LEI bov Flashcards
DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS NA REPRODUÇÃO DE BOVINOS (IBR)
As principais causas infecciosas de morte embrionária e fetal em bovinos são:
-> Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR),
-> Diarréia Viral Bovina (BVD),
-> Tricomonose,
-> Campilobacteriose,
-> Leptospiroses,
-> Brucelose e
-> Neosporose.
Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR)
-> causada pelo Herpesvírus bovino tipo 1 (HVB-1 ou BoHV-1), um DNAvírus, que pertence à família Herpesviridae, subfamília Alphaherpesviridae, gênero Varicellovirus.
-> Possui duas cepas principais (1 e 2), é responsável pelos quadros de **rinotraqueíte, **conjuntivite,
**aborto, **vulvovaginite pustular infecciosa e **balanopostite pustular infecciosa ;
-> já a infecção pelo HVB-5, embora menos comum, é responsável pelos surtos de **meningoencefalite.
Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR) TRANSMISSÃO
=> transmissão direta ocorre através do contato próximo entre animais, principalmente através das mucosas e secreções(monta natural, inalação de partículas de aerossóis e lambedura de secreções).
=> A transmissão indireta é considerada de importância secundária e ocorre por meio de alimentos, água, cochos e instalações.
CAMPILOBACTERIOSE GENITAL BOVINA
=> bactéria (Campylobacter fetus subespécie venerealis) e;
=> Impacto na Reprodução:
Infertilidade temporária
Inflamações no trato reprodutivo (cervicite, endometrite, salpingite)
Repetição de cios com intervalos irregulares
Dificuldade na concepção
CAMPILOBACTERIOSE GENITAL BOVINA
Transmissão:
Principalmente pela cópula
Transmissão não venérea (fômites, cama, vagina artificial, instrumentos obstétricos, sêmen contaminado)
Sintomas e Efeitos nas Fêmeas:
Inflamação da vagina (vaginite)
Invasão da cérvix e do útero (endometrite)
Salpingite após cerca de 20 dias
Repetição de cios em intervalos irregulares
Alterações no ambiente uterino, desenvolvimento e reabsorção embrionária
Falhas de fertilidade
Abortamento entre o 5º e 6º mês de gestação
Resposta Imune das Fêmeas:
Produção de anticorpos que podem eliminar os patógenos em seis a oito semanas
Infecção pode persistir na vagina, com eliminação intermitente ou contínua do agente por até um ano
ALIMENTOS VOLUMOSOS
Caracterizados por seu baixo teor energético e altos teores de fibra. Possuem menos de 60% de NDT (Nutrientes Digestíveis Totais) e/ou mais de 18% de fibra bruta (FB). Podem ser divididos em secos e úmidos.
ALIMENTOS CONCENTRADOS
Caracterizados por baixo teor de fibra (menos de 18% de FB) e/ou alto teor de energia (mais de 60% de NDT(Nutrientes Digestíveis Totais)).
Concentrados energéticos são alimentos com menos de 40% de proteína bruta (e em torno de 50% de fibra bruta) 10% de FDN (Fibra em Detergente Neutro).
ERRADO
Concentrados energéticos são alimentos com menos de 20% de proteína bruta (e em torno de 18% de fi bra bruta) 25% de FDN (Fibra em Detergente Neutro). Ex: milho, sorgo, trigo, melaço, polpa cítrica, sebos e gordura animal;
Concentrados Energéticos:
–> Alimentos com menos de 20% de proteína bruta (e em torno de 18% de fibra bruta) 25% de FDN (Fibra em Detergente Neutro). Ex: milho, sorgo, trigo, melaço, polpa cítrica, sebos e gordura animal;
Concentrados Proteicos:
–> Alimentos com mais de 20% de PB.
Ex: farelo de soja, farelo de algodão, farelo de girassol, caroço de algodão, cama de frango, farinhas de sangue, de peixe, carne e ossos (sendo a cama e as farinhas, atualmente, proibidas pelo MAPA para uso em ruminantes devido ao risco de contaminação e transmissão de doenças, como a Encefalopatia Espongiforme Bovina).
MINERAIS
Os minerais exigidos em maiores quantidades (gramas por dia) e descritos na dieta como uma porcentagem da matéria seca (MS) são chamados de macrominerais, grupo que inclui o cálcio (Ca), fósforo (P), sódio (Na), cloro (Cl), potássio (K), magnésio (Mg) e enxofre (S).
Macrominerais
São componentes estruturais dos ossos e outros tecidos e são, também, constituintes valiosos dos fluidos corporais, tendo o papel fundamental na manutenção do balanço ácido-base, pressão osmótica, potencial elétrico das membranas e transmissão nervosa.
