Anemias Flashcards

1
Q

(SES-PE 2013 ACESSO DIRETO) - São recursos médicos laboratoriais de anemia por ferro, EXCETO:

A) Em crianças de 6 a 59 meses, é considerada anemia, tem hemoglobina para menores de 11 g / dl, segundo OMS

B) Na depleção de ferro sem anemia, tanto a hemoglobina como os índices eritrocitários podem estar normais

C) RDW abaixo de 14% com VCM baixo sugerido para o diagnóstico de anemia ferropriva

D) Intoxicação por chumbo, uma anemia também hipocrômica e microcítica

E) Antes de iniciar tratamento, uma contagem de reticulócitos pode estar normal ou baixa, subir na primeira semana, após o início da administração de ferro

A

Letra “C” - RDW abaixo de 14% com VCM baixo sugere o diagnóstico de anemia ferropriva

Na anemia ferropriva o RDW é alto. RDW aumentado = carencial

5a-11a: anemia hb<11,5

RDW fica pxm de 16

Saturnismo (intox. Pb): hipo/micro

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

(SES-PE 2014 ACESSO DIRETO) - Homem, 65 anos procura consulta apresentando astenia, fadiga e palidez há um ano. Refere também discreta icterícia, queda de cabelo, unhas quebradiças e episódios ocasionais de diarreia. Tem antecedentes de diabetes controlada com metformina 2g/dia e DRGE controlado com omeprazol 40 mg/dia. Exames iniciais mostram: Hb 6.0g/dl; Ht 22.0%, VCM 117; RDW 16%; 2500 leucócitos/mm³; 90 mil plaquetas/mm³; Reticulócitos 2%; DHL 1500U/l; Bilirrubina total 2.2mg/dl; Bilirrubina indireta 1.7mg/dl; transaminases normais; Homocisteína aumentada; Ácido metilmalônico aumentado; ionograma normal; Creatinina 0.8mg/dl; Glicemia 105mg/dl. Qual é o diagnóstico mais provável?

A) Deficiência de ácido fólico

B) Deficiência de vitamina B12

C) Anemia hemolítica

D) Anemia aplástica

E) Anemia de doença crônica

A

Letra “B” - deficiência de vitamina B12

Astenia + fadiga + palidez: sugerem anemia

Icterícia = sugere hemólise

Metformina –> def. Vit. B12

Omeprazol (IBP) –> diminui abs de Vit. B12

Hb.: 6 = Anemia

VCM: 117 = Macrocítica

RDW: 16% = Anisocitose: carencial

leuco: 2500 = leucopenia

Plaquetas: 90K + Plaquetopenia.: pancitopenia

DHL ajumentado: hemólise

BI: 1,7 = hemólise

No entanto, como apresenta reticulócitos diminuídos (2% com uma Hb de 6), descarta-se a ideia de uma anemia hemolítica, visto que anemias hemolíticas cursam com hiperprliferação de reticulócitos. A “hemólise” ocorre por uma diminuição da meia-vida das hemáceas (macrocíticas) euma eritropoese ineficaz.

Homocisteína aumentada: def. de ácido fólico e/ou def. vit. B12

Ácido metilmalônico aumentado: Def. vit. B12

Vale salientar que a presença de distúrbios neuropsoiquiátricos (não presente na questão) fala a favor de def. de vit. B12

Anemia hipoproliferativa macrocítica com anisocitose por deficiência de Vit. B12

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

(SES-PE 2020 R3 CLÍNICA MÉDICA) - Em relação às anemias, é INCORRETO afirmar que

A) o teste de Coombs diretamente negativo após a anemia hemolítica

B) ou o quadro morfológico do sangue periférico e da medula óssea é semelhante nas deficiências de folatos ou vitamina B12

C) uma anemia perniciosa pode estar associada a doenças autoimunes, como pneumóide de Hashimoto e Vitiligo

D) ou o padrão de hemoglobinas em pessoas com talassemia beta maior é variável, caracterizada pelo aumento de Hb F, com status que 60% a 90%

E) uma anemia ferropriva é uma única condição que gera ferritina sérica muito reduzida, ou que torna uma hipoferritinemia bastante específica para esse diagnóstico

A

Letra “A” - o teste de Coombs direto negativo afasta a hipótese de anemia hemolítica A AH com Coombs Direto negativo é a AH não-imune.

Beta-talassemia: aumento de HbF e HbA2

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

(SES-PE 2017 ACESSO DIRETO) - Uma paciente de 22 anos queixa-se de astenia e fadiga, além de leve dispneia aos esforços vigorosos. O hemograma revelou Hb – 8,0g/dl; VCM 70fL; RDW 22%; Leucócitos 6500/mm3 e Plaquetas 520.000/mm3. Nega comorbidades e doenças prévias. Qual é a opção terapêutica mais adequada para o caso?

A) Reposição parenteral de ferro

B) Transfusão de concentrado de hemácias

C) Sulfato ferroso

D) Eritropoetina

E) Reposição de ácido fólico e vitamina B12

A

Letra “C” - Sulfato ferroso

Astenia+fadiga+leve dispneia: sugerem anemia

Hb.: 8 = Anemia

VCM: 70 = Microcítica

RDW: 22% = Anisocitose = Carencial

Plaquetas: 520k = Plaquetose

Anemia Ferropriva!

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

(SES-PE 2019 R3 CLÍNICA MÉDICA) - Em relação à Anemia Ferropriva (AF), é INCORRETO afirmar que

A) o número de reticulócitos na AF em geral está elevado

B) na AF, a anisocitose é a alteração morfológica dos eritrócitos mais precocemente evidenciada, sendo tipicamente acompanhada de ovalocitose

C) como a ferritina é um reator de fase aguda, com níveis aumentados em doenças inflamatórias, infecciosas, malignas ou hepáticas, pode haver uma ferritina falsamente elevada na presença dessas doenças e AF

D) o tratamento da AF consiste na reposição de ferro oral ou venosa. No entanto, é mandatória a investigação da causa e sua pronta correção; do contrário, a reposição é paliativa e tende a ser ineficaz no longo prazo

E) a hepcidina e seus níveis estão aumentados na presença de inflamação e de estoques de ferro elevados e reduzidos na presença de AF

A

Letra “A” - o número de reticulócitos na AF em geral está elevado A anemia ferropriva é uma anemia carencial, logo, é hipo proliferativa (Reticulócitos diminuídos)

primeiro alt. laboratorial: diminuiçã ferritina

primeira alt. morfológica: anisocitose

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

(SES-PE 2019 R3 CLÍNICA MÉDICA) – A eletroforese de hemoglobinas é uma ferramenta importante no diagnóstico diferencial de anemias, além de permitir análises familiares em parentes de portadores de hemoglobinas anormais. Três pacientes realizaram eletroforese, e o resultado está representado abaixo. Qual é o diagnóstico, respectivamente, dos pacientes 1, 2 e 3?

A) Talassemia menor; Talassemia maior; Traço falciforme

B) Talassemia maior; Talassemia menor; Anemia falciforme

C) Traço falciforme; Talassemia maior; Anemia falciforme

D) Traço falciforme; Talassemia menor; Anemia falciforme

E) Talassemia maior; Talassemia menor; Traço falciforme

A

Letra “A”

Aumento de A2: talassemia, sobretudo se associado com aumento de HbF

Padrão: A(A1) > A2 ~ F (97:2:1)

Paciente 1: Diminuição A1; Aumento A2; Aumento F; 0 HbS = espectro talassemia, possivelmente não grave: Minor

Paciente 2: 0 A1 (não produz cadeia beta); Aumento A2: Aumnento maior F; 0 HbS = beta-talassemia grave, pela ausência de A1.

