Rotura prematura de membranas ovulares Flashcards

1
Q

definição

A

rotura espontânea das membranas amnióticas antes do trabalho de parto

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2
Q

epidemiologia

A

10%
mais frequente em gestações a termo
responsável por 40% das gestações pré-termo

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3
Q

etiologia

A
hiperdistensão uterina
		polidrâmnio
	inflamação e infecção
	prostaglandinas
	enzimas bacterianas proteolíticas
	interleucina 1, 6 e TNF
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4
Q

complicações

A
materna
		infecção
	fetal
		hipoplasia pulmonar
		prematuridade
		infecção
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5
Q

fatores de risco

A
amniocentese e coriocêntese
	incompetência istmocervical
	polidraminia
	macrossomia
	inserção de placenta baixa
	drogas
	infecções genitais
	história de parto pré-termo
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6
Q

diagnóstico

A
saída de líquido ao exame 
	aspecto de "vagina lavada"
	alteração de pH (4,5 --> 6,0)
		sangramento
		vaginose
	cristalização do muco: aspecto arboriforme
	teste de iannetta: marrom --> negativo
	teste do papel de nitrazina
	teste de critalização da secreção 
	USG
	amnisure
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7
Q

IG

A
< 34 sem
		expectante
			não inibir rotura de membranas
			antibióticas: aumento de tempo de latência
				ampicilina 1g 6/6 h EV 48h 
				amoxacilina 500 mg VO de 8/8h por 5 dias
				azitromicina 1g 
			corticóide 
				betametasona 12 mg IM 24/24h 2 doses
				dexametasona 6mg 12/12h 4 doses
			neuro proteção
				MgSO4 4g em 30 min + manutenção 1g/h
	34 a 37 sem
		ativa mediata
	> 37 sem
		ativa imediata
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8
Q

prognóstico

A
1/3 evoluem para corioaminionite
	associação de prematuridade e prolapso de cordão
	apresentações anômalas
	prematuridade
	sequência de potter
		micrognatia 
		fenda palatina
		hipoplasia pulmonar
		face achatada
		contraturas
		pé torto
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9
Q

conduta

A
se corioamnionite
		PARTO
	febre + 2 dos critérios abaixo
		taquicardia materna
		taquicardia fetal
		sensibilidade uterina aumentada
		líquido aminiótico purulento ou fético
		leucocitose acima de 15000
	preferir parto vaginal
	antibioticoterapia
	descartada infecção
		< 24 semanas
			expectar ou induzir abortamento
		24 - 34 semanas
			internamento
			corticoterapia
			tocólise NÃO
			ATB
				ampicilina 2g ev 6/6 por 48h + azitromicina 1g VO dose única
					após 48h
						amoxacilina 500 mg VO 8/8h por 5 dias
				seriar exame especular e marcadores inflamatórios 2 x por semana + 
					PQF 1x por semana, ausculta diária e curva térmica + 
						CTG diária
						sinais vitais 6/6h 
						profilaxia streptococcus B
		> 34 semanas
			parto
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10
Q

controle

A
controle para coriocmnionite
		taquicardia fetal
		diminuição da movimentação fetal
		taquicardia materna
		febre
		VHS e PCR
		leucocitose e desvio a esquerda
	exames
		CTB
		HMG
		VHS
		PCR
		controle de secreção
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11
Q

vitalidade fetal

A

melhor método: PBF

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12
Q

prematuridade

A
nomeclatura
		prematuro extremo
			20 a 27 semanas
		prematuro moderado 
			28 a 31 semanas
		prematuridade tardia
		termo precoce
		termo completo
		termo tardio
		pós-termo
	importância
		alta morbidade e mortalidade neonatal
		em RN < 1500g
	epidemiológicos
		idade materna
		nível sócio econômico
		fumo
		drogas
		nutrição
	obstétricos
		IIC
		sangramento
		polidrâmnio
		gemelaridade
		RPMO
		DHEG/DPP
		MFF
	ginecológicos
		cone/CAF
			cirurgia de alta frequência
		alt morfologia
		miomatose
	clínicos
		infecções
		intercorrências clínicas
			cetoacidose
			miastenia
			epilepsia
			doenças que fazem crise
		procedimentos cirúrgicos
	outros 
		genéticos
		iatrogênico
		desconhecidos
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13
Q

diagnóstico de trabalho de parto prematuro

A

trabalho de parto antes de 37 semanas
trabalho de parto
3 ou mais contrações produzindo modificação cervical
fibronectina
se negativa não há evidência de trabalho de parto sendo desencadeada peloe menos por 2 semanas

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14
Q

prevenção

A

IIC: cerclagem
tratamento de ITUs e corrimentos vaginais
controle das patologias clínicas
grupos de risco

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15
Q

alto risco

A

prematuridade anterior
cirurgias em colo uterino
malformações mullerianas
medida do colo uterino entre 20 e 24 semanas menor do que 25mm

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16
Q

e se trabalho de parto?

