Câncer de ovário Flashcards
Incidência do carcinoma de ovário
Baixa Dos tumores ginecológicos: 1- Mama 2- Colo de útero 3- Endométrio 4- Ovário
Fatores de risco do carcinoma de ovário
Menarca precoce e menopausa tardia (paciente que ovulou muito) Nuliparidade (gestação é um repouso do ovário) História Familiar Mutação BRCA 1 e BRCA 2 Raça branca Alto nível socioeconômico Envelhecimento Antecedente pessoal de câncer de mama
Fatores de proteção
Ausência de ovulação - Qualquer método contraceptivo hormonal e gestação e amamentação (época de amenorreia e anovulação)
SOP
Laqueadura e histerectomia: assim como qualquer procedimento que evite a ascensão de substâncias irritativas ao ovário (ex: talco), evita o ca de ovário
Clínica do câncer de ovário
Silenciosa
Aumenta o volume abdominal
Ascite (tumor já bem avançado)
Câncer de ovário normalmente é retratado como um “assassino silencioso”, sem sinais ou sintomas notáveis até que a
doença em estádio avançado se torne clinicamente evidente. Trata-se de conceito equivocado, as pacientes, com frequência, apresentam sintomas vários meses antes do diagnóstico, mesmo quando no estádio inicial da doença. A dificuldade está em distinguir esses sintomas daqueles que ocorrem normalmente em mulheres.
Comumente, aumento no tamanho abdominal,
Distensão
urgência para urinar
dor pélvica
são relatados.
Além disso,
fadiga
Indigestão
Incapacidade de alimentar-se normalmente constipação e dor lombar
Sangramento vaginal anormal raramente ocorre.
Às vezes, as pacientes podem se apresentar com náusea, vômitos e obstrução intestinal parcial se a carcinomatose
estiver muito disseminada.
Infelizmente, muitas mulheres e clínicos atribuem tais sintomas à menopausa, ao envelhecimento, a mudanças na alimentação, ao estresse, à depressão ou a problemas intestinais funcionais. Como resultado, semanas ou meses se passam antes que um médico seja consultado ou exames diagnósticos sejam realizados.
Diagnóstico do câncer de ovário
Tardio, pode ser suspeitado por:
- USGTV
Metástases provenientes do CA de ovário
metástases por continuidade e contiguidade (linfonodos, trompas, fígado, intestinos e até tórax)
Padrões de disseminação Esfoliação Disseminação linfática Extensão direta Disseminação hematogênica
Imagens do câncer de ovário pela USTV
Lesão sólida ou lesão cística > ou = 8cm Lesão com: Cápsula espessa Multilobulado Com presença de: Vegetações Septos Ascite
Qual a conduta para pacientes com suspeita de câncer de ovário?
Cirurgia!
Faz-se a cirurgia, retira-se o ovário, manda para o patologista no transoperatório e ele vai fazer a análise (método por congelamento) e durante a cirurgia ele vai dizer se tem câncer ali ou não.
Laparotomia mediana
Citologia do líquido peritoneal (coleta e análise importante para o prognóstico)
Ooforectomia com congelação
Após análise histopatológica :
Cirurgia citorredutora ou encerra a operação.
Qual a conduta para pacientes com suspeita de câncer de ovário?
Cirurgia!
Faz-se a cirurgia, retira-se o ovário, manda para o patologista no transoperatório e ele vai fazer a análise (método por congelamento) e durante a cirurgia ele vai dizer se tem câncer ali ou não.
Laparotomia mediana
Citologia do líquido peritoneal (coleta e análise importante para o prognóstico)
Ooforectomia com congelação
Após análise histopatológica :
Cirurgia citorredutora ou encerra a operação.
Cirurgia citorredutora (debulking)
Estadiamento cirúrgico
Pan-histerectomia
Omentectomia
Tirar toda a doença visível (se houver alguns focos irresecáveis, deixar doença < 1 cm)
Tumores ovarianos em estádios iniciais - tumor restrito a 1 ovário
Geralmente ocorrem em mulheres jovens, se estiver mesmo restrito ao ovário, faz uma salpingooforectomia, pede pra ela engravidar logo e após o parto ela volta para completar a cirurgia e fazer outra ooforectomia e histerectomia
Casos duvidosos em USGTV
US doppler - estudo da vascularização do tumor - fluxo de baixa resistência fala mais sobre câncer (neovascularizações cursam com baixa resistência) e índice de resistência mais alto a probabilidade de patologia benigna é mais provável.
