TEV Flashcards
TEP - ( ) O D-Dímero apresenta alta especificidade para o dx de TEP (V/F)
FALSO - o D-Dímero tem alto VPN (sensibilidade): qd normal, torna o dx de TEP agudo improvável
TEP Tto inicial (10d) (04):
ANTICOGULAÇÃO INICIAL: -HBPM: gestantes/Neoplasias; -Fondaparinux: HIT; -HNF: instabilidade HD (TEP maciço) - candidatos à terapia fibrinolítica com ClCr<30; Obesidade severa/IR; -NoAC (RivaroXabana/ApiXabana): EdoXabana e Dabigatrana não podem ser utilizados no início.
TEP Tto de longo prazo (10d-03m) (04):
-HBPM: gestantes/Neoplasias; -Fondaparinux: HIT; -Warfarina: IR; -NoAC: inibidores diretos do fator Xa (RivaroXabana; ApiXabana; EdoXabana) e inibidor direto da Trombina (DabigaTrana).
TEP - ( ) Níveis de troponina elevados na TEP aguda são associados a aumento de mortalidade (V/F)
Verdadeiro
TEP - ( ) A anticoagulação deve ser iniciada prontamente no paciente com alta suspeita clínica (V/F)
Verdadeiro
TEP - Manifestações clínicas mais comuns (02):
-Taquipneia; -Taquicardia. DT não é um sintoma frequente!
UFPB-PB 2016 ACESSO DIRETO. NÃO é uma causa de trombose de repetição em pacientes jovens: A. Deficiência de proteína C. B. Anticorpo antifosfolípide. C. Deficiência de homocisteína. D. Deficiência de antitrombina III. E. Hemoglobinúria paroxística noturna (HPN).
Letra “C” - Deficiência de homocisteína. Todas as doenças citadas acima são causas de TEV de repetição em jovens, exceto, a deficiência de homocisteína. Lembrar que em tromboses arteriais a principal causa será a síndrome do anticorpo antifosfolipídeo (SAAF)
PSU-MG - 2012 - ACESSO DIRETO. Em relação à trombose venosa profunda de membros inferiores e tromboembolismo, assinale a afirmativa falsa: A. O sinal mais característico, porém, não específico, de trombose venosa da panturrilha é a limitação da dorsiflexão do pé́. B. A dor na panturrilha e coxa tendem a melhorar com o repouso e a elevação do membro acometido. C. Por ser basicamente um comprometimento venoso, não há risco de isquemia do membro afetado. D. Com o exame de mapeamento duplex, pode-se determinar se o trombo é recente ou antigo.
Letra “C” - Por ser basicamente um comprometimento venoso, não há risco de isquemia do membro afetado. O sinal mais característico (porém pouco específico) seria a dor referida à dorsiflexão do pé - Sinal de Homans (Alternativa A- verdadeira). Ao levantar membro ou em repouso, temos uma diminuição da pressão venosa, o que pode aliviar as dores na panturrilha e/ou coxa (alternativa Bverdadeira). No caso de tromboses proximais graves, podemos observar o desenvolvimento da chamada phlegmasia cerúlea dolens. Como consequência da obstrução ao retorno venoso, temos um aumento do edema que pode comprometer o fluxo arterial levando a isquemia (alternativa C FALSA). O mapeamento duplex (USG doppler) pode ajudar a diferenciar trombos antigos de novos. As características de segmento venoso de calibre normal ou ligeiramente aumentado fala a favor de cronicidade, em contrapartida, em trombos recentes temos maior ecogenicidade, heterogeneidade e o mesmo pode apresentar sinais de recanalização.
PSU-MG - 2011 - ACESSO DIRETO. Um homem de 60 anos procura serviço de urgência com dispneia e dor torácica de aparecimento súbito. Com base no quadro clínico e no eletrocardiograma reproduzido (VER IMAGEM), o diagnóstico mais provável é:
A. Dissecção aórtica tipo B.
B. Infarto do miocárdio da parede lateral do ventrículo esquerdo.
C. Pericardite aguda.
D. Tromboembolismo pulmonar agudo.
Letra “D” - Tromboembolismo pulmonar agudo.