A

tocólise: ganhar tempo para o efeito do corticóide
40 - 60% redução de sd membrana hialina
menor gravidade dos quadros respiratórios com melhor resposta surfactante

17
Q

profilaxia strepto

A
prematuridade 
	febre no trabalho de parto 
	ITU por strepto
	sepse neonatal anterior
	RPMO > 18 horas
	penicilina cristalina 5000000 UI EV e 2.500.000 UI EV 4/4 horas
	ampicilina 2g EV e 1g EV ...
18
Q

inibição

A
beta agonistas
		terbutalina, salbutamol, fenoterol, ritodrina
		relaxamento da fibra muscular por redução de Ca
		5 ampolas (2,5 mg) em 500 ml de SG5%
		inicia com 120 ml/h e vai reduzindo até o mínimo 
	sulfato de Mg
		inibidor fraco 
		bloqueia entrada do Ca nas células miometriais
		controle rigoroso
			FC
			FR
			diurese
			reflexo patelar
	inibidor de PGL
		inibe a prostaglandina sintetase
		Antiinflamatórios: indometacina
		passa a placenta 
	bloqueador canal Ca 
		inibe a entrada do Ca: nifedipina
		10 mg VO a cada 10 minutos, 3 doses, seguida ...
	antagonista de ocitocina
		atosiban
		dois frascos 
			ataque 
			manutenção
		mesma eficácia com grande diminuição dos efeitos colaterais
19
Q

via de parto

A
fetos abaixo de 1500g, se não há progressão espontânea, melhor via alta 
	PCSC
		parto cesárea seguimento corporal
	curetagem puerperal
	ampla EMLD ???
20
Q

Qual a causa identificável mais comum de parto prematuro?

A

Ruptura Prematura das Membranas Ovulares

21
Q

Qual padrão ouro para diagnóstico para Ruptura Prematura das Membranas Ovulares?

A

Visualização direta do líquido amniótico saindo pelo orifício externo do colo uterino

22
Q

Para que é usado o antibiótico após o diagnóstico de Ruptura Prematura das Membranas Ovulares em < 34 semanas?

A

É usado para aumentar o tempo de latência entre RPMO e trabalho de parto

23
Q

Quando é realizada a aplicação de corticoterapia para amadurecimento pulmonar?

A

Controverso
Entre 23 semanas e 36 semanas e 6 dias, segundo a principal referência americana (ACOG)
As referências brasileiras ainda utilizam a janela entre a 24ª e 34ª semana de idade gestacional

24
Q

Qual a semana gestacional representa um divisor de águas na conduta em caso de Ruptura Prematura das Membranas Ovulares, se não houver sinais de infecção?

A

34 semanas (acima disso, indicar o parto; abaixo disso, avaliar)

25
Q

Qual a conduta em casos de Ruptura Prematura das Membranas Ovulares em gestação < 34 semanas?

A

Excluir trabalho de parto (neste caso não seria RPMO)
Excluir infecção
Excluir sofrimento fetal agudo
Aplicar antibioticoterapia (ampicilina + azitromicina + amoxicilina)
Aplicar corticoterapia por 2 dias

26
Q

Qual via de parto indicada em casos de Ruptura Prematura das Membranas Ovulares ou Parto Prematuro?

A

Via vaginal, se não houver nenhuma contraindicação

27
Q

Qual o risco em gestação incipiente se filho anterior nasceu prematuro?

A

Risco elevado de novo parto prematuro

28
Q

Quais métodos (4) empregados no diagnóstico da Ruptura Prematura das Membranas Ovulares?