-> (Ca), fósforo (P), sódio (Na), cloro (Cl), potássio (K), magnésio (Mg) e enxofre (S) fósforo(P).
Microminerais
Esse grupo de compostos está presente nos tecidos corporais em concentrações pequenas, servindo como componentes de metaloenzimas ou atuando como cofatores enzimáticos, além de componentes de hormônios do sistema endócrino.
-> Cobalto (Co), cobre (Cu), iodo (I), ferro (Fe) manganês (Mn), molibdênio (Mo), selênio (Se) e zinco (Zn) e, talvez, cromo (Cr) e flúor (F)
VITAMINAS
-> As vitaminas A, D, E e K devem ser incorporadas às rações dos bovinos, pois não são sintetizadas pelo organismo deles.
-> Em contraste, as vitaminas do complexo B e a vitamina C são sintetizadas pelos bovinos, eliminando a necessidade de sua inclusão nas rações.
-> Vitamina A – protege a visão; intervém no metabolismo proteico; mantém a integridade dos epitélios; é
-> Vitaminas D – são chamadas antirraquíticas, cruciais para a absorção de cálcio e fósforo, regulando o metabolismo fosfo-cálcico;
-> Vitaminas E – suas funções estão relacionadas à fertilidade e à integridade dos tecidos conjuntivos, nervoso e hepático. Possui ação antioxidante;
-> Vitaminas K – influenciam a coagulação do sangue, prevenindo hemorragias e garantindo a integridade vascular.
Pastejo Rotacionado:
Vantagens em manejo e produtividade.
Necessário avaliar custos adicionais.
Influencia seletividade dos animais e composição do pasto.
Pastejo Contínuo:
Espécies de porte baixo adaptam-se melhor.
Necessita de solos férteis e bem manejados.
Pastejo Intensivo:
Estratégia promissora adotada no Brasil.
Maximiza uso de forragens, reduz custos, e aumenta a produção de leite.
Antecipação da idade ao primeiro parto e aumento da renda dos produtores.
Vantagens da Produção a Pasto
Reduz custos de produção de leite e dependência de mão de obra; animais colhem e transportam forragem, promovendo reciclagem de nutrientes.
FORMAS DE SUPLEMENTAÇÃO
-> Via cocho
-> Diretamente nos concentrados fornecidos aos animais
Matéria Seca (MS):
Ë a parte do alimento com nutrientes, excluindo a água; fundamental para processos de fenação, ensilagem, compra e transporte de volumosos.
minerais essenciais
Arsênio (As); Boro (Bo); Cádmio (Cd); Cromo (Cr); Cobalto (Co); Cobre (Cu); Flúor (F); Iodo (I); Ferro (Fe); Lítio (Li); Manganês (Mn); Molibdênio (Mo); Níquel (Ni); Selênio (Se); Sílicio (Si); Estanho (Sn); Vanádio (V); Zinco (Zn).
Resumo do Consumo de Matéria Seca:
** O consumo de matéria seca é de 3,0% a 3,5% do peso corporal (15 kg/dia para vacas de 500 kg).
** A dieta deve ter 50% a 70% de volumosos (mais baratos) e 30% a 50% de concentrados.
Priorizar volumosos reduz custos e garante uma alimentação equilibrada.
Suplementação mineral
zinco, junto com a vitamina E e o selênio, atua como antioxidante e fortalece o sistema imunológico da vaca. Isso contribui para a prevenção de infecções, incluindo a mastite, ajudando a reduzir a CCS. Além disso, esses nutrientes promovem a cicatrização dos tecidos do úbere e melhoram a integridade da pele do teto, que é uma importante barreira contra infecções.
Estabulação Livre:
Alojamento Livre:
Animais em galpões espaçosos, ideal para clima seco, menor necessidade de limpeza frequente, galpão com sombra para descanso, áreas para alimentação e solário.
Estabulação Livre:
Baias Livres (Free-Stall):
Galpões com baias individuais e áreas para circulação, menor área necessária, menor mão de obra, separação por categorias, sala de ordenha automatizada.
Estábulo de Ordenha:
Alimentação durante a ordenha, maior área e custo.
Limpeza complicada, maior risco de contaminação.
Galpões de Estabulação Livre:
Estrutura pré-moldada de concreto.
Piso de concreto com ranhuras para evitar escorregões.
Curral de Espera:
Coberto, com lava-pés e pedilúvio.
Área necessária por animal: 2-2,5 m².
Sala de Ordenha:
Limpa, bem ventilada e confortável.
Tipos: sem fosso (ala simples/dupla), com fosso (modernos).
Sala de Leite:
Função: Espaço dedicado à ORDENHA das VACAS, garantindo qualidade e higiene do leite.