CA-125
Cânceres epiteliais de ovário
Adenocarcinoma Seroso (o mais comum) Adenocarcinoma Mucinoso (produz mucina e é o único tipo histológico epitelial que NÃO altera CA-125, mas pode aumentar o CEA - se esse tumor romper pode liberar pseudomixona)
Cânceres epiteliais de ovário
Adenocarcinoma Seroso (o mais comum)
Adenocarcinoma Mucinoso (produz mucina e é o único tipo histológico epitelial que NÃO altera CA-125, mas pode aumentar o CEA - se esse tumor romper pode liberar mucina e gerar um pseudomixona peritoneal)
Outros tipos de Adenocarcinoma:
Endometrioide
Células claras
Brenner (lembram as células da bexiga)
Cânceres de ovário de origem germinativa
Disgerminoma (típicos de pacientes jovens, bilaterais, alteram alfafeto-proteína e HCG)
*São tumores dos oócitos
Tumores metástasicos para o ovário
Tumor de Krukengerg (metástase de um câncer gástrico para o ovário)
Tumor de Krukengerg
Ocorre a partir de metástases de um câncer do TGI (geralmente gástrico) para o ovário, possuem células dispostas em anel de sinete
Marcadores para câncer de ovário
CA-125 - Todos os tumores (menos o MUCINOSO) alteram
CEA - alterado somente pelo MUCINOSO
Alfafetoproteína e HCG - alterados pelos tumores germinativos
Tratamento adjuvante câncer de ovário
Quimioterapia - Cisplatina
Somente no disgerminoma podemos fazer radioterapia junto (é o único radiossensível)
Rastreamento câncer de ovário
Não é feito para mulheres com baixo risco, não influencia a mortalidade fazer USGTV todo ano
Se paciente tem histórico familiar, pode fazer um teste genético para descobrir se tem mutação nos genes supressores de tumor BRCA 1 e BRCA 2, USTV ou dosar marcadores tumorais
Câncer de ovário tem alto índice de mortalidade.
V ou F?
Verdadeiro
Acaba matando muito, não por causa de sua agressividade, mas por descoberta tardia
prevenção do câncer de ovário
EXAME FÍSICO
O exame pélvico é a única técnica recomendada para detecção de câncer de ovário em mulheres assintomáticas, porém o mesmo só é detectado em casos avançados.
A presença de massa pélvica com ascite é câncer de ovário até que se prove o contrário
QUIMIOPREVENÇÃO
Uso de contraceptivos orais combinados (O uso de COCs reduz em 50% a incidência de CA de ovário)
CIRURGIA PROFILÁTICA Salpingo-ooforectomia bilateral Única forma comprovada para prevenção Menopausa precoce Condição: prole completa ou ≥ 35 anos
Corpos de psamoma (calcificações microscópicas encontradas em alguns tumores)
Se encontrados nos ovários são essencialmente patognomônicos de carcinoma ovariano do tipo seroso
Tumor de ovário maligno mais comum da infância e adolescência
Tumor maligno de células germinativas ovarianas
Qual o papel do cariótipo em mulheres com câncer de ovário?
Cinco por cento dos disgerminomas são descobertos em
individuos com fenótipo feminino e gônadas com cariótipo
anormal, especificamente com a presença de um cromossomo
Y normal ou anormal.
Comumente, esse grupo inclui pessoas com mosaicismo de síndrome de Turner
(45,X/46,XY), e síndrome de Swyer (46,XY, disgenesia gonadal pura).
As gônadas disgenéticas desses indivíduos em geral contêm gonadoblastomas, que são neoplasias benignas de células germinativas. Esses tumores podem regredir ou sofrer transformação maligna, normalmente para disgerminoma.
A cariotipagem pré-operatória de mulheres jovens com amenorreia primária e suspeita de tumor de células germinativas pode esclarecer se há necessidade de retirar ambos os ovários, como no caso de mulheres com disgenesia gonadal.
Tumores do estroma do cordão sexual
A história natural dos TECSs em geral difere muito daquela dos carcinomas epiteliais ovarianos. Por exemplo, a maioria desses tumores tem baixo potencial maligno. São geralmente unilaterais e se mantêm localizados, apresentam função secretora de hormônios e raramente recidivam. As recidivas tendem a ser tardias e normalmente ocorrem no abdome ou na pelve. As metástases ósseas são raras
Tumores do estroma do cordão sexual:
Fibromas/Fibrossarcomas
Perimenopáusicas e menopáusicas.
Tumores sólidos, redondos, ovalados ou lobulados associados a liquido livre.
Síndrome de Meigs – derrame pleural, ascite e massa ovariana solida.
Transformação maligna para fibrossarcoma é rara.
Síndrome de Meigs
Ocorre nos fibromas (tumores do estroma do cordão sexual)
Caracterizada por: derrame pleural, ascite e massa ovariana solida, geralmente benigna