24. PODER LEGISLATIVO Flashcards

1
Q

Relativamente a estas duas funções típicas do Poder Legislativo (de legislar e fiscalizar), deve-se ressaltar que não estão hierarquizadas, ambas se encontram no mesmo patamar de importância. Aliás, antes mesmo de ao Poder serem concedidas as atribuições legislativas, ele já possuía as de fiscalização. Contudo, é evidente que também é uma função típica do legislativo é legislar, a possibilidade de editar leis que inovem na ordem jurídica, criando novos direitos e obrigações jurídicas. Essa função decorre da própria legitimidade democrática do Poder Legislativo. Mas, no direito contemporâneo, se reconhece como função típica a função de FISCALIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, cujo instrumento mais importante são as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs). (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

VERDADEIRO

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2
Q

O Poder Legislativo, em sua função típica de legislar, não fica vinculado aos efeitos da decisão do STF. Isso tem como finalidade evitar a ?

A

“fossilização da Constituição”

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3
Q

A forma de estado federativa foi fator decisivo para determinar a estrutura do Poder Legislativo no plano federal, haja vista termos adotado um bicameralismo federativo, no qual uma Casa (a Câmara dos Deputados) representa o povo, enquanto a outra (o Senado Federal) compõe-se de representantes das ordens jurídicas parciais, ou seja, dos Estados¬ -membros e do Distrito Federal. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será estabelecido por LEI COMPLEMENTAR (necessita, para efeito de sua plena aplicabilidade, de integração normativa do CN), proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de 8 ou mais de 70 Deputados. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. Cada Estado e o Distrito Federal elegerão 3 Senadores, com mandato de 8 anos. A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de 4 em 4 anos, alternadamente, por 1/3 e 2/3. Cada Senador será eleito com 2 suplentes. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

VERDADEIRO

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4
Q

Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para PRESTAREM, PESSOALMENTE, INFORMAÇÕES sobre assunto previamente determinado, não importando CRIME DE RESPONSABILIDADE a ausência sem justificação adequada, uma vez que, nesses casos cabe a união legislar sobre. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

FALSO - importando CRIME DE RESPONSABILIDADE a ausência sem justificação adequada.

 OBS.: Vedado a possibilidade de a Assembleia Legislativa convocar o presidente do Tribunal de Justiça para prestar, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade a ausência injustificada desse chefe de Poder, visto que não seguiu o paradigma da CF, extrapolando as fronteiras do esquema de freios e contrapesos – cuja aplicabilidade é sempre estrita ou materialmente inelástica – e maculando o princípio da separação de poderes. [ADI 2.911, rel. min. Ayres Britto, j. 10-8-2006, P, DJ de 2-2-2007.].

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5
Q

A consagração de imunidades para os parlamentares é, pois, produto do reconhecimento de que a autonomia do Poder está diretamente relacionada à autonomia que se confere aos seus integrantes: um Parlamento livre requer parlamentares desimpedidos; um Parlamento democraticamente atuante, demanda parlamentares que ajam com coragem, sem receio de represálias, processos temerários ou prisões arbitrárias. Por se tratar de um conjunto de normas vinculadas à função parlamentar, as imunidades não conferem privilégios de ordem pessoal àqueles que, por ocasião do cumprimento do mandato, temporariamente desempenham a atividade parlamentar. Logo, em que consiste as imunidades?

A

1) IMUNIDADE MATERIAL, REAL OU SUBSTANTIVA, CIVIL, onde no Art. 53. Os Deputados e Senadores são INVIOLÁVEIS, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos (Desde a expedição do diploma). Aqui, tem o condão de neutralizar, na esfera penal e civil, a responsabilização do parlamentar por suas opiniões, palavras e votos. Visa permitir que os congressistas, no exercício de seu mandato legislativo (prática in ojficio) ou em razão dele (prática propter officium), opinem, discursem e votem com total liberdade, sem pressões nem quaisquer constrangimentos.

2) IMUNIDADE PROCESSUAL, FORMAL OU ADJETIVA: Regras sobre PRISÃO e PROCESSO dos parlamentares: Estas asseguram ao congressista a prerrogativa de não ser (ou não permanecer) preso, assim como a possibilidade de suspensão do processo penal que esteja em trâmite contra ele. Subdividem-se em imunidade formal relacionada à prisão e imunidade formal relativa ao processo.