Equipamentos: Inclui tanques de resfriamento, equipamentos de ordenha e sistemas de limpeza.
Higiene: Deve ser mantida extremamente limpa para evitar contaminação do leite.
Curral de Alimentação
mportância: Essencial para a alimentação e descanso dos animais no sistema semi-intensivo de criação de gado.
Componentes: Consiste em cercas, cochos para volumosos, saleiros e bebedouros.
Dimensões: O comprimento do cocho depende do número de animais e do espaço necessário por animal. Exemplo: 30 animais requerem um cocho de 36 m (30 x 1,2 m).
Área mínima por bovino:
Pequeno porte: 5 m² por animal.
Grande porte: 6 m² por animal.
bezerreiro
Objetivo: Proteger bezerros do vento, frio, calor e umidade.
Estrutura: Paredes laterais de 1,5 m; pé-direito de 3 m; boxes de 1,2 m x 1,5 m a 1,2 m x 2 m.
Equipamentos: Baldes/cochos a 50 cm; mamadeiras a 1,25 m; comedouros de 20 cm x 25 cm x 15 cm.
Piso: Cimento rústico, estrados de madeira ou camas de palha.
Corredor: Central (1,20 m) ou lateral (1,0 m).
Curral de Manobra
Função: Marcação, apartação, embarque, curar feridas, vacinar e banho carrapaticida.
Componentes: Curraletes, seringa, tronco de contenção, apartador, balança, rampa de embarque, brete carrapaticida.
Cochos (Comedouros)
Função: Alimentação com volumosos ou concentrados.
Espaço: 1,2 a 1,25 m por animal (sem bezerro); 1,30 a 1,50 m (com bezerro).
Características: Superfície lisa, cantos arredondados, drenos, declive de 1%.
Saleiros
Função: Fornecer minerais.
Dimensões: 2,5 m de comprimento, 30 cm de altura, 30 cm de largura.
Características: Superfície lisa, cantos arredondados, drenos, cobertura
Bebedouros
Recomenda-se fornecer 40-60 litros de água por bovino adulto por dia. Existem dois tipos de bebedouros: para curral/estábulo e para pasto.
Recomendações:
Altura: 60-75 cm.
Curral/estábulo: Retangulares, 60-70 cm de largura.
Pasto: Retangulares ou circulares.
Essas medidas garantem que os bovinos tenham água limpa e acessível.
reservatórios
Os reservatórios de água são essenciais para garantir o fornecimento constante. Suas dimensões dependem das necessidades da propriedade, e é importante planejar uma reserva de emergência para cobrir imprevistos.
Silos
Os silos forrageiros devem ser construídos perto dos locais de alimentação para facilitar a logística. Os modelos mais usados são os de superfície e trincheira, com boas práticas para evitar problemas como encharcamento e garantir a qualidade do alimento.
SECADOR SOLAR
O secador solar é uma ferramenta eficiente para desidratação de forragens, beneficiando pequenos produtores rurais. É ideal para feno de espécies forrageiras de maior porte, produzindo 200 kg em dois dias em um espaço de 100 m²
Sala de máquinas
A sala de máquinas abriga equipamentos como bombas e compressores, necessitando de ventilação adequada para dissipar calor e evitar superaquecimento. O tamanho deve considerar espaço para operação e manutenção.
Salão / Depósito de Ração
Espaço próximo ao estábulo, destinado ao preparo e armazenamento de rações, com áreas para moinhos e misturadores de grãos, bem iluminado e ventilado.
Galpão/Depósito para Máquinas:
Importante instalação para abrigar veículos, máquinas e ferramentas, com espaço para uma oficina multifuncional, estrutura semelhante à do fenil, resistente e amplo.
Esterueira
Estrutura para fermentação de esterco, reduzindo poluição e produzindo fertilizante, localizada a distância adequada de estábulos e áreas residenciais, com possibilidade de adaptação de instalações ociosas
cercas
As cercas utilizam mourões comuns e esticadores, feitas com arame liso ou farpado. Mourões de concreto são projetados para resistência, e cercas eletrificadas são uma opção segura e fácil de manter.
Indicadores de Avaliação do Desempenho Zootécnico em Bovinos Leiteiros
Objetivo: Avaliar o desempenho zootécnico e financeiro da bovinocultura leiteira para otimizar a gestão e a rentabilidade.
Indicadores de Eficiência Reprodutiva:
Taxa Anual de Prenhez: Ideal ≥ 75% ao ano.
Taxa Anual de Natalidade: Deve ser próxima à Taxa de Prenhez.
Taxa Anual de Aborto: Calculada pela diferença entre Prenhez e Natalidade.
Intervalo de Partos: Ideal é 12 meses; não deve exceder 15 meses.
