Leucose Enzoótica Bovina Flashcards
A leucose bovina é causada por um vírus RNA tumoral que pertence à família Reoviridae, subfamília Oncovirinae.
ERRADA
A leucose bovina é considerada uma doença infecciosa causada por um vírus RNA tumoral, Vírus da Leucose
Bovina (BLV), que pertence à família Retroviridae, subfamília Oncovirinae, gênero Deltaretovirus.
O Vírus da Leucose Bovina (BLV) é inativado por solventes e detergentes lipídicos e pelo calor a uma temperatura de 56°C durante 30 minutos. No entanto, é mais resistente a raios UV e radiações X do que outros vírus.
CORRETO
Os retrovírus são inativados por solventes e detergentes lipídicos, tais como álcool, éter e clorofórmio. São inativados pelo calor a uma temperatura de 56°C durante 30 minutos, inclusive nos líquidos orgânicos. Este processo elimina totalmente as partículas infecciosas; entretanto, eles são mais resistentes a raios UV e radiações X do que outros vírus, provavelmente devido ao seu genoma diploide.
A leucose enzoótica bovina já foi relatada em diversos países do mundo, mas com aspectos
epidemiológicos distintos entre os rebanhos, sendo mais prevalente na pecuária de corte.
ERRADO
A leucose enzoótica bovina já foi relatada em diversos países do mundo, mas com aspectos epidemiológicos
distintos entre os rebanhos, sendo mais prevalente nos leiteiros.
A transmissão pela via oral é a principal via de disseminação do Vírus da Leucose Bovina (BLV). O vírus pode ser transmitido, principalmente, pela ingestão alimentos e água contaminados.
ERRADO
A transmissão horizontal é a principal via de disseminação do BLV. O vírus pode ser transmitido,
principalmente, por exposição direta a fluídos biológicos contaminados com linfócitos infectados,
particularmente sangue.
O Vírus da Leucose Bovina (BLV), é eliminado no colostro e leite de vacas infectadas que se constituem numa fonte de infecção para bezerros recém-nascidos.
CORRETA
O Vírus da Leucose Bovina (BLV) é eliminado no colostro e leite de vacas infectadas que se constituem numa fonte de infecção para bezerros recém-nascidos. No entanto, bezerros de vacas soropositivas podem
apresentar anticorpos, que permanecem no soro por 4 - 6 meses, sem estarem infectados.
A doença clínica pode desenvolver-se sob duas formas: linfocitose persistente e linfossarcoma em bovinos adultos. Os tumores são sempre precedidos pela linfocitose.
ERRADA
A doença clínica pode desenvolver-se sob duas formas: linfocitose persistente, devido a um incremento de
linfócitos B; e linfossarcoma em bovinos adultos. O desenvolvimento de tumores não é, necessariamente,
precedido por linfocitose e, nesse caso, a doença apresenta-se como leucose tumoral aleucêmica.
A grande maioria dos animais infectados com o BLV não desenvolve quaisquer sinais clínicos,
permanecendo portadores assintomáticos do vírus.
CORRETA
A grande maioria dos animais infectados com o BLV não desenvolve linfossarcoma, linfocitose persistente ou qualquer outro sinal clínico, permanecendo portadores assintomáticos do vírus. Esses animais apresentam uma infecção persistente e podem ser identificados pela presença de anticorpos contra o BLV.
A prova de imunogeldifusão em ágar (IGDA), para detectar anticorpos no plasma ou no soro contra a glicoproteína maior “gp51” do vírus, tem sido adotada pelos órgãos de defesa sanitária de vários países como teste oficial para diagnosticar a infecção pelo BLV.
CORRETA
A prova de imunogeldifusão em ágar (IGDA), para detectar anticorpos no plasma ou no soro contra a
glicoproteína maior “gp51” do vírus, tem sido adotada pelos órgãos de defesa sanitária de vários países como
teste oficial para diagnosticar a infecção pelo BLV. Resultados positivos aos testes sorológicos são indicativos de infecção pelo vírus e não necessariamente da doença. Um resultado negativo indica que o animal não está infectado (verdadeiramente negativo); ou está infectado, mas não o tempo suficiente para a produção de
níveis detectáveis de anticorpos (falso negativo); ou está infectado, mas os níveis de anticorpos não são
detectáveis porque estão sendo mobilizados (período pré-parto ou colostral) (falso negativo).