: A questão nos traz um paciente com dor torácica e um ECG, no qual, além de uma taquicardia sinusal, há o famoso padrão S1Q3T3, ou seja, S em D1, onda Q em D3 e T invertida em D3, que é bastante sugestivo de TEP
SES-PE 2017 R1 ACESSO DIRETO. Um homem de 65 anos, tabagista de longa data, descobriu recentemente um câncer de pulmão por meio de exames rotineiros e iniciou sessões de radioterapia. Dez dias após, foi trazido para a emergência, com queixas de dor torácica e dispneia de início súbito. Ao exame, está hemodinamicamente estável, mas a saturação de O² em ar ambiente é de 86%. Realizou radiografia de tórax que identificou massa em hemitórax direito, inalterada em relação aos exames prévios. Sobre o caso, assinale a alternativa CORRETA. Parte superior do formulário:
A. Deve-se solicitar a dosagem do D-dímero e diagnosticar embolia pulmonar, caso esse seja elevado.
B. Deve-se realizar um exame de Doppler de membros inferiores, e a probabilidade de embolia pulmonar será mínima, caso esse seja normal.
C. O exame de escolha ao diagnóstico de embolia pulmonar nesse caso é a angiotomografia de tórax. A existência de doença pulmonar de base dificulta a interpretação da cintilografia de ventilaçãoperfusão.
D. A melhor opção terapêutica para o caso é o uso de heparina de baixo peso molecular por alguns dias, seguida por warfarin por tempo indeterminado.
E. Caso seja confirmado o diagnóstico de embolia pulmonar, o paciente deverá receber trombolíticos, por conta da hipóxia
Letra “C” - O exame de escolha ao diagnóstico de embolia pulmonar nesse caso é a angiotomografia de tórax. A existência de doença pulmonar de base dificulta a interpretação da cintilografia de ventilaçãoperfusão.
Paciente de 65 anos, portador de câncer de pulmão, ou seja, fator de risco importante para o desenvolvimento de tromboembolismo venoso, apresenta dor torácica e dispneia súbita, sendo o tromboembolismo pulmonar a primeira hipótese diagnóstica. A questão não nos informa dados para avaliarmos a probabilidade pré-teste de TEP, mas temos que concordar que esse paciente tem uma ALTA PROBABABILIDADE de TEP. Diante de um paciente de alta probabilidade, o primeiro exame a ser solicitado é angiotomografia de tórax (exame de escolha), e não o d-dímero, utilizado nos pacientes com baixa probabilidade pré-teste de TEP (Letra A incorreta). O USG doppler de membros inferiores pode ser utilizado na impossibilidade de realizar a tomografia, mas mesmo que seja normal, ele não afasta a possibilidade de TEP, pois o trombo pode ter migrado (Letra B incorreta). A cintilografia é um bom exame para o diagnóstico, mas é inferior a angiotomografia e em pacientes com doença pulmonar préexistente, como o paciente descrito acima (câncer de pulmão). Ela acaba perdendo em sensibilidade. Após o diagnóstico, vamos tratar o paciente! A indicação de trombolítico é reservada para os pacientes com TEP + instabilidade hemodinâmica (Letra E incorreta). A anticoagulação em pacientes com TEP e câncer é feita preferencialmente com heparina de baixo peso molecular por tempo indeterminado, não sendo indicado o uso de warfarin (Letra D incorreta).
SUS-PE – 2013- R3 CLÍNICA MÉDICA. Em relação à Tromboembolia Pulmonar (TEP), é incorreto afirmar:
A. Níveis de troponina elevados na TEP aguda são associados a aumento de mortalidade.
B. O D-dímero apresenta alta especificidade para o diagnóstico de TEP.
C. A heparina de baixo peso molecular ou fondaparinux são recomendados para o tratamento da TEP em pacientes estáveis.
D. A anticoagulação deve ser iniciada prontamente no paciente com alta suspeita clínica.
E. As manifestações clínicas mais comuns para o diagnóstico são taquipneia e taquicardia
Letra “B” - O D-dímero apresenta alta especificidade para o diagnóstico de TEP.