Idade à Primeira Parição: Boas práticas indicam 24 a 30 meses.
Indicadores de Mortalidade:
Taxa Anual de Mortalidade de Bezerros (T.A.M.B.): Tolerável entre 4 a 5% até 1 ano.
Ações Estratégicas: Identificação de falhas, aprimoramento de tecnologias, replanejamento, prevenção de prejuízos.
Indicadores de Avaliação do Desempenho Zootécnico em Bovinos Leiteiros
Objetivo: Avaliar o desempenho zootécnico e financeiro da bovinocultura leiteira para otimizar a gestão e a rentabilidade.
- Taxa Anual de Mortalidade de Novilhos (T.A.M.N.):
Novilhos(as) entre 1 e 2 anos.
Estoque no início do ano, vendidos e abatidos.
Tolerável: 2 a 3%.
- Taxa Anual de Mortalidade de Adultos (T.A.M.A.):
Bovinos com mais de 2 anos.
Estoque no início do ano, vendidos e abatidos.
Tolerável: 1 a 2%.
- Taxa Anual de Mortalidade do Rebanho (T.A.M.R.):
Todos os animais do rebanho.
Estoque no início do ano, vendidos e abatidos.
Tolerável: 2 a 3%.
- Indicadores de Eficiência Produtiva:
Taxa Anual de Matrizes em Lactação: Ideal ≥ 80% em lactação, mínimo econômico 75%.
Produtividade Leiteira: Avaliada pelo controle leiteiro individual e coletivo, com alta produção e consistência ao longo da lactação.
Ações Estratégicas: Identificação de falhas, aprimoramento de tecnologias, replanejamento, prevenção de prejuízos.
Custos de Produção de Leite
Objetivo: Garantir atividades pecuárias viáveis e sustentáveis com controle de despesas e receitas.
- Registros Financeiros:
Mantenha registros sistemáticos de despesas e receitas.
Inclua todas as transações comerciais do rebanho (animais, couro, esterco).
- Custos Diretos e Indiretos:
Custos Diretos: Precisão no cálculo para entender o custo de produção.
Ficha X: Essencial para calcular o Custo Médio de Produção de Leite e a Margem Líquida Média.
- DESFRUTE do Rebanho:
Inclui vendas para reprodução, abate e consumo interno.
Taxa Anual de Desfrute do Rebanho (T.A.D.R.) ideal ≥ 30%.
- Ferramenta de Avaliação:
Ficha XII: Resumo da Avaliação Zootécnica do Rebanho Leiteiro.
Auxilia na tomada de decisões e otimização do manejo reprodutivo e de saúde.
Importância: Controle e acompanhamento sistemático são cruciais para competitividade e rentabilidade a longo prazo.
Manejo Sanitário de Bovinos Leiteiros
- Introdução:
Saúde é crucial para desempenho.
Medidas preventivas são essenciais.
Registro de ocorrências ajuda na análise. - Medidas Gerais de Manejo:
Implementar práticas antes do nascimento.
Garantir desenvolvimento e lactação adequados. - Cuidados no Pré-Parto:
Secagem da Vaca: Iniciar 60 dias antes do parto.
Piquete Maternidade: Local plano, boa pastagem, sombra, e acesso a água/alimentos.
Alimentação: Evitar deficiências nutricionais para saúde do bezerro. - Condição Corporal:
Avaliar em escala de 1 a 5, ideal 3,5.
Manter vaca nem gorda nem magra. - Cuidados no Parto:
Três fases do parto: Transição, Saída, e Expulsão da Placenta.
Assistência qualificada é essencial.
Observar expulsão da placenta para evitar complicações.
Principais Tópicos: Manejo Sanitário de Bovinos Leiteiros
2.2.1 Assistência ao Recém-Nascido:
Respiração: Elevação de CO2 no sangue desencadeia primeira respiração. Intervenção humana necessária se a vaca não lamber o bezerro.
Drenagem: Suspender bezerro pelos membros posteriores para drenar líquidos das vias respiratórias.
Principais Tópicos: Manejo Sanitário de Bovinos Leiteiros
2.2.2 Utilização do Colostro:
Imunidade: Colostro fornece anticorpos essenciais.
Nutrientes: Rico em nutrientes, deve ser dado nas primeiras 6 horas.
Higiene: Úbere da vaca deve ser higienizado.
Principais Tópicos: Manejo Sanitário de Bovinos Leiteiros
2.2.3 Corte e Cura do Umbigo:
Desinfecção: Cortar cordão umbilical a 5-10 cm do abdômen e desinfetar com iodo a 10%.
Tratamento: Repetir antisséptico por 3-4 dias até cicatrização completa.