  • a) Em relação à PRISÃO (art. 53, § 2º): desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de 24 horas à Casa respectiva para que, pelo VOTO DA MAIORIA de seus membros, resolva sobre a prisão.
  • b) Em relação ao PROCESSO (art. 53, § 3º): se for proposta e recebida denúncia criminal contra Senador ou Deputado Federal, por crime ocorrido após a diplomação, o STF dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação.
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6
Q

O foro por prerrogativa de função alcança os casos denominados de “MANDATOS CRUZADOS” de parlamentar federal (era deputado e virou senador), logo, é possível a prorrogação da competência criminal originária do Supremo Tribunal Federal?

A

o SIM, É possível a prorrogação da competência criminal originária do Supremo Tribunal Federal, quando o parlamentar, sem solução de continuidade, encontrar-se investido, em novo mandato federal, mas em casa legislativa federal diversa. É dizer, admite-se a excepcional e exclusiva prorrogação da competência criminal originária do Supremo Tribunal Federal, quando o parlamentar, sem solução de continuidade, encontrar-se investido, em novo mandato federal, mas em casa legislativa diversa daquela que originalmente deu causa à fixação da competência originária, nos termos do art. 102, I, “b”, da Constituição Federal. STF. Plenário. Pet 9189, Rel. Min. ROSA WEBER, Relator(a) p/ Acórdão: Edson Fachin, julgado em 12/05/2021.

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7
Q

É constitucional norma de Constituição estadual que prevê eleições concomitantes (no início de cada legislatura) da Mesa Diretora de Assembleia Legislativa para os dois biênios subsequentes. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

FALSO.

o É inconstitucional norma de Constituição estadual que prevê eleições concomitantes (no início de cada legislatura) da Mesa Diretora de Assembleia Legislativa para os dois biênios subsequentes. Essa previsão subverte os princípios republicano e democrático em seus aspectos basilares: periodicidade dos pleitos, alternância do poder, controle e fiscalização do poder, promoção do pluralismo, representação e soberania popular (arts. 1º, caput, V e parágrafo único; e 60, § 4º, II, CF/88). STF. Plenário. ADI 7.350/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 11/03/2024 (Info 1128).

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8
Q

Sobre as ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL, demandam LEI FORMAL e dependem de SANÇÃO DO PRESIDENTE os atos de: Sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas; Plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado; Concessão de anistia; Moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal e criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública; entre outras. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

VERDADEIRO

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9
Q

Sobre as ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL, demandam LEI FORMAL e dependem de SANÇÃO DO PRESIDENTE os atos de: Resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional; Autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar; Aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas
Sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa e para Decretar o estado de calamidade pública de âmbito nacional; entre outras. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

FALSO - Aqui são os casos do Art. 49 CF (competência exclusiva do CN): dispensada a manifestação do Presidente, e são materializadas por DECRETO LEGISLATIVO.

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10
Q

Sobre as ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, Compete privativamente Autorizar, por 2/3 de seus membros, a INSTAURAÇÃO de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado. Já sobre as ATRIBUIÇÕES SENADO FEDERAL, compete Processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles, bem como, Processar e julgar os Ministros do STF, os membros do CNJ e do CNMP, o PGR e o AGU nos crimes de responsabilidade. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

VERDADEIRO

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11
Q

Sobre as ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, Compete privativamente: Aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente
Autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; Fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; Dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; Dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno; Suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do STF; Avaliar periodicamente a funcionalidade do SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL, em sua estrutura e seus componentes, e o desempenho das administrações tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

FALSO - São ATRIBUIÇÕES DO SENADO FEDERAL;

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12
Q

Sobre as ATRIBUIÇÕES DO SENADO FEDERAL, Compete privativamente: Proceder à TOMADA DE CONTAS DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, QUANDO NÃO APRESENTADAS AO CONGRESSO NACIONAL DENTRO DE 60 DIAS após a abertura da sessão legislativa e Dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

FALSO - São ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA DOS DEPUTADOS;

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13
Q

Atentar contra a democracia e o Estado de Direito não configura exercício da função parlamentar a invocar a imunidade constitucional prevista no art. 53, caput, da Constituição Federal. A CF não permite a propagação de ideias contrárias à ordem constitucional e ao Estado Democrático, nem tampouco a realização de manifestações nas redes sociais visando ao rompimento do Estado de Direito, com a extinção das cláusulas pétreas constitucionais – separação de Poderes, com a consequente instalação do arbítrio.(VERDADEIRO ou FALSO)?

