Massas pélvicas Flashcards
Principal sintomatologia associada a uma massa pélvica
Podem ser • Assintomáticas • Sintomáticas Dor Sensação de pressão Dismenorreia Sangramento uterino anormal
Tipos de massas pélvicas prevalentes em meninas na fase pré-puberal
Geralmente ovarianas, benignas (cistos funcionais; linhagem germinativa; cisto dermoide)
Tipos de massas pélvicas prevalentes em adolescentes
Cistos ovarianos funcionais, linhagem germinativa, cisto dermoide, endometriomas, sequela de DIP e gravidez
Tipos de massas pélvicas prevalentes em mulheres em idade reprodutiva
Leiomiomas, gravidez, cistos funcionais, endometrioma, cisto dermoide, abscessos tubo-ovarianos, gestação ectópica. Aumenta a taxa de tumores malignos com a idade
Tipos de massas pélvicas prevalentes em mulheres pós menopausa
Maior taxa de tumores malignos
Leiomiomas
- Neoplasia benigna do musculo liso que com frequência se originam-se no miométrio.
- São também chamados de fibromas, devido a consistência endurecida deixada pela sua porção de colágeno.
- Incidência: 25%. Mais frequente em afrodescendentes
- Patologia: são tumores redondos, com padrão espiralado, brancos e nacarados. Formados pela musculatura lisa com pouca atividade mitótica (o que diferencia do leiomiossarcoma).
- Podem sofrer Degeneração
- Citogenética: cada leiomioma é derivado de um único miócito progênitor. Geralmente são encontradas mutações envolvendo os cromossomos 6,7, 12 e 14
- Efeitos estrogênicos: mais receptores de estrogênio, mais aromatase
- Efeitos do progestogênio: não está muito claro.
Quais os tipos de degeneração que os leiomiomas podem sofrer?
• Podem sofrer Degeneração: Hialina Calcificação Cística Mixoide Vermelha Necrose Sarcomatosa • Essas são degenerações que muitas vezes só teremos acesso no anatomopatológico. A calcificada ocorre normalmente em pacientes que sofreram embolização do tumor, enquanto a hialina é mais comum na gravidez *Da hialina até a mixoide parecem cistos
Fatores de risco para leiomiomas
Mais frequente em idade reprodutiva da mulher Mais frequente em afrodescendentes Predisposição genética Obesidade: aumenta sua incidência SOP: Aumenta o risco
Fatores de proteção - Leiomiomas
Mais paridade e menor a idade de início reprodutivo associado a menor incidência de leiomioma
Contraceptivos orais combinadas
Tabagismo: diminui (protege de leiomioma e fode com o resto)
• Classificação - Leiomiomas
Subeserosos
Intramurais
Submucosos
Tipo 0: totalmente na cavidade endometrial
Tipo 1: mais de 50% na cavidade endometrial
Tipo 2: menos de 50% na cavidade endometrial
Mais raramente no colo uterino, ovário, tubas, ligamento largo, vagina.
Sintomas Leiomiomas
A maioria é assintomática
Sangramento
Desconforto pélvico: pressão, aumento da frequência urinaria, hidronefrose
Dismenorreia
Dor pélvica crônica
Dor pélvica aguda: degeneração ou prolapso do mioma
Infertilidade e perda de gravidez
Síndrome de eritrocitose miomatosa (eritropoetina)
Síndrome de Meigs (fibroma de ovário, ascite e derrame pleural)
Diagnóstico - Leiomioma
Exame clinico.
Imagem: US endovaginal: histerossonografia: RNM
Histeroscopia (quando você quer saber se é pólipo ou mioma)
Tratamento - Leiomioma
Assintomáticos conduta conservadora
Sintomáticos
AINEs: dismenorreia;
Terapia hormonal: COCs (contraceptivos orais combinados); progestogênios; SIU-LNG
Androgênios: danazol e gestrinona
Agonista do GNRH
Antagonista do GNRH
Antiprogestogenios: controverso
Embolização das artérias uterinas. Tomar cuidado com a síndrome pós embolização: dor, cólica, pélvica, náuseas, vômitos, febre baixa, leucocitose e mal-estar. A longo prazo, 25% das pacientes requerem outra forma de tratamento
OBS: Tratamento inicial é sintomatológico
• Androgênicos: importante ação antiestrogênica. Importante para a diminuição de sangramentos. Contudo apresenta efeitos colaterais como mudança de voz e crescimento de pelos
• Embolização de miomas: obstrui a vascularização de miomas, gerando necrose. Esse processo é doloroso e gera um processo inflamatório.