Principais Tópicos: Manejo Sanitário de Bovinos Leiteiros
2.2.4 Descorna:
Segurança: Reduz risco de ferimentos e melhora docilidade.
Métodos: Químico com soda cáustica para bezerros de 2-5 dias; ferro quente/cauterizador elétrico para bezerros com mais de 15 dias.
Principais Tópicos: Manejo Sanitário de Bovinos Leiteiros
2.2.5 Remoção de Tetos Supranumerário:
Prevenção: Evitar problemas estéticos e mamites.
Procedimento: Realizar entre 30-60 dias após o nascimento com tesoura/bisturi esterilizados.
Práticas Sanitárias Gerais
Medidas Preventivas:
Dimensionar instalações para conforto e movimentação dos animais.
Treinamentos regulares para a equipe.
Registro zootécnico para monitorar produção e melhorar eficiência.
Práticas Sanitárias Gerais
Cuidados Essenciais:
Alimentação balanceada e adequada para cada categoria.
Estabelecer e executar um calendário de vacinação.
Utilizar quarentena e determinar o destino adequado dos dejetos (esterqueiras).
Controle estratégico de parasitas.
Práticas Sanitárias Gerais
Higiene e Ordenha:
*Práticas de manejo, saúde e bem-estar animal são essenciais para a saúde, produtividade e rentabilidade do rebanho.
Limpeza das instalações e utensílios.
Isolamento imediato dos animais doentes.
Exames de saúde para novos animais (Brucelose e Tuberculose).
Tratamento preventivo para mastite em vacas secas.
Bezerros devem receber colostro nas primeiras seis horas.
Práticas Sanitárias Gerais
Água e Alimentação:
Limpeza rigorosa de comedouros, saleiros e bebedouros.
Evitar acesso a fontes de água contaminadas.
Práticas Sanitárias Gerais
Práticas Curativas:
Diagnóstico preciso e tratamento adequado.
Controle de sangramento e dor em casos de traumatismo.
Manter soro antiofídico e farmácia com medicamentos de urgência.
Hidratação imediata em casos de doença, especialmente em bezerros.
Principais Tópicos: Reprodução e Melhoramento Genético
3.1. Inseminação Artificial (IA):
Técnica para melhorar genética e produtividade.
Primeiro uso relatado em 1780.
Valiosa na bovinocultura leiteira para inseminar múltiplas fêmeas.
Detecção eficaz do cio é crucial.
Principais Tópicos: Reprodução e Melhoramento Genético
3.2. Anestro Pós-Parto:
Período entre parto e primeiro cio fértil.
Influenciado pela nutrição e balanço energético.
Deficiências nutricionais podem prolongar anestro e reduzir produtividade.
Manejo nutricional adequado no pré e pós-parto é essencial.
Principais Tópicos: Reprodução e Melhoramento Genético
3.3. Observação de Cios e IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo):
Desafio na detecção do cio, especialmente em gado zebuíno.
Sincronização da ovulação para inseminação em um único dia.
Protocolos de sincronização utilizando progesterona.
Vantagens: reduzir intervalo parto/concepção, concentrar partos, antecipar prenhez, padronizar lotes de bezerros.
Programas Reprodutivos
Implementação:
Assistência de veterinários especialistas.
Identificação e correção de fatores limitantes (manejo alimentar, mineralização, detecção de cio, doenças reprodutivas, eficiência dos touros).
Programas Reprodutivos
Recomendações:
Escolher raça do reprodutor de acordo com padrão genético das vacas.
Separar animais por sexo.
Programar primeiro acasalamento quando a fêmea atingir 70% do peso vivo médio.
Controle rigoroso de monta ou inseminação artificial.
Registrar eventos reprodutivos e comparar com objetivos.
Programas Reprodutivos
Período de Seca e Alimentação:
Iniciar período de seca entre 60 e 45 dias antes do parto.
Oferecer dieta balanceada no pré-parto.
Mineralização adequada para saúde e produtividade.
Programas Reprodutivos
Desmama Precoce:
Fornecer concentrado peletizado, volumoso de boa qualidade e água a partir da segunda semana de vida.
Programas Reprodutivos
Seleção de Reprodutores:
Procedência do animal e histórico de desempenho.
Padrão racial desejado.
Aspecto masculino e comportamento dominante.
Testículos normais, ausência de lesões no pênis e prepúcio.
Cascos saudáveis e bons aprumos.
Programas Reprodutivos
Seleção de Matrizes:
Padrão racial definido.
Aspecto feminino e bom desenvolvimento corporal.
Ausência de doenças e defeitos físicos.
Bom potencial leiteiro.
Histórico de prenhez e partos normais.
Habilidade materna e fertilidade satisfatória.
Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR)
Causa e Características:
Causada pelo vírus: Herpesvírus bovino tipo 1 (HVB-1 ou BoHV-1)
Família: Herpesviridae
Subfamília: Alphaherpesvirinae
Gênero: Varicellovirus
Afeta respiração, olhos, reprodução, causando rinotraqueíte, conjuntivite, aborto.
Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR)
Transmissão:
Direta: contato próximo, SECREÇÕES.
Indireta: alimentos, água, cochos
Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR)
Sinais Clínicos:
Respiratórios: TOSSE, rinite, traqueíte
Reprodutivos: abortamento, infertilidade, lesões genitais
Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR)
Diagnóstico
Isolamento Viral, ELISA, PCR
Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR)
Tratamento
Sintomático com antibióticos e anti-inflamatórios
Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR)
Vacinação
Inativada, atenuada, recombinante
Diarreia Viral Bovina (BVD):
Causador: Vírus da Diarreia Viral Bovina (BVDV)
Família/Gênero: Flaviviridae/Pestivirus
Genótipos: Tipo I (clássico) e Tipo II (mais patogênico)
Hospedeiros: Bovinos, ovinos e suínos
Diarreia Viral Bovina (BVD):
Transmissão:
-> Via secreções e excreções de animais persistentemente infectados (PI) -> Insetos, fômites, ruminantes silvestres
-> Transplacentária durante o primeiro trimestre de gestação (NCP)
Diarreia Viral Bovina (BVD):
Sinais Clínicos: Assintomáticos a graves (doença das mucosas), imunossupressão
Sintomas Agudos: Febre, diarreia, desidratação, lesões na mucosa
Diagnóstico: Sorologia, isolamento viral, detecção de antígenos
Controle: Vacinação, eliminação de animais PI, biossegurança
Campilobacteriose Genital Bovina e Tricomonose Bovina:
Agentes Causadores:
Bactéria: Campylobacter fetus subespécie venerealis
Protozoário: Trichomonas foetus
Problemas Reprodutivos:
Infertilidade temporária
Cervicite, endometrite, salpingite
Transmissão:
Principalmente pela cópula
Via fômites, instrumentos ginecológicos
Sinais Clínicos em Fêmeas:
Repetição de cios
Abortamento
Inflamação do trato reprodutivo
Sinais Clínicos em Machos:
Assintomáticos
Portadores assintomáticos
Diagnóstico:
Cultura e isolamento dos agentes
Imunofluorescência Direta (IFD)
Controle:
Isolamento de animais infectados
Inseminação artificial
Monitoramento rigoroso da saúde dos reprodutores
Leptospirose
Causador: Espiroquetas do gênero Leptospira
Principais Sorovares no Brasil: Hardjo, Pomona, Icterohemorragiae, Gryppotyphosa
Hospedeiros: Bovinos (hardjo), Suínos (pomona), Ratos (icterohemorragiae), Gambás (gryppotyphosa)
Transmissão:
Urina de animais infectados
Contato com pele, mucosas, urina, órgãos
Transmissão venérea, transplacentária e mamária
Sinais Clínicos:
Agudos: Febre alta, anemia, icterícia, hemoglobinúria
Subagudos: Febre moderada, icterícia leve, diminuição da produção de leite
Crônicos: Abortos, natimortos, mastite, problemas reprodutivos
Diagnóstico:
Sorologia (microaglutinação)
Isolamento do agente
Exames laboratoriais
Controle:
Vacinação
Monitoramento da saúde do rebanho
Controle de roedores e outros reservatórios
Esquema de vacinação:
Bezerros: a partir de 4 meses de idade, duas doses com intervalo de 3 a 5 semanas
Revacinações: semestrais ou antes do quarto mês de gestação
Testes sorológicos: Regulares para vigilância contínua do rebanho.
Brucelose:
Causador: Bactéria Brucella abortus
Transmissão:
Via digestiva, transplacentária, sexual
Contaminação de material obstétrico, transfusão sanguínea, mucosas respiratória e ocular
Sinais Clínicos:
Fêmeas: Abortamentos, natimortos, retenção de placenta, mastite
Machos: Epididimite, orquite, aumento testicular
Diagnóstico:
Diretos: PCR, Imunofluorescência Direta, Isolamento
Indiretos: Sorologia (AAT, Soroaglutinação, ELISA)
Controle:
Vacinação: Vacina B19 (3-8 meses) e RB51 (acima de 8 meses)
Sacrifício de animais positivos
Quarentena de novos animais
Neosporose Bovina:
Causador: Protozoário Neospora caninum
Hospedeiros:
Definitivos: Cão, coiote
Intermediários: Bovinos, caprinos, ovinos, equinos
Transmissão:
Principal: Vertical (transplacentária)
Secundária: Ingestão de oocistos (fezes de cães)
Sinais Clínicos:
Abortos
Nascimento de bezerros fracos ou com sinais neurológicos
Diagnóstico:
IFA, ELISA, Imuno-histoquímica
PCR
Controle:
Coletar e eliminar fetos abortados e membranas fetais
Evitar acesso de cães às áreas do rebanho
Vacinação
Características do Leite:
Teor de gordura mínimo: 3%
Acidez: 14-18 graus Dornic
Densidade: 1.028-1.034
Lactose: mínimo 4,3%
Extrato seco desengordurado: mínimo 8,4%
Extrato seco total: mínimo 11,4%
Índice crioscópico: -0,512ºC a -0,536ºC
5 passos principais da ordenha higiênica:
***Lembrando que, após a ordenha, é essencial realizar o pós-dipping e garantir que as vacas permaneçam em pé por pelo menos 30 minutos. Isso ajuda a fechar o esfíncter dos tetos e reduzir os riscos de contaminação.