A

VERDADEIRO.

  • IMUNIDADE MATERIAL, REAL OU SUBSTANTIVA, CIVIL, conforme o Art. 53. Os Deputados e Senadores são INVIOLÁVEIS, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. A Prerrogativa de foro, segundo o § 1º, Desde a expedição do diploma, serão julgados no STF. Aqui o STF adotou uma INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA (FIM DA INSTRUÇÃO), aos atos: 1) Fatos praticados durante o cargo de parlamentar federal; 2) E em razão de seu exercício;
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14
Q

O Deputado Federal ou Senador em regra NÃO pode ser preso antes da condenação definitiva, pois os membros do Congresso Nacional não podem ser presos antes da condenação definitiva. Contudo, o próprio texto constitucional põe a salvo uma exceção, onde poderão ser presos caso estejam em flagrante delito de um crime inafiançável, estando previsto no art. 53, § 2º da CF/88. Contudo, o Deputado Federal ou Senador pode ser preso se for condenado em processo criminal com trânsito em julgado?

A

SIM. Em se tratando das IMUNIDADE PROCESSUAL, possuem essa uma segunda Exceção, onde o Deputado ou Senador condenado por SENTENÇA JUDICIAL TRANSITADA pode ser preso para cumprir pena. Trata-se de exceção construída pela JURISPRUDÊNCIA do STF. A CF/88 que a perda do mandato será decidida pela Câmara ou Senado, por voto secreto e MAIORIA ABSOLUTA (modalidade: cassação do mandato), em razão da especialidade do art. 53 em relação ao art. 15 da CF/88. Poderíamos ter, em tese, a esdrúxula situação de um Deputado condenado ao regime semiaberto que, durante o dia vai até o Congresso Nacional trabalhar e, durante a noite, fica recolhido no presídio.

  • O § 2º do art. 53 da CF/88 veda apenas a prisão penal cautelar (provisória) do parlamentar, ou seja, não proíbe a prisão decorrente da sentença transitada em julgado, como no caso de Deputado Federal condenado definitivamente pelo STF. STF. Plenário. AP 396 QO/RO, AP 396 ED-ED/RO, rel. Min. Cármen Lúcia, 26/6/2013 (Info 712).
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15
Q

Os Deputados e Senadores NÃO PODERÃO, desde a EXPEDIÇÃO DO DIPLOMA: a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada; b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis “ad nutum”, nas entidades referidas no inciso I, “a”; c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, “a”; d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

FALSO - Art. 54, II - DESDE A POSSE.

  • Art. 54, I - DESDE A EXPEDIÇÃO DO DIPLOMA: a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis “ad nutum”, nas entidades constantes da alínea anterior.
  • OBS.: Art. 55. PERDERÁ O MANDATO o Deputado ou Senador: I - Infringir qualquer das proibições do artigo anterior. § 2º - A perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por MAIORIA ABSOLUTA, mediante provocação da Mesa ou partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
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16
Q

PERDERÁ O MANDATO, o Deputado ou Senador que For declarado incompatível com o decoro parlamentar (Casos definidos no regimento interno; Abuso das prerrogativas; A percepção de vantagens indevidas). Bem como, também poderá Perder ou tiver suspensos os direitos políticos. Nesses casos, A perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por MAIORIA ABSOLUTA, mediante provocação da Mesa ou partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

VERDADEIRO

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17
Q

PERDERÁ O MANDATO, o Deputado ou Senador que Deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada e nos casos em que A Justiça Eleitoral decretar, nos casos previstos nesta Constituição. Nesses casos, A perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por MAIORIA ABSOLUTA, mediante provocação da Mesa ou partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

FALSO - Nesses dois casos, conforme o Art. 55, § 3º - A perda será declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.