Paciente 3: Diminuição A1; normal A2; normal F; aumento HbS = espectro falciforme, mas, se em homozigoze, não produziria HbA1, portanto, apresneta traço falciforme

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

. (SES-PE 2018 R3 CLÍNICA MÉDICA) - Paciente de 20 anos com diagnóstico de anemia falciforme dá entrada na emergência com dores na perna direita. Este é acompanhado no HEMOPE e faz uso crônico de ácido fólico e hidroxiureia. Seu último internamento foi há seis meses, com um quadro de síndrome torácica aguda. Ao exame físico, está com fáscies de dor, hipocorado 2+/4+, afebril, eupneico, desidratado +/4+. Membro inferior direito bem perfundido, com pulsos presentes e sem sinais de úlcera crônica. A escala analógica da dor é 9 em 10, tendo o paciente já feito uso de diclofenaco em domicílio e associação de paracetamol com codeína na emergência sem melhoras. Paciente solicita o uso de morfina venosa, pois é o medicamento que alivia as dores quando estão nessa intensidade. A conduta mais CORRETA é

A) prescrever morfina para alívio da dor intensa, além de hidratação

B) avaliar adição por opioide, pois é improvável crise vaso-oclusiva

C) transfundir concentrado de hemácias pela gravidade da crise vaso-oclusiva

D) manter analgésicos já utilizados e iniciar hidratação venosa

E) iniciar meperidina para alívio da dor intensa, além de hidratação

A

Letra “A” - prescrever morfina para alívio da dor intensa, além de hidratação

O tto da crise álgica vaso-oclusiva:

ttar fatores desencadeantes (normalmente, infecção)

+HDT

+Analgesia: não hesitar em fazer opioides

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

(SES-PE 2018 R3 CLÍNICA MÉDICA) - A Hepcidina é fundamental no metabolismo do ferro e tem papel chave na fisiopatologia não só da anemia ferropênica como de outras anemias. Quanto à Hepcidina, assinale a alternativa INCORRETA.

A) Liga-se à Ferroportina no enterócito, impedindo a absorção e sobrecarga de ferro

B) Impede que o ferro proveniente do catabolismo das hemácias senescentes seja disponibilizado pelos macrófagos

C) A Interleucina-6 tem papel fundamental, pois age diretamente nos hepatócitos, estimulando a produção de Hepcidina

D) Pacientes com hemocromatose hereditária juvenil cursam com sobrecarga de ferro, e, consequentemente, com aumento na atividade da Hepcidina

E) Pacientes com Talassemia, por apresentarem anemia crônica algumas vezes com hipóxia, apresentam uma baixa expressão da Hepcidina

A

Letra “D” - Pacientes com hemocromatose hereditária juvenil cursam com sobrecarga de ferro, e, consequentemente, com aumento na atividade da Hepcidina

Hemocromatose herditária: hepcidina baixa

grande maestro da anemia da doença crônica

diminui recrutamento do Fe do SRE (M0)

e diminui abs do ferro (ligando-se a ferroportina)

talassemia tende a ter hemocromatose (pela diminuição da hepcidina) juntamente com as hemotransfusões

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

(SES-PE 2014 R3 CLÍNICA MÉDICA) - Paciente de 20 anos procurou o hospital com queixas de astenia intensa e dispneia às tentativas, tendo evoluído com palidez intensa e icterícia. Seus exames laboratoriais revelaram: Hb 8.0g / dL; VCM e CHCM normais; Reticulócitos 17%; BT 4,4 mg / dL; BI 3,6 mg / dL; TGO 85U / L; TGP 35 U / L; DHL 580U / L; Teste de Coombs classe IgG positivo. Faz parte do arsenal terapêutico para esse caso, EXCETO

A) Plasmaférese

B) Corticosteróides

C) Gamaglobulina

D) Rituximabe

E) Esplenectomia

A

Letra “A” - Plasmaférese

Hb: 8: anemia

normo/normo

retiulócitos: 17: hiperproliferativa

aumento de BI e DHL + icterícia: hemólise

CD+: AHAI

IgG+: anticorpos quentes

tto: prednisona /imunossupressores

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q
  1. (SES-PE 2017 R3 CLÍNICA MÉDICA) - Todas as alternativas abaixo são causas de deficiência de vitamina B12, EXCETO

A) uso da metformina

B) gastrectomia

C) anemia perniciosa

D) uso de metrotrexato

E) doença de Crohn severa

A

Letra “D” - uso de MTX

MTX: causa def. ácido fólico

DC: acomete íleo-distal - onde se absorve vit. B12

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q
  1. (SES-PE 2017 R3 CLÍNICA MÉDICA) - Os achados do hemograma são importantes na investigação clínica. Assinale uma alternativa que correlacione CORRETAMENTE de cima para baixo como alterações da hematoscopia com seu diagnóstico.

() Esquizócitos A. Anemia falciforme

() Drepanócitos B. Anemia ferropriva

() Dacriócitos C. AHAI

() Macroovalócitos D. Deficiência de B12

() Poiquilócitos E. Mielofibrose

F. SHU

A) F – A – E – D – B

B) C – B – A – D – E

C) C – B – A – F – E

D) C – A – E – D – B

E) F – A – E – D – C

A

Letra “A”) F - A - E - D - B

Esquizócitos: MAT (PTT e SHU); CIVD: Próteses valvares mecânicas

Drepanócitos (hemácias em foice): Anemia falciforme

Dacriócitos (hemácias em lágrima): ocupação de MO (mielofibrose, infecção, neoplasia); eritropoese extra-medular exacerbada

Macroovalócitos: anemias macrocíticas - Def. B12

Poiquilócitos (hemáceas em formato de charuto): anemia ferropriva severa

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

(SES-PE 2016 R3 CLÍNICA MÉDICA) - Paciente apresenta anemia microcítica e hipocrômica com anisocitose acentuada. Ferro sérico no jejum foi de 40μg / ml e, após duas horas de ingestão de 60mg de ferro elementar por via oral, ou ferro sérico dosado foi de 90μg / ml. Em relação ao caso, marque uma alternativa CORRETA.

A) O diagnóstico de anemia ferropriva é improvável

B) Se bem tolerado, o tratamento com ferro por via oral será eficaz

C) O tratamento deve ser iniciado com ferro parenteral

D) Espera-se encontrar saturação da transferência elevada

E) O diagnóstico mais provável é a talassemia

A

Letra “C” - O tratamento deve ser iniciado com ferro parenteral

via parenteral: ferro de forma rápida (DRC) ou com distúrbio da abs. de ferro

Ferro sérico no jejum:40μg/mL

2h ingestão de 60mg de ferro elementar VO:90μg/ml.

Espera-se que esteja >100 (após 2h): se abaixo, está prejudicada a abs: adm ferro parenteral

Anemia micro / hipo com anisocitose: anemia ferropriva!

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

(SES-PE 2017 ACESSO DIRETO) - Um paciente está sendo investigado por uma anemia leve com VCM de 108fL e níveis químicos reduzidos de vitamina B12. Qual das condições abaixo NÃO está disponível para alterações dessa vitamina?

A) Passado de antrectomia

B) Uso crônico de inibidor de bomba de prótons

C) Uso crônico de metformina

D) Síndrome da alça cega

E) Uso crônico de metotrexato

A

Letra “E” - Uso Crônico de Metotrexato

MTX: def. ácido fólico

sínd. alça cega: pode cursar com hiperproliferação bacteriana: consomem vit. B12 como substrato

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

(SES-PE 2017 ACESSO DIRETO) - Sérgio, 3 anos, tem história de anemia grave. Foi internado para uma investigação de anemia com necessidade de hemotransfusões. Mãe refere que o menor tinha astenia intensa e progressiva. Nega sangramentos. Ao exame físico, observação-crescimento negativo, deformidades ósseas faciais, palidez (4 + / 4), e o baço é palpado na altura da cicatrização umbilical. Hemoglobina = 4g / dL; Hematócrito = 12%; VCM = 62 fL; Reticulócitos = 8%; Leucócitos = 1500 mm3; Plaquetas = 80000 mm3. Na microscopia óptica, foram evidenciados corpúsculos de Howel-Jolly. Qual é o mais provável diagnóstico desse caso?

A) Talassemia maior

B) Talassemia menor

C) Anemia aplásica

D) Leucemia

E) Alfa-talassemia

A

Letra “A” - Talassemia major

3a: pensar em causa hereditária

Astenia intensa progressiva, palidez: sugere anemia

Crescimento inadequado: beta-talassemia major

Deformidades ósseas faciais: proliferação da MO = Beta-Talassemia Major

esplenomegalia importante - é recrutado para produzir mais hemáceas, já que na vida fetal havia uma mutação hematológica

Hb: 4 = anemia grave

VCM: 62 = microcítica

Reticulócitos: 8% = hiperproliferativa (descarta carenciais)

Leuco: 1500: leucopenia = hiperesplenismo

Plaquetas: 80K = trombocitopenia - hiperesplenismo (ferropriva cursaria com plaquetose)

Corpúsculos de Howel-Jolly: restos nucleares retiradas pelo baço -> esplenectomia cirúrgica (esquistossomose hepato-esplênica, trauma, esferocitose) ou baço disfuncional (anemia falciforme >5) ou qd baço passa a participar da hematopoese em detrimento da hemocaterese (talassemia major).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

(SES-PE 2017.2 ACESSO DIRETO) - Todos abaixo são achados laboratoriais da anemia de doença crônica, EXCETO

A) hemoglobina baixa

B) ferritina baixa

C) saturação de transferrina diminuída ou normal

D) ferro sérico diminuído ou normal

E) capacidade total de ligação do ferro normal

A

Letra “B” - ferritina baixa

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Valores de referência anemia/Hb:

06-60m(5a):

05-11a:

Homem:

Mulher:

Gestante:

A

06-60m(5a): <11

05-11a:<11,5

Homem: <13

Mulher:<12

Gestante: <10,5-11

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

sinais/sintomas de anemia carencial (02)?