1) Limpeza prévia:
Remoção da sujeira seca com a mão enluvada.
Lavar os tetos com água se houver sujeira úmida.
Massagem suave dos tetos para estimular a liberação de oxitocina.
2) Teste da caneca:
Coletar os três primeiros jatos de leite de cada teto.
Observar alterações no aspecto e na coloração do leite para detecção precoce de mastite clínica.
3) Desinfecção das tetas (Pré-dipping):
Aplicar desinfetantes à base de iodo ou cloro antes da ordenha para eliminar bactérias.
Escolher desinfetantes com baixa agressividade à pele e eficácia rápida.
4)Secagem dos tetos:
Secar os tetos com papel toalha ou toalhas descartáveis para reduzir risco de contaminação por desinfetantes ou água.
Evitar excesso de produtos químicos que possam afetar a qualidade do leite.
5)Ordenha:
Na ordenha mecânica, cuidar ao acoplar as teteiras para cortar o fluxo de ar.
Monitorar constantemente o fluxo de leite e retirar o equipamento imediatamente após cessar o fluxo.
MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO LEITE
Introdução: Importância da qualidade do leite (integridade e composição).
Controle de qualidade: Protocolos de manejo e higiene rigorosos e sistema de monitoramento eficaz.
Amostragem: Coleta, conservação, homogeneização e refrigeração adequadas. Uso correto de conservantes.
Análises: CCS, CPP, resíduos de antibióticos e análise de componentes do leite.
Benefícios: Produtos lácteos de qualidade, saúde e bem-estar da população e boa reputação dos produtores.
Análises do leite:
Composição, CCS, CPP e resíduos de antibióticos:
Análises rotineiras com equipamentos eletrônicos para maior eficiência.
Parâmetros físico-químicos:
Densidade, acidez, índice crioscópico, fosfatase alcalina e peroxidase.
Garantia de padrões de qualidade e segurança.
Análises obrigatórias e adicionais:
Físico-químicas, microbiológicas, contagem de células somáticas e resíduos químicos.
Monitoramento de dados e detecção de fraudes.
Análises específicas:
Densidade: Verificação de adulteração com lactodensímetro.
Acidez: Teste de Alizarol e titulação.
Índice crioscópico: Detectar adição de água com crioscópicos eletrônicos.
Fosfatase alcalina e peroxidase: Indicadores de eficácia da pasteurização.
Redutase: Avaliação da qualidade bacteriológica.
CPP: Monitoramento da contaminação e qualidade higiênica.
Composição e CCS: Análise nutricional e industrial do leite.
Resíduos de antibióticos: Identificação de resíduos que podem afetar a saúde pública.
Síndrome do Leite Anormal (SILA):
PNMQL: Programa Nacional de Melhoria da Qualidade do Leite no Brasil para garantir leite de qualidade.
Regulamentação: IN 51/2002 (revogada pela IN 77/2018) com padrões técnicos de produção e qualidade.
Síndrome do Leite Anormal (SILA):
Tecnologias e Problemas
Qualidade do Leite: Uso de práticas de ordenha higiênica e testes de mastite.
Prova do Álcool: Teste comum para avaliar a qualidade do leite.
Interpretação da Acidez do Leite
Ácido Lático: Não é o único fator determinante da acidez.
Outros Componentes: Citratos, fosfatos e proteínas também contribuem.
Síndrome do Leite Anormal (SILA):
Diferenças Entre Raças
Teor de Sólidos Totais: Raças como Jersey e Guzerá produzem leite com maior acidez.
Avaliação de Qualidade: Importância de análises microbiológicas para evitar penalidades injustas.
Síndrome do Leite Anormal (SILA):
Introdução à SILA
Observada em VACAS holandesas com dieta rica em carboidratos fermentáveis e baixo teor de nitrogênio.