: Na suspeita de TEP, recomenda-se utilização dos critérios de Wells para dividir os pacientes em alta ou baixa probabilidade, devendo ser esses últimos submetidos à dosagem do dímero, um produto de degradação da fibrina, portanto, um metabolito altamente sensível para TEV. No entanto, tem baixa especificidade, pois pode estar elevado em várias condições como neoplasias e estados inflamatórios, desse modo, não serve para diagnóstico (Letra B incorreta). Se o paciente apresentar alta probabilidade de TEP, devemos realizar uma angiotomografia para confirmar e iniciar prontamente a anticoagulação até confirmação ou exclusão do diagnóstico. A Heparina de baixo peso molecular ou fondaparinux são os anticoagulantes de escolha nos pacientes estáveis, sendo reservados para os pacientes instáveis a heparina não fracionada (Letra C e D corretas). A troponina alta está associada a disfunção de ventrículo direito, desse modo, confere um pior prognóstico (Letra A correta). A taquicardia e taquipneia são os sinais mais comuns, sendo a dispneia e dor torácica, os sintomas mais comuns (Letra E correta).
SURCE-CE - 2016 - ACESSO DIRETO. Homem de 55 anos, paraplégico por acidente automobilístico há 15 anos, é internado por pneumonia adquirida na comunidade. Está no oitavo dia de internamento hospitalar (DIH), com boa resposta ao antibiótico endovenoso, quando foi observado edema isolado de perna esquerda. Ultrassonografia com doppler evidenciou trombose venosa profunda na perna edemaciada, mesmo com uso diário de enoxaparina 40mg via SC. Os exames da admissão mostravam plaquetas: 300.000/mm3. O exame de hoje (8o DIH) evidencia plaquetas: 60.000/mm3. Paciente não fez uso de quaisquer medicamentos nos 12 meses prévios ao internamento. Qual conduta deve ser adotada nesse momento?
A. Suspender enoxaparina e iniciar warfarin.
B. Trocar enoxaparina por fondoparinux.
C. Manter enoxaparina em 1mg/kg de peso 2x/dia.
D. Trocar enoxaparina por heparina não fracionada.
Letra “B” - Trocar enoxaparina por fondoparinux.
Estamos diante da chamada trombocitopenia induzida por heparina (HIT), complicação induzida pelo uso da heparina, que resulta da presença de um autoanticorpo direcionado ao complexo heparina-fator 4 plaquetário. Se suspeitarmos, é mandatório suspender qualquer tipo de heparina e iniciar um anticoagulante não derivado da heparina como fondaparinux. O Warfarin só deve ser iniciado após plaquetas >150.000, estando adequadamente anticoagulado com a fondaparinux.
SES-PE - 2018 - R3 CLÍNICA MÉDICA. Em relação ao Tromboembolismo Pulmonar (TEP), é CORRETO afirmar que:
A. O valor preditivo negativo do D-dímero é alto, e um D-dímero normal torna o diagnóstico de TEP agudo improvável.
B. Dor torácica é um sintoma frequente no TEP e geralmente é causada por irritação pericárdica, que o infarto pulmonar provoca.
C). Na fase aguda, heparina não fracionada deve ser evitada em pacientes candidatos à terapia trombolítica, com disfunção renal (clearance de creatinina <30mL/min) ou obesidade severa.
C. Pacientes que evoluem com sinais de disfunção ventricular direita, como hipotensão, não podem receber terapia trombolítica.
D. O filtro em veia cava inferior deve ser instalado na fase aguda, assim que o paciente estiver anticoagulado.
Letra “A” -
O valor preditivo negativo do D-dímero é alto, e um D-dímero normal torna o diagnóstico de TEP agudo improvável.
O D-dímero possui alto valor preditivo negativo (99,5%), quando a probabilidade pré-teste (grau de suspeita) é baixa. Isso quer dizer que praticamente afasta a chance de ter TEV se um paciente tiver D-dímero normal (<500 ng/dl) (Letra A correta). A dor torácica é segundo sintoma mais frequente (44%) perdendo apenas para dispneia, ela costuma ser ventilatório dependente e é ocasionada por irritação PLEURAL, e não pericárdica, que o infarto pulmonar provoca (Letra B incorreta).A heparina não fracionada é a anticoagulação de ESCOLHA em pacientes candidatos a terapia trombolítica, com disfunção renal (clearance de creatinina <30mL/min) ou obesidade severa, visto que, nessas situações sua meia vida é mais previsível ,desse modo, com menores riscos de sangramento (Letra C incorreta). A terapia trombolítica no TEP está indicada nos casos de TEP confirmado + Instabilidade hemodinâmica (Letra D incorreta). O filtro de veia cava inferior é indicado nas seguintes situações: TVP proximal ou TEP confirmados com contraindicação `a anticoagulação e falha de anticoagulação, ou seja, recorrência de TEP em vigência de anticoagulação adequada. Desse modo ele não é instalado na FASE AGUDA (Letra E incorreta).