A

-Queilite angular

Glossite

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Anemia de doença crônica

X

Anemia ferropriva

TIBC

Ferritina

Proteína receptora de transferrina

Hepcidina

A

ADC:

Aumenta: Ferritina e Hepcidina

Diminui: TIBC e Prot. rec. de transferrina

Anemia Ferropriva:

Aumenta: TIBC e Prot. rec. de transferrina

Diminui: Ferritina e Hepcidina

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Principal causa de anemia megaloblástica por def. B12?

A

Anemia perniciosa–>Gastrite atrófica–>CA Gástrico

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Principal causa de anemia megaloblástica por def. ác. fólico?

A

Alcoolismo/Cirrose hepática

Outras:

MTX

Dermatite exfoliativa (Psoríase)

Hemólise crônica: anemia falciforme/talassemia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Def. Vit. B12

X

Def. Ác. fólico

Homocisteína

Àcido Metilmalônico

Distúrbios neurológicos

Ambas (08)?

A

B12:

Aumenta: Homocisteína e Àc. metilmalônico

Cursa com distúrbios neurológicos

Ác. fólico:

aumenta homocisteína

diminui àc. metilmalônico

não cursa com dist. neurológicos

Ambas:

neutrófilos plurissegmentados

VCM>115-120

Pancitopenia

RDW aumentado

BI aumentado

DHL aumentado

Reticulócitos diminuídos

Macroovalócitos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Hepcidina:

Aumentada (01)?

Diminuída (03)?

A

Aumentada: Inflamação (ADC)

Diminuída:

  • Anemia ferropriva;
  • Hemocromatose hereditária juvenil;
  • Talassemia.
23
Q

Hematoscopia:

Corpúsculos de Howell-Jolly (2/3-2)

A

Esplenectomia cirúrgica (trauma/Esquistossomose/Esferocitose)

Esplenectomia funcional (Anemia falciforme/Talassemia major)

24
Q

Hematoscopia:

Acantócitos (01)

A

IH

25
Q

Hematoscopia:

Esquizócitos (03-02)

A

MAT (PTT/SHU)

CIVD

Próteses valvares mecânicas

26
Q

Hematoscopia:

Policromasia/Shift cells (01)

A

Reticulócitos/Anemias hiperproliferativas

27
Q

Hematoscopia:

Leptócitos (02)

A

Hecáceas em alvo

Talassemia

Hemoglobinopatia SC

28
Q

Hematoscopia:

Drepanócitos (01)

A

Hemáceas em foice

anemia falciforme

29
Q

Hematoscopia:

Esferócitos (03)

A

Esferocitose

AHAI (Microesferócitos)

Incompatibilidade ABO

30
Q

Hematoscopia:

Dacriócitos (02/3-1)

A

Hemáceas em lágrima

ocupação da MO:

Infecção

Mielofibrose

Neoplasia

Aumento da eritropoese extramedular:

Talassemia Major

31
Q

(SES-PE 2017.2 ACESSO DIRETO) - Qual é a alteração laboratorial mais precoce observada no estabelecimento da anemia ferropriva?

A) Aumento dos reticulócitos circulantes
B) Redução nos níveis de ferritina sérica
C) Aumento da capacidade de fixação de ferro total
D) Redução do ferro sérico
E) Diminuição da protoporfirina eritrocitária livre

A

Letra “B” - Redução nos níveis de ferritina sérica

No caso da depleção de ferro, antes mesmo do surgimento da anemia, existe uma diminuição dos estoques de ferro, sem comprometimento na síntese de hemoglobina. Com o desenvolver do quadro, começa a surgir dificuldade na produção de hemoglobina (anemia), o que causa diminuição no tamanho das hemácias (microcitose) e queda na quantidade de hemoglobina por hemácia (hipocromia). Sendo assim, no início da carência de ferro, o consumo da reserva é identificado através do principal marcador do estoque corporal de ferro no organismo, a ferritina. ALTERNATIVA B – CORRETA.

32
Q

(SES-PE 2018 ACESSO DIRETO) - Como alterações clínicas-laboratoriais relacionadas abaixo são observadas
em pacientes com anemia perniciosa, EXCETO

A) Trombocitose
B) Neutrófilos plurissegmentados
C) Glossite
D) Declínio cognitivo
E) Elevação marcante da DHL (lactato desidrogenase)

A

Letra “A” - Trombocitose

A anemia perniciosa é a principal causa de deficiência de vitamina B12, resultando em uma anemia megaloblástica. A respeito desse tema, seguem as assertivas: ALTERNATIVA A – INCORRETA: Trombocitose é um achado de anemia ferropriva. As anemias megaloblásticas podem cursar com pancitopenia. ALTERNATIVA B – CORRETA: A presença de neutrófilos plurissegmentados é quase patognomônica de anemia megaloblástica, quando encontrada em paciente com anemia macrocítica. ALTERNATIVA C – CORRETA: Glossite e queilite angular são achados comuns das anemias carenciais. ALTERNATIVA D – CORRETA: Diferente da carência de ácido fólico, a deficiência de vitamina B12 pode cursar com distúrbios neuropsiquiátricos, inclusive demência. ALTERNATIVA E – CORRETA: A deficiência de vitamina B12 costuma elevar o DHL para valores superiores aos encontrados em anemias hemolíticas, visto que a hemólise na anemia megaloblástica ocorre ainda na medula óssea, devido à eritropoese ineficaz.

33
Q

(SES-PE 2018.2 ACESSO DIRETO) - Qual dos casos abaixo mais apresenta anemia
microcítica e hipocrômica com ferro sérico e saturação de transferência baixa e ferritina elevada?

A) Adolescente com aumento de menstruação
B) Mulher com meia-idade com gastrite atrativa
C) Paciente de 50 anos com artrite reumatóide resistente a terapias comuns
D) Paciente com 30 anos submetido à laparotomia há 10 dias após a lesão por arma de fogo fogo
E) Paciente renal crônico em tratamento dialítico há um ano

A

Letra “C” - Paciente de 50 anos com artrite reumatóide resistente às terapias comuns

ANEMIA DE DOENÇA INFLAMATÓRIA CRÔNICA

Questão que busca caso mais compatível com anemia de doença crônica, uma forma de anemia bastante semelhante com a anemia ferropriva, mas com a característica marcante de manter níveis elevados de ferritina. ALTERNATIVA A – INCORRETA: Perda crônica de sangue é causa de anemia ferropriva. ALTERNATIVA B – INCORRETA: Gastrite atrófica é um dos achados da anemia perniciosa, que cursa com deficiência de vitamina B12, desenvolvendo anemia megaloblástica. ALTERNATIVA C – CORRETA: Paciente que apresenta doença inflamatória crônica, que pode ser a causa da anemia. ALTERNATIVA D – INCORRETA: Paciente com quadro clínico agudo. ALTERNATIVA E – INCORRETA: A anemia característica do paciente renal crônico é normocítica e normocrômica, devido à deficiência de eritropoietina e não de ferro. Vale lembrar que na anemia de doença crônica, ainda que os níveis de ferro estejam elevados, a produção de hepcidina impede a utilização das reservas pela medula, portanto levando à diminuição da produção de hemoglobina, o que leva à anemia micro/micro.

