DM Flashcards

1
Q

(SES-PE 2017.2 ACESSO DIRETO) - Qual das medicações abaixo cursa com perda de peso no
tratamento do diabetes mellitus tipo 2 (DM2)?

A) Dapaglifozina
B) Insulina NPH humana
C) Gibenclamida
D) Pioglitazona
E) Glicazida
A

Letra “A” - Dapaglifozina

Perda de peso: 1-2-3Kg
análogos GLP1
-SGLT2
3etformina

A dapaglifozina é uma droga da classe dos inibidores da SGLT2, que atuam no túbulo contorcido proximal, inibindo o cotransporte de sódio e glicose, levando o paciente à glicosúria. Graças à perda energética proporcionada pela excreção da glicose na urina, esses medicamentos tem efeito redutor no peso. As insulinas, as sulfonilureias (glibenclamida, clorpropamida, glimepirida, glicazida) e as glinidas são drogas que não só promovem o ganho de peso, como também possuem efeito hipoglicemiante. Já as glitazonas, promovem o ganho de peso, mas como não têm efeito tão potente como o das insulinas, não possuem efeito hipoglicemiante.

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Q

(SES-PE 2018 ACESSO DIRETO) - Rafael, 5 anos, evolui com polidipsia, polifagia e poliúria há 15 dias.
Nas últimas 24 horas, vem apresentando náuseas, vômitos e dor abdominal de forte intensidade. Genitora
referia perda de peso não quantificada. Na admissão da emergência, apresentava-se com estado geral
regular, irritado, sonolento, taquidispneico com FR de 48 ipm e presença de retrações intercostais, FC 148
bpm, pulsos finos, abdome doloroso difusamente sem sinais de irritação peritoneal, saliva espessa com turgor
diminuído e temperatura axilar de 36,9° C. Os exames colhidos na admissão mostravam glicemia 480mg/dl,
sódio 130 mEq/L, potássio 6,7 mEq/L, gasometria arterial com Ph 7,15,PCO2 22mmHg, HCO3 8 mEq/L,
cloreto 99 mEq/L. Sumário de urina com Ph 6,0, nitrito negativo, leucócitos 5 a 6 p/c, cetonúria +++;
Leucograma com 12100 leucócitos, neutrófilos 80%, linfócitos típicos 19%, monócitos 1%, leucócitos
morfologicamente conservados. Considerando o principal diagnóstico para o paciente, assinale a conduta CORRETA.

A) O edema cerebral é uma complicação rara, porém com elevada morbimortalidade. Dentre os fatores de
risco para o seu desenvolvimento, estão a hiperidratação, a reposição de bicarbonato e a hiperglicemia acentuada na admissão

B) O uso da resina de troca, Poliestirenossulfonato de Cálcio (Sorcal®), deve ser iniciado na primeira hora
para prevenir as complicações cardiovasculares, decorrentes da hiperpotassemia

C) A reposição de bicarbonato de sódio deverá ser feita de forma lenta, juntamente com a expansão inicial,
para corrigir a acidose metabólica, utilizando-se a fórmula (Bic para reposição = Bic Desejado – Bic
encontrado X 0,3X peso)

D) O uso de antibiótico está indicado no caso analisado pela presença de leucocitose, elemento indicativo de
infecção bacteriana no menor

E) A insulina NPH deve ser iniciada na primeira hora, de preferência em bomba de infusão contínua, sempre
que disponível, e ajustada de acordo com a glicemia capilar

A

Letra “A” - O edema cerebral é uma complicação rara, porém com elevada morbimortalidade. Dentre os fatores de risco para o seu desenvolvimento, estão a hiperidratação, a reposição de bicarbonato e a hiperglicemia acentuada na admissão

5a:
15d: polidipsia, polifagia e poliúria: descomp DM
perda de peso não quantificada

24h: NeV, dor abdominal de forte intensidade;

EGR
irritado
sonolento
taquidispneico (FR: 48 ipm)
TSC
FC: 148
Pulsos finos
Abd doloroso difusamente sem sinais IP
Saliva espessa + turgor diminuído
TAx: 36,9º
Adm:
GC: 480mg/dl,
Na: 130 mEq/L
K: 6,7 mEq/L
Gaso: 
Ph 7,15
PCO2: 22mmHg
HCO3: 8 mEq/L,
Cl: 99 mEq/L. 
SU:
Ph 6,0;
nitrito negativo;
Leuco: 5-6 p/c;
cetonúria +++;

Leuco: 12100 leucócitos, neutrófilos 80%, linfócitos típicos 19%, monócitos 1%, leucócitos
morfologicamente conservados.

QC:
4Ps: POLIÚRIA–>DESIDRATAÇÃO: Saliva espessa + turgor diminuído + pulsos finos
ACIDOSE METABÓLICA: Abd doloroso difusamente sem sinais IP + Leucocitose (sem infecção)

Dx CAD: 
Cetose (SU): 3+/4+
pH<7,3
HCO3<18
HGT>250

1ªh:

  • expansão volêmica: 20mL/Kg SF 0,9% 1ªh (reposição lenta nas 24-48h seguintes)
  • Checar Diurese
  • Gaso (K e Na)

Repor K+ S/N: só após checar diurese - risco de hipercalemia
<3,3: repor K+ antes da insulina
3,3-5,2: repor junto com insulina
>5,2: fazer apenas insulina (NÃO precisa de SORCAL)

2ªh:

  • Insulina Reg 0,1U/Kg/h em BIC: é quem trata a acidose (manter dose até resolver a acidose, independente da glicemia)
  • Glicemia capilar após 1h
  • Gaso após 2h
  • Se HGT<= 250, associar SG5%

Bic.Na+ S/N: só se pH<6,9 (risco de PCR pela acidose)

Caso:
Expansão volêmica: 20mL/Kg 1ªh
Diurese Ok
K: 6,7 mEq/L: não precisa repor K+ nem SORCAL: fazer Insulina Reg
HGT: 480: não fazer SG5%
pH: 7,15: não fazer BicNa+

A cetoacidose diabética é uma complicação bastante delicada em pacientes diabéticos, caracterizada por valor de glicemia acima de 250 mg/dL, bicarbonato abaixo de 18 mEq/L e pH reduzido, sendo mais comum em portadores de DM1 e devendo ser manejada com bastante cautela. O acometimento neurológico grave, como o edema cerebral, é raro, mas apresenta alta morbimortalidade. Além disso, o paciente pode referir associação com dor abdominal intensa e os exames podem demonstrar elevação na contagem de leucócitos, bem como nos valores de amilase e lipase, levando a uma provável confusão com um caso de pancreatite aguda. A terapia inicial é baseada na reidratação na primeira hora, com soro fisiológico 0,9%, passando a utilização de soro 0,45% caso haja elevação nos níveis de sódio. A insulinoterapia não deve ser imediata, visto que é necessária a checagem do potássio antes do início da bomba com insulina regular, já que se trata de uma droga de efeito hipocalemiante. Caso se faça necessária, a reposição de potássio, com o uso da insulina, só deve ser iniciada caso o paciente apresente diurese preservada, graças ao risco de hipercalemia em pacientes com insuficiência renal. O bicarbonato de sódio só deve ser instituído caso o pH assuma valores abaixo de 6,9, pelo risco do desenvolvimento de edema cerebral.

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3
Q

(SES-PE 2019.2 ACESSO DIRETO) - Qual das alternativas abaixo é considerada a droga de primeira linha como hipoglicemiante no tratamento do diabetes tipo 2 no momento do diagnóstico?

A) Metformina
B) Glimepirida
C) Insulina NPH humana
D) Acarbose
E) Sinvastatina
A

Letra “A” - Metformina

A Metformina tem cerca de 75% da sua ação baseada na redução da gliconeogênese hepática e uma menor ação como sensibilizador de insulina. Tem efeito neutro sobre o peso ou apresenta perda discreta e já pode ser iniciada no momento do diagnóstico, sem a necessidade de esperar a introdução de MEV. Tem como contraindicação a insuficiência renal, fazendo-se necessária a diminuição da dose com ClCr < 45 mL/min/1,73m² e a suspensão com ClCr < 30 mL/min/1,73m². Também deve ser evitada em pacientes com risco de acidose, por conta da complicação rara, porém de alta mortalidade, de acidose lática. Como a absorção da droga de se dá em íleo distal, mesmo local de absorção da vitamina B12, pacientes em uso prolongado de metformina podem acabar desenvolvendo deficiência dessa vitamina.

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4
Q

(SES-PE 2015 ACESSO DIRETO) - Em relação às novas medicações no tratamento da diabetes mellitus tipo 2 (DM2), é INCORRETO afirmar que:

A) Os agonistas do GLP-1 apresentam como benefício no tratamento do DM2 a perda de peso
B) Os agonistas do GLP-1 são mais potentes na redução da hemoglobina glicada, quando comparados aos inibidores da DPP4
C) O principal mecanismo hipoglicemiante dos agonistas do GLP-1 é o aumento da secreção de glucagon pelo pâncreas
D) Os inibidores do co-transportador renal de sódio-glicose (SGLT2) apresentam como mecanismo de ação
o bloqueio no cotransportador de sódio-glicose no túbulo renal
E) O uso terapêutico dos inibidores do SGLT2 apresenta um baixo risco de hipoglicemia

A

Letra “C”- O principal mecanismo hipoglicemiante dos agonistas do GLP-1 é o aumento da secreção de glucagon pelo pâncreas

GLP1:+pâncreas produzir + insulina pós-prandial

hipoGL1cemia: GLP1

Perda de peso: 1-2-3Kg
Análogos GLP1
-SGLT2
3etformina

GLP1: melhor para HbA1C

ALTERNATIVA A – CORRETA: Os agonistas de GLP-1 apresentam ação central na redução do apetite, propiciando efeito de redução de peso, e têm como efeito colateral o retardo no esvaziamento gástrico, não sendo uma boa opção para pacientes que apresentem gastroparesia diabética.

ALTERNATIVA B – CORRETA: Embora ambas as drogas apresentem efeito incretino-mimético, os agonistas de GLP-1, pela redução – a nível central – do apetite, proporcionam uma perda de peso mais acentuada, logo, uma queda mais pronunciada da hemoglobina glicada.

ALTERNATIVA C – INCORRETA: O GLP-1 atua estimulando a secreção pancreática glicose-dependente e inibindo os efeitos do glucagon.

ALTERNATIVA D e E – CORRETAS: Os inibidores do cotransportador de sódio-glicose atuam no túbulo contorcido proximal, promovendo glicosúria no paciente. Como esse mecanismo é independente da ação insulínica, apresenta baixo risco de promover hipoglicemia em monoterapia.

