Tutoria 2 - Parte I Flashcards

1
Q

O que constitui o corpúsculo renal?

A

É constituído pelo glomérulo capilar, que é envolto pela cápsula de Bowman.

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2
Q

O que é um glomérulo?

Estrutura

Fenestrações

Atravessados?

A

É um enovelado capilar formado a partir da arteríola aferente. Sustentadas por células mesangiais que, além de conter elementos contráteis e fagocitar agregados moleculares presos à parede capilar devido à filtração glomerular, têm receptores para vários hormônios, que apresentam papel importante na regulação da hemodinâmica intraglomerular.

Apresenta-se descontínuo ao ME, com aspecto de uma rede de células endoteliais separadas entre si por fenestrações circulares.

Esses espaços são facilmente atravessados por substâncias de peso molecular elevado, mas não permitem a passagem dos elementos figurados do sangue.

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3
Q

Descreva a cápsula de Bowman.

A

Tem forma de cálice e dispõe de parede dupla entre as quais fica o espaço de Bowman ocupado pelo filtrado glomerular.

A parede externa da cápsula forma o revestimento do corpúsculo renal, apresentando um epitélio simples pavimentoso.

As células da parede interna se modificam durante o desenvolvimento embrionário, vindo a constituir os podócitos.

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4
Q

Descreva sobre os podócitos.

A
  • São formados por um corpo celular com prolongamentos primários e secundários, denominados pedicélios.
  • Formam as fendas de filtração
  • Os pedicélios vizinhos são conectados, em sua base, por uma fina membrana, semelhante a um diafragma (slit membrane ), e apoiam-se sobre a membrana basal dos capilares, permitindo que a parede interna da cápsula fique em íntima conexão com as alças capilares glomerulares.
  • O contato do pedicélio com a membrana basal é revestido por uma camada glicoproteica, rica em ácido siálico, chamada de glicocálix.
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5
Q

Descreva sobre a nefrina.

A
  • A nefrina, uma glicoproteína transmembrana, é o maior componente dos diafragmas entre os pedicelos.
  • A nefrina e suas proteínas associadas, incluindo a podocina, têm um papel crucial na manutenção da permeabilidade seletiva da barreira de filtração glomerular.
  • Mutações da nefrina ou de suas proteínas associadas são relacionadas a eliminação anormal de proteínas plasmáticas na urina, dando origem à síndrome nefrótica -> proteinúria, marca registrada da síndrome nefrótica.
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6
Q

Durante o processo de filtração glomerular o plasma atravessa quantas camadas?

A
  • endotélio capilar
  • membrana basal
  • parede interna da cápsula de Bowman.

Destas, a única camada contínua é a membrana basal, que, portanto, determina as propriedades de permeabilidade do glomérulo.

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7
Q

Descreva a membrana basal.

A

A membrana basal tem uma camada central denominada lâmina densa, situada entre duas camadas de menor densidade, a lâmina rara interna e a externa.

A lâmina rara interna está em íntimo contato com o sangue, por meio das fenestrações do endotélio.

As fibrilas da lâmina densa propiciam grande firmeza à membrana basal, que a capacita para resistir à vasta modificação da hemodinâmica intraglomerular. As fibras das lâminas raras tornam o endotélio e os pedicélios fortemente unidos à membrana basal.

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8
Q

Quais são as funções dos podócitos?

A
  1. Endocitose, capturando proteínas do ultrafiltrado;
  2. Síntese e manutenção em parte da membrana basal do glomérulo.
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9
Q

Quais as funções das celulas mesangiais?

A
  1. Suporte estrutural;
  2. Mecanismos de fagocitose;
  3. Endocitose de imunocomplexos;
  4. Produção/alvo de susbtâncias reguladoras do crescimento;
  5. Modulação da filtração glomerular, regulando fluxo sanguíneo nos capilares glomerulares através de suas propriedades musculares de contração e resposta a hormônios e outras substâncias (por ADH, Angio II, tromboxano, leucotrienos, etc) e relaxamento (por PGE2);
  6. Contração – prevenir distensão da parede capilar e elevar a pressão hidrostática intracapilar ;
  7. Produz agentes vasoativos;
  8. Transforma-se em célula endotelial na necessidade de expansão da rede capilar.
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10
Q

Descreva o sistema de filtração glomerular.