34
Q

(SES-PE 2019 ACESSO DIRETO) - Analise o eritrograma abaixo e marque uma alternativa que apresenta o paciente que corresponde ao exame. Hemácias 4.160.000 / mm3 Hb 8,5 g / dl Ht 25% RDW 13%
Esfregaço: hemácias em alvo e dacriócitos

A) Paciente de 50 anos com alteração do trânsito intestinal e perda de peso
B) Paciente de 43 anos, portador de artrite reumatóide de dados longos, sem resposta adequada à terapia aplicada.
C) Paciente de 16 anos, com anemia desde a infância e esplenomegalia
D) Paciente de 63 anos, com glossite e alterações sensitivas nos membros inferiores
E) Paciente em terapia dialítica há três anos

A

Letra “C” - Paciente de 16 anos, com anemia desde a infância e esplenomegalia

ANEMIA COM RDW NORMAL + LEPTÓCITOS (HEMÁCEAS EM ALVO) + DACRIÓCITOS POR ERITROPOESE EXTRAMEDULAR AUMENTADA (BAÇO): BETA TALASSEMIA

Questão que apresenta paciente anêmico, com contagem de RDW normal. Entretanto, ao esfregaço sanguíneo, foi observada a presença de hemácias em alvo e dacriócitos (hemácias em lágrima). As hemácias em alvo são bem características de casos de talassemia, nos quais o paciente apresenta disfunção quantitativa na produção de hemoglobina, sendo subdividida em alfa e beta, através da cadeia da globina afetada. Já os dacriócitos são achados em situações em que existe infiltração da medula óssea (infecção, neoplasia, fibrose) ou eritropoese extramedular aumentada. Esse processo é bastante comum em portadores de beta talassemia maior, ou anemia de Cooley , na qual existe resgate de órgãos que só realizavam hematopoese durante a vida intrauterina, como o fígado e o baço, o que pode levar ao desenvolvimento de esplenomegalia maciça. É característica de paciente que manifesta quadro anêmico severo desde a infância, com deformidades ósseas, por eritropoese exacerbada, e déficit de crescimento. Sendo assim, seguem as assertivas: ALTERNATIVA A – INCORRETA: Causa de anemia ferropriva, por provável câncer de cólon. ALTERNATIVA B – INCORRETA: Caso compatível com anemia por doença crônica. ALTERNATIVA C – CORRETA: Quadro bastante compatível com a presença de talassemia, principalmente, beta talassemia. ALTERNATIVA D – INCORRETA: Glossite e queilite angular são alterações compatíveis com anemias carenciais. Dessas, aquela que cursa com disfunções neuropsíquicas é a anemia megaloblástica, por deficiência de vitamina B12. ALTERNATIVA E – INCORRETA: A anemia característica do paciente renal crônico é normocítica e normocrômica, devido à deficiência de eritropoietina e não de ferro.

35
Q

(SES-PE 2019 ACESSO DIRETO) - Menor de 1 ano e seis meses de idade, atendido em consulta
ambulatorial com história de palidez cutânea, irritabilidade e anorexia há um ano. Já fez reposição de ferro via oral por seis meses. Exames de controle: Hemograma com Hb 7,5 g / dl, Ht 24%, VCM 65fL, CHCM 27g / dL. Antecedentes: seo materno exclusivo por um mês com introdução de leite de vaca após esse período e dieta de transição após três meses. Cardápio familiar atual. Ao exame, apresenta palidez
cutânea e mucosa, queilite angular, abdome globoso com presença de cerca de 3,0 cm do RCE e
fígado a 3 cm do RCD. Fronte proeminente. Fica em pé com apoio. Não anda sem apoio. Em relação a
esse caso clínico, marque a alternativa CORRETA.

A) O diagnóstico da anemia envolve uma história clínica e um exame físico. O quadro descrito é
característico de uma anemia carencial por alterações de ferro, microcítica e hipocrômica, e o tratamento
deve ser reiniciado até a normalização da hemoglobina

B) Uma amplitude de variação no tamanho das hemácias (RDW) pode ser reduzida nas lesões de ferro e doenças da hemoglobina. Ele é normal nos traços alfa e beta, sendo uma informação importante para o caso em análise

C) Uma avaliação do ferro circulante pode ser feita pela dosagem da ferritina. Contudo, por uma proteína
de fase aguda, esse exame pode ser falsamente alterado nos processos inflamatórios ou infecciosos do
organismo

D) Os principais diagnósticos diferenciais para casos de deficiência de ferro, como síndromes talassêmicas
e anemia sideroblástica. A abordagem inicial deve envolver a realização de hemograma com contagem de reticulócitos, ferritina sérica, PCR e eletroforese de hemoglobina

E) O baixo peso ao nascimento, hemorragia no período perinatal, ausência de aleitamento materno e introdução precoce do leite de vaca são fatores de risco para uma anemia ferropriva. O tratamento deve ser feito com uma dose elementar de 1 mg / kg / dia por 30 dias, e a resposta já pode ser observada no final da primeira semana, pelo aumento dos níveis de reticulação

A

Letra “D” - Os principais diagnósticos diferenciais para casos de deficiência de ferro, como síndromes talassêmicas
e anemia sideroblástica. A abordagem inicial deve envolver a realização de hemograma com contagem de reticulócitos, ferritina sérica, PCR e eletroforese de hemoglobina

ANEMIA MICROCÍTICA: FERROPRIVA OU TALASSEMIA

Questão que traz ao paciente um ano e seis meses, com quadro de anemia crônica com redução de VCM e CHCM, refratária a reposição de ferro. Entre os antecedentes, nota-se a disfunção nutritiva nos primeiros meses de vida (aleitamento exclusivo por apenas um mês, com dieta de transição aos três meses). Ao exame, foi observado ângulo angular, além de fígado e baço palpável (3 cm de cada rebordo costal para ambos). Outras características necessárias deformidade de fronteira e neuropsicomotor déficit. Sendo assim, diante de uma anemia microcítica, dois diagnósticos diferenciais devem ser levantados: anemia ferropriva e talassemias. Dentre os fatores de risco para a primeira hipótese estimada: Idade, visto que, na infância, período de seis meses a dois anos ou o mais característico para o desenvolvimento de AF, por conta da depleção de reservas adquiridas na vida intrauterina e no início da fase de crescimento; Aleitamento materno exclusivo em curto período e introdução precoce de leite de vaca, que pode induzir uma colite, causando perda de sangue oculto nas fezes; Queilite angular é fator sugestivo de anemia carencial. Já são fatores de risco para talassemia: Início bastante cedo do quadro; Fronteira proeminente, que sugere a presença de deformidades ósseas, que podem ser resultado da eritropoese exacerbada. Diante do exposto, siga as alternativas: ALTERNATIVA A - INCORRETA: O tratamento da anemia ferropriva, em crianças, é interrompido dois meses após a normalização da hemoglobina ou quando uma ferritina alcança valores superiores a 50 - 100 ng / mL. ALTERNATIVA B - INCORRETA: A deficiência de ferro ou RDW está elevada. ALTERNATIVA C - INCORRETA: A ferritina é usada para avaliar o estoque de ferro, não o ferro circulante. ALTERNATIVA D - CORRETA: Ainda mais rara, uma anemia sideroblástica também é causa de anemia microcítica, devido à produção deficiente de proteína, substância que se liga ao ferro para formar o grupo heme da hemoglobina. Os exames apresentados na questão estão disponíveis para distinguir os três diagnósticos diferenciais. ALTERNATIVA E - INCORRETA: Uma dose de ferro corresponde a 3 - 6 mg / Kg / dia. Os exames apresentados na questão estão disponíveis para distinguir os três diagnósticos diferenciais. ALTERNATIVA E - INCORRETA: Uma dose de ferro corresponde a 3 - 6 mg / Kg / dia. Os exames apresentados na questão estão disponíveis para distinguir os três diagnósticos diferenciais. ALTERNATIVA E - INCORRETA: Uma dose de ferro corresponde a 3 - 6 mg / Kg / dia.

36
Q

(SES-PE 2011 ACESSO DIRETO) - Um estudante de medicina, em seu plantão supervisionado curricular,
presencia uma transfusão de concentrado de plaquetas em uma senhora de 76 anos, portadora de Síndrome Mielodisplásica. Durante a transfusão, ela refere mal estar precordial, febre, hipertensão, dispneia leve, taquicardia, seguida de vômitos. Como estudante atento, deve-se pensar que se trata de:

A) um infarto agudo do miocárdio, e a paciente deve terminar a transfusão e ser encaminhada ao cardiologista para avaliação e cuidados

B) uma reação tranfusional aguda e deve-se prosseguir a transfusão e posteriormente reavaliar o quadro
clínico para cuidados médicos adequados

C) um quadro típico de TRALI, inclusive por ocorrer durante a transfusão

D) reação transfusional aguda e deve-se interromper imediatamente a transfusão, e soro fisiológico deve ser
administrado com urgência

E) reação transfusional aguda, a interrupção da transfusão é mandatória, e o sangue deve ser coletado do paciente e enviado para análise em conjunto com a bolsa transfusional

A

Letra “E” - reação transfusional aguda, a interrupção da transfusão é mandatória, e o sangue deve ser coletado do paciente e enviado para análise em conjunto com a bolsa transfusional

trAli: Após (<=6h) transfusão: EAP não cardiogênico

Questão que traz paciente idosa, portadora de Síndrome Mielodisplásica, que evolui com quadro de mal estar precordial, febre, hipertensão, dispneia leve, taquicardia, seguida de vômitos. A respeito do caso apresentado, são apresentadas as assertivas: ALTERNATIVA A – INCORRETA: É pouco provável que a paciente apresente um IAM no decorrer da transfusão, principalmente, apresentando-se com febre. Além disso, se existe suspeita de reação transfusional, o procedimento deve ser interrompido de imediato. ALTERNATIVA B – INCORRETA: Como dito anteriormente, se existe suspeita de reação transfusional, o procedimento deve ser interrompido de imediato. ALTERNATIVA C – INCORRETA: TRALI é uma lesão pulmonar aguda que pode ocorrer devido à transfusão sanguínea e se caracteriza por desenvolvimento, nas primeiras seis horas após o procedimento, de edema agudo de pulmão, não cardiogênico. ALTERNATIVA D – INCORRETA: Como o paciente não cursa com instabilidade hemodinâmica, não há necessidade da administração de soro fisiológico com urgência. ALTERNATIVA E – CORRETA: É necessária a coleta de sangue do paciente para avaliar se houve incompatibilidade entre receptor e doador e/ou se houve erro na administração das amostras.