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5
Q

(SES-PE 2019 ACESSO DIRETO) - Pediatria - CBS, sexo masculino, 11 anos de idade, internado por apresentar primo descompensação de diabetes melitus tipo 1, com quadro de cetoacidose diabética. No momento, em uso de venóclise de manutenção com SF0,9% e KCl, além de Insulina Regular 0,1U/kg/hora, em bomba de infusão contínua endovenosa. Ao ser reavaliado novamente pela plantonista da emergência, está sem vômitos, hidratado, consciente e orientado, com dor abdominal difusa leve, apresenta glicemia capilar = 250mg/dL e gasometria venosa com pH= 7,15, Bic=8, K= 4,0. Qual seria a conduta ideal da plantonista nesse momento?

A) Suspender o soro e a insulina e não dar bicarbonato
B) Manter soro fisiológico, reduzir infusão de insulina para 0,05U/kg/hora, dar bicarbonato e reavaliar
gasometria após 2 horas
C) Manter soro fisiológico, manter dose de insulina de 0,1U/kg/hora até glicemia próxima de 100mg/dl, dar
bicarbonato em bolus e reavaliar glicemia capilar após 1 hora
D) Introduzir glicose ao soro, manter dose de insulina de 0,1U/kg/hora, não dar bicarbonato e reavaliar glicemia capilar após 1 hora e gasometria após 2 horas
E) Introduzir glicose ao soro, reduzir dose de insulina para 0,05U/kg/hora, não dar bicarbonato e reavaliar
glicemia capilar

A

Letra “D” - Introduzir glicose ao soro, manter dose de insulina de 0,1U/kg/hora, não dar bicarbonato e reavaliar
glicemia capilar após 1 hora e gasometria após 2 horas.

A cetoacidose diabética é uma complicação mais comum em pacientes que não produzem insulina, ou seja, portadores de diabetes mellitus tipo 1 ou nos pacientes tipo 2 que já demonstram avanço acentuado na perda de função pancreática. Nesses casos, o paciente apresenta evolução rápida do quadro e os exames demonstram glicose > 250 mg/dL, pH < 7,3 e bicarbonato > 18 mEq/L. A terapia inicial é baseada na reidratação na primeira hora, com soro fisiológico 0,9%, passando à utilização de soro 0,45% caso haja elevação nos níveis de sódio. A insulinoterapia não deve ser imediata, visto que é necessária a checagem do potássio antes do início da bomba com insulina regular, já que se trata de uma droga de efeito hipocalemiante. Se necessária, a reposição de potássio, com o uso da insulina, só deve ser iniciada caso o paciente apresente diurese preservada, graças ao risco de hipercalemia em pacientes com insuficiência renal. Além disso, a administração de insulina visa à suspensão do quadro de acidose e não à redução da glicemia isoladamente, dessa forma, quando alcançados valores de glicemia de 200-250 mg/dL, deve-se iniciar a administração de soro glicosado, mantendo a bomba de insulina, até que o quadro seja revertido. O bicarbonato de sódio só deve ser instituído caso o pH assuma valores abaixo de 6,9, pelo risco do desenvolvimento de edema cerebral. Sendo assim, ALTERNATIVA D – CORRETA. Vale salientar que, a conduta apresentada na ALTERNATIVA E poderia ser utilizada como escolha, considerando que a glicemia do paciente já apresenta valor de 250 mg/dL, então a dose de insulina poderia ser reduzida pela metade. Entretanto, a ALTERNATIVA D mostra-se mais completa, indicando também a reavaliação da glicemia capilar com uma hora e a gasometria com duas.

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6
Q

(SES-PE 2011 ACESSO DIRETO) - Paciente com 18 anos de idade chega a Pernambuco, com diagnóstico de diabetes mellitus tipo 1, há 2 anos. Pensando na confirmação diagnóstica, qual dos anticorpos abaixo apresenta a maior chance de ainda estar positivo?

A) Anticorpo anti-insulina
B) Anticorpo antitirosina-fosfatase (anti-IA2)
C) Anticorpo anti-ilhota de Langerhans (ICA)
D) Anticorpo antitireoperoxidase (anti-TPO)
E) Anticorpo antidescarboxilase do ácido glutâmico (anti-GAD)

A

Letra “E” - Anticorpo antidescarboxilase do ácido glutâmico (anti-GAD)

A Diabetes Mellitus tipo 1 está associada a destruição das células beta pancreáticas, através de um processo autoimune, passando o paciente a apresentar o quadro clinico da doença, quando o pâncreas perde em torno de 90% da sua função. Os autoanticorpos envolvidos nesse processo, que podem ser utilizados para comprovar o diagnóstico da doença, estão relacionados ao sistema HLA, que é o sistema apresentador de antígeno. Dentre esses anticorpos estão: Anti ilhota (ICA), presente em cerca de 80% dos pacientes; Anti insulina; Anti tirosinafosfatases IA-2 e IA-2B; Anti transportador de zinco 8, bastante específico, porém descoberto recentemente; e Anti descarboxilase do ácido glutâmico (anti GAD), que leva mais tempo presente no organismo do paciente, podendo ser detectado até 10 anos, ou mais, após o diagnóstico. ALTERNATIVA E.

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7
Q

(SES-PE 2012 ACESSO DIRETO) - Qual das alternativas abaixo contém, apenas, medicações que são consideradas drogas incretinomiméticas?

A) Metformina
B) Rosiglitazona
C) Glicazida
D) Liraglutida
E) Repaglinida
A

Letra “D” - Liraglutida

Incretinomiméticas (faz o GLP1 durar mais tempo): -DPP4 e Análogos de GLP1
alimento chega no intestino: GLP1: +pâncreas produzir insulina e diminui Glucagon

A chegada do alimento ao intestino promove a liberação de GLP-1, hormônio que participa do controle glicêmico pós-prandial, estimulando o pâncreas a liberar quantidades de insulina compatíveis com a glicose ingerida naquele momento, além de diminuir a ação do glucagon, hormônio contrarregulador da insulina. Após certo tempo, esse efeito é inibido através da liberação da enzima DPP-4. Medicamentos incretínicos, usados no tratamento da Diabetes Mellitus, são aqueles que atuam de forma a prolongar a ação do GLP-1, seja através da administração do próprio hormônio ou da inibição de sua enzima contrarreguladora. Sendo assim, os inibidores de DPP-4, chamados de Gliptinas, são drogas neutras sobre o peso e de escolha para pacientes portadores de insuficiência renal, graças à possibilidade de ajuste. Já os análogos de GLP-1, tendo como protótipo a Liraglutida, têm efeito central na redução do apetite, portanto efeito redutor no peso do paciente, e efeito colateral no retardo do esvaziamento gástrico, devendo ser evitados em casos de gastroparesia diabética. Sendo assim, a ALTERNATIVA D é aquela que traz a droga incretinomimética.

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8
Q

(SES-PE 2020 ACESSO DIRETO) - A escolha do agente hipoglicemiante deve ser individualizada. Para qual dos pacientes diabéticos abaixo, você prescreveria um inibidor da SGLT2?

A) Paciente de 50 anos com nefropatia diabética e clearance de creatinina estimado de 40 ml/min

B) Paciente com insuficiência cardíaca após infarto do miocárdio que continua a ter queixas anginosas aos
moderados esforços

C) Paciente com polineuropatia periférica sensitiva e passado de úlcera no primeiro pododáctilo direito já
cicatrizada

D) Paciente diabético tipo 2 com antecedente de cetoacidose durante internamento por pneumonia no ano passado

E) Paciente com urolitíase e passado de cistites de repetição

A

Letra “B” - Paciente com insuficiência cardíaca após infarto do miocárdio que continua a ter queixas anginosas aos moderados esforços

Os inibidores da SGLT2 atuam no túbulo contorcido proximal, inibindo o cotransporte de sódio e glicose, levando o paciente a uma glicosúria. Graças à perda energética proporcionada pela excreção da glicose na urina, esses medicamentos têm efeito redutor no peso, além de aumentarem o risco de infecções genitais, fúngicas e urinárias (ALTERNATIVA E INCORRETA). As drogas também possuem potencial hipotensor, por conta do seu efeito diurético. Já que atuam no mecanismo renal, o Clearence de creatinina deve ser no mínimo de 45 mL/min/1,73m² (ALTERNATIVA A INCORRETA). Como não são dependentes de insulina, não possuem efeito hipoglicemiante em monoterapia e devem ser usadas com cuidado em pacientes com tendência à acidose, já que a glicosúria pode mascarar esses valores, levando ao quadro de cetoacidose euglicêmica (ALTERNATIVA D INCORRETA). De modo geral, para a classe, foi observada redução de insuficiência cardíaca e melhora na evolução para nefropatia crônica. O estudo CANVAS (“corte”), usando a Canaglifozina, demonstrou o favorecimento no risco de amputações (ALTERNATIVA C INCORRETA). No caso da eMpaglifozina, demonstrou-se redução nos índices de mortalidade cardiovascular e por todas as causas. Já o estudo DAPAHF, mostrou redução do quadro de insuficiência cardíaca também em pacientes não diabéticos (ALTERNATIVA B CORRETA).

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9
Q

(SES-PE 2018 ACESSO DIRETO) - As descompensações agudas mais importantes do Diabetes mellitus
são a cedoacidose diabética (CAD) e o estado hiperosmolar (EHO). Sobre as características clínicolaboratoriais dessas duas condições, assinale a alternativa INCORRETA.

