Resposta à Acusação Flashcards

1
Q

Não sendo caso de rejeição da denúncia (ou da queixa-crime), o juiz deverá recebê-la, determinando, a seguir, a citação do acusado para _______________, por escrito, no prazo de _______ (5/ 10/15 dias), se não for o caso de suspensão condicional do processo (previsto no art. 89 da Lei n. 9.099/95).

A

Não sendo caso de rejeição da denúncia (ou da queixa-crime), o juiz deverá recebê-la, determinando, a seguir, a citação do acusado para RESPONDER À ACUSAÇÃO, por escrito, no prazo de dez dias, se não for o caso de suspensão condicional do processo (previsto no art. 89 da Lei n. 9.099/95).

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2
Q

Quais são os artigos que fundamentam a peça de resposta à acusação?

A

Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.

Parágrafo único. No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído.

Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário.

§ 1o A exceção será processada em apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 deste Código.

§ 2o Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, não constituir defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos autos por 10 (dez) dias.

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3
Q

a Resposta à acusação é uma peça obrigatório ou facultativa?

A

A resposta à acusação constitui peça obrigatória, pois, se não apresentada, deverá o juiz nomear defensor público para oferecê-la, nos termos do art. 396-A, § 2º, do CPP.

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4
Q

A ausência de nomeação de defensor pelo juiz para oferecimento da resposta à acusação gerará alguma consequência processual?

A

Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado regularmente, não constituir defensor, o juiz nomeará defensor para oferecêla, concedendo-lhe vista dos autos por dez dias.

A ausência de nomeação de defensor pelo juiz para oferecimento da resposta à acusação gerará nulidade absoluta.

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5
Q

Qual o prazo para apresentação da resposta à acusação?

A

10 dias.

a contar do efetivo cumprimento do mandado de citação.​

Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.

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6
Q

Para que a peça seja considerada como resposta à acusação a citação do réu precisa ser o último ato do enunciado.

V ou F?

A

VERDADEIRO.

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7
Q

Como será feita a contagem do prazo da resposta à acusação?

A

o primeiro e o último dia precisam ser úteis

• a contagem começa no dia útil seguinte à citação

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8
Q

Exemplo de Preâmbulo

A

CAIO, já qualificado nos autos, por seu procurador infra-assinado, com procuração anexa, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar RESPOSTA À ACUSAÇÃO, com base nos arts. 396 e 396-A do Código de Processo Penal, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:

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9
Q

Como identificar a peça de RA ?

A

A resposta à acusação é oferecida APÓS A CITAÇÃO DO ACUSADO. Antes, por óbvio, da instrução.

Logo, deve haver denúncia, o recebimento da denúncia e a citação do réu.

Não poderá ter sido realizada audiência de instrução e julgamento.

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10
Q

DICA

A

Nem sempre consta expressamente no enunciado toda a sequência dos atos (“foi oferecida denúncia e recebida”).

Basta, para identificar a peça resposta à acusação, que no enunciado conste como último ato processual a CITAÇÃO DO RÉU (ACUSADO).

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11
Q

Exemplo de como a FGV costuma cobrar a peça de RA.

A

Naquele mesmo momento, Gabriela foi citada, assim como intimada, junto ao seu advogado, para apresentação da medida cabível. Cabe destacar que a ré, acompanhada de seu patrono, já manifestou desinteresse em aceitar a proposta de suspensão condicional do processo oferecida pelo Ministério Público”.

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12
Q

TESES MAIS COBRADAS EM RA.

A

VIII Exame: causa de exclusão de tipicidade (atipicidade da conduta) e extinção da punibilidade (decadência);

XXI Exame: causa de exclusão da ilicitude (estado de necessidade), tipicidade (princípio da insignificância) e extinção da punibilidade (prescrição).

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13
Q

CONTEÚDO

A

A) questões preliminares e/ou

B) matérias de mérito - Excludentes do artigo 397 do CPP.