37
Q

(SES-PE 2017 ACESSO DIRETO) - Um paciente está sendo investigado por uma anemia leve
com VCM de 108fL e níveis químicos reduzidos de vitamina B12. Qual das condições abaixo NÃO está disponível para alterações dessa vitamina?

A) Passado de antrectomia
B) Uso crônico de inibidor de bomba de prótons
C) Uso crônico de metformina
D) Síndrome de alega cega
E) Uso crônico de metotrexato

A

Letra “E” - Uso crônico de metotrexate

Sobre as causas de deficiência de vitamina B12, são expostas as alternativas a seguir: ALTERNATIVAS A e B – CORRETAS: O ácido clorídrico e a pepsina auxiliam na quebra das proteínas associadas à vitamina B12 e o fator intrínseco, substância produzida pelas células parietais do fundo gástrico, liga-se à vitamina B12, permitindo que ela atravesse o intestino delgado, para ser absorvida no íleo distal. ALTERNATIVA C – CORRETA: Embora o mecanismo exato ainda seja desconhecido, o uso prolongado de metformina pode levar à deficiência de vitamina B12. ALTERNATIVA D – CORRETA: A alça cega, deixada em geral após gastrojejunostomias, tem propensão a hiperproliferação de bactérias que podem utilizar a vitamina B12 como substrato, criando um mecanismo de competição. ALTERNATIVA E – INCORRETA: Uso de metotrexato predispõe à deficiência de ácido fólico.

38
Q

(SES-PE 2016 R3 CLÍNICA MÉDICA) - Paciente de 20 anos procurou o hospital com queixas de astenia
e dispneia aos esforços. Ao exame, apresenta palidez, icterícia e acrocianose. Seus exames laboratoriais
revelaram: Hb 10.0g / dL; VCM e CHCM normais; Reticulócitos 9%; presença de rouleaux eritrocitário; BT
4,4 mg / dL; BI 3,6 mg / dL; TGO 85U / L; TGP 35 U / L; DHL 580U / L; Teste de Coombs positivo apenas para anti- C3. Sobre isso, marque uma alternativa INCORRETA.

A) O diagnóstico é anemia auto-imune hemolítica
B) Paciente deve ser avaliado para pneumonia atômica e mononucleose
C) Paciente deve ser avaliado para doenças linfoproliferativas
D) Se o paciente piora a anemia, deve ser predado
E) Se o paciente é pior anemia, deve ser iniciado Rituximab

A

Letra “D” - Se o paciente piorar a anemia, deve ser iniciado prednisona

Anemia hiperproliferativa: AH

CD+: Auto-imune

C3 (IgM): Ac Frios

Acrocianose: Ac. Frios

AHAI por Ac. Frios: Mycoplasma pneumoniae, LNH

Não adianta dar CE

Questão que traz paciente com anemia normocítica, normocrômica e hiperproliferativa (aumento de reticulócitos). No caso das anemias hiperproliferativas, deve-se verificar a presença de sangramento agudo ou hemólise. Como exposto no caso, o paciente apresenta icterícia e aumenta a bilirrubina (4,4 mg / dL) às custas de BI (3,6 mg / dL), além do aumento da DHL, do quadro de anemia hemolítica. O teste de Coombs direto positivo ainda permite concluir que trata um processo automático. Como as anemias hemolíticas autoimunes são divididas em: de sapatos quentes (IgG), podem ser observadas aglutinações de hemácias em temperatura ambiente, e de acessórios de frios (IgM), em que os sintomas são mais comuns em regiões de roupas ou extremidades corporais, como demonstrado na questão, através da acrocianose. Além disso, considerando que o IgM é um ativador mais eficiente do complemento de sistema, pode-se explicar o fato de testar positivamente apenas para anti-C3. Sendo assim, uma única afirmação que não se aplica ao caso apresentado é encontrado na ALTERNATIVA D, tendo em vista que a corticoterapia está autorizada a tratar anemias hemolíticas por abrasões, como uma esplenectomia, pois o baço não é o principal local de origem da hemólise desses pacientes. Dessa forma, o tratamento voltado para pacientes acometidos por anemia por ataques de fricção é o Rituximab. tendo em vista que a corticoterapia está usando o tratamento de anemias hemolíticas por sapatos, como esplenectomia, porque o baço não é o principal local de origem desses pacientes. Dessa forma, o tratamento voltado para pacientes acometidos por anemia por ataques de fricção é o Rituximab. tendo em vista que a corticoterapia está usando o tratamento de anemias hemolíticas por sapatos, como esplenectomia, porque o baço não é o principal local de origem desses pacientes. Dessa forma, o tratamento voltado para pacientes acometidos por anemia por ataques de fricção é o Rituximab.

39
Q

(SES-PE 2011 ACESSO DIRETO) - Paciente de sexo masculino, 22 anos, portador de anemia falciforme,
deu entrada em serviço de emergência, referindo dor óssea em todo o corpo, há 4 dias, evoluindo com febre
e sintomas respiratórios (tosse, dor torácica e dispneia) há 24 horas. Exame físico com ausculta pulmonar normal. RX de tórax com infiltrado heterogêneo bilateral, e eritrograma revelava hemoglobina de 7,4g / dl. O paciente foi transferido para uma unidade de internamento e iniciada hidratação volumosa, analgesia com narcótico e antibioticoterapia. Paciente evoluiu com quadro de confusão mental, edema pulmonar e óbito. Diante do quadro clínico, qual é a principal hipótese diagnóstica de entrada?

A) Crise vaso-oclusiva secundária à anemia falciforme
B) Síndrome torácica aguda
C) Infecção respiratória
D) Edema agudo de pulmão
E) Embolia pulmonar

A

Letra “B” - Síndrome torácica aguda

Infiltrado pulmonar novo +> = 1 sintoma (febre, tosse, DT, dispneia, sec. Purulenta, hipoxemia) ~ Pneumonia/EAP: STA

Paciente portador de anemia falciforme, com quadro pulmonar que causa pneumonia ou edema agudo de pulmão (não cardiogênico), deve ser considerado como portador de Síndrome Torácica Aguda, principal causa de morte em pacientes falciformes em pessoas idosas. ALTERNATIVA B - CORRETA.

40
Q

(SES-PE 2012 R3 CLÍNICA MÉDICA) - Como alternativas abaixo são causas de anemia microcítica,
EXCETO

A) deficiência de ferro
B) talassemia
C) anemia por deficiência do folato
D) anemia por doença crônica
E) anemia sideroblástica

A

Letra “C” - anemia por deficiência do folato

Questão bastante conceitual e direta que aborda os diagnósticos diferenciais de anemias microcíticas: ALTERNATIVA A – CORRETA: Principal causa de anemia microcítica, que cursa com elevação do RDW. ALTERNATIVA B – CORRETA: Causa de anemia microcítica com presença de RDW normal. ALTERNATIVA C – INCORRETA: Causa de anemia megaloblástica, ou seja, com elevação de VCM, logo, macrocítica. ALTERNATIVA D – CORRETA: Embora costume cursar com anemia normo/normo, pode apresentar anemia microcítica com VCM que não costuma alcançar valores abaixo de 72 fL. ALTERNATIVA E – CORRETA: Causa rara de anemia microcítica, devido à deficiência de protoporfirina.

41
Q

(SES-PE 2010 ACESSO DIRETO) - Em relação às anemias, é incorreto afirmar que

A) a fraqueza, fadiga e astenia podem ser sintomas de anemia.