A principal forma de prevenção da leucose bovina é a vacinação.
ERRADA
Devido à inexistência de vacinas ou de um tratamento efetivo, os programas de controle concentram-se em
medidas que dificultam a disseminação do vírus. As formas de controle da infecção pelo BLV são classificadas em três diferentes categorias: teste e remoção dos animais reagentes, principalmente, quando o objetivo é a erradicação; segregação do rebanho em animais soropositivos e soronegativos; e, adoção de práticas de manejo visando reduzir a transmissão horizontal e vertical do vírus.
As massas tumorais podem ser encontradas em qualquer órgão. Além dos linfonodos, os tecidos mais frequentemente afetados são o coração, o abomaso, o útero, os rins, os intestinos, as meninges da medula espinhal e os tecidos retrobulbares do olho.
CORRETA
Massas tumorais de aspecto firme e de coloração branca podem ser encontradas em qualquer órgão. Além dos linfonodos, os tecidos mais frequentemente afetados são o coração, o abomaso, o útero, os rins, os
intestinos, as meninges da medula espinhal e os tecidos retrobulbares do olho. Os linfonodos atingidos estão aumentados de tamanho e apresentam uma superfície de corte branco-amarelada homogênea, sem
diferenciação entre a região cortical e a medular. Nos demais órgãos o tecido neoplásico, firme e branco,
infiltra as estruturas normais de forma difusa ou como massas tumorais nodulares.
transmissão horizontal é a principal via de disseminação da doença
O vírus pode ser transmitido, principalmente, por exposição direta a fluídos biológicos contaminados com linfócitos infectados, com destaque para o sangue. Procedimentos como tatuagem, descornamento, palpação retal com luvas contaminadas, coleta de sangue com agulhas comuns, uso de instrumentos cirúrgicos não esterilizados e colocação de brincos podem transmitir o vírus.
Transmissão vertical
Relativamente rara (1,2% a 6,4%)
Eliminação do virus colostro e leite
Bezerros de vacas soropositovas podem ter anticorpos maternos (4 a 6 meses) sem infecção.
SINAIS CLÍNICOS - Leoucose E. Bovina
Pode se manifestar de duas formas clínicas principais:
-> linfocitose persistente, devido a um aumento benigno
e contínuo dos linfócitos B; e
-> linfossarcoma em bovinos adultos. O desenvolvimento de tumores pode ocorrer sem a precedência de linfocitose e, nesse caso, a doença apresenta-se como leucose tumoral
aleucêmica.
Adenomegalia, anorexia, queda na produção e perda
de peso que leva à caquexia e decúbito, lesões na medula espinhal levando à incoordenação, paresia progressiva dos membros posteriores e decúbito, lesões oculares causando exoftalmia, lesões uterinas, causando obstrução retal e partos distócicos, lesões cardíacas levando, ocasionalmente, a insuficiência cardíaca, com pulso venoso positivo e edema do peito e barbela, diarreia, anemia, dispneia e abortos.
O diagnóstico da leucose bovina pode ser desafiador, especialmente na forma tumoral da doença, devido à
variação dos sinais clínicos conforme a localização dos tumores
A necropsia revela formações tumorais esbranquiçadas, homogêneas e firmes em vários órgãos como abomaso, coração e linfonodos e o exame histológico pode confirmar o diagnóstico. O exame de sangue pode revelar uma linfocitose persistente, sugerindo a infecção pelo BLV; no entanto, a ausência de linfocitose não exclui a infecção. Por outro lado,
outras enfermidades podem causar linfocitose. prova de imunogeldifusão em ágar (IGDA), detecta anticorpos no plasma ou no soro contra a glicoproteína maior “gp51” do vírus e tem sido adotada pelos órgãos de defesa sanitária como teste oficial para diagnosticar a infecção pelo BLV.
CONTROLE
O controle da leucose bovina (BLV) se baseia em estratégias destinadas a limitar a propagação do vírus, já que não há vacinas ou tratamentos eficazes. As principais abordagens são: teste e remoção dos animais reagentes, principalmente, quando o objetivo é a erradicação; segregação do rebanho em animais soropositivos e soronegativos; e, adoção de práticas de manejo visando reduzir a transmissão horizontal e
vertical do vírus