SUS-PE 2012 ACESSO DIRETO. Paciente gestante, no segundo mês de gravidez, apresenta um quadro confirmado de embolia pulmonar. Qual a droga de escolha para o tratamento do tromboembolismo venoso nesse caso?
A. Warfarina.
B. Ácido acetilsalicílico.
C. Enoxaparina.
D. Dabigatran.
E. Clopidogrel.
Letra “C” - Enoxaparina
A heparina de baixo peso molecular (HBPM) é o tratamento de escolha para o TEP durante a gravidez. Os antagonistas da vitamina K cruzam a placenta e podem causar embriopatia no primeiro trimestre e no terceiro trimestre podem resultar em hemorragia fetal e neonatal, bem como descolamento de placenta. Desse modo, só podem ser utilizados no segundo trimestre. Nossa paciente, entretanto, está no início da gravidez, o que contraindicaria o uso do Warfarin. O AAS e clopidogrel são antiagregantes plaquetários, não sendo utilizados no manejo terapêutico da embolia pulmonar. O dabigatran (inibidor direto da trombina) não tem sua segurança determinada para uso em gestantes.
(SES-PE 2018 R3 CIRURGIA GERAL) - Paciente de 64 anos, portador de neoplasia de próstata há 6 meses, evoluindo com dor de forte intensidade em perna direita, piorando com a posição ortostática e melhorando com a elevação do membro. Tinha pés aquecidos, pulsos pediosos presentes e dor à compressão da panturrilha direita. Qual seria o MELHOR tratamento para esse paciente?
A) Analgesia e fasciotomia da perna.
B) Tromboembolectomia.
C) Analgesia e fibrinólise sistêmica.
D) Analgesia e anti-inflamatórios.
E) Analgesia e anticoagulação plena.
Letra “E” - Analgesia e anticoagulação plena.
Estamos diante de um idoso com passado recente de neoplasia, este um fator de risco clássico para TEV, que evoluiu com dor em MID associada à dor à compressão da panturrilha direita. Diante desse caso devemos fazer um diagnóstico diferencial com isquemia crítica, mas pelo fato de o paciente apresentar pés aquecidos, pulsos pediosos presentes, isso praticamente afasta uma isquemia crítica e nos direciona mais ao TEV. Diante de um paciente com alta probabilidade para TVP temos que aplicar o escore de Wells, esse escore vai pontuar alguns fatores de risco para indicar se o paciente tem risco para TVP. Dentre os itens avaliados no escore de Wells para TVP temos: câncer atual ou tratado nos últimos 6 meses – 01 ponto; paralisia, paresia ou imobilização de MMII – 01 ponto; restrição ao leito > 03 dias ou cirurgia nas últimas 12 semanas – 01 ponto; dor no sistema venoso profundo – 01 ponto; edema com cacifo – 01 ponto; assimetria de MMII – 01 ponto; circulação colateral não varicosa – 01 ponto; outro diagnóstico é mais provável do que TVP – menos 02 pontos. Um resultado acima de zero já nos indica uma probabilidade moderada/alta do paciente apresentar TVP, lembrando que o escore só é feito em pacientes com probabilidade pré-teste alta. Ao calcular o escore no paciente em questão temos que ele marca 02 pontos, por apresentar o câncer há 06 meses e por apresentar dor no sistema venoso profundo. Como paciente já pontua acima de 01 ponto, agora precisamos apenas confirmar a TVP com um USG de MMII e começar o tratamento, mas lembrem-se que se a suspeita for muito alta devemos iniciar o tratamento o quanto antes, não sendo necessário esperar a realização do USG. Então diante disso a melhor conduta para o nosso paciente seria a realização de um USG de MMII, anticoagulação plena para tratamento do TVP e analgesia uma vez que o paciente está com dor, resposta letra E.