A

Visualização direta (padrão ouro)
Teste da nitrazina
Teste da cristalização (IMAGEM)
Ultrassonografia

29
Q

Cite 2 exames utilizados como preditores de trabalho de parto prematuro em mulheres com alto risco:

A

Ultrassonografia para avaliar comprimento do colo - Risco se < 25 mm
Dosagem de fibronectina na secreção cervicovaginal - Risco se > 50 ng/mL

30
Q

Ruptura Prematura das Membranas Ovulares a partir de 34 semanas - qual a conduta?

A

Indução do parto independentemente de infecção ou sofrimento fetal

31
Q

Paciente ANC, 28 anos, Gesta II, Para I (cesárea), chega ao pronto atendimento com idade gestacional de 30 semanas, queixando-se de perda de líquido claro de moderada quantidade que se iniciara há duas horas. Nega dor e refere movimentação fetal normal. Ao exame físico, apresenta PA 110 x 70 mmHg, temperatura axilar 36,3C, frequência cardíaca 98 bpm. Ao exame obstétrico, apresenta feto único, longitudinal, dorso à esquerda, FCF 132 bpm. Ao exame especular, saída de líquido amniótico claro em moderada quantidade, confirmando o diagnóstico de amniorrexe prematura. A paciente foi internada e, após realizar exames, afastou-se infecção, foi observada boa vitalidade fetal e iniciou-se ciclo de corticoide para maturidade pulmonar. Diante do exposto, qual a conduta para o caso?

A

Realizar hemograma e PCR a cada dois dias, ultrassonografia quinzenal e programar o parto para 36 semanas.

32
Q

Gestante de 28 semanas chega ao hospital com queixa sugestiva de ruptura prematura de membranas, que foi confirmada ao exame especular: saída de líquido claro em pequena quantidade, com odor característico. Ao exame físico apresenta 2 contrações uterinas em 10 minutos, altura uterina de 27cm, batimento cardiofetal de 140 bpm e colo dilatado 1 cm. Ao ser questionada, refere não ter apresentado febre nas últimas horas. A melhor conduta a ser adotada é:

A

Internar, administrar tocolítico por 48h, antibióticos e corticosteróide.

33
Q

Um inconveniente da utilização de Indometacina como tocolítico por mais de 72 horas é a ocorrência de:

A

Fechamento de ducto arterioso fetal.

34
Q

Serviços de saúde com assistência pré-natal e planejamento familiar bem estruturados são indícios de boas práticas de políticas de saúde. Com relação a esse assunto, julgue o item seguinte. A partir do terceiro trimestre de gravidez, as gestantes devem ser orientadas acerca da relação existente entre as viagens aéreas e o aumento da incidência de ruptura prematura de membranas ovulares e descolamento prematuro de placenta. Falsa ou verdadeira? Pq?

A

Serviços de saúde com assistência pré-natal e planejamento familiar bem estruturados são indícios de boas práticas de políticas de saúde. Com relação a esse assunto, julgue o item seguinte. A partir do terceiro trimestre de gravidez, as gestantes devem ser orientadas acerca da relação existente entre as viagens aéreas e o aumento da incidência de ruptura prematura de membranas ovulares e descolamento prematuro de placenta.

35
Q

Gestante, assintomática, comparece à UBS com perda de líquido amniótico, confirmada pelo exame especular. Encontra-se com 30 semanas de idade gestacional. Apresenta batimentos cardiofetais normais, ausência de atividade uterina e colo fechado. A conduta apropriada para o caso é Internação em maternidade, vigilância de infecções e espera por viabilidade fetal. Pq?

A

Não se esqueça que a RPMO é quando há rotura da bolsa antes do trabalho de parto, independente da idade gestacional (nossa gestante está com colo fechado e dinâmica uterina ausente, afastando a hipótese de trabalho de parto prematuro).

O padrão ouro para o diagnóstico é o exame especular com visualização da saída de líquido pelo orifício externo do colo do útero, o que foi realizado, confirmando nossa hipótese. E o que fazer frente á uma RPMO em gestante menor que 34 semanas?

Primeiro, afastar sinais infecciosos e sofrimento fetal: nossa gestante tem BCF normal.
Segundo, internar a paciente para observação rigorosa da vitalidade fetal nos próximos dias.
Terceiro, fornecer antibioticoterapia.

36
Q

A amniorexe prematura é definida como a perda de líquido antes do início do trabalho de parto entre 34 e 37 semanas. Pq está errada?

A

a amniorrexe prematura é definida como a perda de líquido antes do trabalho de parto a partir da 20ª semana de gestação.