Sistema Nervoso Piramidal Flashcards
Papel do sistema nervoso piramidal
1) Principal responsável pela movimentação voluntária, a mais evoluída das atividades motoras, com mais alto grau de independência à influência do meio ambiente
2) Controle sobre os sistemas extrapiramidal e periférico
2) Divisão anatômica
a) Via ortopiramidal
b) Via justapiramidal
Via ortopiramidal (função)
1) Ativadora dos movimentos voluntários
2) Facilitadora dos reflexos exteroceptivos
a) Reflexo cutâneo abdominal
b) Reflexo cutâneo-plantar em flexão
c) Reflexo cremastérico
3) Inibidora dos sistemas internunciais medulares (arco reflexo simples)
4) Facilitadora dos reflexos de tração (miotáticos, osteotendíneos)
Via ortopiramidal (trato corticospinal)
Início no núcleo (ou homúnculo) de Penfield, nas áreas corticais 4 e 3,2,1
Trajeto: centro semioval (coroa radiada) —> cápsula interna (núcleos da base) —> pedúnculo cerebral (no mesencéfalo) —> ponte —> bulbo
óbex do bulbo:
- no óbex, 90% das fibras decussam, na denominada decussação das pirâmides (assim é formado o trato corticospinal lateral)
- Os 10% de fibras restantes decussam dermátomo a dermátomo (assim é formado o trato corticospinal anterior)
Via justa piramidal
1) Função: controle sobre o tônus e reflexos de tração
2) Origem: Córtex - áreas 4, 4S
6 e 8
Composta por 2 tratos: Trato corticorrubrospinal e trato corticorreticulospinal
(A via justa piramidal controla os núcleos. Serve para ter um tônus adequado. Prof. diz pra pensar nessa via como aquele cara da escola de samba que não se apresenta, só diz coisas como “olha o ritmo”, “mais depressa”)
A via justa piramidal não está fisicamente separada da via ortopiramidal
Via justa piramidal (trato corticorrubrospinal)
1) Função: ação facilitadora sobre o tônus
2) Origem: área 4 e 6
3) Término: núcleo rubro
Via justa piramidal (trato corticorreticulospinal)
1) Origem: córtex - área 4S
2 contingentes de fibras
2) Término: núcleos reticulares
3) Função:
a) Trato reticulospinal anterior: facilitadora sobre o tônus
b) Trato reticulospinal lateral: inibidora sobre o tônus
Plegia X paresia
O termo plegia indica uma paralisia total (grau 0). Ao indicar uma perda parcial da força, utiliza-se o termo paresia
Paresia graus III e IV: perda parcial de força, com permanência da força antigravitária
Paresia graus II e I: perda parcial de força, com ausência da força antigravitária (flexores dos membros superiores e extensores dos membros inferiores) sendo que o paciente é incapaz de levantar do chão
Paraplegia
Perda motora no sentido transversal
Tetraplegia
Perda motora dos 4 membros
Hemiplegia
Perda motora no sentido lateral, podendo ser completa (comprometimento da face, membros superiores e inferiores), incompleta (braquial, crural ou facial) ou alterna
Di/Tri/quadriplegia
Perda motora bilateral, sendo lesões não simétricas.
O número de lesões que determina o nome (se é di, tri)
Síndrome piramidal irritativa
Consiste na exacerbação da atividade elétrica, gerando crises parciais motoras.
Ex: crise epiléptica motora
Síndrome piramidal deficitária
1) Perda da atividade motora - parcial ou total
2) Hipotonia na fase aguda
3) Hiperextensibilidade
4) Abolição dos reflexos:
a) Cutâneos abdominais
b) Cutâneo plantar em flexão
c) Cremastérico
Síndrome piramidal de liberação
1) Liberação dos sistemas internunciais medulares
a) Reflexo cutâneo plantar em extensão (sinal de Babinski)
b) Automatismos medulares
2) Reflexos miotáticos exaltados - hiper-reflexia
3) Hipertonia elástica seletiva - sinal do Canivete (sinal clínico
investigado em pacientes neurológicos, que se caracteriza por uma resistência inicial no movimento de estender o antebraço sobre o braço, seguida por uma diminuição dessa resistência conforme o ângulo-arco do movimento aumenta, tal qual um canivete se abrindo)
4) Clônus
Nas etiologias súbitas (como AVC), a síndrome de liberação ocorre semanas após, como uma sequela da doença. Nas etiologias progressivas (como meningioma, um tipo de tumor), as síndromes ocorrem concomitantemente. Na síndrome de liberação, ocorre uma lesão da via ortopiramidal e justapiramidal.
Lesão destrutiva ou depressora (síndrome deficitária por lesão da via ortopiramidal - perda dos influxos facilitadores)
1) Déficit de energia
a) Cinético: debilidade dos movimentos voluntários
b) Estático: incapacidade de manutenção de atitudes forçadas (manobras deficitárias)
2) Hiperextensibilidade
3) Abolição dos reflexos cutâneo-abdominais, cremastéricos e cutâneos plantares em flexão