A
  • É extremamente permeável a água e a pequenos solutos, e quase completamente impermeável a moleculas de tamanho e carga molecular semelhante às da albumina.
  • A filtrabilidade dos solutos é inversamente relacionada ao seu tamanho.
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11
Q

O que é função de barreira glomerular?

A

A membrana capilar glomerular é mais espessa que a da maioria dos outros capilares, mas também é muito mais porosa e, portanto, filtra líquidos com mais alta intensidade.

Apesar da alta intensidade da filtração, a barreira de filtração glomerular é seletiva na determinação de quais moléculas serão filtradas, com base no seu tamanho e em sua carga elétrica.

Essa permeabilidade seletiva, chamada de função de barreira glomerular, distingue as várias moléculas proteicas, a depender do tamanho (quanto maiores, menos permeáveis), da carga (quanto mais catiônicas, mais permeáveis) e da configuração.

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12
Q

Explique a imagem.

A

A carga elétrica afeta a filtração glomerular de dextrana com diferentes pesos moleculares. Note que para qualquer raio molecular moléculas com carga positiva são filtradas muito mais rapidamente do que as moléculas com carga negativa.

A razão para essas diferenças da filtrabilidade é que as cargas negativas da membrana basal e dos podócitos são meio importante para restringir a passagem de grandes moléculas com carga negativa, incluindo as proteínas plasmáticas.

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13
Q

O que compoe a barreira de filtração?

A
  1. Endotélio fenestrado do capilar glomerular;
  2. Membrana basal glomerular;
  3. Células epiteliais especializadas (podócitos), as quais circunscrevem os capilares com suas projeções citoplasmáticas, formando inúmeras fendas de filtração.
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14
Q

Quais são os determinantes da filtração glomerular?

Fórmula

A

FG = Kf (PG - PB - pG + pB)

  • pressão hidrostática glomerular –> PG
  • Pressão hidrostática na cápsula de Bowman –> PB)
  • Pressão coloidosmótica das proteínas plasmáticas –> pG
  • Pressão coloidosmótica das proteínas na cápsula de Bowman –> pB.

(Sob condições normais, a concentração de proteínas, no filtrado glomerular é tão baixa que a pressão coloidosmótica do líquido, na cápsula de Bowman, é considerada nula.)

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15
Q

Quais são os determinantes da filtração glomerular?

Forças favoráveis e que se opõem a filtração.

A
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16
Q

Qual a composição do filtrado glomerular?

A

O filtrado glomerular tem uma composição idêntica ao plasma exceto no conteúdo de proteínas que, virtualmente não existem no filtrado (0,03%) e nos elementos celulares, também ausentes neste.

As concentrações de outros constituintes do filtrado glomerular, incluindo a maior parte dos sais e moléculas orgânicas, são similares às concentrações no plasma.

Exceções a essa generalização incluem umas poucas substâncias de baixo peso molecular, tais como cálcio e ácidos graxos, que não são livremente filtradas por estarem parcialmente ligadas às proteínas plasmáticas.

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17
Q

Quais são as etapas para a formação da urina?

A

Filtração glomerular

Reabsorção tubular

Secreção tubular

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18
Q

Como se inicia a formação da urina?

A

Se dá pela filtração, quando grande quantidade de líquido praticamente sem proteínas é filtrada dos capilares glomerulares para o interior da cápsula de Bowman.

Conforme o líquido filtrado sai da cápsula de Bowman e flui pelos túbulos, é modificado pela reabsorção de água e solutos específicos, de volta para os capilares peritubulares ou pela secreção de outras substâncias dos capilares peritubulares para os túbulos.

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19
Q

Explique a imagem quanto a filtração, absorção e excreção.

A

A substância, mostrada no painel A, é livremente filtrada pelos capilares glomerulares, mas não é reabsorvida e nem tampouco secretada.

Portanto, a intensidade da excreção é igual à intensidade com que foi filtrada.

Certas substâncias indesejáveis no corpo, tais como a creatinina, são depuradas pelos rins dessa maneira, permitindo a excreção de praticamente todo o filtrado.

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20
Q

Explique a imagem quanto a filtração, absorção e excreção.