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18
Q

NÃO PERDERÁ O MANDATO o Deputado ou Senador que Investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado ou que Licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse 120 dias por sessão legislativa, onde nesses caos, o suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções previstas neste artigo ou de licença superior a 120 dias. Ademais, conforme já decidiu o STF, esse prazo previsto para a convocação de suplente, no caso de licença de parlamentar para tratar de interesses particulares (art. 56, § 1º, CF/88), NÃO é de observância obrigatória pelos estados-membros. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

FALSO.

o O prazo previsto para a convocação de suplente, no caso de licença de parlamentar para tratar de interesses particulares (art. 56, § 1º, CF/88), é de observância obrigatória pelos estados-membros e deve ser adotado pelas respectivas Assembleias Legislativas. STF. Plenário. ADI 7253/AC, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 22/05/2023 (Info 1095).

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19
Q

O STF só pode interferir em procedimentos legislativos (ex: processo de cassação de mandato parlmentar). (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

FALSO.

  • Poderá na hipótese para:
    a) para assegurar o cumprimento da Constituição Federal;
    b) para proteger direitos fundamentais;
    c) para resguardar os pressupostos de funcionamento da democracia e das instituições.
  • Em se tratando de processos de cunho acentuadamente político, como é o caso da cassação de mandato parlamentar, o STF deve se pautar pela deferência (respeito) às decisões do Legislativo e pela autocontenção, somente intervindo em casos excepcionalíssimos. Dessa forma, neste caso, o STF optou pela técnica da autocontenção (judicial self-restraint), que é o oposto do chamado ativismo judicial. Na autocontenção, o Poder Judiciário deixa de atuar (interferir) em questões consideradas estritamente políticas. STF. Plenário. MS 34.327/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 8/9/2016 (Info 838). BRAINSCAPE
20
Q

A sessão legislativa, renovável a cada ano, não pode ser confundida com a legislatura, que tem a duração de 4 anos - isto é, compreende quatro sessões legislativas. O conceito de legislatura é de grande significado, afinal, além de equivaler ao mandato do Deputado Federal, marca o tempo em que cada Casa Legislativa pode desempenhar suas atividades como compor suas comissões permanentes e manter em funcionamento as comissões temporárias (que sempre se extinguem ao término da legislatura). (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

VERDADEIRO

21
Q

Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe: Discutir e votar projeto de lei; Realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil; Convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições; Receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas; Solicitar depoimento de qualquer AUTORIDADE ou CIDADÃO; Apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

VERDADEIRO

22
Q

As COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de 1/2 de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

FALSO - Art. 58. § 3º (1/3)

  • OBS.: São uma expressão do PRINCÍPIO DEMOCRÁTICO na Carta Constitucional, consideradas como “DIREITO DE OPOSIÇÃO” ou “DIREITO DAS MINORIAS”. Isso porque, para sua instalação é exigido o requerimento de apenas 1/3 dos membros da Casa Legislativa ou, no caso de comissão mista, 1/3 dos membros de cada uma das Casas. Logo, preenchidos os requisitos do dispositivo constitucional supramencionado, existe direito público subjetivo de as minorias parlamentares verem instaurado o inquérito parlamentar, independentemente de deliberação pelo Plenário.
23
Q

Diante de um mesmo fato, não pode ser criada CPI na Câmara dos Deputados, no Senado Federal, em conjunto, a CPMI (comissão parlamentar mista de inquérito) por ferir o ne bis in idem. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

FALSO.

o Diante de um mesmo fato, pode ser criada CPI na Câmara dos Deputados, no Senado Federal, em conjunto, a CPMI (comissão parlamentar mista de inquérito), ou, ainda, a investigação poderá ser conduzida pelo Judiciário, por outros órgãos ou, até, por CPIs nos outros entes federativos, se houver interesse comum, devendo cada qual atuar nos limites de sua competência.

24
Q

A eficácia das deliberações dos parlamentares integrantes da CPI deve observar o postulado da COLEGIALIDADE, devendo as decisões serem tomadas pela maioria dos votos e não isoladamente. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

VERDADEIRO.

