Como podemos ver, o paciente refere os sintomas cardinais da exacerbação: piora da dispneia, aumento do volume e purulência do escarro (sugerindo infecção bacteriana), o terceiro, mas não menos importante, seria piora da tosse, que apesar de não referido no caso, poderia estar presente. Vamos as alternativas: A- INCORRETA, as causas infecciosas correspondem a 50-70% de todas as exacerbações e a febre, por não ser obrigatória, sua ausência não deve atrasar as medidas a serem tomadas; B – INCORRETA, a idade é um importante fator de risco para uma má evolução da exacerbação pela DPOC, já que os idosos têm menor reserva fisiológica; C – INCORRETA, o paciente com DPOC é um paciente hipoxêmico, tem seu drive respiratório baseado não mais na pressão parcial de CO2, mas sim na pressão parcial de O2, como uma forma de compensação ao seu estado de hipoxemia crônica, então, devemos mantê-lo com uma saturação entre 88 e 92%, não mais que isso; D – CORRETA, são 4 os pilares do tratamento de uma exacerbação: antibiótico + corticoide sistêmico + broncodilatadores de curta ação + suporte ventilatório para manter a saturação alvo mencionada; E – INCORRETA, o brometo de ipratrópio é um anticolinérgico de curta ação, poderia ser utilizado como um dos pilares anteriormente citados no controle da exacerbação, mas a espirometria é utilizada apenas no manejo do tratamento de manutenção da doença.
(SES-PE 2017 R3 CLÍNICA MÉDICA) - Em pacientes com doenças pulmonares crônicas, arrritmias atriais
são comuns, especialmente na presença de broncoespasmo associado ao uso de agonistas betaadrenérgicos. Nesses pacientes, qual das medicações a seguir pode ser usada para controle da frequência ventricular na fibrilação atrial?
A) Diltiazen B) Metoprolol C) Sotalol D) Propafenona E) Propranolol
Letra “A” - Diltiazem
Em pacientes com doenças pulmonares crônicas as arritmias atriais são muito comuns (as mais frequentes são a taquicardia atrial multifocal, a fibrilação atrial e o flutter atrial), especialmente na presença de broncoespasmo associado ao uso de agonistas beta-adrenérgicos. Assim, a questão nos interroga qual seria a melhor medicação para controle de frequência ventricular na fibrilação atrial. No paciente com DPOC, devemos ter cuidado com o uso de beta-bloqueadores pois eles podem precipitar as crises de broncoespasmo. Diante disso, podemos excluir as alternativas que fazem parte dessa classe de drogas: B, C e E – INCORRETAS. A segunda opção no manejo de controle de frequência ventricular são os bloqueadores de canais de cálcio não diidropiridínicos, dentre eles, o presente na alternativa A (CORRETA), o diltiazem.
(SES-PE 2018.2 R3 CLÍNICA MÉDICA) - Em relação à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), é
INCORRETO afirmar que
A) o processo inflamatório crônico pode produzir modificações dos brônquios (bronquite crônica) e causar destruição do parênquima pulmonar (enfisema), com consequente redução de sua elasticidade.
B) os sintomas incluem tosse crônica, produção de expectoração e dispneia ao esforço.
C) a cessação do tabagismo, quando já diagnosticado o DPOC, pouco modifica a progressão da doença.
D) em pacientes sintomáticos, é recomendado o uso regular de broncodilatadores de ação prolongada.
E) o diagnóstico é confirmado através de uma medição objetiva da limitação do fluxo aéreo, de preferência
por espirometria.
Letra “C” - a cessação do tabagismo, quando já diagnosticado o DPOC, pouco modifica a progressão da doença.
Questão bem objetiva, em relação a DPOC nos pede a alternativa incorreta. Então, vamos as proposições: A- CORRETA, aborda exatamente o processo fisiopatológico da doença, que é o desbalanço entre as elastases, que vão destruir os septos intra-alveolares, e as anti-tripsinas, em especial a alfa-1-antitripsina; B- CORRETA, é a tríade sintomatológica clássica do paciente com DPOC; C- INCORRETA, a cessação do tabagismo é a medida que mais modifica o curso da doença, diminuindo a taxa de progressão da doença ao retirar o principal fator responsável pela destruição do parênquima pulmonar; D- CORRETA, tais medicações fazem parte do esquema terapêutico de manutenção; E – CORRETA, a espirometria vai confirmar o diagnóstico através da avaliação do índice de Tiffeneau (relação VEF1/CVF), com resultado menor que 70% nos distúrbios obstrutivos, e do VEF1 (indicando a gravidade do distúrbio).
(SES-PE 2019 R3 CLÍNICA MÉDICA) - Homem de 62 anos tem o diagnóstico de DPOC e faz uso de
Tiotrópio e Salmeterol. Possui uma carga tabágica de 100 maços/ano, tosse crônica e refere dispneia ao
caminhar perto de 100 metros, precisando parar, muitas vezes, a caminhada. Apresentou uma exacerbação no último ano sem necessidade de internamento hospitalar e nega infecções respiratórias. Na espirometria, apresenta os seguintes dados pós-broncodilatadores: VEF1/CVF 0.6 e VEF1 40% do previsto. Tem saturação de 87% de oxigênio ao ar ambiente e gasometria arterial com pO2 55 mmHg, pCO2 65 mmHg e bicarbonato 34 mEq/l. Qual é a classificação da doença, segundo a mais recente Global Initiative for Chronic Obstructive
Lung Disease?
A) Grau 4, grupo D. B) Grau 3, grupo B. C) Grau 3, grupo C. D) Grau 3, grupo D. E) Grau 4, grupo B.