A

No painel B, a substância é livremente filtrada, mas também é parcialmente reabsorvida pelos túbulos de volta para a corrente sanguínea. Portanto, a intensidade da excreção urinária é menor que a da filtração pelos capilares glomerulares. Nesse caso, a intensidade da excreção é calculada como a intensidade da filtração menos a da reabsorção. Esse padrão é típico para muitos eletrólitos corporais, como os íons sódio e cloreto.

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21
Q

Explique a imagem quanto a filtração, absorção e excreção.

A

No painel C, a substância é livremente filtrada pelos capilares glomerulares, mas não é excretada na urina porque toda a substância filtrada é reabsorvida pelos túbulos de volta para a corrente sanguínea. Esse padrão ocorre para algumas substâncias nutricionais que estão presentes no sangue, como aminoácidos e glicose. Esse tipo de depuração permite a conservação dessas substâncias nos líquidos corporais.

22
Q

Explique a imagem quanto a filtração, absorção e excreção.

A
  • A substância no painel D é livremente filtrada pelos capilares glomerulares, não sendo reabsorvida, mas quantidades adicionais dessa substância são secretadas do sangue capilar peritubular para os túbulos renais.

Esse padrão frequentemente ocorre com os ácidos e as bases orgânicos e permite que essas substâncias sejam rapidamente retiradas do sangue, para serem excretadas, em grande quantidade, na urina. A intensidade da excreção, nesse caso, é calculada como a intensidade da filtração mais a de secreção tubular.

  • Para cada substância plasmática, ocorre combinação de filtração, reabsorção e secreção. A intensidade com que cada substância é excretada na urina depende das intensidades relativas desses três processos renais básicos.
23
Q

O que acontece após ser filtrado pelo corpúsculo renal?

A

Após ser filtrado, este líquido é intensamente reabsorvido do lúmen dos túbulos para a circulação capilar peritubular, retornando à circulação sistêmica. De tal modo que permanecem nos túbulos finais, para serem eliminados, apenas 1 a 2 mL de urina por minuto.

24
Q

A filtração glomerular, primeira etapa para a formação da urina, é um processo eminentemente circulatório, e dependente de quais fatores?

A

Dependente da pressão arterial, do tônus das arteríolas aferente e eferente, da permeabilidade dos capilares glomerulares e do retorno venoso renal.

25
Q

Quais são os dois componentes do fluxo sanguíneo renal (FSR)?

Redija sobre os dois

A
  • Fluxo sanguíneo cortical:

Se distribui pelo córtex renal, é mais rápido e corresponde a 90% do FSR total.

  • Fluxo sanguíneo medular:

É mais lento, equivale a 10% do fluxo total, e distribui-se através da zona medular do rim, e apenas cerca de 2,5% atingem a medula interna.

O relativo baixo fluxo medular, consequente da alta resistência dos vasos retos longos, é importante para minimizar a diluição (lavagem) do interstício medular hipertônico, favorecendo assim a concentração da urina.

26
Q

Quais os determinantes do fluxo sanguíneo renal?

A

O fluxo sanguíneo renal é determinado pelo gradiente de pressão ao longo da vasculatura renal (a diferença entre as pressões hidrostáticas na artéria renal e na veia renal) dividido pela resistência vascular renal total:

27
Q

A maior parte da resistência vascular renal reside em três segmentos principais. Quais são eles?

A

A maior parte da resistência vascular renal reside em três segmentos principais:

  • Artérias interlobulares
  • Arteríolas aferentes
  • Arteríolas eferentes
28
Q

Quem controla a resistência desses vasos?

A

A resistência desses vasos é controlada pelo sistema nervoso simpático, vários hormônios e pelos mecanismos renais de controle local, como discutido adiante. Aumento da resistência de qualquer um desses segmentos vasculares dos rins tende a reduzir o fluxo sanguíneo renal

29
Q

Explique sucintamente o que é o mecanismo de autorregulação?

A

Embora as alterações da pressão arterial tenham alguma influência sobre o fluxo sanguíneo renal, os rins têm mecanismos efetivos para manter o fluxo sanguíneo renal e a FG relativamente constantes em faixa de pressão arterial entre 80 e 170 mmHg, processo chamado autorregulação. Essa capacidade para a autorregulação ocorre por mecanismos que são completamente intrínsecos aos rins.