  • O PRINCÍPIO DA COLEGIALIDADE, se traduz diretriz de fundamental importância na regência das deliberações tomadas por qualquer CPI, notadamente quando esta, no desempenho de sua competência investigatória, ordena a adoção de medidas restritivas de direitos, como aquelas que importam na revelação (‘disclosure’) das operações financeiras ativas e passivas de qualquer pessoa. A legitimidade do ato de quebra do sigilo bancário, além de supor a plena adequação de tal medida ao que prescreve a Constituição, deriva da necessidade de a providência em causa respeitar, quanto à sua adoção e efetivação, o princípio da colegialidade, SOB PENA DE ESSA DELIBERAÇÃO REPUTAR-SE NULA” (MS 24.817, Rel. Min. Celso de Mello, j. 03.02.2005, Plenário, DJE de 06.11.2009).
25
Q

Em consonância com o princípio da separação de poderes, as deliberações tomadas no âmbito das CPI’s não devem necessariamente observar o dever de motivação das decisões. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

FALSO.

  • O PRINCÍPIO-DEVER DAS MOTIVAÇÕES, em toda deliberação da CPI deverá ser motivada, sob pena de padecer do vício de ineficácia (art. 93, IX, da CF). para o ministro celso de mello, “as deliberações de qualquer CPI, à semelhança do que também ocorre com as decisões judiciais, quando destituídas de motivação, mostram-se írritas e despojadas de eficácia jurídica, pois nenhuma medida restritiva de direitos pode ser adotada pelo poder público, sem que o ato que a decreta seja adequadamente fundamentado pela autoridade estatal”. Por fim, importante destacar dois pontos relativamente à motivação: 1) ela não pode ser apresentada depois de realizado o ato; 2) ela não precisa ser estruturada formalmente como se fora uma decisão judicial
26
Q

A decisão condenatória da CPI não pode ser reformada pelo judiciário quanto ao mérito, mas somente quanto à formalidade. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

FALSO.

  • As CPIs não podem nunca impor penalidades ou condenações. Os Presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional encaminharão o relatório da CPI respectiva e a resolução que o aprovar aos chefes do MPU ou MP, ou ainda às autoridades administrativas ou judiciais com poder de decisão, conforme o caso, para a prática de atos de sua competência e, assim, existindo elementos, para que promovam a responsabilização civil, administrativa ou criminal dos infratores.
27
Q

É vedado o Controle judicial dos atos praticados por uma CPIs. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

FALSO.

  • Qualquer desvio, exercício abusivo ou afronta a direito subjetivo tornar-se-á uma controvérsia jurídica, passível de controle judicial. Uma vez que, atribui-se exatamente ao Judiciário a função de controlar os excessos cometidos em quaisquer das esferas governamentais, inclusive nas CPIs, afinal, conforme preceitua o princípio da inafastabilidade da jurisdição, nenhuma lesão ou ameaça a direito deixará de ser apreciada pelo Poder Judiciário (are. 5°, XXXV, CF/88. Em conclusão, é inaceitável a utilização do princípio da separação de poderes como escudo para evitar interferência do Poder Judiciário, especialmente quando são as liberdades públicas que estão em risco.
28
Q

As Comissões Parlamentares de Inquérito, No exercício de suas atribuições, poderão as CPI determinar diligências que reputarem necessárias e requerer a convocação de Ministros de Estado, tomar o depoimento de quaisquer autoridades federais, estaduais ou municipais, ouvir os indiciados, inquirir testemunhas sob compromisso, requisitar da administração pública direta, indireta ou fundacional informações e documentos, e transportar-se aos lugares onde se fizer mister a sua presença. Bem como, indiciados e testemunhas serão intimados de acordo com as prescrições estabelecidas na legislação penal. Em caso de não comparecimento da testemunha sem motivo justificado, a sua intimação será solicitada ao juiz criminal da localidade em que resida ou se encontrar, podendo o depoente poderá fazer-se acompanhar de advogado, ainda que em reunião secreta. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

VERDADEIRO

29
Q

Em se tratando da CPI, Caberá ao PRESIDENTE da CPI, por deliberação desta, SOLICITAR, em qualquer fase da investigação, ao juízo criminal competente medida cautelar necessária, quando se verificar a existência de indícios veementes da proveniência ilícita de bens. Bem como, constitui-se em CRIME: Impedir, ou tentar impedir, mediante violência, ameaça ou assuadas, o regular funcionamento de Comissão Parlamentar de Inquérito, ou o livre exercício das atribuições de qualquer dos seus membros. Pena - A do art. 329 do Código Penal (Resistência) e em Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, tradutor ou intérprete, perante a Comissão Parlamentar de Inquérito: Pena - A do art. 342 do Código Penal (Falso testemunho ou falsa perícia). (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

VERDADEIRO

30
Q

Em juízo de delibação, é possível a convocação de governadores de estados-membros da Federação por Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada pelo Senado Federal. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

FALSO.

o Em juízo de delibação, NÃO É POSSÍVEL A CONVOCAÇÃO de governadores de estados-membros da Federação por Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada pelo Senado Federal. A convocação viola o princípio da separação dos Poderes e a autonomia federativa dos estados-membros (pois decorre do princípio da simetria). STF. Plenário. ADPF 848 MC-Ref/DF, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 25/6/2021 (Info 1023).

