Inserção Baixa de Placenta Flashcards

1
Q

Defina Inserção Baixa de Placenta ou Placenta Prévia

A

Inserção Baixa de Placenta (IBP) ou Placenta Prévia (PP) é a placenta inserida no segmento inferior do útero, recobrindo ou próxima ao orifício interno do colo.

A incidência de IBP avaliada por ultrassonografia transabdominal varia de 5 a 20% (altas taxas de FP). Utilizando-se USGTV, a prevalência no 2º trimestre varia de 1 a 4%, diminuindo para 0,3 a 0,5% no termo da gravidez.

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2
Q

Defina Acretismo Placentário

A

Infiltração anormal do trofoblasto além da camada fibrinoide de Nitabuch, resultando em aderência anormal ao miométrio (acreta), invasão (increta) ou penetração profunda, atingindo órgãos vizinhos, comumente a bexiga (percreta).

Antecedente de duas ou mais cesarianas anteriores, associadas à IBP centro-total, leva à probabilidade de 44,4% de acretismo placentário.
Por outro lado, a chance de acretismo em pacientes com cesarianas anteriores, na ausência de placenta prévia, é inferior a 1%.

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3
Q

Defina Vasa Prévia

A

Vasos umbilicais colocam-se à frente da apresentação fetal, entre o córion e o âmnio.

Em geral, associa-se à inserção velamentosa do cordão, placenta sucenturiada e bilobada, podendo ocorrer
hemorragia vaginal simultaneamente à ruptura prematura de membranas.

O sangramento da VP é de origem fetal, o que pode comprometer gravemente a sua
vitalidade, levando ao óbito quase 100% dos conceptos.

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4
Q

Quais os FR para Inserção Baixa de Placenta? (5)

A
  1. IMA
  2. Multiparidade
  3. Cesariana prévia
  4. Gx múltipla
  5. Tabagismo
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5
Q

Como Dx Placenta Prévia e quando realizar o exame?

A
  • Dx por USGTV mostrando tecido placentário recobrindo OIC
  • Realizar no 2º Tri (22-24 sem) avaliação da placenta durante USG de colo -> Se placenta atingir/sobrepuser o colo, repetir a partir de 28 sem para Dx definitivo do sítio placentário
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6
Q

Qual a classificação de Inserção Baixa de Placenta? (4)

A

1. PP centro-total simétrica: a massa placentária recobre todo o OIC e
ocupa toda a porção inferior da cavidade uterina;
2. PP centro-total assimétrica: a maior parte da massa placentária encontra-se em uma das paredes uterinas e apenas uma parte recobre o OIC;
3. PP marginal: a borda inferior está em contato íntimo com o OIC, mas não o recobre;
4. Placenta de inserção baixa: a borda inferior placentária dista 2 cm ou menos do OIC.

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7
Q

Quais os sinais de Acretismo Placentário no USG ? (9)

A
  1. Múltiplas lacunas vasculares na placenta;
  2. Vasos sanguíneos atravessando a junção uteroplacentária;
  3. numerosos vasos visualizados pelo Doppler na camada basal;
  4. Espessura do miométrio retroplacentário < 1 mm;
  5. Perda da zona retroplacentária hipoecóica;
  6. Perda de continuidade da linha de divisão entre a placenta e o útero (linha basal);
  7. Sinal delimitador da área de invasão placentária;
  8. Afilamento do miométrio nessa região de invasão ou mesmo sua não visualização;
  9. Detecção de projeções placentárias além da serosa uterina: percretismo.
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8
Q

(V ou F) Frente suspeita Acretismo Placentário, o primeiro exame a ser solicitado é RNM

A

FALSO

Não solicitar rotineiramente.
É considerada uma avaliação complementar ao US-TV e deve ser indicada com cautela.