Síndrome pós embolização das artérias uterinas
dor, cólica, pélvica, náuseas, vômitos, febre baixa, leucocitose e mal-estar.
Embolização das artérias uterinas (EAU) X gravidez (Leiomiomas)
Controverso Aumento das taxas de abortamento Hemorragia pós-parto – você tem mioma e isso prejudica o miotamponamento Parto cesariano Parto prematuro Placentação anormal RCIU
Tratamento cirúrgico (Leiomiomas)
Histerectomia
Miomectomia
Histeroscopia
Ablação endometrial você destrói toda a camada endometrial da paciente
Hematometra
• Patogênese:
Obstrução do fluxo menstrual com acúmulo de sangue e distensão do útero e, algumas vezes, do segmento proximal do colo uterino.
Pode acontecer junto a hematocolpo, distensão da vagina (ocorre muito em meninas com hímem imperfurado).
*Hematosalpingo – sangue saindo pela trompa por causa de uma obstrução que não está permitindo que o sangue saia pelo colo.
Causas - Hematometra
• Causas:
Adquiridas: fibrose, neoplasia, pós radioterapia, atrofia prolongada, cirurgias em cavidade endometrial (síndrome de Asherman);
Congênitas: septo vaginal e agenesia do colo uterino
• Diagnostico - Hematometra
Dor cíclica na linha media Amenorreia Sangramento escuro escasso Sangramento escasso com odor fétido Distensão urinaria: retenção urinaria ou constipação intestinal Piometria (pus) Febre Leucocitose Imagem: Ultrassonografia, RNM
Tratamento - Hematometra
- Imediato: alivio da obstrução
* É necessário tratar a causa
ADENOMIOSE
• Conceito
Aumento uterino causado por resíduos ectópicos endometriais, tanto glandulares quanto de estroma, profundamente localizados dentro do miométrio
O que vai acontecer com esse sangue que penetrou no miométrio, vai causar um processo inflamatório. Ele entra na parede miometrial e causa inflamação - Causa dor
Classificação adenomiose:
• Difusa: quando o resíduo endometrial está distribuído por todo miométrio
• Focal: quando este resíduo está distribuído de uma forma focal e nodular
OBS: o diagnóstico definitivo é histológico
• Fisiopatologia
Anatomia: exame macroscópico com aumento global do útero, amolecimento e hiperemia do miométrio (focos de hemorragia)
Patogênese: I) invaginação da camada endometrial basal para o interior do miométrio; II) metaplasia do tecido mulleriano pluripotencial.
Quando essa implantação desse endométrio na parede sofre influência do estrógeno e da progesterona no ciclo menstrual - aumenta o processo inflamatório e aumenta a dor
• Fatores de risco - Adenomiose
Fatores de risco
Paridade: quanto mais filhos maior a chance de ter adenomiose.
Idade: 80% desenvolve em mulheres entre 40 a 60 anos
Associada a patologias que são afetadas pelo aumento da expressão da aromatase citocromo P450 (leiomiomas, endometriose e câncer de endométrio).
Uso de MSRE (Moduladores seletivos dos receptores de estrogênio - tamoxifeno).
Outras: história de endometrite crônica: abortamento trauma uterino durante o parto; hiperestrogenismo.
• Sintomas - Adenomiose
Assintomático
Menorragia
Dismenorreia
Dispaurenia
• Diagnostico
CA 125 - Aumento do CA125 – marcador tumoral produzido pelo mesotélio, como o útero tem peritônio visceral então qualquer situação que agrida esse útero ele pode aumentar CA 125, mas não é especifico (tumor de colo, ovariano, endometriose, diversas situações que agrida o peritônio o CA 125 estará aumentado). Pede -se somente em casos de suspeitas que possa aumentar – evidenciado em exame de sangue.
Ultrassonografia: miométrio heterogêneo, assimetria das paredes miometriais, pequenos cistos miometriais (glândulas endometriais); projeções estriadas estendendo-se do endométrio para o interior do miométrio. Na adenomiose focal veremos nódulos hipoecoicos isolados que podem ser diferenciados de leiomiomas por suas margens mal definidos, forma mais elíptica que globular, efeito de massa mínimo nos tecidos adjacentes, ausência de calcificações e presença de cistos anecoicos de diâmetros variados. Às vezes você tem que fazer diagnóstico diferencial com Leiomioma, mas o mioma comprime as estruturas próximas, na adenomiose não, você tem acúmulo de sangue em imagens lacunares.
RNM