30
Q

Cite hormônios e autacoides que influenciam a taxa de filtração glomerular.

A

Norepinefrina, epinefrina e endotelina.

Angiotensina II

Óxido nítrico derivado do endotélio e prostaglandinas

31
Q

Cite hormônios que diminuem a taxa de filtração.

A

Norepinefrina, epinefrina e endotelina.

  • Norepinefrina e epinefrina: constrição das arteríolas aferentes e eferentes, causando reduções na FG e no fluxo sanguíneo renal, liberadas pela medula adrenal. Agem mais em casos extremos, como hemorragia grave.
  • Endotelina: é um peptídeo que pode ser liberado por células endoteliais vasculares lesionadas dos rins, assim como por outros tecidos. É um autocoide e pode contribuir para a hemostasia (minimizando a perda sanguínea) quando um vaso sanguíneo é cortado, o que lesiona o endotélio e libera este poderoso vasoconstritor.
32
Q

Fale sobre a endotelina.

A
  • Endotelina: é um peptídeo que pode ser liberado por células endoteliais vasculares lesionadas dos rins, assim como por outros tecidos. É um autocoide e pode contribuir para a hemostasia (minimizando a perda sanguínea) quando um vaso sanguíneo é cortado, o que lesiona o endotélio e libera este poderoso vasoconstritor.
  • Os níveis de endotelina plasmática também estão aumentados em várias doenças associadas à lesão vascular, como insuficiência renal aguda, podendo contribuir para a vasoconstrição renal e diminuição da FG, em algumas dessas condições fisiopatológicas.
33
Q

Fale sobre a epinefrina e norepinefrina.

A

Norepinefrina e epinefrina: constrição das arteríolas aferentes e eferentes, causando reduções na FG e no fluxo sanguíneo renal, liberadas pela medula adrenal. Agem mais em casos extremos, como hemorragia grave.

34
Q

Cite hrmônios que aumentam a taxa de FG.

A

Óxido nítrico derivado do endotélio e prostaglandinas.

  • ON: Age diminuindo a resistência vascular renal e aumentando a FG.
  • Prostaglandinas e bradicininas: agem reduzindo a resistência vascular renal e e tendem a aumentar a FG.
35
Q

Fale sobre o Óxido nítrico derivado do endotélio.

A
  • ON: Diminui a resistência vascular renal e é liberado pelo endotélio vascular de todos os capilares do corpo, é o óxido nítrico derivado do endotélio.
  • O nível basal de produção do óxido nítrico parece ser importante para a manutenção da vasodilatação dos rins, porque ele permite que os rins excretem quantidades normais de sódio e água.
  • Portanto, a administração de fármacos que inibem a síntese normal de óxido nítrico aumenta a resistência vascular renal e diminui a FG, reduzindo também a excreção urinária de sódio, o que pode causar aumento da pressão sanguínea.
36
Q

Fale sobre a prostaglandina e bradicinina.

A
  • Causam vasodilatação e aumento do fluxo sanguíneo renal e da FG incluem as prostaglandinas (PGE2 e PGI2) e bradicinina
  • Eles podem amenizar os efeitos vasoconstritores renais dos nervos simpáticos ou da angiotensina II, especialmente os efeitos constritores sobre as arteríolas aferentes.
  • A administração de anti-inflamatórios não esteroides, como a aspirina que inibe a síntese de prostaglandinas, pode causar reduções significativas na FG.
37
Q

Qual a fução da angiotensina II em relação a FG?