B) a principal causa da anemia ferropriva no adulto é a deficiência de ferro na dieta.

C) na hematoscopia, a presença de esquizócitos sugere: hemólise microangiopática ou traumática.

D) a anemia da doença crônica pode ser diferenciada da ferropriva, por apresentar uma ferritina normal ou elevada

E) a anemia perniciosa e a gastrectomia total podem ser causas de anemia megaloblástica por deficiência de vitamina B12.

A

Letra “B” - a principal causa da anemia ferropriva no adulto é a deficiência de ferro na dieta.

Adulto: Perda crônica de Fe (Sangue)

Esquizócitos: MAT (PTT/SHU); CIVD; Próteses mecânicas valvares

42
Q

(SURCE 2015 ACESSO DIRETO) - Homem de 28 anos comparece para avaliar anemia. Ele tem queixas de episódios de dor abdominal e astenia, há 02 anos. Conta também que em alguns momentos acha que sua urina está mais escura. O exame físico é inexpressivo, exceto por palidez (++/4+). Avaliação laboratorial mostra hemoglobina 9,2 g/dl, com normocitose e normocromia, leucócitos 3.500/mm³, plaquetas 105.000/mm³, haptoglobina indetectável, desidrogenase lática 1.620 U/L, bilirrubina indireta 1,8 mg/dl e índice de saturação da transferrina 6%. Qual o diagnóstico mais provável?

A) Favismo

B) Esferocitose

C) Anemia hemolítica autoimune

D) Hemoglobinúria paroxística noturna

A

Letra “D” - Hemoglobinúria paroxística noturna

PACIENTE JOVEM COM ANEMIA NORMO/NORMO EPISÓDICA + URINA ESCURA + AUMENTO DHL E BI REDUÇÃO HAPTOGLOBINA + PERDA DE FERRO (SAT. TRANSFERRINA BAIXA): ANEMIA HEMOLÍTICA INTRAVASCULAR (URINA ESCURA)

FAVISMO: DEF. G6PD - HEMÓLISE IV SEM PANCITOPENIA E NECESSITA DE FATOR ESTRESSANTE (DROGAS: NAFTALINA; SULFAS; FENAZOPIRIDINA; FAVA; DAPSONA OU INFECÇÃO)

ESFEROCITOSE: HIPERCROMIA + HEMÓLISE EV

AHAI: HEMÓLISE EV + CD+

HEMOGLOBINÚRIA PAROXÍSTICA NOTURNA (HPN)(DEF. CD55 E CD59): HEMÁCEAS SUCEPTIVEIS ATAQUE COMPLEMENTO, ALÉM DE PLAQUETAS E GRANULÓCITOS HEMÓLISE IV + PANCITOPENIA

Questão sobre homem jovem, com anemia, que se apresenta de forma episódica, caracterizada por dor abdominal e astenia, há dois anos, além de referir notar escurecimento da urina. Exames laboratoriais demonstram anemia normo/normo (Hb 9,2 g/dL), redução em leucócitos (3.500/mm³) e plaquetas (105.000), haptoglobina bastante baixa (indetectável), DHL elevado (1.620 U/L), aumento de bilirrubina indireta (1,8 mg/dL) e queda no índice de saturação de transferrina (6%). É importante lembrar que as anemias hemolíticas cursam com aumento do DHL e da bilirrubina indireta, mais queda da haptoglobina, e podem ser divididas em extravasculares e intravasculares. Como a questão deixa clara a presença do escurecimento da urina, pode-se inferir que o processo de hemólise é intravascular, gerando eliminação de hemoglobina nos vasos, que será excretada na urina. Vale frisar que situações que cursam com excreção de hemoglobina ou mioglobina, nos casos de rabdomiólise, pelos rins, podem induzir à nefrotoxicidade, levando à necrose tubular aguda. A hemoglobinúria também se caracteriza por eliminação crônica de ferro, o que reflete a queda dos níveis de transferrina no paciente. Diante do exposto, seguem as assertivas: ALTERNATIVA A – INCORRETA: O favismo, ou deficiência de G6PD, corresponde a uma das causas de hemólise intra ou extravascular, contudo não costuma apresentar evolução com pancitopenia. Ademais, nos casos de favismo, as hemácias estão suscetíveis a estresse oxidativo, ou seja, dois a quatro dias antes de ocorrer a hemólise, existe o surgimento de fator estressante, em geral, infecção ou drogas (naftalina, sulfas, fenazopiridina, dapsona), ou ingestão de fava (por isso, favismo). ALTERNATIVA B – INCORRETA: A esferocitose corresponde a uma das causas de anemia hemolítica extravascular, caracterizada por uma anemia normo ou microcítica, porém hipercrômica. O paciente costuma apresentar esplenomegalia desde a infância, sendo o tratamento baseado na realização de esplenectomia. ALTERNATIVA C – INCORRETA: As anemias hemolíticas autoimunes, geralmente, cursam com hemólise extravascular e possuem presença de teste de Coombs positivo. ALTERNATIVA D – CORRETA: Na hemoglobinúria paroxística noturna, existe deficiência das enzimas CD55 e CD59, nas membranas nas hemácias, tornando-as passíveis ao ataque do sistema complemento. Nesse caso, não só as hemácias ficam vulneráveis ao ataque do sistema complemento, pois há ocorrência de um defeito genético na proteína responsável por ancorar as outras duas supracitadas, nas células tronco hematopoiéticas. Dessa forma, as três séries hematológicas podem sofrer agressão, fazendo com que os pacientes evoluam com pancitopenia, chegando 15 a 30% desses a apresentarem anemia aplásica.

A título de conhecimento, segue abaixo uma lista com acometimentos ligados à hemólise intravascular, estando os principais destacados.

Anormalidades adquiridas;

MAT, reação transfusional aguda, HPN;

Hemoglobinemia, hemoglobinúria, hemossiderinúria – anemia ferropriva;

Urina avermelhada ou marrom;

SU com Hb e sem hemácias;

Nefrotoxicidade (NTA);

Crise hemolítica aguda – febre, lombalgia, palidez, icterícia e urina escura.

43
Q

HULV-PB - ACESSO DIRETO – 2015. Paciente apresenta anemia com hemograma que evidencia
hemácias hipocrômicas e macrocíticas. Qual destas situações clínicas NÃO seria causadora destas
anormalidades laboratoriais?

A. Doenças ileais severas (tuberculose ou doença de Crohn) ou ilectomias.
B. Pós-operatório tardio de gastrectomia total.
C. Vegetarianismo vigoroso.
D. Alcoolismo crônico e/ou uso de anticonvulsivantes.
E. Talassemias.

A

Letra “E” - Talassemias

Questão clássica de prova de residência, que aborda a classificação morfológica das
anemias. Em todas as alternativas apresentadas, temos causas de anemia megaloblástica (A, B e C são
causas de deficiência de vitamina B12, enquanto D é causa de deficiência de ácido fólico), a exceção da
talassemia, cuja informação mais importante a ser guardada para a prova (e para a vida) é que faz
diagnóstico diferencial com anemia ferropriva, por se apresentar com microcitose.

44
Q

UNIFESP-SP - ACESSO DIRETO – 2016. A morfologia da hemácia auxilia no diagnóstico diferencial das anemias. Assinale a alternativa em que ambas as anemias são hipocrômicas e microcíticas:

A. Microesferocitose e alfa talassemia.
B. Anemia ferropriva e beta talassemia.
C. Talassemia beta e anemia falciforme.
D. Deficiência de G6PD e anemia ferropriva.
E. Microesferocitose e deficiência de G6PD.

A

Letra “B” - Anemia ferropriva e beta talassemia.

A classificação morfológica das anemias baseia-se no volume corpuscular médio (VCM)
e é muito útil para auxiliar no diagnóstico diferencial das síndromes anêmicas. A hemácia é um saco
contendo hemoglobina, portanto, em situações em que ocorre uma diminuição na síntese de Hb,
teremos uma queda do VCM associada à queda da concentração de hemoglobina corpuscular média
(CHCM). Microesferocitose apresenta-se com microcitose ou normocitose acompanhada de
HIPERcromia (letra A e E ERRADAS). Anemias hemolíticas (anemia falciforme e deficiência de G6PD)
costumam cursar com aumento do VCM, devido ao aumento na produção de reticulócitos (letras C e D
ERRADAS). Na anemia ferropriva e talassemias, ocorre diminuição na síntese de Hb, portanto
apresentam-se com anemia hipocrômica e microcítica, inclusive são as principais causas desse subtipo
de anemia.