C) rol de testemunhas

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14
Q

PRELIMINARES

A

a) incompetência absoluta do juízo;
b) rejeição da denúncia (art. 395);
c) nulidade da citação;
d) nulidade/ilicitude de prova produzida no inquérito policial;

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15
Q

Na preliminar de incompetência absoluta de juízo, a peça deverá ser enderaçada para o juiz incompetente ou para o juiz competente?

A

A PEÇA DEVERÁ SER ENDEREÇADA PARA O JUIZ QUE ESTÁ COM O PROCESSO, OU SEJA, O JUIZ INCOMPETENTE.

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16
Q

PRELIMINARES DE NULIDADES

A

e) nulidades – art. 564 do CPP, I, II, III (a, b, c e e) e IV;
f) nulidade do processo por não ter sido oferecida a proposta de suspensão condicional do processo, prevista no artigo 89 da Lei n. 9.099/95.

17
Q

Quando o MP não oferece a suspensão condicional do processo, o que o advogado deverá alegar em sua peça processual e como?

A

O advogado deverá em sede de preliminar requerer a nulidade do processo.

nulidade do processo por não ter sido oferecida a proposta de suspensão condicional do processo, prevista no artigo 89 da Lei n. 9.099/95.

18
Q

DO MÉRITO DA RA.

A

Considerando as hipóteses de absolvição sumária, previstas no art. 397 do CPP, sintomático concluir que as teses de mérito na resposta à acusação giram em torno de:

I – causa excludente de ilicitude;

II – excludente de culpabilidade, salvo a inimputabilidade por doença mental;

III – excludente de tipicidade;

IV – causas extintivas de punibilidade.

19
Q

NAS PEÇAS DE RA, O ADVOGADO TERÁ DUAS HIPÓTESES PARA QUE O PROCESSO SEJA EXTINTO ANTES DA AIJ, QUAIS SÃO ELAS?

A
  • PRELIMINARES - NULIDADES

E/OU

  • ABSOLVIÇÃO - MÉRITO DO ARTIGO 397 DO CPP.
20
Q

O crime é um fato típico + ilícito + culpável.

não havendo esses três elementos, haverá uma tese de defesa que poderá ser de…..

A
  1. atipicidade
  2. ilicitude
  3. ausência de culpabilidade
21
Q

PODE HAVER DESCLASSIFICAÇÃO NA RESPOSTA À ACUSAÇÃO?

A

SIIIIIM

a) ensejar incompetência absoluta do juízo (arguida em preliminar);
b) desclassificação para crime de ação penal pública condicionada à representação ou de ação penal privada, que, ao final, redundará na decadência e pedido de absolvição sumária, pela extinção da punibilidade (art. 397, IV, do CPP)

22
Q

como deverá ser o pedido na RA?

A

Ao final, deve-se formular pedido expresso acerca de cada tese desenvolvida.

Se for desenvolvida tese que envolva preliminar (incompetência do juízo, por exemplo), deve-se expressamente pedir que seja declarada a incompetência do juízo.

23
Q

O que é a defesa preliminar?

A

A defesa preliminar desses procedimentos especiais visa convencer ao juiz a rejeitar a denúncia ou queixa.

Ou seja, tem cabimento antes do recebimento da denúncia ou queixa, e o réu é notificado (e não citado) para apresentála.

24
Q

Em quais casos haverá a hipótese de defesa preliminar?

A

No procedimento crimes de responsabilidade dos funcionários públicos (art. 514 do CPP) e tráfico ilícito de drogas (art. 55 da Lei n. 11.343/2006), há previsão de defesa preliminar.

25
Q

V ou F?

Não sendo o investigado encontrado para apresentar a resposta à acusação o processo poderá seguir normalmente, ainda que sem nomeação de defensor.

A

A ausência de nomeação de defensor pelo juiz para oferecimento da resposta à acusação gerará nulidade absoluta.

26
Q

Exemplos de Nulidades que poderão ser oferecidas na RA.