31
Q

Nas CPIs municipais, as Câmaras Municipais NÃO terão os mesmos poderes das CPIs federais, já que os Municípios não possuem Poder Judiciário para que sejam utilizados os poderes de investigação das autoridades judiciais. A Câmara dos Vereadores, apesar de poder instaurar a CPI, não terá, por si, o poder de quebra do sigilo bancário, devendo haver autorização judicial. Não há problema em diferenciar os Legislativos de nossa Federação, já que, no Brasil, vigora aquilo que a doutrina denominou FEDERALISMO ASSIMÉTRICO, ocupando o Município uma posição bastante particular. Os Municípios não elegem Senador e, assim, não têm uma representação direta na Federação. Ainda, o Município, dentro da ideia de autogoverno, não tem Judiciário próprio, apesar de existir, naturalmente, a prestação jurisdicional nas comarcas e seções judiciárias”. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

VERDADEIRO

32
Q

Processo legislativo é o conjunto de atos pré-ordenados tendentes à elaboração das espécies normativas primárias (aquelas que retiram seu fundamento de validade diretamente da Constituição e que podem inovar o ordenamento jurídico), previstas no art. 59, CF/88. A desobediência às regras do processo legislativo constitucionalmente delineado resulta inequívoca INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL da lei ou do ato normativo elaborado. Referida inconstitucionalidade, fruto de um processo legislativo ilegítimo, poderá ser de 3 formas, quais seriam?

A
  • (i) reconhecida pelo Poder Judiciário no exercício do CONTROLE REPRESSIVO DE CONSTITUCIONALIDADE - tanto no âmbito do controle difuso como no do concentrado;
  • (ii) evitada no CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE POLÍTICO PREVENTIVO, desenvolvido externamente ao Poder Judiciário, pelo Poder Legislativo (através da atuação das Comissões de Constituição e Justiça) e pelo Poder Executivo, por meio do veto jurídico presidencial;
  • (iii) refreada pelo Poder Judiciário, por meio do EXCEPCIONAL CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE JURISDICIONAL PREVENTIVO (MS), no qual os parlamentares defendem seu direito público subjetivo à correta e estrita observância do devido processo legislativo, o que os permite manejar o mandado de segurança individual (impetrado pelos parlamentares federais perante o Supremo Tribunal Federal) em todas as oportunidades em que forem desrespeitadas as normas constitucionais referentes à elaboração das espécies normativas. Conforme posicionamento estável do STF, o “parlamentar tem legitimidade ativa para impetrar mandado de segurança com a finalidade de coibir atos praticados no processo de aprovação de leis e emendas constitucionais que não se compatibilizam com o processo legislativo constitucional “.
33
Q

A adoção do RITO DE URGÊNCIA em proposições legislativas é prerrogativa regimental atribuída à respectiva Casa Legislativa e consiste em matéria “interna corporis”, de modo que não cabe ao Poder Judiciário qualquer interferência, sob pena de violação ao princípio de separação dos Poderes (art. 2º, CF/88). (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

VERDADEIRO

34
Q

O STF entende que a observância do art. 113 do ADCT é norma que não vincula a atividade do Poder Legislativo, sendo certo que o seu descumprimento acarreta a inconstitucionalidade do ato, sendo aplicável a todos os entes da Federação e a opção do Constituinte de disciplinar a temática nesse sentido explicita a prudência na gestão fiscal, sobretudo na concessão de benefícios tributários que ensejam renúncia de receita. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

FALSO.

o É inconstitucional lei estadual que concede benefício fiscal sem a prévia estimativa de impacto orçamentário e financeiro exigida pelo art. 113 do ADCT. STF. Plenário. ADI 6303/RR, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 11/3/2022 (Info 1046).