A) A CAD tem instalação mais rápida (geralmente dentro de 24 horas), enquanto o EHO se desenvolve mais insidiosamente

B) O acometimento neurológico é mais pronunciado no EHO, podendo, inclusive, apresentar sinais focais e
convulsões

C) A dor abdominal é comumente observada na CAD, sendo sua frequência proporcional ao grau de acidose
metabólica

D) Os níveis glicêmicos são, em média, mais elevados no EHO, podendo atingir valores acima de 1000mg/dl

E) A presença de níveis elevados de amilase e lipase em um paciente com CAD define a pancreatite aguda
como fator precipitante da descompensação

A

Letra “E” - A presença de níveis elevados de amilase e lipase em um paciente com CAD define a pancreatite aguda como fator precipitante da descompensação

Dentre as complicações geradas pelos níveis elevados de glicemia no paciente diabético estão a cetoacidose diabética (CAD) e estado hiperosmolar (EHO). A cetoacidose diabética é mais comum em pacientes que não produzem insulina, ou seja, portadores de diabetes mellitus tipo 1 ou nos pacientes tipo 2 que já demonstram avanço acentuado na perda de função pancreática. A ausência de insulina estimula a decomposição do tecido adiposo em ácidos graxos, que serão enviados ao fígado, onde ocorrerá a produção dos corpos cetônicos. Nesses casos, o paciente apresenta evolução rápida do quadro e os exames demonstram glicose > 250 mg/dL, pH < 7,3 e bicarbonato < 18 mEq/L. Já no caso do estado hiperosmolar, o paciente ainda mantem uma produção de insulina, que impede a cetoacidose. Entretanto, o elevado índice glicêmico leva a um processo de desidratação e aumento da osmolaridade, bastante comum em idosos que têm maior restrição de acesso à água e desenvolvem o quadro de forma insidiosa. Os exames demonstram valores bastante elevados de glicose (>600 mg/dL) e a principal característica é a presença de HIPERosmolaridade (>320). O acometimento neurológico é bem mais importante no EHO, que anteriormente era conhecido como coma hiperosmolar. Já nos casos de CAD, o paciente pode referir associação com dor abdominal intensa e os exames podem demonstrar elevação na contagem de leucócitos, bem como nos valores de amilase e lipase, levando a uma provável confusão com um caso de pancreatite aguda. É importante lembrar que a reposição de bicarbonato em pacientes que apresentem quadro de CAD ou EHO, deve ser reservada a valores abaixo de 6,9. ALTERNATIVA E.

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10
Q

(SES-PE 2019.2 ACESSO DIRETO) - Qual a droga de escolha no tratamento ambulatorial da hipertensão
arterial em um paciente diabético com nefropatia e macroalbuminúria?

A) Atenolol
B) Furosemida
C) Anlodipina
D) Atensina
E) Ramipril
A

Letra “E” - Ramipril

IECA/BRA: drogas antiproteinúricas

A nefropatia diabética é uma das complicações crônicas da Diabetes e sempre deve ser investigada. No paciente DM1, geralmente a investigação é iniciada 5 anos após o diagnóstico, considerando que este é realizado no início do quadro. Já nos pacientes DM2, como muitos só recebem o diagnóstico anos após o início da doença, a investigação deve ser iniciada no momento em que ele for obtido. Essa investigação se baseia na pesquisa da perda de albumina, através da relação albumina creatinina em amostra isolada de urina ou pesquisa de albumina isolada em amostra de urina. Isso se deve ao fato de a primeira manifestação encontrada, decorrente da lesão renal, ser a microalbuminúria, excreção de albumina na urina maior que 30 mcg/min. Com a evolução da lesão, os valores podem passar para os de macroalbuminúria (> 300mcg/min), ou seja, o que se eleva é a quantidade e não o tamanho da proteína excretada. Considerando que a principal estrutura renal acometida é o glomérulo, pacientes hipertensos, com quadro de nefropatia diabética, beneficiam-se do tratamento com IECA ou BRA, que promovem a dilatação da artéria eferente glomerular. Dessa forma, a ALTERNATIVA E é aquela que traz um IECA (ramipril) como proposta terapêutica.

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11
Q

(SES-PE 2016 ACESSO DIRETO) - Um paciente diabético tipo 2, em uso de glimepirida e metformina,
queixa-se de saciedade precoce, distensão epigástrica e vômitos recorrentes. A endoscopia digestiva foi
normal, e a HbA1c está em 9,2%. Estudo de esvaziamento gástrico por cintilografia mostrou retardo importante do esvaziamento para sólidos. Assinale a alternativa INCORRETA com relação a esse caso.

A) Esse paciente deve receber orientações dietéticas específicas, com refeições fracionadas e redução da
ingesta de gorduras e fibras insolúveis

B) A correção dos níveis glicêmicos pode contribuir para o controle da gastroparesia

C) Ele se beneficiará do uso de pró-cinéticos, como metoclopramida e eritromicina, embora frequentemente a eficácia dessas drogas diminua com o uso prolongado

D) Com o objetivo de melhorar o controle glicêmico sem os riscos de hipoglicemia inerentes ao tratamento
com insulina, o liraglutide seria uma boa opção para o caso

E) O uso de metoclopramida além de 12 semanas deve ser evitado devido ao risco de desenvolvimento de
complicações extrapiramidais, como distonia e discinesia tardia

A

Letra “C” - Com o objetivo de melhorar o controle glicêmico sem os riscos de hipoglicemia inerentes ao tratamento com insulina, o liraglutide seria uma boa opção para o caso

Uma das complicações da neuropatia diabética é a gastroparesia, ou seja, a desregulação do esvaziamento do trato gastrointestinal, facilitando ou retardando o seu fluxo. O tratamento é realizado visando melhora do controle glicêmico, fracionamento das refeições que, preferencialmente, não devem ser ricas em gorduras, além da utilização de pró-cinéticos. Dentre os medicamentos utilizados para o controle da DM, a classe das incretinas atua de forma a prolongar a ação do GLP-1, hormônio que participa do controle glicêmico pós-prandial, estimulando o pâncreas a liberar quantidades de insulina compatíveis com a glicose ingerida naquele momento, além de diminuir a ação do glucagon, hormônio contrarregulador da insulina. Esse efeito é obtido através da administração do próprio hormônio, com uso dos análogos de GLP-1, ou da inibição de sua enzima contrarreguladora, por meio dos inibidores de DPP-4. Os análogos de GLP-1, que têm como protótipo a Liraglutida, têm efeito central na redução do apetite, porém um efeito colateral importante, que é o retardo do esvaziamento gástrico. Dessa forma, essa droga deve ser evitada no paciente apresentado na questão, visto que ele já apresenta queixa de saciedade precoce, distensão epigástrica e vômitos recorrentes. Portanto a assertiva incorreta encontra-se na ALTERNATIVA D.

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12
Q

(SES-PE 2015 ACESSO DIRETO) - Qual dos antidiabéticos abaixo relacionados estimula a secreção
pancreática de insulina?

A) Metformina
B) Glimepirida
C) Pioglitazona
D) Acarbose
E) Saxagliptina
A

ANULADA (Letras “B” - Glimepirida/Sulfonilureia e “E”-Saxagliptina/-DPP4 estão corretas)

Sulfonilureias: + secreção de insulina

+secreção de insulina: incrtinomiméticos: -DPP4 e análogos de GLP1

Questão que trata a respeito de antidiabéticos e a secreção pancreática de insulina. A Metformina tem como função principal a redução da gliconeogênese hepática, sendo o principal antiglicemiante utilizado até então, agindo também, de forma menos eficiente, na diminuição da resistência a insulina. Tem efeito neutro sobre o peso ou promove perda discreta e já é iniciada no momento do diagnóstico, sem a necessidade de esperar a introdução de MEV. Tem como contraindicação a insuficiência renal, fazendo-se necessária a diminuição da dose com ClCr < 45 mL/min/1,73m² e a suspensão com ClCr < 30 mL/min/1,73m². Também deve ser evitada em pacientes com risco de acidose, por conta da complicação rara, porém de alta mortalidade, de acidose lática. As sulfonilureias, dentre elas a Glimepirida, são drogas potentes que estimulam o pâncreas a secretar insulina, por conta disso têm efeito de ganho de peso e podem levar à hipoglicemia. A Pioglitazona faz parte de uma classe de drogas sensibilizadoras à insulina, dessa forma, não leva à hipoglicemia e tem efeito no ganho de peso, contribuindo com gordura periférica, mas não visceral. A Acarbose atua inibindo a enzima alfa-glicosidase, dificultando a absorção de carboidratos intestinais, o que pode levar a efeitos colaterais como meteorismo e flatulências. A Saxagliptina, uma das gliptinas, é um inibidor da DPP-4, enzima que atua como contrarreguladora do GLP-1, que é um hormônio responsável por estimular a secreção de insulina glicose-dependente e diminuir a ação do glucagon. Como as ALTERNATIVAS B e E apresentam drogas que estimulam a secreção pancreática de insulina, a questão foi ANULADA.

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Q

(SES-PE 2013 ACESSO DIRETO) - No atendimento da criança com diagnóstico de cetoacidose diabética,
é CORRETO afirmar que

A) Se deve garantir o aporte volêmico rápido, até que o paciente se encontre plenamente hidratado. O uso
de soro glicosado a 5% só deve ser iniciado quando a glicemia estiver menor que 100mg/dL

B) Se deve corrigir a acidose metabólica o mais rápido possível, com solução de bicarbonato de sódio, com
o intuito de se evitar o edema cerebral

C) A administração de insulina só deve ser feita, se o paciente apresentar glicemia superior a 500 mg/dL.

D) Só se deve iniciar reposição de potássio quando o paciente apresentar diurese devido ao risco de
hipercalemia, quando a acidose começa a ser corrigida

E) O edema cerebral é uma complicação prevalente na população pediátrica, ocorrendo em cerca de 50%
das CAD. Para a sua prevenção, é prudente a correção vigorosa da hipernatremia

A

Letra “D” - Só se deve iniciar reposição de potássio quando o paciente apresentar diurese devido ao risco de hipercalemia, quando a acidose começa a ser corrigida

Questão que trata do manejo da cetoacidose diabética em uma criança. Analisando as alternativas: LETRA A – INCORRETA – É importante lembrar que a CAD é uma complicação bastante delicada em pacientes diabéticos, mais comum naqueles portadores de DM1 e que deve ser manejada com bastante cautela. Além disso, o soro glicosado deve ser iniciado quando a glicose cair para valores de 200-250 mg/dL e a bomba de insulina, com insulina regular, só deve ser suspensa quando o paciente superar a acidose. LETRA B – INCORRETA: O bicarbonato de sódio só deve ser instituído caso o pH assuma valores abaixo de 6,9, pelo risco do desenvolvimento de edema cerebral. LETRA C – INCORRETA: O uso de insulina em pacientes com cetoacidose diabética, está indicado para a reversão do quadro de cetoacidose, caracterizado por valor de glicemia acima de 250 mg/dL, bicarbonato abaixo de 18 mEq/L e pH reduzido. LETRA D – CORRETA: O potássio não deve ser administrado em pacientes com risco de hipercalemia, como aqueles portadores de insuficiência renal em anúria. Sendo assim, antes de iniciar a correção, deve-se verificar se o paciente apresenta diurese presente. LETRA E – INCORRETA: O edema cerebral não é tão prevalente como mencionado na assertiva e qualquer correção no manejo de CAD deve ser realizada de forma cautelosa, a fim de evitar complicações.

