TÉTANO Flashcards
O tétano é causado pelo Clostridium tetani, uma bactéria anaeróbia facultativa, Gram negativa, formadora de esporo, encontrada no solo e trato intestinal.
ERRADA
Tétano é uma doença infecciosa, altamente fatal, causada por produtos produzidos pelo Clostridium tetani. Caracteriza-se por desconforto muscular e morte por parada respiratória ou convulsões. C. tetani é uma bactéria anaeróbia, GRAM POSITIVA, formadora de esporo, encontrada no solo e no trato intestinal.
A bactéria produz pelo menos três proteínas tóxicas, a tetanospasmina, a tetanolisina e a toxina nãoespasmogênica.
CORRETA
A bactéria produz pelo menos três proteínas tóxicas, a tetanospasmina, a tetanolisina e a toxina nãoespasmogênica. A tetanolisina promove a disseminação da infecção ao ampliar a quantidade de necrose tecidual local. A tetanospasmina é uma exotoxina lipoprotéica que se difunde, a partir do local de produção, até o sistema vascular, onde se distribui, difusamente, até a área pré-sináptica das placas motoras, interferindo, provavelmente, na liberação de neurotransmissores, glicina e ácido gama aminobutírico (GABA), que provoca hiperexcitabilidade. Supõe-se que os fenômenos autônomos, resultantes da hiperestimulação
do sistema nervoso simpático, resultem da atividade da toxina não-espasmogênica
Na maioria dos casos o agente etiológico é introduzido nos tecidos através de ferimentos e invade os
tecidos adjacentes, começando a proliferar e produzir neurotoxinas somente quando determinadas
condições ambientais forem obtidas, principalmente, o aumento de oxigênio local.
ERRADA
Na maioria dos casos a bactéria é introduzida nos tecidos através de ferimentos, permanecendo nesse local, NÃO INVADINDO OS TECIDOS ADJACENTES, começando a proliferar e produzir neurotoxinas somente quando determinadas condições ambientais forem obtidas, principalmente, a REDUÇÃO DE OXIGÊNIO LOCAL. Isso pode ocorrer imediatamente após a introdução, se o traumatismo concomitante for suficientemente grave, ou pode demorar alguns meses, até que um traumatismo subsequente no local provoque lesão tissular, podendo a lesão original estar completamente cicatrizada nessa ocasião.
Todas as espécies de animais de interesse zootécnico são sensíveis, mas ocorre variação de suscetibilidade, sendo os bovinos os mais suscetíveis e os equinos os menos sensíveis.
ERRADA
Todas as espécies de animais de interesse zootécnico são sensíveis, mas ocorre variação de suscetibilidade, sendo os EQUINOS OS MAIS SUSCETÍVEIS E OS BOVINOS OS MENOS SENSÍVEIS. A variação na incidência da doença, nas diferentes espécies, é devida, parcialmente, a variação na suscetibilidade, mas, também, porque a exposição é mais provável de ocorrer em algumas espécies em relação a outras. Em geral, a ocorrência de C. tetani no solo e a incidência de tétano no homem e nos equinos é maior nos locais mais quentes dos vários continentes.
Uma alta incidência de tétano ocorre em suínos jovens após a castração e em ovinos após castração, tosa,
amputação da cauda e vacinação
CORRETA
Feridas penetrantes dos cascos são portas de entrada comuns em equinos. A penetração pelas vias genitais
durante o parto é, também, uma porta de entrada comum em bovinos. Uma alta incidência de tétano ocorre em suínos jovens após a castração e em ovinos após castração, tosa, amputação da cauda e vacinação. A amputação da cauda por intermédio de utilização de ligaduras de faixas compressivas é considerada, particularmente, perigosa.
Quando ocorrem surtos de tétano em bovinos é possível que a toxina seja produzida no intestino ou
ingerida pré-formada no alimento.
CORRETA
Quando ocorrem surtos de tétano em bovinos é possível que a toxina seja produzida no intestino ou ingerida pré-formada no alimento. A ingestão de alimentos fibrosos, grosseiros, antes da ocorrência da doença sugere que a porta de entrada da infecção possa ocorrer por feridas na boca.
Na maioria dos animais suscetíveis, os sinais clínicos ocorrem uma a três semanas após a infecção
bacteriana.
CORRETA
O período de incubação do tétano é variável e depende das dimensões do ferimento, grau de anaerobiose, número de bactérias inoculadas e título de antitoxina do hospedeiro. Na maioria dos animais suscetíveis, os sinais clínicos ocorrem uma a três semanas após a infecção bacteriana. Os casos em cordeiros ocorrem 3-10 dias após a castração, tosa ou remoção da cauda.
Espasmos musculares, prolapso da terceira pálpebra e história recente de lesão acidental ou cirúrgica são
característicos do tétano.
CORRETA
O diagnóstico do tétano é realizado, essencialmente, pelo exame clínico e pelos dados epidemiológicos.
Espasmos musculares, prolapso da terceira pálpebra e história recente de lesão acidental ou cirúrgica são
característicos.
Não há tratamento e a doença é invariavelmente fatal após iniciados os sinais clínicos.
ERRADA
Os princípios mais importantes no tratamento do tétano são eliminar a bactéria causadora, neutralizar toxinas residuais, relaxar a tetania muscular para evitar a asfixia e manter o relaxamento até que a toxina seja eliminada ou destruída. Deve-se fazer a drenagem e limpeza do ferimento para eliminar o micro-organismo, concomitantemente, fazer infiltração de penicilina G em torno da ferida e administração parenteral de penicilina G potássica (22.000 UI/kg) 3-4 vezes ao dia ou penicilina G procaína via intramuscular (22.000 UI/kg) duas vezes ao dia. Embora não tenham sido determinadas doses específicas da antitoxina para administração em animais domésticos, as dosagens sugeridas variam desde uma única dose subcutânea de 1.000-5.000 UI/animal de 500kg, até 1.000-5.000 UI/kg. O relaxamento da tetania muscular pode ser propiciado pela sedação e manutenção do paciente em local tranquilo e obscurecido. A terapia medicamentosa que pode reduzir, efetivamente, os espasmos musculares consiste de clorpromazina (0,4mg/kg de peso vivo), promazina (0,5-1mg/kg) ou acetilpromazina (0,05- 0,1mg/kg) duas vezes ao dia, durante 8-10 dias, até que os sinais graves desapareçam.
Em áreas enzoóticas todos os animais suscetíveis devem ser imunizados ativamente com toxoide, toxina
precipitada com hidróxido de alumínio e tratada pela formalina.
CORRETA
Em áreas enzoóticas todos os animais suscetíveis devem ser imunizados ativamente com toxoide, toxina precipitada com hidróxido de alumínio e tratada pela formalina. Os anticorpos colostrais podem interferir com a imunização ativa de neonatos. Uma recomendação geral deve incluir a vacinação de cordeiros, cabritos e potros aos 2, 3 e 6 meses de idade, seguindo-se uma dose de reforço após 1 ano. Para que sejam assegurados níveis protetores de anticorpos colostrais, as éguas, ovelhas e/ou cabras devem receber uma dose de reforço anual do toxoide, 1-2 meses antes da parição. Uma injeção confere proteção em 10-14 dias, persistindo por um ano, e a revacinação em 12 meses confere sólida imunidade por toda a vida.