Letra “B” - Grau 3, Grupo B
Temos um paciente de 62 anos, portador de DPOC, que faz uso de Salmeterol (beta 2 agonista de longa) e Tiotrópio (anti-muscarínico de longa), apresenta uma dispneia grau 3 (caminha perto de 100 metros, precisando parar, muitas vezes, a caminhada), segundo a escala MRC modificado, e que, além disso, só apresentou uma exacerbação, sem necessidade de internamento durante o ano (paciente que pouco exacerba). A espirometria nos mostra um índice de Tiffeneau (relação VEF1/CVF) de 0,6, diagnosticando um distúrbio respiratório obstrutivo, e um VEF1= 40%, o que nos permite classificar esse paciente no GOLD 3 (VEF1 entre 30-49%), segundo a gravidade da doença. Através da gasometria arterial podemos observar que esse paciente é hipoxêmico (87% de saturação de oxigênio ao ar ambiente e gasometria arterial com pO2 55 mmHg) e apresenta uma hipercapnia (pCO2 65 mmHg). Diante disso, a questão nos pede a classificação da doença segundo a atualização mais recente do GOLD: como visto anteriormente, ele seria um GOLD 3 (segundo a avaliação da gravidade pelo VEF1) e grupo B, pois é muito sintomático mas exacerba pouco, resposta letra B.
(SES-PE 2019 R3 CLÍNICA MÉDICA) - Todas as medidas abaixo citadas estão indicadas para o paciente
da questão anterior (Na espirometria, apresenta os seguintes dados pós-broncodilatadores: VEF1/CVF 0.6 e VEF1 40% do previsto. Tem saturação de 87% de oxigênio ao ar ambiente e gasometria arterial com pO2 55 mmHg, pCO2 65 mmHg e bicarbonato 34 mEq/l), EXCETO
A) Cessação do tabagismo. B) Oxigenioterapia domiciliar. C) Fisioterapia respiratória. D) Vacinação para pneumoco e influenza. E) Azitromicina 500mg três vezes por semana.
Letra “E” - Azitromicina 500mg três vezes por semana.
Ainda tendo em mente o paciente apresentado no enunciado da questão anterior, lembrando que ele é um paciente GOLD 3, grupo B, com hipoxemia (87% de saturação de oxigênio e pO2 55 mmHg) e hipercapnia evidenciada pela gasometria arterial (pCO2 = 65 mmHg). Diante disso, a questão nos solicita a única opção que não poderia ser adotada para tal paciente. Vamos às alternativas: A – CORRETA, cessação do tabagismo é a medida que mais modifica o curso da doença; B – CORRETA, o paciente preenche os critérios de oxigenoterapia domiciliar (PaO2 menor ou igual a 55 ou SatO2 menor ou igual a 88% em repouso; PaO2 entre 56-59 ou SatO2 de 88% na presença de policitemia – hematócrito maior que 55% – e/ou cor pulmonale); C – CORRETA, a fisioterapia respiratória está indicada para todos os pacientes a partir do GOLD B (ou seja, não está indicada para o GOLD A); D – CORRETA, vacinação para influenza e pneumococo fazem parte do tratamento de manutenção para prevenção de exacerbações; E – INCORRETA, a azitromicina 500mg três vezes por semana está indicada como profilaxia apenas para pacientes que exacerbam frequentemente, o que não seria o caso do nosso paciente.
(SES-PE 2012 R3 PEDIATRIA) - Você está acompanhando as provas de função pulmonar de alguns pacientes do ambulatório. Assinale a opção CORRETA que corresponda a um paciente portador de doença obstrutiva.
A) CVF normal ou aumentada; CPT aumentada; VEF1 diminuído; VEF1 / VCF diminuído e FEF 25-75
diminuído.
B) CVF normal ou diminuída; CPT aumentada; VEF1 diminuído; VEF1 / VCF diminuído e FEF 25-75
diminuído.
C) CVF normal ou aumentada; CPT aumentada; VEF1 normal; VEF1 / VCF diminuído e FEF 25-75 diminuído.
D) CVF normal ou aumentada; CPT aumentada; VEF1 aumentado; VEF1 / VCF diminuído e FEF 25-75
diminuído.
E) CVF normal ou aumentada; CPT aumentada; VEF1 diminuído; VEF1 / VCF diminuído e FEF 25-75 normal
ou aumentado.
Letra “A” - CVF normal ou aumentada; CPT aumentada; VEF1 diminuído; VEF1 / VCF diminuído e FEF 25-75
diminuído.
A questão nos fornece provas de função pulmonar de alguns pacientes do ambulatório e nos pede a que mais se encaixaria para um paciente portador de doença obstrutiva, caracterizada pela limitação ao fluxo aéreo expiratório. Diante disso, na espirometria dos pacientes com DPOC, principalmente nos com predomínio de padrão enfisematoso, há um aumento da complacência pulmonar, resultando, consequentemente, num aumento da capacidade vital forçada- CVF e da capacidade pulmonar total – CPT (capacidade vital forçada + volume residual). Além disso, vamos encontrar uma relação VEF1 (volume expiratório forçado no 1° segundo) /CVF <70% (devido a um VEF1 baixo e a CVF normal ou aumentada, diminuindo, assim, a relação) e FEF 25-75 (fluxo expiratório forçado entre 25 e 75% da capacidade pulmonar) diminuído. Este último, inclusive, é o primeiro a se alterar na DPOC. A alternativa que contempla as alterações citadas é a letra A – CVF normal ou aumentada; CPT aumentada; VEF1 diminuído; VEF1 / VCF diminuído e FEF 25-75 diminuído.