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14
Q

(SES-PE 2020 R3 CLÍNICA MÉDICA) - Os inibidores do cotransportador de sódio-glucose 2 (SGLT2) são
utilizados, juntamente com dieta e exercício físico, em pacientes com DM2, em monoterapia ou em associação com outros medicamentos para a diabetes. Os estudos DAPA HF, DECLARE-TIMI 58, EMPAREG e CANVAS trouxeram grandes avanços e modificações em consensos na endocrinologia, cardiologia e nefrologia. Em relação aos achados dos estudos, é INCORRETO afirmar que:

A) O estudo EMPAREG observou uma redução de morte cardiovascular em 38% com o uso da empaglifozina

B) O estudo CANVAS não demonstrou uma redução no MACE (morte cardiovascular, infarto do miocárdio e
AVC não fatal) com o uso da canaglifozina versus placebo

C) DAPA-HF mostrou redução do risco relativo e absoluto de morte e hospitalizações por insuficiência
cardíaca em todos os subgrupos de pacientes que incluíram tanto pacientes diabéticos como não diabéticos

D) Os três estudos CANVAS, EMPAREG e DECLARE-TIMI 58 mostraram redução na hospitalização por
insuficiência cardíaca

E) O DECLARE-TIMI 58 mostrou que, mesmo em uma população de pacientes com função renal
predominantemente normal e com coeficiente de albumina e creatinina urinária normais (< 30 mg/g), a
dapagliflozina conseguiu comprovar a prevenção da deterioração da função renal e de desfechos renais
clinicamente importantes

A

Letra “B” - O estudo CANVAS não demonstrou uma redução no MACE (morte cardiovascular, infarto do miocárdio e AVC não fatal) com o uso da canaglifozina versus placebo

REDUZIR MACE: desfecho composto morte CV (melhor) /IAM ou AVC não fatal

Morte CV/Morte por todas as causas (eMpareg): diminui mortalidade
A
Canvas
Empareg

Declare: não reduz MACE

Os estudos DAPA HF, DECLARE-TIMI 58, EMPAREG e CANVAS, baseados no uso de inibidores do cotransportador de sódio-glucose 2 (SGLT2), demonstraram em conjunto redução na hospitalização por insuficiência cardíaca (ALTERNATIVA D CORRETA) e melhora na evolução de nefropatia crônica (necessidade de diálise, evolução para macroalbuminúria, aumento de creatinina) (ALTERNATIVA E CORRETA). O DAPA HF, com o uso da dapaglifozina, observou a redução de insuficiência cardíaca também em pacientes não diabéticos (ALTERNATIVA C CORRETA). Quanto a avaliação do MACE (desfecho composto envolvendo morte por evento cardiovascular, IAM ou AVC não fatal), notou-se redução apenas no CANVAS (ALTERNATIVA B INCORRETA) e no EMPAREG, este último tendo também apresentado redução nos índices de morte cardiovascular (ALTERNATIVA A CORRETA) e morte por todas as causas.

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15
Q

(SES-PE 2020 R3 CLÍNICA MÉDICA) - Homem 69 anos com diabetes mellitus tipo 2(DM2) há 20 anos
e demência leve está usando como tratamento gibenclamida 20 mg e metformina 850 mg, apresentando uma hemoglobina glicada de 8,2 % e um ritmo de filtração glomerular de 38 ml/min/1,73 m2. O paciente na monitorização da glicose na ponta do dedo (HGT) apresentou algumas glicemias abaixo de 60 mg/dl e tem acordado à noite com sudorese fria. Qual a melhor conduta para esse paciente a fim de diminuir seu risco de hipoglicemia?

A) Aumentar a dose de metformina para 1700 mg
B) Trocar a gibenclamida pela glimepirida
C) Trocar a metformina por sitagliptina
D) Reduzir a gibenclamida para 15 mg
E) Trocar a gibenclamida por linagliptina

A

Letra “E” - Trocar a gibenclamida por linagliptina

-DPP4: boas em pacientes renais (Linagliptina nem precisa de ajuste) e baixo risco de hipoglicemia

Questão que traz paciente idoso, portador de diabetes mellitus tipo 2, há 20 anos, com hemoglobina glicada de 8,2% e função renal prejudicada (TFG: 38 mL/min/1,73m²), em uso de metformina 850 mg e glibenclamida 20 mg, que vem apresentando quadros de hipoglicemia. Sendo uma importante classe de antidiabéticos, as incretinas atuam de forma a prolongar a ação do GLP-1, hormônio que participa do controle glicêmico pós-prandial, estimulando o pâncreas a liberar insulina de forma glicose-dependente, além de diminuir a ação do glucagon.

Esse efeito é obtido através da administração do próprio hormônio, pelos dos análogos de GLP-1, ou da inibição de sua enzima contrarreguladora, por meio dos inibidores de DPP-4. Estes inibidores são as chamadas Gliptinas, drogas neutras sobre o peso, não hipoglicemiantes e que representam boa escolha para pacientes portadores de insuficiência renal, graças à possibilidade de ajuste, e ainda dando destaque à linagliptina, que nem necessita do ajuste. Considerando que o paciente apresenta hipoglicemia, um dos efeitos esperados com a utilização de sulfonilureias, como a glibenclamida, é viável realizar a troca desse medicamento por uma gliptina, sendo a de melhor escolha a linagliptina. ALTERNATIVA E.

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16
Q

(SES-PE 2020 R3 CLÍNICA MÉDICA) - Paciente idosa, 86 anos, apresentando doença de Alzheimer
avançada. Trata hipertensão há 35 anos e diabetes melito tipo 2 há 30 anos. Já apresentou episódios prévios de hipoglicemia durante o tratamento para diabetes melito e, no último ano, piorou muito a sua funcionalidade. Dentre as alternativas abaixo, assinale a CORRETA quanto à meta terapêutica de hemoglobina glicada para essa paciente de acordo com a ADA 2019 (American Diabetes Association).

A) Hemoglobina glicada em torno de 7%
B) Hemoglobina glicada em torno de 6,0%
C) Hemoglobina glicada em torno de 6,5%
D) Hemoglobina glicada em torno de 9%
E) Hemoglobina glicada em torno de 8%
A

Letra “E” - Hemoglobina glicada em torno de 8%

Um dos parâmetros diagnósticos para a diabetes mellitus é a avaliação da hemoglobina glicada, que se encontra alterada quando maior ou igual a 5,7% e menor que 6,5% e é compatível com a DM quando maior ou igual a 6,5%. Também é o melhor parâmetro para acompanhar a evolução do quadro e a eficácia terapêutica, visto que os valores encontrados são correspondentes aos últimos 3 a 4 meses. Mantem uma boa relação com a probabilidade de eventos microvasculares, ou seja, manter um bom controle indica menor probabilidade da ocorrência de complicações microvasculares, como nefropatia e retinopatia. Entretanto, não é boa preditora para a ocorrência de eventos macrovasculares, como a mortalidade cardiovascular. A meta de hemoglobina glicada buscada para pacientes de um modo geral é < 7%. Contudo, é importante frisar que essa meta pode ser flexível dependendo do caso clínico de cada paciente. Pacientes jovens, com boa adesão ao tratamento, esclarecidos e orientados, podem manter uma meta de hemoglobina glicada abaixo que 7%. Bem como, pacientes idosos, com baixa expectativa de vida ou muitas comorbidades, de difícil adesão, com dificuldade de acompanhamento, podem manter a meta em torno de 8-8,5% (ALTERNATIVA E). Vale lembrar que ao apresentar hemoglobina glicada com valor maior ou igual a 9%, o paciente passa a ser considerado descompensado.

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17
Q

(SES-PE 2016 ACESSO DIRETO) - Danilo, 12 anos, diabético desde os 4 anos tem quadro de pneumonia
e descompensação clínica, evoluindo para cetoacidose. Exames laboratoriais: glicemia = 650 mg/dL; pH = 7,1; pCO2 = 20mmHg; pO2 = 98mmHg; SatO2: 97%; bicarbonato: 5 mEq/L; BE: -14mEq/l; cetonas urinárias++++. A respiração é acidótica e apresenta algum grau de confusão mental. A conduta inicial mais apropriada é a seguinte:

A) Terapia de reidratação na primeira hora; insulinoterapia imediata em dose suficiente para reduzir a glicemia para 150 mg/dl; administração de potássio e bicarbonato

B) Hidratação venosa com soro fisiológico 0,9%, 20 ml/Kg na primeira hora e reposição lenta nas 24/48 horas seguintes; insulinoterapia na segunda hora; administração de potássio após a diurese

C) Reposição de volume com soro fisiológico 0,9 %; insulina intermediária associada à regular (N+R) até que se resolva a acidose; máscara com O2 úmido

D) Expansão de volume com SF 0,45% e albumina; insulina NPH na segunda hora; administração de potássio após diurese

E) Hidratação venosa com soro fisiológico 0,9%, 10 ml/Kg na primeira hora e reposição padrão nas 12/24
horas seguintes; insulinoterapia NPH na segunda hora; administrar bicarbonato de sódio na primeira hora

A

Letra “B” - Hidratação venosa com soro fisiológico 0,9%, 20 ml/Kg na primeira hora e reposição lenta nas 24/48 horas seguintes; insulinoterapia na segunda hora; administração de potássio após a diurese

Questão a respeito do manejo de cetoacidose diabética em paciente de 12 anos, descompensado por conta de pneumonia. Exames laboratoriais demonstram glicemia de 650 mg/dL; pH de 7,1; bicarbonato de 5 mEq/L e presença de cetonas urinárias. De acordo com as assertivas: ALTERNATIVA A – INCORRETA: Embora a terapia inicial seja de reidratação na primeira hora, com soro fisiológico 0,9%, a insulinoterapia não deve ser imediata, visto que é necessária a checagem do potássio antes do início da bomba com insulina regular. Além disso, a administração de insulina visa à suspensão do quadro de acidose e não à redução da glicemia isoladamente, dessa forma, quando alcançada a glicemia de 250 mg/dL, deve-se iniciar a administração de soro glicosado, mantendo a bomba de insulina, até que o quadro seja revertido. Vale lembrar também que a administração de bicarbonato é indicada apenas se o pH apresentar valor inferior a 6,9, pelo risco de agravo de edema cerebral. ALTERNATIVA B – CORRETA: Alternativa que apresenta o manejo correto do paciente, enfatizando sempre que o potássio não deve ser reposto caso o paciente esteja anúrico, pelo risco de desenvolver hipercalemia. ALTERNATIVA C – INCORRETA: Como dito anteriormente, a bomba de insulina deve conter a forma regular da droga e não NPH. ALTERNATIVAS D e E– INCORRETAS: como já citado acima.