45
Q

UFRJ - ACESSO DIRETO – 2016. Pré-escolar, 2 anos, sexo feminino, apresenta diagnóstico de anemia por
deficiência de ferro, sendo prescrito sulfato ferroso - 5 mg/kg/dia de ferro elementar. O parâmetro laboratorial mais específico para aquele diagnóstico e o parâmetro laboratorial de resposta mais precoce ao tratamento são, respectivamente:

A. Ferritina e reticulócitos.
B. Ferritina e hematócrito.
C. Ferro sérico e hemoglobina.
D. Ferro sérico e reticulócitos.
E. Saturação de transferrina e hemoglobina.

A

Letra “A” - Ferritina e reticulócitos

A anemia ferropriva é a anemia mais comum em todo mundo, especialmente em regiões
de baixa renda. Em crianças, o período mais crítico é entre os 6 meses e os 2 anos de idade. O exame
laboratorial mais sensível (primeiro a se alterar) e específico para o diagnóstico é aquele que reflete o
estoque corporal de ferro: a ferritina. O ferro sérico e a saturação de transferrina podem estar baixos
na anemia de doença crônica e não ajudam no diagnóstico diferencial entre estas duas entidades. O
tratamento é feito com reposição oral de ferro na dose de 3-6mg/Kg/dia de ferro elementar e o
parâmetro mais precoce para avaliar resposta terapêutica é a elevação de reticulócitos, cujo pico ocorre
por entre o 7º e o 10º dia após o início do tratamento.

46
Q

SES-PE - ACESSO DIRETO - 2017.2. Todos abaixo são achados laboratoriais da anemia de doença crônica,
EXCETO:

A. hemoglobina baixa.
B. ferritina baixa.
C. saturação de transferrina diminuída ou normal.
D. ferro sérico diminuído ou normal.
E. capacidade total de ligação do ferro normal.

A

Letra “B” - ferritina baixa.

O laboratório da anemia por doença crônica é muito semelhante ao da anemia
ferropriva, por isso as provas de residência médica cobram muito o diagnóstico diferencial entre essas
duas entidades. Os três exames mais úteis para o diagnóstico diferencial são: FERRITINA (baixa na
anemia ferropriva e normal ou elevada na anemia por doença crônica), TIBC (elevado na anemia
ferropriva e normal ou baixo na anemia por doença crônica) e proteína receptora de transferrina
(elevada na anemia ferropriva e baixa na anemia por doença crônica).

47
Q

UFRJ-RJ - ACESSO DIRETO – 2016. Paciente com pancitopenia apresentando degeneração combinada da medula espinhal, com degeneração do sistema cordonal posterior e do trato piramidal. Para este indivíduo, deve-se investigar uma condição precursora da síndrome neurológica. A resposta mais provável para o caso é:

A. Anemia ferropriva.
B. Doença de Parkinson.
C. Leucemia mieloide crônica.
D. Deficiência de cobalamina.
E. Lúpus eritematoso sistêmico.

A

Letra “D” - Deficiência de cobalamina.

Paciente com pancitopenia (única doença das alternativas que cursa com esta alteração
é a deficiência de cobalamina) e a síndrome neurológica clássica da anemia megaloblástica por
DEFICIÊNCIA DE VITAMINA B12, Degeneração (subaguda) Combinada da Medula Espinhal, que se
caracteriza por degeneração do sistema cordonal posterior e do trato piramidal. Importante sempre
lembrar que a deficiência de ácido fólico NÃO causa sintoma neurológico.

48
Q

UFCG-PB - ACESSO DIRETO - 2016. Mulher, 65 anos, portadora de hipotireoidismo por tireoidite de Hashimoto, em uso regular de levotiroxina 150 mcg/dia, com quadro de adinamia progressiva com
palidez cutâneo-mucosa ao exame. Ausência de hepatoesplenomegalia ou linfadenopatia. Negava
sangramentos. Hemograma evidenciou hemácias de 2.200.000/mm³, hemoglobina de 7,2 g/dl, hematócrito de 36%, leucócitos de 2.200/mm³ e plaquetas de 98.000/mm³. Contagem de reticulócitos de 20.000/mm³. TSH e T4 livre normais. DHL = 1.220UI/L e bilirrubina indireta de 1,9mg/dl. Considerando os aspectos descritos, o achado mais provável na hematoscopia desta paciente será:

A. Células em lágrima.
B. Esquizócitos
C. Neutrófilos hiperlobulados.
D. Blastos com bastonetes de Auer.
E. Corpos de Howell-Jolly.

A

Letra “C” - Neutrófilos hiperlobulados.

Paciente do sexo feminino, entre 45-65 anos, com doença autoimune (tireoidite de
Hashimoto), cursando com anemia (pancitopenia) hipoproliferativa (20.000 reticulócitos, valor normal:
50.000-100.000) e aumento de DHL e bilirrubina indireta (por eritropoiese ineficaz, já que reticulócitos
baixos descartam anemia hemolítica), portanto com anemia megaloblástica. Paciente em questão é
típica da principal causa de deficiência de vitamina B12, a ANEMIA PERNICIOSA, doença autoimune que
cursa com produção de autoanticorpos que atacam as células parietais do corpo e fundo gástrico
(células parietais), reduzindo tanto a produção de ácido e pepsina, quanto de fator intrínseco. Na
hematoscopia de pacientes com anemia megaloblástica, o achado característico e quase
patognomônico é o de neutrófilos hiperlobulados (5% dos neutrófilos com 5 lobos ou 1% com 6 ou
mais). Células (hemácias) em lágrima são encontradas em situações de fibrose/invasão medular ou
eritropoese extramedular (letra A errada). Esquizócitos são encontrados em situações de anemia
microangiopática, como púrpura trombocitopênica trombótica, síndrome hemolítico urêmica e
coagulação intravascular disseminada (letra B errada). Blastos com bastonetes de Auer são
patognomônicos de Leucemia Mieloide Aguda (letra D errada). Corpos ou corpúsculos de Howell-Jolly
são encontrados em situações de hipoesplenismo/asplenia (letra E errada).

49
Q

SES-PE - R3 CLÍNICA MÉDICA – 2020. Em relação às anemias, é INCORRETO afirmar que:

A. o teste de Coombs direto negativo afasta a hipótese de anemia hemolítica.

B. o quadro morfológico do sangue periférico e da medula óssea é similar nas deficiências de folatos
ou de vitamina B12.

C. a anemia perniciosa pode estar associada a doenças autoimunes, como tireoidite de Hashimoto e
Vitiligo.

D. o padrão de hemoglobinas nas pessoas com talassemia beta maior é variável, caracterizando-se
pelo aumento de Hb F, com concentrações que variam de 60% a 90%.

E. a anemia ferropriva é a única condição que gera ferritina sérica muito reduzida, o que torna a
hipoferritinemia bastante específica para esse diagnóstico.

A

Letra “A” - o teste de Coombs direto negativo afasta a hipótese de anemia hemolítica.

Questão capciosa que requer bastante atenção. O teste de Coombs direto é o
grande exame para diagnóstico de AHAI, com uma sensibilidade muito boa (em torno de 98%). No
entanto, pode haver casos de AHAI com teste de Coombs negativo, embora isso seja bastante
incomum.

50
Q

SURCE-CE - ACESSO DIRETO – 2013. Mulher de 60 anos foi internada com síndrome coronariana aguda. No 5º dia de internação, foi diagnosticada com infecção do trato urinário, sendo medicada com ceftriaxona, 2 g por dia, por via venosa. No 11º dia, apresentou piora hemodinâmica, precordialgia, sudorese, palidez cutâneo-mucosa e taquicardia. Não apresentava hepatoesplenomegalia. Resultados de exames laboratoriais no momento mostravam: hemácias: 1.450.000/mm³; hematócrito: 17,5%; hemoglobina: 6,5 g/dl; VCM: 120 fl; HCM = 36,8 pg; CHCM = 30 g/dl; RDW = 26 %. Reticulócitos: 18,5 %; esfregaço periférico com presença de anisocitose
++/4+; macrocitose +++/4+; microcitose +/4+; presença de esferócitos e policromasia. Leucócitos:
8.500/mm³ com diferencial dentro da normalidade e plaquetas: 325.000/mm³; LDH = 1.200 UI/L.
O exame colhido na admissão mostrou Hb de 13,0 g/dl. Qual a conduta terapêutica mais
adequada?

A. Transfusão sanguínea e corticoterapia IV.
B. Transfusão sanguínea e ciclofosfamida IV.
C. Transfusão sanguínea.
D. Corticoterapia IV.
E. Rituximabe IV.