A
  • É um poderoso vasoconstritor renal.
  • Os vasoso sanguíneos pré-glomerulares, especialmente as arteríolas aferentes, aparentamestar protegidos à ANGII. Essa proteção se deve à liberação de vasodilatadores, especialmente óxido nítrico e prostaglandinas, que neutralizam o efeito vasoconstritor da angiotensina II nesses vasos sanguíneos.
  • As arteríolas eferentes, entretanto, são muito sensíveis à angiotensina II. Como a angiotensina II preferencialmente ocasiona constrição das arteríolas eferentes, o aumento dos níveis de angiotensina II eleva a pressão hidrostática glomerular, enquanto reduz o fluxo sanguíneo renal. Deve-se considerar que a formação aumentada de angiotensina II, em geral, ocorre em circunstâncias associadas à diminuição da pressão arterial ou de depleção volumétrica que tende a diminuir a FG.
  • Nessas circunstâncias, o nível aumentado de angiotensina II, ao provocar constrição das arteríolas eferentes, auxilia prevenindo as diminuições da pressão hidrostática glomerular e da FG; ao mesmo tempo, porém, a redução do fluxo sanguíneo renal causada pela constrição arteriolar eferente contribui para o fluxo reduzido pelos capilares peritubulares, o que, por sua vez, aumenta a reabsorção de sódio e água.
  • Assim, níveis aumentados de angiotensina II que ocorrem com dieta hipossódica ou com depleção de volume ajudam a preservar a FG e a constrição das arteríolas eferentes, induzida pela angiotensina II, eleva a reabsorção tubular de sódio e de água, o que ajuda a restaurar o volume e a pressão sanguínea.

RESUMINDO:

O nível aumentado de ANG II, ao provocar constrição das arteríolas eferentes, auxilia prevenindo as diminuições da p. hidrostática glomerular e da FG.

38
Q

Quais são as teorias de autorregulação do fluxo renal?

A

Existem dois mecanismos:

  • Resposta miogênica: capacidade dos vasos sanguíneos de resistirem ao estiramento provocado por um aumento de pressão, desencadeando uma contração da musculatura lisa, ajudando a manter constantes, tanto o fluxo sanguíneo renal, quanto a TFG;
  • Feedback tubuloglomerular: esse mecanismo de autorregulação estabelece uma ligação entre as concentrações de NaCl, na mácula densa, e o controle da resistência arteriolar renal. Está relacionado à liberação de renina e consequente vasocontrição arterial.
39
Q

Explique de forma rápida o feedback tubuloglomerular e a autorregulação da filtrção glomerular (FG)

A
  • Os rins têm um mecanismo especial de feedback que relaciona as mudanças na concentração de cloreto de sódio na mácula densa com o controle da resistência arteriolar renal e a autorregulação da FG.
  • Esse mecanismo é especificamente direcionado para a estabilização do fornecimento de cloreto de sódio ao túbulo distal
40
Q

Explique como funciona o mecanismo de feedback tubuloglomerular e a autorregulação da filtrção glomerular (FG)

A
  • O mecanismo de feedback tubuloglomerular tem dois componentes que agem em conjunto para controlar a FG: (1) mecanismo de feedback arteriolar aferente e (2) mecanismo de feedback arteriolar eferente
  • A mácula densa é um grupo de células especializadas nos túbulos distais em íntimo contato com as arteríolas aferentes e eferentes. As células da mácula densa contêm o aparelho de Golgi, organelas secretoras intracelulares, direcionadas para as arteríolas, sugerindo que essas células possam secretar substâncias direcionadas para as arteríolas.
  • A Diminuição da Concentração de Cloreto de Sódio na Mácula Densa Causa Dilatação das Arteríolas Aferentes e Aumento da Liberação de Renina. As células da mácula densa detectam alterações do volume que chega ao túbulo distal por meio de sinais que não são completamente entendidos. A queda da concentração de cloreto de sódio na mácula densa desencadeia um sinal que tem dois efeitos.
41
Q

A Diminuição da Concentração de Cloreto de Sódio na Mácula Densa Causa Dilatação das Arteríolas Aferentes e Aumento da Liberação de Renina. A queda da concentração de cloreto de sódio na mácula densa desencadeia um sinal que tem dois efeitos. Quais são eles?

A
  • Reduz a resistência ao fluxo sanguíneo nas arteríolas aferentes, o que eleva a pressão hidrostática glomerular e ajuda a retornar a FG ao normal;
  • Aumenta a liberação de renina, pelas células justaglomerulares das arteríolas aferentes e eferentes que são os locais de maior estocagem da renina. A renina liberada por essas células funciona como enzima que aumenta a formação de angiotensina I, que é convertida em angiotensina II. Por fim, a angiotensina II contrai as arteríolas eferentes, o que eleva a pressão hidrostática glomerular e auxilia no retorno da FG ao normal.
42
Q

Explique a autorregulação miogênica do fluxo sanguíneo renal e FG

A
  • A capacidade dos vasos sanguíneos individuais resistirem ao estiramento, durante o aumento da pressão arterial, fenômeno conhecido como mecanismo miogênico.
  • Estudos mostraram que as arteríolas de todo o corpo respondem à tensão aumentada de parede ou ao estiramento da parede com contração do músculo liso vascular. O estiramento da parede vascular permite movimento aumentado de íons cálcio do líquido extracelular para as células, causando sua contração.
  • Essa contração evita a distensão excessiva do vaso e, ao mesmo tempo, pela elevação da resistência vascular, ajuda a prevenir o aumento excessivo do fluxo sanguíneo renal e da FG quando ocorre elevação da pressão arterial.
43
Q

O que é função de barreira glomerular?