18
Q

(SES-PE 2016 R3 CLÍNICA MÉDICA) - Uma nova classe de hipoglicemiante, que atua no túbulo renal, é
composta pelos inibidores do transportador de sódio e glicose (SGLT2). Em relação a essa nova classe de
medicação, é INCORRETO afirmar que

A) O mecanismo de ação desse fármaco é a inibição da reabsorção tubular proximal de glicose e sódio

B) Ela pode ser utilizada, com segurança, em diabéticos com clearance de creatinina menor que 20 ml/min/1.73m2

C) Os inibidores do SGLT2 estão associados ao aumento de infecções do trato urinário em diabéticos

D) O tratamento com os inibidores do SGLT2 leva à perda de peso nos diabéticos

E) O estudo EMPA-REG demonstrou que a empaglifozina reduziu em 32% a mortalidade por eventos cardiovasculares em diabéticos

A

Letra “B” - Ela pode ser utilizada, com segurança, em diabéticos com clearance de creatinina menor que 20
ml/min/1.73m2

Os inibidores da SGLT2 atuam no túbulo contorcido proximal, inibindo o cotransporte de sódio e glicose (ALTERNATIVA A CORRETA), induzindo uma glicosúria. A excreção diária da glicose na urina leva a uma perda energética no paciente, proporcionando efeito redutor no peso (ALTERNATIVA D CORRETA). Entretanto a glicosúria, consequentemente, aumenta o risco de infecções genitais, fúngicas e urinárias (ALTERNATIVA C CORRETA), além de propiciar efeito hipotensor, por conta do seu potencial diurético. Como a redução da glicose se dá via eliminação urinária, essas drogas são independentes de insulina, sendo assim, não possuem efeito hipoglicemiante em monoterapia e devem ser usadas com cautela em pacientes com tendência à acidose, já que a glicosúria pode mascarar os valores da glicemia, levando ao quadro de cetoacidose euglicêmica. Já que atuam no mecanismo renal, é necessário que o paciente possua um rim funcionante, portanto o Clearence de creatinina deve ser no mínimo de 45 mL/min/1,73m² (ALTERNATIVA B INCORRETA). Os estudos DAPA HF, DECLARE-TIMI 58, EMPAREG e CANVAS, baseados no uso desses medicamentos, demonstraram, de modo geral, redução de insuficiência cardíaca e melhora na evolução para nefropatia crônica (necessidade de diálise, evolução para macroalbuminúria, aumento de creatinina). O estudo CANVAS, usando a canaglifozina, demonstrou o favorecimento no risco de amputações. No caso do EMPAREG, com a empaglifozina, foi demonstrada redução nos índices de mortalidade cardiovascular e por todas as causas (ALTERNATIVA E CORRETA). Já o estudo DAPAHF, com a dapaglifozina, mostrou redução do quadro de insuficiência cardíaca também em pacientes não diabéticos.

19
Q

(SES-PE 2012 R3 CLÍNICA MÉDICA) - O estudo ADVANCE avaliou 11.140 diabéticos. Os pacientes foram divididos em dois grupos: controle convencional versus controle intensivo. Qual foi a principal conclusão do estudo, quando comparou o controle glicêmico intensivo versus o convencional?

A) O controle glicêmico intensivo diminuiu em 40% a incidência de cirrose, quando comparado ao controle
convencional

B) O controle glicêmico intensivo reduziu em 60% a incidência de neuropatia autonômica

C) O controle glicêmico intensivo não aumentou o número de hipoglicemias, quando comparado ao controle convencional

D) O controle glicêmico intensivo diminuiu a incidência de retinopatia em 45%, quando comparado ao controle
convencional

E) O controle glicêmico intensivo não demonstrou diminuição nos eventos macrovasculares, quando
comparado ao controle convencional

A

Letra “E” - O controle glicêmico intensivo não demonstrou diminuição nos eventos macrovasculares, quando comparado ao controle convencional

Um dos parâmetros diagnósticos para a diabetes mellitus é a avaliação da hemoglobina glicada, que se encontra alterada quando maior ou igual a 5,7% e menor que 6,5% e é compatível com a DM quando maior ou igual a 6,5%. Também é o melhor parâmetro para acompanhar a evolução do quadro e a eficácia terapêutica, visto que os valores encontrados são correspondentes aos últimos 3 a 4 meses. Estudos como ADVANCE, VADT e ACCORD buscavam comparar os pacientes com controle intensivo da glicemia (mantendo metas rígidas e baixas de hemoglobina glicada) com aqueles que tinham controle convencional, a fim de estudar a evolução da doença para efeitos micro e macrovasculares. Foi observada boa relação com a probabilidade de eventos microvasculares, ou seja, manter um bom controle indica menor probabilidade da ocorrência de complicações microvasculares, como nefropatia e retinopatia. Entretanto, não foi observada redução nos eventos macrovasculares, como a mortalidade cardiovascular. É importante frisar que os estudos abordavam pacientes com diagnóstico tardio da doença, ficando clara a importância da janela terapêutica, ou seja, é essencial que o diagnóstico seja feito de forma precoce para que o tratamento também possa ser instituído o mais cedo possível. Dessa forma, com o início do tratamento precoce, de forma rigorosa, associado às condutas de mudança de estilo de vida, a prevenção de sequelas pela doença se torna muito mais oportuna. ALTERNATIVA CORRETA E.

20
Q

(SES-PE 2019.2 R3 CLÍNICA MÉDICA) De acordo com a Associação Americana de Diabetes (ADA), qual
o valor de referência da hemoglobina glicada (A1c) para o diagnóstico de Diabetes mellitus tipo 2?

A) A1c ≥ 5,4%
B) A1c ≥ 6,2%
C) A1c ≥ 6,5%
D) A1c ≥ 7,0%
E) A1c ≥ 8,0%
A

Letra “C” - A1c ≥ 6,5%

O diagnóstico de diabetes mellitus pode ser obtido caso o paciente tenha sinais inequívocos da doença (perda ponderal não intencional, poliúria, polidipsia e polifagia) e seja flagrada uma glicemia aleatória maior de 200 mg/dL. Caso o paciente não possua esses sinais, fazem-se necessários, para o diagnóstico, dois exames alterados, dentre eles: glicemia em jejum ≥ 126 mg/dL; hemoglobina glicada ≥ 6,5% e, para uma confirmação diagnóstica, teste oral de tolerância a glicose ≥ 200 mg/dL. ALTERNATIVA C.

21
Q

(SES-PE 2010 ACESSO DIRETO) - Os incretino-miméticos representam um novo grupo de medicação para o tratamento do diabetes mellitus tipo 2 (DM2), agindo de maneira a mimetizar a ação das incretinas. Estas são peptídeos produzidos pelo trato intestinal em resposta à ingestão de alimentos, as quais aumentam a secreção de insulina pelo pâncreas. Qual das alternativas abaixo contém apenas drogas incretinomiméticas?

A) Exenatida e vidagliptina
B) Metformina e glimepirida
C) Gibenclamida e exenatida
D) Rosiglitazona e metformina
E) Pioglitazona e sitagliptina
A

Letra “A” - Exenatida e vidagliptina

A chegada do alimento ao intestino promove a liberação de GLP-1, hormônio que participa do controle glicêmico pós-prandial, estimulando o pâncreas a liberar quantidades de insulina glicose-dependente, além de diminuir a ação do glucagon. Após certo tempo, esse efeito, conhecido como incretínico, é inibido através da liberação da enzima DPP-4. Drogas incretino-miméticas, usadas no tratamento da Diabetes Mellitus, são aquelas que atuam de forma a prolongar a ação do GLP-1, seja através da administração do próprio hormônio ou da inibição de sua enzima contrarreguladora. Dessa forma, os análogos de GLP-1, tendo como protótipo a Liraglutida, têm efeito central na redução do apetite e efeito colateral no retardo do esvaziamento gástrico, portanto efeito redutor no peso do paciente. Já os inibidores de DPP-4, chamados de Gliptinas, são drogas neutras sobre o peso e de escolha para pacientes portadores de insuficiência renal, graças a possibilidade de ajuste. Como a questão solicita medicamentos com efeito incretino-mimético deve-se buscar uma GLIPTINA, nesse caso a vidaGLIPTINA, e uma droga que lembre a liragluTIDA, sendo essa a exenaTIDA. ALTERNATIVA A – CORRETA.

22
Q

(SES-PE 2019 ACESSO DIRETO) - Um paciente diabético de 48 anos foi internado em coma hiperosmolar. Que alterações dos eletrólitos séricos são esperadas após início da infusão endovenosa de insulina?

A) Elevação dos níveis de potássio e magnésio
B) Redução dos níveis séricos de sódio e potássio
C) Redução dos níveis de sódio e cálcio
D) Elevação dos níveis de sódio e potássio
E) Elevação do nível de sódio e redução do nível de potássio

A

Letra “E” - Elevação do nível de sódio e redução do nível de potássio

sobe Na (adm SF 0,9% e depois pode baixar para 0,45%) e cai K (a insulina derruba)

O coma hiperosmolar, como era chamado antigamente o acometimento neurológico causado pelo estado hiperosmolar, é típico de pacientes idosos, que mantêm uma produção residual de insulina, ou seja, não chegam a desenvolver cetoacidose, mas têm acesso restrito à água, desenvolvendo portanto desidratação, com níveis altíssimos de glicose, que podem ultrapassar 1000 mg/dL. O tratamento consiste na hidratação cautelosa em primeiro momento, seguida da utilização da bomba de insulina, com insulina Regular, a fim de corrigir o estado hiperosmolar para valores menores de 320. A hidratação é iniciada com soro fisiológico a 0,9%, que pode levar à elevação dos níveis de sódio, tornando então necessária a mudança para o soro a 0,45%. Vale lembrar também que, a insulina só deve ser iniciada ao se checar o potássio, visto que a droga promove hipocalemia. Além disso, quando necessário, o potássio só deve ser reposto em pacientes com diurese preservada, para evitar também os riscos de hipercalemia. ALTERNATIVA CORRETA – E.

23
Q

(SES-PE 2017 ACESSO DIRETO) - Um paciente de 4 anos, em tratamento para cetoacidose diabética, vem recebendo 4 unidades/hora de insulina regular EV. Encontra-se, ainda, acidótico: bicarbonato de 9mEq/L na última determinação. A glicemia capilar revela uma taxa de glicose de 129mg/dl. Qual seria a melhor conduta no momento?