35
Q

Em se tratando de leis ordinárias e complementares, a INICIATIVA REGRA GERAL, constitui-se de fase introdutória e é a que inaugura o processo de elaboração das leis ordinárias, por meio do ato “iniciativa” - termo que pode ser conceituado como a capacidade de deflagrar o processo legislativo, iniciá-lo. A Constituição Federal estabelece um rol, sendo os Cidadãos, consistentes em 1% do eleitorado, em pelo menos 5 Estados, não menos do que 0,3% de eleitores em cada, mediante apresentação que PL ordinária ou complementar à Câmara dos Deputados. A iniciativa popular está regulamentada pela Lei nº 9.709/1998, que estabelece a forma de condução de referido projeto de lei. Duas regras são básicas: (i) o projeto não pode versar sobre mais de um tema; (ii) tampouco pode ser rejeitado por vício de forma, sendo dever da Câmara dos Deputados, por seu órgão competente, providenciar a correção das eventuais impropriedades de técnica legislativa ou mesmo de redação. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

VERDADEIRO

36
Q

Em se tratando de leis ordinárias e complementares, a Deliberação executiva (sanção ou veto presidencial), Para finalizar a fase constitutiva do processo legislativo, o projeto de lei discutido/ votado/aprovado pelas duas Casas Legislativas deve ser encaminhado ao Presidente da República para sua apreciação. Isso porque, no sistema constitucional pátrio, a elaboração normativa é ato complexo, resultante da vontade de mais de um órgão autônomo. O chefe do Poder Executivo terá o prazo máximo de 15 dias úteis, contados da data do recebimento do projeto de lei, para analisar a proposição normativa e ofertar uma reposta, em concordância ao texto (sanção) ou em recusa ao mesmo (veto). O Veto, se Parcial, somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea e se Total, ocorrerá a Rejeição de todo o projeto de lei. Os motivos do veto podem ser: Jurídico ou Político. Decorrido o prazo de 15 dias, o silêncio do Presidente da República importará sanção. O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de 30 dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da MAIORIA ABSOLUTA dos Deputados e Senadores. Se a lei não for promulgada dentro de 48 horas pelo Presidente da República, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

VERDADEIRO

37
Q

votação e a aprovação de LEI COMPLEMENTAR em contexto no qual se exigiria lei ordinária é apenas redundante, sem implicar vício formal. Se editada lei complementar para dispor sobre a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança pública, a norma deverá ser tratada como lei ordinária, e não anulada por suposta inobservância do processo legislativo. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

VERDADEIRO

38
Q

Em tese, o Congresso Nacional pode editar uma lei em sentido contrário ao que foi decidido pelo STF no julgamento de uma ADI/ADC? Pode ser editada uma lei em sentido contrário a uma súmula vinculante?

A

SIM. O Poder Legislativo, em sua função típica de legislar, não fica vinculado aos efeitos da decisão do STF. Isso tem como finalidade evitar a “fossilização da Constituição”. Assim, o legislador, em tese, pode editar nova lei com o mesmo conteúdo daquilo que foi declarado inconstitucional pelo STF.

  • Se o legislador fizer isso, não é possível que o interessado proponha uma reclamação ao STF pedindo que essa lei seja automaticamente julgada também inconstitucional (Rcl 13019 AgR, julgado em 19/02/2014).
  • Será necessária a propositura de uma nova ADI para que o STF examine essa nova lei e a declare inconstitucional. Vale ressaltar que o STF pode até mesmo mudar de opinião no julgamento dessa segunda ação.
39
Q

Poder Legislativo também interpreta a Constituição?

A

SIM.
* É considerado um intérprete autêntico da Constituição e justamente por isso ele pode editar uma lei ou emenda constitucional tentando superar o entendimento anterior ou provocar um novo pronunciamento do STF a respeito de determinado tema, mesmo que a Corte já tenha decidido o assunto em sede de controle concentrado de constitucionalidade. A isso se dá o nome de “reação legislativa” ou “superação legislativa da jurisprudência”. A reação legislativa é uma forma de “ativismo congressual” com o objetivo de o Congresso Nacional reverter situações de autoritarismo judicial ou de comportamento antidialógico por parte do STF, estando, portanto, amparado no princípio da separação de poderes.

