INFECÇÕES CONGÊNITAS Flashcards
Toxo congênita - características gerais e tétrade de Sabin:
Agente: toxoplasma gondii
Transmissão: infecção aguda ou reativação EM IMUNODEPREMIDA
- Tétrade de Sabin:
1) Coriorretinite (uni ou bilateral) - mais frequente
2) Calcificações cerebrais DIFUSAS - mais específica
3) Hidro ou microcefalia
4) Retardo mental - OBS: tríade de Sabin tira o retardo mental
Toxo congênita - Outras manifestações gerais:
- Aborto/Óbito Fetal
- Assintomática (maioria dos casos)
- Hepatoesplenomegalia
- Icterícia colestática
- Pericardite / Pneumonite
- Anemia hemolítica
- Convulsões
- Catarata / Microftalmia
- Perda auditiva neurossensorial
Toxo congênita - Diagnóstico:
Pré-natal: pesquisa de DNA do Toxoplasma gondii por PCR - amostra de líquido amniótico a partir de 16 semanas
Pós-natal:
- IgA/IgM anti-toxoplasma - não passam pela placenta e são fugazes (positivo: indica quadro agudo, negativo não exclui)
- IgG após 12 meses: padrão-ouro (passa e se mantém alto, mas depois 12 meses estará negativo ou baixo, mas não espera esse tanto de tempo p/ diagnóstico)
- PCR sangue, liquor ou urina: baixa sensibilidade - indicada na impossibilidade de sorologia ou dúvida diagnóstica
Toxo congênita - Suspeita ou confirmação do diagnóstico:
- Coleta de liquor: IgM + e hiperproteinorraquia (> 1g/dL - indica reação inflamatória intensa)
- Hemograma e bilirrubinas
- Estudo de imagem cerebral
- Exame de fundo de olho:
1) Até 18 meses: a cada 3 meses - oftalmo
2) Até 18 anos: a cada 6-12 meses - oftalmo - Avaliação auditiva: triagem c/ teste da orelhinha e acompanhamento após diagnóstico
Toxo congênita - Tratamento:
- Deve ser iniciado na suspeita de toxoplasmose
- Esquema tríplice:
1) Sulfadiazina: 100 mg/kg/dia a cada 12h
2) Pirimetamina: 2 mg/kg/dia a cada 12h por 2 dias, depois 1mg/kg/dia por VO em dose única diária
3) Ácido folínico: 5 a 10 mg VO, 3x/semana - combater ação antifolínica da pirimetamina - Se hiperproteinorraquia ou coriorretinite grave: prednisona 1mg/kg/dia 12/12h - no mínimo: 02 semanas
- Tempo de tratamento da terapia tríplice: 01 ano
CMV - aspectos gerais e características chave:
- IMPORTANTE: CAPACIDADE DE INFECÇÃO LATENTE (família do herpes vírus)
- Transmissão: aguda ou REATIVAÇÃO (sorologia pré-natal de IgG + não descarta a possibilidade de infecção)
Características mais específicas:
- Calcificações PERIVENTRICULARES
- Petéquias
- Surdez
CMV - outras manifestações inespecíficas:
- Hepatoesplenomegalia
- Icterícia colestática
- Anemia hemolítica / Trombocitopenia
- Pneumonite
- Lisencefalia / microcefalia
- Perda auditiva neurossensorial uni ou bilateral
- OBS: principal causa de surdez INFECCIOSA na infância (principal sequela - precoce ou tardia)
CMV - diagnóstico:
- Secreção de vírus em líquidos corporais por anos
- Líquidos corporais: urina, saliva, sangue e liquor
- Diagnóstico: PCR urina e saliva nas PRIMEIRAS TRÊS SEMANAS DE VIDA
- Após esse prazo: perinatal ou pós-natal
Suspeita ou confirmação do diagnóstico:
- Hemograma: anemia e trombocitopenia
- Função hepática: pesquisa de colestase neonatal
- Exames de imagem neurológica
- Coleta de liquor
- Avaliação oftalmológica de fundo de olho
- Triagem auditiva neonatal
CMV - tratamento:
- Controverso
- Indicação geral: tratamento de sintomáticos - finalidade: impedir progressão p/ surdez
- Ganciclovir: 10 mg/kg/dia EV, 12/12h por 14 a 21 dias
Rubéola congênita - Característica específicas:
Características neurológicas:
- Meningoencefalite
- Panencefalite
- Microcefalia
Característica cardíacas*
- Persistência do canal arterial
- Estenose da artéria pulmonar
Manifestações oculares
- Catarata congênita
Manifestações auditivas - Perda sensitiva neurossensorial bilateral
- Síndrome da rubéola congênita: Surdez neurossensorial bilateral, catarata e CARDIOPATIA
Rubéola congênita - Outras manifestações:
- Retardo do crescimento uterino
- Hepatoesplenomegalia
- Icterícia
- Petéquias
- Adenopatia
- Anemia hemolítica / trombocitopenia
- Pneumonia intersticial
- Lesões ósseas
- Patologias da tireoide
- Diabetes Mellitus
Rubéola congênita - Diagnóstico:
- IgM - confirma se positivo, porém não descarta se negativo
- Isolamento do vírus - nasofaringe, líquor e urina (presente em 80% no 1º ano de vida)
Rubéola congênita - suspeita clínica ou confirmação diagnóstica:
- Hemograma completo: anemia hemolítica e trombocitopenia
- Função hepática e bilirrubinas: colestase neonatal
- Radiografia de ossos longos: lesões ósseas não tão proeminentes como sífilis
- Exame de imagem neurológica
- Coleta de liquor: buscar isolamento viral
- Ecocardiograma - importantíssimo
- Avaliação oftalmológica: fundo de olho
- Triagem auditiva neonatal
Rubéola congênita - tratamento:
- Sem tratamento específico
- Tratar as complicações: anemias, colestase, oftalmologia, cardiologia