A) Diminuir a infusão de insulina pela metade
B) Diminuir a infusão de insulina a ¼
C) Suspender a insulina
D) Manter a infusão de insulina e iniciar infusão de glicose
E) Manter a infusão de insulina e fazer bicarbonato

A

Letra “D” - Manter a infusão de insulina e iniciar infusão de glicose

A cetoacidose diabética é uma complicação bastante delicada em pacientes diabéticos, caracterizada por valor de glicemia acima de 250 mg/dL, bicarbonato abaixo de 18 mEq/L e pH reduzido, sendo mais comum em portadores de DM1, devendo ser manejada com bastante cautela. A terapia inicial é baseada na reidratação na primeira hora, com soro fisiológico 0,9%. A insulinoterapia não deve ser imediata, visto que é necessária a checagem do potássio antes do início da bomba com insulina regular. Além disso, a administração de insulina visa à suspensão do quadro de acidose e não à redução da glicemia isoladamente, dessa forma, quando alcançados valores glicêmicos inferiores a 200-250 mg/dL, deve-se iniciar a administração de soro glicosado, mantendo a bomba de insulina, até que o quadro seja revertido. Como é uma droga hipocalemiante, a insulina pode tornar necessária a reposição de potássio, que só deve ser ministrada em pacientes que apresentem diurese preservada, pelos riscos de hipercalemia. Vale lembrar também, que a administração de bicarbonato é indicada apenas se o pH apresentar valor inferior a 6,9, pelo risco de agravo de edema cerebral. Sendo assim, a conduta mais adequada apresentada pela questão é a ALTERNATIVA D.

24
Q

(SES-PE 2014 ACESSO DIRETO) - Todas as alternativas abaixo apresentam a medicação hipoglicemiante e um efeito colateral da droga, EXCETO

A) Metformina / deficiência de vitamina B12
B) Exenatide / pancreatite
C) Acarbose / flatulência
D) Pioglitazona / osteoporose
E) Sitagliptina / calciúria
A

Letra “E” - Sitagliptina / calciúria

Questão que trata sobre antidiabéticos e seus efeitos colaterais. De acordo com as alternativas: ALTERNATIVA A – CORRETA: A metformina tem cerca de 75% da sua ação baseada na redução da gliconeogênese hepática e uma menor ação como sensibilizador de insulina. É uma droga neutra sobre o peso, podendo levar até à pequena redução, e geralmente é iniciada já no momento do diagnóstico, como primeira escolha, excetuando-se em casos de contraindicação renal ou hepática. Como a absorção da droga de se dá em íleo distal, mesmo local de absorção da vitamina B12, pacientes em uso prolongado de metformina podem acabar desenvolvendo deficiência dessa vitamina. ALTERNATIVA B – CORRETA: Exenatida é um dos representantes dos análogos de GLP-1 e, graças ao seu potencial incretino-mimético, tem efeito redutor sobre o peso, por atuar na redução do apetite a nível central. Como a questão é de 2014, ainda eram relatados casos de associação do uso desses medicamentos com pancreatite. Mesmo que atualmente ainda se evite a utilização dos análogos de GLP-1 em pacientes com risco de pancreatite, estudos prospectivos demonstraram não haver muito embasamento para essa associação. ALTERNATIVA C – CORRETA: A Acarbose atua inibindo a enzima alfa-glicosidase, dificultando a absorção de carboidratos intestinais, o que pode levar a efeitos colaterais como meteorismo e flatulências. ALTERNATIVA D – CORRETA: A Pioglitazona faz parte de uma classe de drogas sensibilizadoras a insulina, dessa forma, não leva à hipoglicemia e tem efeito no ganho de peso, contribuindo com gordura periférica, mas não visceral. Essa droga estimula a ação da enzima PPAR-gama, que inibe a ação de osteoblastos. ALTERNATIVA D – INCORRETA: Não existe conexão entre o uso de Gliptinas e calciúria.

25
Q

(SES-PE 2009 ACESSO DIRETO) - A diabetes mellitus tipo 2 está intimamente associada à obesidade
ou ao sobrepeso. Sobre o tratamento da hiperglicemia, qual alternativa contém, apenas, drogas que levam à
perda de peso no diabético?

A) Metformina e exenatida
B) Sulfonilureia e acarbose
C) Metformina e tiazolidinediona
D) Glinidas e metformina
E) Insulina e metformina
A

Letra “A” - Metformina e exenatida

Questão que aborda tratamento com antidiabético que leve à redução do peso. ALTERNATIVA A – CORRETA: A metformina, que tem sua maior atuação na redução da gliconeogênese hepática, tem efeito neutro sobre o peso, mas pode levar a uma pequena redução. Já a exenatida, um análogo de GLP-1, reduz o apetite a nível central, o que leva à redução de peso do paciente, sendo uma das drogas de escolha no tratamento da obesidade. As insulinas, as sulfonilureias (glibenclamida, clorpropamida, glimepirida, glicazida) e as glinidas são drogas que não só promovem o ganho de peso, como também possuem efeito hipoglicemiante. Já as glitazonas, promovem o ganho de peso, mas, como não têm efeito tão potente como o das insulinas, não possuem efeito hipoglicemiante.

26
Q

(SES-PE 2010 ACESSO DIRETO) - Os incretino-miméticos representam um novo grupo de medicação para o tratamento do diabetes mellitus tipo 2(DM2), agindo de maneira a mimetizar a ação das incretinas. Estas são peptídeos produzidos pelo trato intestinal em resposta à ingestão de alimentos, as quais aumentam a secreção de insulina pelo pâncreas. Qual das alternativas abaixo contém apenas drogas incretino- miméticas?

 A) Exenatida e vidagliptina
 B) Metformina e glimepirida
 C) Gibenclamida e exenatida
 D) Rosiglitazona e metformina
 E) Pioglitazona e sitagliptina
A

Letra “A” - Exenatida e vidagliptina

INCRETINAS:

  • ANÁLOGOS GLP-1: EXENATIDA/LIRAGLUTIDA
  • -DPP4: GLIPTINAS: VIDAGLIPTINA/SITAGLIPTINA

A chegada do alimento ao intestino promove a liberação de GLP-1, hormônio que participa do controle glicêmico pós-prandial, estimulando o pâncreas a liberar quantidades de insulina glicose-dependente, além de diminuir a ação do glucagon. Após certo tempo, esse efeito, conhecido como incretínico, é inibido através da liberação da enzima DPP-4. Drogas incretino-miméticas, usadas no tratamento da Diabetes Mellitus, são aquelas que atuam de forma a prolongar a ação do GLP-1, seja através da administração do próprio hormônio ou da inibição de sua enzima contrarreguladora. Dessa forma, os análogos de GLP-1, tendo como protótipo a Liraglutida, têm efeito central na redução do apetite e efeito colateral no retardo do esvaziamento gástrico, portanto efeito redutor no peso do paciente. Já os inibidores de DPP-4, chamados de Gliptinas, são drogas neutras sobre o peso e de escolha para pacientes portadores de insuficiência renal, graças à possibilidade de ajuste. Como a questão solicita medicamentos com efeito incretino-mimético deve-se buscar uma GLIPTINA, nesse caso a vidaGLIPTINA, e uma droga semelhante a liragluTIDA, sendo essa a exenaTIDA. ALTERNATIVA A – CORRETA.

27
Q

SUS-SP – 2014. Considere:

I. Baixo nível sérico de peptídeo C.
II. Genética poligênica.
III. Associação com HLA.
IV. Cetoacidose apenas se houver estresse intenso.

São características do diabetes mellitus do tipo 2:
A) II e IV. B) I e III. C) II e III. D) III e IV. E) I e II.

A

Letra “A” - II e IV

II. Genética poligênica.
IV. Cetoacidose apenas se houver estresse intenso.

Baixos níveis de peptídeo C, anticorpos presentes (principalmente o anti-GAD), associação com HLA e tendência natural à cetoacidose são características do DM1! Já o DM2 é uma doença poligênica, fortemente associada com obesidade visceral e síndrome metabólica. Dificilmente está associada com cetoacidose diabética. Sua complicação hiperglicêmica mais comum é o estado hiperosmolar não cetótico. Ainda assim, mais comum em pacientes idosos ou com comorbidades que geram restrição ao acesso à água.

28
Q

PSU – MG – 2017. Em relação ao diabetes mellitus (DM), assinale a alternativa ERRADA:

A. Por ocasião do diagnóstico, a maioria dos pacientes com DM tipo 1 possui anticorpos circulantes contra
células das ilhotas pancreáticas e contra a descarboxilase do ácido glutâmico;

B. Os níveis séricos do peptídeo C encontram-se elevados nos pacientes com DM tipo 1 e muito reduzidos nos casos de resistência à insulina acompanhada de hiperinsulinemia;

C. Pelo fato de inibirem a dipeptidil-peptidase-4 (DPP-4), enzima que inativa o hormônio GLP-1 (glucagonlike
peptide 1), drogas hipoglicemiantes como a sitagliptina e a vildagliptina são utilizadas no tratamento do DM tipo 2;

D. Nos pacientes com DM tipo 2 de longa duração, identifica-se, à necrópsia, a substituição de grande parte das ilhotas pancreáticas por um tipo de substância amiloide - a amilina - um polipeptídeo armazenado, juntamente com a insulina, nos grânulos de secreção das células beta.

A

Letra “B” - Os níveis séricos do peptídeo C encontram-se elevados nos pacientes com DM tipo 1 e muito reduzidos nos casos de resistência à insulina acompanhada de hiperinsulinemia;

LETRA A: enquanto o diagnóstico do DM2 é realizado com atraso devido ao caráter insidioso
da doença, no DM1 o diagnóstico é comumente realizado sem atraso devido ao quadro clínico exuberante (emagrecimento, poliúria, polidipsia, polifagia, níveis extremamente elevados da glicemia e muitas vezes, cetoacidose diabética). Os anticorpos geralmente encontram-se presentes revelando o caráter autoimune da doença. Vale destacar a presença do anticorpo anti-descarboxilase do ácido glutâmico (anti - GAD).
LETRA B: Os níveis de peptídeo C refletem a produção endógena de insulina; portanto, estão elevados na
obesidade e resistentes à insulina e extremamente baixos no DM1. Alternativa incorreta!
LETRA C: As gliptinas ou inibidores de DPP4 agem aumentando o Glp1 de maneira indireta. São drogas neutras em relação ao peso, não causam hipoglicemia e são ótimas opções na insuficiência renal pois são passíveis de ajuste de dose. A linagliptina pode ser utilizada sem ajuste, mesmo em pacientes dialíticos!
LETRA D: Com o tempo as células beta-pancreáticas sofrem falência e perda de função à necropsia, observase substituição das ilhotas por substância amiloide. Alternativa correta!

29
Q

UERN – RN – 2018. Agentes antidiabéticos orais são substâncias que, quando ingeridas, têm finalidade
de baixar a glicemia e mantê-la normal (jejum <100mg/dl e pós-prandial <140mg/dl). As glitazonas são fármacos que têm como mecanismo de ação principal:

A. Diminuir a produção hepática de glicose.
B. Incrementar a secreção pancreática de insulina.
C. Reduzir a velocidade de absorção de glicídios.
D. Aumentar a utilização periférica de glicose.