Caracterizada por precipitação no teste do álcool sem acidez titulável.
Causas da SILA
Dieta desbalanceada: alta em carboidratos, baixa em proteína e nitrogênio.
Fatores genéticos e de manejo: raças Jersey, Gir e Guzerá são mais susceptíveis.
Influência da época do ano: disponibilidade de forragens de qualidade.
Diagnóstico de SILA
Indicadores: teste do álcool, acidez titulável, pH, densidade e prova de CMT.
Interpretações: excludente, positivo, duvidoso e negativo.
Recomendações de coleta de amostras: seguir procedimentos adequados para garantir resultados confiáveis.
Síndrome do Leite Anormal (SILA):
Ações Corretivas
Fornecer dietas equilibradas e atender às necessidades nutricionais das vacas.
Disponibilizar volumosos de qualidade e ajustar a proporção de concentrado na dieta.
Alimentar os animais nas horas mais frescas do dia.
Considerações Finais
Necessidade de modernização e adoção de novas tecnologias na produção de leite.
Importância do Programa Nacional de Melhoria da Qualidade do Leite (PNQL).
Tricomonose Bovina
Agente Causador:
Protozoário: Trichomonas FOETUS
Impacto na Reprodução:
Inflamações na vagina, cérvix e útero
Abortos nos primeiros estágios da gestação (cerca de 50 dias)
Redução temporária de fertilidade (repetição de cios)
Período de Contaminação:
De 95 a 300 dias
Eliminação do Protozoário:
Por meio do muco cervical durante cerca de 8 semanas
Após esse período, mecanismos de defesa do útero eliminam o agente
Progressão da Infecção:
Trato genital contaminado em cerca de 15 dias
Multiplicação inicial na vagina, seguida pelas pregas da cérvix e outras partes do trato reprodutivo
Sintomas Clínicos:
Vaginite com descarga mucopurulenta
Endometrite discreta
Infertilidade transitória
Complicações Graves:
Piometrite associada ao anestro
Salpingite
Cervicite
Consequências da Infecção Gestacional:
Placentite
Comprometimento da placenta e membranas fetais
Abortamento
Síndrome do Leite Anormal (SILA)
-> Definição: Síndrome caracterizada por alterações nas propriedades físico-químicas do leite.
-> Causas: Desbalanços de energia e proteína na dieta, estresse calórico, suplementação inadequada, fatores genéticos e ambientais.
-> Fatores Contribuintes: Deficiências nutricionais, especialmente em épocas de escassez de alimentos de qualidade.
-> Sintomas:
Diminuição dos sólidos do leite
Redução da estabilidade térmica
Redução da capacidade tamponante do leite
Alterações na aptidão para o processamento industrial
-> Impacto: Perda de valor do leite para o tratamento industrial devido a suas alterações.
-> Diagnóstico: Observação das alterações nos sólidos do leite e na sua capacidade de processamento.
-> Prevenção e Tratamento: Adequação nutricional, manejo de estresse calórico e suplementação correta.
A análise da degradabilidade da proteína bruta (PB) é uma análise de rotina nos laboratórios de nutrição animal, sendo utilizada para determinar o escape ruminal da proteína microbiana.
ERRADO
A análise da degradabilidade da proteína bruta (PB) não é uma análise de rotina nos laboratórios de nutrição animal. Embora seja uma informaçãoimportante para a formulação de rações, a análise é complexa e exige equipamentos e técnicas específicas.
A escolha dos ingredientes e suas proporções na formulação de rações para bovinos confinados depende do conhecimento das condições locais, do mercado de ingredientes e do mercado do boi gordo
GABARITO: CERTO
A formulação de rações para bovinos confinados depende de diversos fatores, como as condições locais de produção, a disponibilidade e o preçodos ingredientes, e as características do mercado do boi gordo. O objetivo é formular uma ração que atenda às exigências nutricionais dos animaise que seja economicamente viável.
No contexto da nutrição de bovinos de corte em confinamento, a suplementação com níveis elevados de concentrado, superiores a 4-5 kg por dia, invariavelmente resulta em melhorias no ganho de peso diário e na conversão alimentar, em decorrência do aumento da disponibilidade de energia fermentescível.
ERRADO
A proposição é falsa, pois o aumento excessivo da oferta de concentrado pode levar a uma redução no ganho de peso diário, devido ao desequilíbrio na fermentação ruminal e ao desafio ao tamponamento do pH.
A deficiência de vitamina E pode levar a problemas:
Os principais problemas decorrentes da deficiência dessa vitamina são a doença do músculo branco (distrofia muscular nutricional), em conjunto com o metabolismo do selênio; crescimento retardado; abortos e retenção de placenta.