A

a) incompetência absoluta do juízo;
b) rejeição da denúncia (art. 395);
c) nulidade da citação;
d) nulidade/ilicitude de prova produzida no inquérito policial;
e) nulidades – art. 564 do CPP, I, II, III (a, b, c e e) e IV;
f) nulidade do processo por não ter sido oferecida a proposta de suspensão condicional do processo, prevista no artigo 89 da Lei n. 9.099/95.

27
Q

\

O que poderá ser arguida no mérito da RA?

A

I – causa excludente de ilicitude;

II – excludente de culpabilidade, salvo a inimputabilidade por doença mental;

III – excludente de tipicidade;

IV – causas extintivas de punibilidade.

28
Q

A Existência Manifesta De Causa Excludente Da Ilicitude Do Fato

A

O juiz estará autorizado a julgar antecipadamente a lide penal quando estiver comprovada a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato, prevista, em regra, nos arts. 23, 24 e 25 do Código Penal.

Ou seja, para a decretação da absolvição sumária, é necessária a existência de prova que permita ao juiz, desde logo, em cognição sumária, obter plena certeza de que o réu agiu em legítima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento do dever legal ou exercício regular do direito.

29
Q

A Existência Manifesta De Causa Excludente Da Culpabilidade Do Agente, Salvo Inimputabilidade

A

Trata o dispositivo, por exemplo, das causas de exclusão da culpabilidade consistente na falta de potencial consciência da ilicitude (erro de proibição inevitável), coação moral irresistível e obediência hierárquica (art. 22 do CP), além da inimputabilidade pela embriaguez completa e acidental (art. 28, § 1º, do CP).

Na hipótese em que a inimputabilidade pela doença mental se encontra comprovada por exame de insanidade mental, o art. 397, II, do Código de Processo Penal ressalva a possibilidade de absolvição imprópria do agente, pois esta implicará a imposição de medida de segurança, o que poderá ser prejudicial ao réu, já que não lhe será possível comprovar por outras teses defensivas a sua inocência, sem a imposição de qualquer outra medida restritiva.

30
Q

Quando o Fato Narrado Evidentemente Não Constitui Crime

A
  1. Acusado pela prática de crime contra a ordem tributária apresenta documento demonstrando que o tributo supostamente sonegado ainda não havia sido lançado (Súmula Vinculante 24).
  2. Erro de tipo essencial invencível.
  3. Crime impossível.
  4. Princípio da insignificância.
  5. Fato atípico.
31
Q

Extinção Da Punibilidade Do Agente

A

Aqui há uma impropriedade do legislador, pois, nos casos de extinção de punibilidade, não há análise de mérito, mas causa impeditiva da sua análise.

Além disso, o art. 61 do CPP permite que o juiz, em qualquer fase do processo, reconheça a extinção da punibilidade, inclusive de ofício. De qualquer modo, para fins de resposta à acusação, o juiz declara extinta a punibilidade e absolve o réu, com base no art. 397, IV, do CPP.

A maior quantidade de teses de extinção da punibilidade está no art. 107 do CP.

32
Q

Produção De Provas E Rol De Testemunhas

A

Também deve constar pedido expresso de produção de provas, com designação de audiência de instrução e julgamento e oitiva das testemunhas arroladas.

O Rol de testemunhas é item obrigatório dessa peça.

De acordo com o rito, muda o número máximo de testemunhas.

Obs: não invente o nome das testemunhas e a qualificação.

33
Q

OBSERVAÇÃO

A

No procedimento crimes de responsabilidade dos funcionários públicos (art. 514 do CPP) e tráfico ilícito de entorpecentes (art. 55 da Lei n. 11.343/2006), há previsão de defesa preliminar (que não se confunde com a resposta escrita do art. 396 do CPP).

A defesa preliminar desses procedimentos especiais visa convencer ao juiz a rejeitar a denúncia ou queixa. Ou seja, tem cabimento ANTES do recebimento da denúncia ou queixa, e o réu é notificado (e não citado) para apresentá-la

34
Q

BONS ESTUDOS!

BORA PETICIONAR. Sem treino não há resultado, na segunda fase da OAB.

A