A

Letra “D” - Aumentar a utilização periférica de glicose.

Letra A: redução da produção hepática de glicose é o principal mecanismo da metformina.

Letra B: incrementar a secreção pancreática de insulina é a característica principal das sulfonilureias e
glinidas. As incretinas (análogos de Glp1 e gliptinas) também apresentam esse mecanismo de maneira
glicose dependente, por isso sem causar hipoglicemia com concomitante queda do glucagon.

Letra C: esse é o mecanismo de atuação da acarbose!

Letra D: as glitazonas atuam como sensibilizadores de insulina, causam ganho de peso e baixo risco de
hipoglicemia. Vale destacar que o ganho de peso ocorre às custas de gordura periférica e não visceral.

30
Q

UFPE – PE – 2014. Sobre o tratamento medicamentoso do DM2, analise as seguintes afirmações.
1. Os inibidores do DPP-4 aumentam a secreção de insulina dependente de glicose.
2. As gliptinas reduzem a secreção do glucagon.
3. Utilizadas em monoterapia, as gliptinas podem reduzir a hemoglobina glicosilada (HbA1c) em 0,6%
a 0,8% e, na dependência dos valores iniciais da HbA1c, se superiores a 9%, as reduções podem ser maiores.
4. Os inibidores do DPP-4 devem ser associados à metformina com o objetivo de reduzir o ganho de
peso.
5. A exenatida está indicada para pacientes que apresentam perda de peso por proporcionar melhor
controle glicêmico com menor risco de hipoglicemia.

Estão corretas:
A) 1, 4 e 5, apenas. B) 1, 2 e 3, apenas. C) 2, 4 e 5, apenas. D) 3 e 4, apenas. E) 1, 2, 3, 4 e 5.

A

Letra “B” - 1, 2 e 3, apenas.

  1. Os inibidores do DPP-4 aumentam a secreção de insulina dependente de glicose.
  2. As gliptinas reduzem a secreção do glucagon.
  3. Utilizadas em monoterapia, as gliptinas podem reduzir a hemoglobina glicosilada (HbA1c) em 0,6%
    a 0,8% e, na dependência dos valores iniciais da HbA1c, se superiores a 9%, as reduções podem
    ser maiores.

Item 1: Os inibidores de DPP4 e os análogos de Glp1 aumentam a secreção de insulina glicose
dependente e baixam o glucagon.
Item 2: Gliptinas nada mais são que os inibidores de DPP4, portanto como explicado no item anterior,
secretam insulina glicose dependente e baixam o glucagon.
Item 3: As gliptinas apresentam uma redução da Hb glicada de magnitude inferior aos análogos de Glp1.
Independente da medicação utilizada, caso haja uma boa adesão à dieta e à modificação do estilo de
vida, os resultados podem ser mais impactantes.
Item 4: Os inibidores de DPP4 não teriam a vantagem adicional de perda de peso (são neutras em
relação ao peso); os análogos de GLP1 que teriam essa vantagem.
Item 5: A exenatida e a liraglutida são exemplos de análogos de Glp1, drogas associadas com perda de
peso, portanto não apresentam indicação em diabéticos apresentando emagrecimento sem motivo. A
perda de peso sem motivo aparente é um dos sinais mais comuns de descompensação diabética e
possível indicação de insulina, pois sinalizam falência de células beta pancreáticas.

31
Q

PSU – MG – 2016. Sobre os medicamentos orais utilizados no manejo do diabetes mellitus tipo 2,
assinale a alternativa ERRADA:

A. Clorpropamida atua no aumento da secreção de insulina, favorece a perda de peso e protege contra a
retinopatia.

B. Metformina, além da ação benéfica sobre o metabolismo da glicose, proporciona diminuição de eventos cardiovasculares e redução de peso corpóreo.

C. Pioglitazona proporciona aumento da sensibilidade à insulina em músculo, adipócito e hepatócito, mas
pode apresentar efeitos colaterais como ganho ponderal e insuficiência cardíaca.

D. Sitagliptina aumenta o nível de GLP-1 (peptídeo semelhante ao glucagon 1) com aumento de síntese de
insulina e apresenta bons níveis de segurança e tolerância.

A

Letra “A” - Clorpropamida atua no aumento da secreção de insulina, favorece a perda de peso e protege contra a
retinopatia.

Letra A: A clorpropamida é uma sulfonilureia. Está, portanto, associada a ganho de peso e hipoglicemia!
Letra B: a metformina já foi associada com redução de eventos cardiovasculares em um grande estudo
chamado UKPDS. Essa redução ocorreu no grupo específico de pacientes obesos. É uma droga que está
associada com discreta perda de peso.
Letra C: As glitazonas aumentam a sensibilidade à insulina proporcionando ganho de peso com baixo
risco de hipoglicemia. Os efeitos colaterais mais comuns são fraturas osteoporóticas por inibirem
osteoblastos e a retenção de líquido, podendo piorar o quadro clínico em pacientes com insuficiência
cardíaca ou renal.
Letra D: As gliptinas aumentam o GLP-1 de maneira indireta. São drogas neutras em relação ao peso,
baixo risco de hipoglicemia, bem toleradas e ótimas opções na insuficiência renal, pois são passíveis de
ajuste de dose. No entanto, esse ajuste não é necessário com a linagliptina.

32
Q

UNICAMP – SP – 2013. Homem, 57 anos, com diagnóstico de diabete melito tipo 2 há 20 anos, em
uso regular de glibenclamida = 20 mg/dia, metformina = 2 g/dia e captopril = 75 mg/dia, com dieta
otimizada, vem à consulta assintomático. Exames laboratoriais séricos: glicemia de jejum = 168
mg/dl, hemoglobina glicada = 8,4%; colesterol total = 232 mg/dl, HDL = 32 mg/dl, LDL = 175 mg/dl,
triglicérides = 205 mg/dl, ureia = 40 mg/dl, creatinina = 1,0 mg/dl. A CONDUTA É:

A. Substituir a sulfonilureia por glimepirida e introduzir estatina.
B. Acrescentar glimepirida e dieta hipolipemiante.
C. Acrescentar insulina ao deitar e introduzir estatina.
D. Introduzir insulina e estatina, suspender glibenclamida e metformina.

A

Letra “C” - Acrescentar insulina ao deitar e introduzir estatina.

A questão apresenta um paciente com altas doses de medicações orais, ainda com a hemoglobina
glicada fora da meta. Caso seja um paciente com sobrepeso ou obesidade, deve-se reforçar o impacto
positivo que seria gerado pela perda de peso. Em termos de medicações, pode-se associar uma terceira
droga ou iniciar insulina.
LETRA A: glimepirida é uma sulfonilureia, só faria sentido trocar uma glibenclamida por glimepirida ou
gliclazida se o intuito fosse redução de hipoglicemias.
LETRA B: não faz sentido prescrever duas drogas da mesma classe!
Letra C sugere iniciar insulina ao deitar-se, uma das práticas mais comuns nessas situações e iniciar uma
estatina, drogas de escolha no tratamento da hipercolesterolemia na DM.
Letra D: também é uma alternativa possível, no entanto conduta mais aceita é o início gradual da insulina no período noturno, sendo a alternativa “C” mais adequada.

33
Q

UFPE – PE – 2012. Quais insulinas têm duração de ação de até 24 horas?

A. NPH e Aspart.
B. Lenta e Lispro.
C. Glulisina e Ultralenta.
D. Glargina e Detemir.

A

Letra “D” - Glargina e Detemir.

Letra A: NPH é uma insulina intermediária, seu efeito máximo gira em torno de 10 a 18 horas. Asparte
é uma insulina de ação ultrarrápida

Letra B e C: Lispro, asparte e glulisina são insulinas de ação ultrarrápida! Portanto invalidando essas
alternativas!

34
Q

SUS-SP – 2017. São tipos de insulina com características (início de ação, pico e duração de efeito) muito similares:

A. Lispro, asparte e glulisina.
B. Glargina, degludeca e asparte.
C. Glargina, detemir e glulisina.
D. Degludeca, detemir e asparte.
E. Lispro, degludeca e glulisina.
A

Letra “A” - Lispro, asparte e glulisina.

Letra A: LISPRO - ultrarrápida; ASPARTE- ultrarrápida; GLULISINA- ultrarrápida.
Letra B: GLARGINA- longa ação; DEGLUDECA- longa ação; ASPARTE- ultrarrápida.
Letra C: DEGLUDECA- longa ação; DETEMIR – longa ação; GLULISINA- ultrarrápida.
Letra D: DEGLUDECA- longa ação; DETEMIR – longa ação; ASPARTE- ultrarrápida.
Letra E: LISPRO - ultrarrápida; DEGLUDECA- longa ação; GLULISINA- ultrarrápida.

35
Q

SUS-PE – 2013 – ACESSO DIRETO - Sobre o manejo do paciente com diabetes mellitus Tipo 2 e de
suas complicações crônicas, assinale a alternativa CORRETA (ADAPTADA):

A. Ácido acetilsalicílico está indicado para prevenção primária de doença cardiovascular.
B. A terapia com estatinas visa deixar o colesterol LDL abaixo de 130 mg/dl.
C. Em pacientes com idade acima de 80 anos, o alvo para hemoglobina glicada pode ser em torno de 8%.
D. No rastreio da Nefropatia Diabética, a proteinúria de 24 horas é mais segura que a relação albumina/creatinina urinária.

A

Letra “C” - Em pacientes com idade acima de 80 anos, o alvo para hemoglobina glicada pode ser em torno de 8%.

Letra A: estudos recentes não mostraram benefício com uso de AAS para prevenção primária.
Letra B: A terapia com estatinas objetiva baixar o LDL para, pelo menos, menor que 100 mg/dl. A depender
do paciente, esse objetivo pode ser ainda menor (< 70 mg/dl no paciente de alto risco e < 50 mg/dl no
paciente de muito alto risco).
Letra C: Em pacientes idosos, com baixa expectativa de vida ou com múltiplas comorbidades é aceitável uma hemoglobina glicada em torno de 8%, eventualmente até maiores.
Letra D: O rastreamento da nefropatia diabética deve ser iniciado com a pesquisa de microalbuminúria,
preferencialmente pela medida de albumina em amostra isolada de urina. Pode-se ainda medir o índice
albumina-creatinina, ambos com boa acurácia e custo baixo.

36
Q

SES-PE - R3 CLÍNICA MÉDICA – 2009. Em relação ao diabetes mellitus tipo 2 (DM2), é incorreto afirmar.