40
Q

Existem exemplos de “REAÇÃO LEGISLATIVA” que foram consideradas exitosas, ou seja, que foram acolhidas pelo STF gerando uma “correção jurisprudencial”?

A
  • Um exemplo emblemático diz respeito à chamada LEI DA FICHA LIMPA. Antes dessa Lei, o TSE e o STF possuíam jurisprudência consolidada no sentido de que não era possível reconhecer a inelegibilidade do candidato a não ser que houvesse contra ele uma condenação transitada em julgado. O fundamento para esse entendimento residia no princípio da presunção de inocência.
  • A LC 135/2010 foi editada com o objetivo de superar esse entendimento. Segundo previu essa lei, não é necessário que a decisão condenatória tenha transitado em julgado para que o condenado se torne inelegível. Basta que tenha sido proferida por órgão colegiado (exs: TRE, TJ, TRF). O STF, superando seus antigos precedentes, entendeu que a reação legislativa foi legítima e que a Lei da Ficha Limpa é constitucional e não viola o princípio da presunção de inocência. (STF. Plenário. ADC 29/DF, ADC 30/DF, ADI 4578/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgados em 15 e 16/2/2012).
41
Q

O STF, de fato, detém a última palavra no que se refere à interpretação da Constituição, imune a qualquer controle democrático. Contudo, essa afirmação vem sendo rediscutida (remodelada) pelos constitucionalistas. Entende-se atualmente que a decisão do STF em matéria constitucional deve ser compreendida como “ÚLTIMA PALAVRA PROVISÓRIA”, nas palavras do Min. Luiz Fux. Isso porque depois que o STF decidir, reiniciam-se as rodadas de debates entre as instituições e os demais atores da sociedade civil sobre o tema. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

VERDADEIRO

42
Q

É legítima a edição de atos normativos por tribunais de contas estaduais com o objetivo de regulamentar procedimentalmente o exercício de suas competências constitucionais. As normas impugnadas não inovaram no ordenamento jurídico. O conteúdo delas é meramente expletivo ou declaratório e, na maioria das vezes, representa um simples detalhamento de regras que estão em atos normativos primários. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

VERDADEIRO

43
Q

No âmbito da tomada de contas especial, NÃO é possível a condenação administrativa de Chefes dos Poderes Executivos municipais, estaduais e distrital pelos Tribunais de Contas, quando identificada a responsabilidade pessoal em face de irregularidades no cumprimento de convênios interfederativos de repasse de verbas, sem necessidade de posterior julgamento ou aprovação do ato pelo respectivo Poder Legislativo. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

FALSO.

  • No âmbito da tomada de contas especial, é possível a condenação administrativa de Chefes dos Poderes Executivos municipais, estaduais e distrital pelos Tribunais de Contas, quando identificada a responsabilidade pessoal em face de irregularidades no cumprimento de convênios interfederativos de repasse de verbas, sem necessidade de posterior julgamento ou aprovação do ato pelo respectivo Poder Legislativo. STF. Plenário. ARE 1.436.197/RO, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 19/12/2023 (Repercussão Geral – Tema 1287).
44
Q

No âmbito da tomada de contas especial, é possível a condenação administrativa de Chefes dos Poderes Executivos municipais, estaduais e distrital pelos Tribunais de Contas, quando identificada a responsabilidade pessoal em face de irregularidades no cumprimento de convênios interfederativos de repasse de verbas, sem necessidade de posterior julgamento ou aprovação do ato pelo respectivo Poder Legislativo. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

VERDADEIRO

45
Q

São inconstitucionais normas que atribuem a emissão de pareceres opinativos aos auditores de Tribunal de Contas estadual, por incompatibilidade com a função de judicatura de contas estabelecida pelos arts. 73, § 4º, e 75, caput, da Constituição. Os entes federados possuem autonomia para fixar, em lei, as atribuições para o cargo de auditor (ministros ou conselheiros substitutos) do respectivo Tribunal de Contas, e podem, inclusive, inovar em relação às fixadas na Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União (Lei nº 8.443/92). Contudo, elas devem sempre obedecer ao perfil judicante do cargo expressamente instituído pela Constituição Federal de 1988 (arts. 73, § 4º; e 75), indispensável para que as atividades desempenhadas pelas Cortes de Contas sejam exercidas com qualidade, autonomia e isenção. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

VERDADEIRO