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9
Q

Quais critérios de indicação de RNM na suspeita de Acretismo Placentário? (3)

A
  1. Gestações mais avançadas (3º trimestre);
  2. Inserção placentária na parede corporal posterior;
  3. Presença de oligoâmnio associado.
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10
Q

Quais os sinais de Acretismo Placentário na RNM? (6)

A
  1. Interrupção focal do miométrio;
  2. Presença de “banda negra intraplacentária” na sequência ponderada em T2;
  3. Abaulamento uterino;
  4. Bexiga “em tenda” (“tenting bladder”), elevada cranialmente;
  5. Espessamento da parede vesical (edema, pelo processo inflamatório);
  6. Adelgaçamento ou perda da continuidade vesical (infiltração
    placentária).
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11
Q

Qual a conduta na IBP em pacientes sintomáticas (sangramento 3º Tri)?

A
  1. Avaliação de condições hemodinâmicas maternas;
  2. Índice de choque: pulso / pressão arterial sistólica (se ≥0,9 indica instabilidade hemodinâmica);
  3. Tônus uterino e vitalidade fetal;
  4. Avaliação hematimétrica (Hb/Ht) e coagulograma (AP/TTPA/plaquetas/fibrinogênio);
  5. Reserva de hemoderivados (CGV, plasma fresco, plaquetas e
    crioprecipitado);
  6. Exame tocoginecológico (ênfase no exame especular, evitando-se
    toque vaginal).
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12
Q

Qual a conduta na IBP com Suspeita de DPP?

A
  1. Feto vivo / parto vaginal não iminente: cesárea de urgência
  2. Óbito fetal: amniotomia, condução do trabalho de parto (4h), monitorização materna
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13
Q

Qual a conduta na IBP com Vasa Prévia (Dx prévio)

A
  1. Reserva de sangue tipo O negativo (para imediata transfusão do RN)
  2. Cesárea imediata
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14
Q

Qual a conduta na IBP com SFA ou instabilidade hemodinâmica materna?

A

Reversão do choque e cesárea de urgência

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15
Q

Qual a conduta na IBP e Placenta Prévia e/ou Acretismo Placentário?

A
  1. Sangramento abundante: cesárea de urgência
  2. Sangramento discreto: corticoterapia entre 34 e 35 6/7 sem (caso não tenha realizado anteriormente nessa gestação) e cesárea eletiva
  3. 2º episódio de sangramento acima de 34 semanas: cesárea (urgência relativa)
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16
Q

Qual a conduta na IBP com pacientes assintomáticas (Dx no PN)?

A
  1. Corticoterapia entre 34 e 35 6/7 (ciclo único) ou antes de 34 semanas (alto risco de TPP)
  2. Tocólise pode ser considerada por 48h para administração de corticoterapia.
17
Q

Quando realizar cesárea eletiva na Vasa Prévia?

A

Entre 34-37 sem

18
Q

Quando realizar cesárea eletiva na Placenta Prévia?

A

Entre 36-36+6/7 sem

19
Q

Quando realizar cesárea eletiva na Placenta Acreta?

A

Entre 34-37 sem (ideal 35-36+6/7sem)

20
Q

Qual a conduta perioperatória no Acretismo Placentário com invasão de mucosa vesical, paramétrio lateral ou colo uterino?

A

Cistoscopia e Duplo J

21
Q

Como definir a incisão no Acretismo Placentário?

A

USG na sala de parto para definir o sítio placentário
- Preferencialmente abertua mediana infraumbilical ou Cherney

22
Q

Como definir a histerotomia no Acretismo Placentário?

A

1. Placenta anterior: histerotomia longitudinal corporal ou fúndica
2. Placenta posterior: histerotomia segmentar transversa

23
Q

O que fazer após extração fetal no Acretismo Placentário?

A

Desejo de gestações futuras?
1. NÃO: placenta in situ + histerorrafia + histerectomia (preferencialmente subtotal)
2. SIM: placenta in situ + expectante (CONTROVERSO) OU dequitação apenas se for acretismo focal

Placenta in situ = NÂO dequitar

24
Q

Quais as indicações racionais para balonamento profilático das artérias ilíacas?

A
  1. Percretismo placentário
  2. Desejo de preservar a fertilidade (tentativa de dequitação)

Emboliza as ilícas para diminuir suprimento para a placenta, controlando sangramento