A. Uma glicemia aleatória maior que 200 mg/dl associada a sintomas de DM2 confirma o diagnóstico.

B. O baixo peso ao nascer é associado a um maior risco futuro de resistência insulínica e DM2.

C. As tiazolidinedionas aumentam o risco de insuficiência cardíaca e de fraturas por osteoporose em mulheres diabéticas.

D. Os inibidores da enzima di-peptidil-peptidase IV (DPP-IV) aumentam a meia-vida do glucagon like
peptide (GLP-1) endógeno, estimulando a secreção de insulina e inibindo a produção de glucagon.

E. O estudo DPP (diabetes prevention program) demonstrou que a droga metformina é mais efetiva
que a modificação do estilo de vida na prevenção da DM2.

A

Letra “E” - O estudo DPP (diabetes prevention program) demonstrou que a droga metformina é mais efetiva que a modificação do estilo de vida na prevenção da DM2.

Letra A: glicemia aleatória maior que 200 mg/dl + sinais inequívocos de DM selam o diagnóstico. Não há
necessidade de testes adicionais!
Letra B: O baixo peso ao nascer está associado a risco de obesidade no futuro e DM2.
Letra C: As glitazonas retêm líquido, aumentando o risco de descompensação de insuficiência cardíaca. Além disso, inibem osteoblastos favorecendo fraturas osteoporóticas.
Letra D: estímulo à secreção de insulina de maneira glicose dependente e queda do glucagon são
características das incretinas: inibidores de DPP4 (gliptinas) e dos análogos de GLP1.
Letra E: O estudo DPP mostrou que a metformina foi capaz de reduzir o número de pacientes que evoluíram para DM2. Porém essa redução foi menor que o observado no grupo da modificação do estilo de vida.

37
Q

UERN – RN – 2015. Com relação às complicações tardias do diabetes mellitus, pode-se afirmar que:

A. A hipofisectomia é recomendada para o tratamento de retinopatia diabética.
B. A nefropatia diabética se instala rapidamente em paciente mal controlado, geralmente, em torno de
três anos após o início da doença.
C. Todo paciente diabético evolui com retinopatia e nefropatia nos primeiros cinco anos de doença.
D. A microalbuminúria é um excelente marcador para nefropatia diabética.

A

Letra “D” - A microalbuminúria é um excelente marcador para nefropatia diabética.

Letra A: O tratamento da retinopatia diabética envolve fotocoagulação a laser e o uso de antiangiogênicos,
como o anti-VEGF.
Letra B e C: As complicações microvasculares são crônicas e raramente se instalam antes de 5 anos de
diagnóstico!
Letra D: As intervenções terapêuticas devem ser feitas nas fases mais precoces da nefropatia diabética, uma
vez que são bem menos eficazes quando já há proteinúria significativa ou insuficiência renal. A
microalbuminúria é uma fase precoce da nefropatia diabética que, se for tratada, pode prevenir a evolução
para nefropatia manifesta (proteinúria franca), sendo um excelente marcador da doença.

38
Q

PSU – MG – 2011. Menino com diabetes mellitus tipo I, em uso irregular de insulina, apresenta nos últimos dias polidipsia, poliúria, respiração rápida e profunda, desidratação e certa letargia. Além dessas manifestações clínicas, os parâmetros bioquímicos para caracterizar cetoacidose diabética são:

A. Glicemia > 400 mg/dl; pH venoso < 7,2 e/ou bicarbonato < 12 mmol/L e cetonemia > 3 mmol/L.
B. Glicemia > 200 mg/dl; pH < 7,3 e/ou bicarbonato < 15 mmol/L e cetonúria positiva.
C. Glicemia > 400 mg/dl; pH arterial < 6,9 e/ou bicarbonato < 8 mmol/L e cetonemia > 3 mmol/L.
D. Glicemia > 500 mg/dl; pH arterial < 7,35 e/ou bicarbonato < 12 mmol/L e cetonúria positiva.

A

Letra “B” - Glicemia > 200 mg/dl; pH < 7,3 e/ou bicarbonato < 15 mmol/L e cetonúria positiva.

COMENTÁRIOS: Os critérios de cetoacidose diabética:
− Glicemia > 200 - 250 mg/dl;
− PH < 7,3;
− Bicarbonato < 15 - 18 mmol/L e cetonúria positiva.

39
Q

PSU – MG – 2012. Paciente de 24 anos, conhecidamente diabético, é levado ao pronto-socorro devido a mal-estar associado à poliúria há 2 dias. Encontra-se desidratado com glicemia capilar de 540 mg/dl, PA de 120 x 80 mmHg, FC 112 bpm e FR 24 irpm com incursões profundas. Entre as condutas
terapêuticas abaixo, assinale a alternativa que apresenta a primeira medida a ser tomada:

A. Insulina regular em bolus IV de 0,1 U/kg seguido e infusão IV a 0,1 U/kg/h.
B. Hidratação venosa com NaCl 0,9% a cerca de 15 ml/kg/h.
C. Hidratação venosa com NaCl 0,9% a cerca de 15 ml/kg/h associado a cloreto de potássio IV a 20 mmol/h.
D. Hidratação venosa com NaCl 0,9% a cerca de 15 ml/kg/h associado a bicarbonato de sódio 8,4%.

A

Letra “B” - Hidratação venosa com NaCl 0,9% a cerca de 15 ml/kg/h.

Letra A: Na primeira hora, a primeira atitude para salvar o paciente com cetoacidose é a HIDRATAÇÃO!
Letra B: Deve começar com Nacl 0.9% a cerca de 15 a 20 ml/kg/h.
Letra C: A associação do cloreto de potássio só será necessária posteriormente a depender dos níveis séricos
de potássio!
Letra D: O bicarbonato de sódio só será utilizado caso o PH esteja menor que 6.9!

40
Q

UNICAMP – SP – 2018. Menino de 5 anos, 20 kg, chega à unidade de Emergência com quadro de primo
descompensação de Cetoacidose Diabética. Duas horas antes havia passado em Unidade Básica de
Saúde com quadro de polidipsia, poliúria, polifagia e fita glicêmica de 400 mg/dl, sendo medicado com
2 UI de insulina simples subcutânea. Na gasometria inicial da Unidade de Emergência apresentava pH:
7,10; pO2: 80; pCO2: 20; HCO3: 6; Fita glicêmica com 150 mg/dl. Analisando o aqui exposto, em relação
à conduta anterior de receber insulina na UBS, Assinale a alternativa CORRETA:

A. A conduta está completa, visto que praticamente normalizou a glicemia e, portanto, diminuirá a diurese
osmótica.
B. A conduta está incompleta, pois a queda de glicemia não foi suficiente, devido à dose baixa administrada de insulina.
C. A conduta está incompleta, pois o push de insulina isolado não controla todos os mecanismos envolvidos
na acidose na cetoacidose diabética.
D. Impossível saber se a conduta está completa ou não porque não foi relatado como estavam os corpos
cetônicos na urina.

A

Letra “C” - A conduta está incompleta, pois o push de insulina isolado não controla todos os mecanismos envolvidos na acidose na cetoacidose diabética.

Ótima questão para relembrar o seguinte conceito: o objetivo na cetoacidose diabética
não se restringe à normalização da glicemia e sim ao controle da acidose com normalização do PH e dos
níveis de bicarbonato!
Letra A: a conduta está totalmente incompleta! O paciente encontra-se em cetoacidose e o primeiro
momento deveria ter sido dedicado à hidratação com soro fisiológico 0,9%. O segundo momento está
reservado para o início da insulina e, ainda assim, apenas após a avaliação dos níveis séricos de potássio!!
Letra B: esta alternativa segue o mesmo raciocínio incorreto, tenta induzir o aluno a pensar que o objetivo é a mera correção dos valores glicêmicos! Incorreto!
Letra C: CORRETO!
Letra D: A presença de corpos cetônicos é fortemente sugestivo de cetoacidose diabética, no entanto os
níveis glicêmicos, o PH e o bicarbonato do paciente em questão não deixam dúvida quanto ao diagnóstico de cetoacidose diabética e necessidade de correção desses parâmetros.

41
Q

(SES-PE 2015 ACESSO DIRETO) - Qual dos antidiabéticos abaixo relacionados estimula a secreção pancreática de insulina?

 A) Metformina
 B) Glimepirida
 C) Pioglitazona
 D) Acarbose
 E) Saxagliptina
A

Letra “B e E”: Glimepirida (sulfonilureia) e Saxagliptina (-DPP4: incretínico)

METFORMINA: DIMINUI GLICONEOGÊNESE: BAIXO RISCO DE HIPOGLICEMIA
SULFONILUREIAS: AUMENTA SEC. PANC. DE INSULINA - INDEPENDENTE DE GLICOSE: RISCO DE HIPOGLICEMIA
-DPP4: AUMENTA SEC. PANCREÁTICA DE INSULINA - DEPENDENTE DE FLICOSE

Questão que trata a respeito de antidiabéticos e a secreção pancreática de insulina. A Metformina tem como função principal a redução da gliconeogênese hepática, sendo o principal antiglicemiante utilizado até então, agindo também, de forma menos eficiente, na diminuição da resistência a insulina. Tem efeito neutro sobre o peso ou promove perda discreta e já é iniciada no momento do diagnóstico, sem a necessidade de esperar a introdução de MEV. Tem como contraindicação a insuficiência renal, fazendo-se necessária a diminuição da dose com ClCr < 45 mL/min/1,73m² e a suspensão com ClCr < 30 mL/min/1,73m². Também deve ser evitada em pacientes com risco de acidose, por conta da complicação rara, porém de alta mortalidade, de acidose lática. As sulfonilureias, dentre elas a Glimepirida, são drogas potentes que estimulam o pâncreas a secretar insulina, por conta disso têm efeito de ganho de peso e podem levar à hipoglicemia. A Pioglitazona faz parte de uma classe de drogas sensibilizadoras à insulina, dessa forma, não leva à hipoglicemia e tem efeito no ganho de peso, contribuindo com gordura periférica, mas não visceral. A Acarbose atua inibindo a enzima alfa-glicosidase, dificultando a absorção de carboidratos intestinais, o que pode levar a efeitos colaterais como meteorismo e flatulências. A Saxagliptina, uma das gliptinas, é um inibidor da DPP-4, enzima que atua como contrarreguladora do GLP-1, que é um hormônio responsável por estimular a secreção de insulina glicose-dependente e diminuir a ação do glucagon. Como as ALTERNATIVAS B e E apresentam drogas que estimulam a secreção pancreática de insulina, a questão foi ANULADA.