A
  • Normalmente, o sistema de filtração glomerular é extraordinariamente permeável à água e a pequenos solutos, e quase completamente impermeável a moléculas de tamanho e carga molecular semelhantes às da albumina (proteína de 70.000 kDa).
  • Essa permeabilidade seletiva, chamada de função de barreira glomerular, distingue as várias moléculas proteicas, a depender do tamanho (quanto maiores, menos permeáveis), da carga (_quanto mais catiônicas, mais permeávei_s) e da configuração.
44
Q

As características da barreira normal dependem de quais fatores?

Para que ocorra uma correta permeabilidade seletiva.

A
  • Dependem de uma complexa estrutura da parede capilar
  • Da integridade da MBG
  • De muitas moléculas aniônicas presentes na parede, incluindo os proteoglicanos ácidos da MBG e as sialoglicoproteínas dos revestimentos celulares epiteliais e endoteliais.
  • Os podócitos também são fundamentais para a manutenção da função de barreira glomerular. Os diafragmas podocitários (diafragmas de fenda) são importantes barreiras de difusão para proteínas plasmáticas e, além disso, o podócito é o principal tipo celular responsável pela síntese dos componentes da MBG.
45
Q

O que é nefrina?

A
  • A nefrina, uma glicoproteína transmembrana, é o maior componente dos diafragmas entre os pedicelos.
  • Moléculas de nefrina adjacentes aos pedicelos se ligam através de pontes dissulfeto no centro do diafragma de fenda. A nefrina e suas proteínas associadas, incluindo a podocina, têm um papel crucial na manutenção da permeabilidade seletiva da barreira de filtração glomerular.
46
Q

Por que a nefrina é tão importante para a composição do citoesqueleto do diafrágma entre os pedicelos?

A

O papel da nefrina é drasticamente demonstrado por doenças hereditárias graves nas quais mutações da nefrina ou de suas proteínas associadas são relacionadas a eliminação anormal de proteínas plasmáticas na urina, dando origem à síndrome nefrótica. Essa observação sugere que defeitos adquiridos na função ou estrutura do diafragma podocitário constituem um importante mecanismo de proteinúria, marca registrada da síndrome nefrótica.

47
Q

O que eu vejo no EAS?

Quais os valores de referência?

A
  • pH (5,5 - 7) -> normalmente é ácida
  • Densidade (1005 a 1035) -> quanto mais próxima a densidade da água melhor
  • Leucócitos (até 3 por campo)
  • Hemácias (até 2 por campo)
  • Cilíndros hemáticos (sua presença indica GN)
  • Glicose (ausente)
  • Proteína (21 - 100 mg/dL)
48
Q

O que eu vejo no hemograma?

Quais os valores de referência?

A

Hemoglobina (11 -14)

Hematócrito (33 - 42)

Leucócitos (5 - 10.000)

49
Q

O que eu vejo nos exames bioquímicos?

Quais os valores de referência?

A

Ureia (15 - 44)

Creatinina (0,5 - 1,2)

Potássio (3,5 - 5,5)

Sódio (135 -145)

50
Q

Por que dosamos a concentração de creatinina?

A

A excreção de creatinina só é realizada por via renal, uma vez que ela não é reabsorvida nem reaproveitada pelo organismo. Por isso os níveis de creatinina plasmáticos refletem a taxa de filtração glomerula, de forma que os níveis altos de creatinina indicam uma defeciencia na funcionalidade renal.

A creatinina aumenta de forma rápida e singnificativa nos casos de insuficiência renal.

QUANTO MAIOR O NÍVEL SÉRICO DE CREATININA, MENOR DEVERÁ SER A TFG.