A

Letra “A” - Transfusão sanguínea e corticoterapia IV.

Questão muito interessante! Temos uma paciente com quadro de anemia aguda intensa
(tinha Hb de 13g/dL uma semana antes do quadro atual), o que nos faz praticamente excluir formas
crônicas ou hereditárias de anemia. O número aumentado de reticulócitos classifica esta anemia no
grupo das anemias hiperproliferativas, em que temos dois principais representantes: anemia hemolítica
e anemia por sangramento agudo. O achado de LDH (DHL) aumentado nos direciona para a presença
de anemia hemolítica. A hematoscopia mostra a presença de esferócitos, que podem ser encontrados
na esferocitose e na anemia hemolítica autoimune (AHAI), quando os macrófagos do baço “mordem”
as hemácias, retirando pedaços de sua membrana, fazendo com que as hemácias circulantes diminuam
seu volume e mudem sua configuração. Não pensaremos em esferocitose, pois esta se trata de anemia
hemolítica crônica e hereditária. Logo, ficamos com a hipótese diagnóstica de AHAI. Como estamos
diante de um quadro grave de AHAI, inclusive com síndrome coronariana aguda (SCA), o tratamento
precisa ser mais enérgico, estando indicada pulsoterapia com corticoide intravenoso e não por via oral.
Embora a transfusão de hemácias seja menos efetiva na AHAI, ela está indicada em casos graves, como
no caso em questão, já que paciente se apresenta com SCA, situação em se recomenda Hb > 8-10g/dL.

51
Q

UNIFESP-SP - ACESSO DIRETO – 2016. Paciente de oito meses com diagnóstico de anemia falciforme desde os 3 meses de idade. Há 4 dias apresentou coriza e febre não medida, e há 2 dias a mãe refere que a mão direita e o pé “inchou’’. A mãe refere que já fez compressas no local, mas não obteve melhora e como a criança está muito chorosa, procurou o pronto-socorro pediátrico. Ao exame físico: regular estado geral, descorado 2+/4+, hidratado, afebril, ictérico +/4+, murmúrio vesicular presente sem ruídos adventícios, bulhas rítmicas normofonéticas a 2 tempos com sopro sistólico ++, fígado no rebordo costal direito, baço palpável a 0,5 cm do rebordo costal esquerdo.
Hemograma: Hb: 8,0 g/dl; leucócitos: 18.500/mm³ (3% bastões, 50% segmentados, 2% eosinófilos, 0% basófilos, 42% linfócitos, 3% monócitos); plaquetas: 270.000/mm³; reticulócitos: 4,5%. Qual o seu diagnóstico?

A. Síndrome torácica aguda.
B. Crise aplástica.
C. Crise hiper-hemolítica.
D. Crise vaso-oclusiva dolorosa.
E. Sequestro esplênico.

A

Letra “D” - Crise vaso-oclusiva dolorosa.

Temos um lactente com quadro agudo de febre, “inchaço” e dor intensa na mão e pé.
Aproximadamente 45% das crianças falcêmicas cursarão com uma complicação aguda da doença até os 2 anos de idade, a dactilite ou síndrome mão-pé. Esta complicação consiste em um fenômeno vaso-oclusivo que compromete os pequenos ossos das mãos e dos pés, levando à dor intensa e edema local. A anemia falciforme é uma doença hemolítica crônica, portanto, os pacientes terão continuamente evidências de hemólise em seu exame físico e nos exames laboratoriais. Logo, icterícia, anemia com Hb em torno de 8-10, algum grau de reticulocitose e sopro sistólico discreto de síndrome hipercinética justificados pela anemia falciforme em si, assim como a leucocitose, pois já vimos que a doença tem componente de inflamação crônica. Na síndrome torácica aguda, é necessário haver sinais/sintomas respiratórios. Nas crises anêmicas, qualquer que seja ela, observamos queda abrupta e muito sintomática da Hb. Na crise aplásica, os reticulócitos estariam baixos. Na crise de sequestro esplênico, o baço estaria bem mais aumentado, encontraríamos sinais de hipovolemia e plaquetopenia.

52
Q

SUS-SP - ACESSO DIRETO – 2015. Um homem de 27 anos tem em seu histórico médico, no decorrer de vários anos, os seguintes dados: priapismo, colelitíase, osteomielite, acidente vascular encefálico, hipertensão pulmonar, úlceras em membros inferiores, retinopatia proliferativa e insuficiência renal. É provável que este paciente seja tratado com:

A. Imunoglobulina e dexametasona.
B. Insulina e captopril.
C. Plasmaférese e aspirina.
D. Prednisona e azatioprina.
E. Folato e hidroxiureia.

A

Letra “E” - Folato e hidroxiureia.

Enunciado da questão trouxe um paciente jovem com quase todas as complicações possíveis da anemia falciforme. No tratamento de longo prazo desta doença, podemos lançar mão da hidroxiureia, quimioterápico inibidor da ribonucleotídeo redutase, que por mecanismo desconhecido aumenta os níveis de HbF, consequentemente diminuindo as manifestações clínicas da doença. O uso crônico de ácido fólico está indicado em todo paciente com anemia hemolítica crônica, para evitar a crise aplásica, devido ao alto “turnover” de hemácias.

53
Q

UFCG-PB - ACESSO DIRETO 2015. Em relação aos aspectos relacionados às síndromes anêmicas, assinale a alternativa INCORRETA:

A. Anemia hemolítica por anticorpos quentes caracteriza-se por hemólise extravascular, com resposta aos corticosteroides, e Coombs direto positivo para IgG e C3. Um exemplo clássico é a anemia desencadeada pela infecção pelo em Mycoplasma pneumoniae.

B. Hemoglobinúria paroxística noturna caracteriza-se por um aumento da suscetibilidade das hemácias à hemólise mediada pelo complemento. Ocorre aumento do risco de eventos tromboembólicos nestes casos.

C. Deficiência de vitamina B12 cursa com aumento dos níveis de homocisteína e ácido metilmalônico. Ocorre também aumento dos níveis de DHL, bilirrubina indireta e diminuição na contagem de reticulócitos.

D. A dosagem do ferro sérico encontra-se diminuída na anemia ferropriva e na anemia da doença crônica, não sendo um bom marcador para diferenciá-las quando interpretada de forma isolada.

E. Doenças que cursam com anemia hemolítica microangiopática caracterizam-se pela presença de
plaquetopenia, aumento do DHL, bilirrubina indireta, diminuição da haptoglobina, aumento da contagem de reticulócitos e presença de esquizócitos no sangue periférico. A púrpura trombocitopênica trombótica, a síndrome hemolítico-urêmica e a coagulação intravascular disseminada são exemplos de entidades que cursam com anemia hemolítica microangiopática.

A

Letra “A” -

Anemia hemolítica por anticorpos quentes caracteriza-se por hemólise extravascular, com resposta aos corticosteroides, e Coombs direto positivo para IgG e C3. Um exemplo clássico é a anemia desencadeada pela infecção pelo em Mycoplasma pneumoniae.

Letra A: faz um resumo simples e completo a respeito da AHAI por anticorpos quentes, porém peca ao

citar que a infecção por Mycoplasma pneumoniae é um exemplo clássico desta condição, já que a
bactéria causadora de pneumonia atípica é causa de AHAI por anticorpos frios.
Letra B: a HPN é uma desordem adquirida de células tronco que têm como principal característica a
produção de subpopulações de granulócitos, plaquetas e hemácias hipersensíveis à lise pelo
complemento, por perda de proteínas de membrana reguladoras do complemento (CD55 e CD59).
A tríade clássica desta patologia é evento trombótico (especialmente de veia porta – Síndrome de Budd-
Chiari), hemólise e pancitopenia.
Letra C: descreve os achados laboratoriais da deficiência de vitamina B12, causa de anemia
megaloblástica. Convém relembrar que a elevação de ácido metilmalônico e sintomas
neuropsiquiátricos são exclusivos da deficiência de vitamina B12, portanto não são encontrados na
deficiência de ácido fólico.
Letra D: fala sobre a dificuldade tão comum na prática clínica que é o diagnóstico diferencial entre
anemia ferropriva e de doença crônica, pois ambas cursam com ferro sérico e saturação de transferrina
baixas, com a ferritina representando o exame mais útil para distinção entre estes dois tipos de anemia
(ferritina baixa na anemia ferropriva e elevada na de doença crônica).
Letra E: a anemia hemolítica microangiopática é uma forma de anemia causada pela destruição
intravascular das hemácias, por trauma mecânico, que tem como achado principal a presença de
esquizócitos no esfregaço de sangue periférico.