TRAUMA CERVICAL E FACE Flashcards

1
Q

Principal ponto:

A
  • Principais pontos:
    1) Proteger a via aérea
    2) Sangramentos significativos
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2
Q

Classificação de Le Fort - fraturas de face:

A
  • Le Fort I: fratura transversa
    1) Infra nasal e passa na raiz dentária - separa os processos dentário e o palato do resto do crânio
    2) Apresentação clínica: edema, epistaxe, e equimose no sulvo gengivobucal
    3) Tratamento pode ser: conservador ou cirúrgico
  • Le Fort II: fratura piramidal
    1) Separa o osso nasal e maxila do osso frontal e órbita
  • Le Fort III: disjunção crânio facial (fratura horizontal)
    1) Pode ter formação de fístula liquórica
    2) Tratamento cirúrgico o mais breve possível

Complicação mais comum das cirurgias:
- Sangramento, infecção e parestesia

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3
Q

Clínica - fratura de face:

A
  • Mobilidade e crepitação à palpação
  • Deformidade óssea
  • Assimetria

Confirmada pelo exame de imagem!

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4
Q

Diagnóstico - fratura da face:

A

Exames de imagem
- Radiografia:
1) Pode ser utilizado em incidências específicas

  • Tomografia:
    1) É o exame padrão a ser realizado
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5
Q

Diagnóstico - tratamento:

A
  • Priorizar lesões mais graves: ABCDE
    1) Na maioria das vezes não será mobilidade
  • Tratamento:
    1) Maioria não tem indicação cirúrgica IMEDIATA! (quanto antes melhor após estabelecida as prioridades)
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6
Q

Fratura nasal - clínica:

A
  • Fratura facial MAIS COMUM!
  • Clínica:
    1) Equimose palpebral
    2) Edema local
    3) Desvio ou afundamento do dorso nasal
    4) Crepitação à palpação
    5) Espitaxe
  • Clínica oftalmológica:
    1) Diplopia
    2) Telecanto - 2ª à fratura nasorbitoetmóide - La Fort III
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7
Q

Fratura nasal - tratamento:

A
  • Quanto mais precoce melhor
    1) Maioria das vezes não é prioridade
  • Tratamento (otorrino):
    1) Redução cirúrgica da fratura
    2) Geralmente aguarda 3 a 7 dias - redução do edema
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8
Q

Fratura zigmática:

A

Apresentação clínica:
- Hemorragia subconjuntival e equimose periorbital
- Degraus palpáveis de fratura no sulco superolateral da órbita, inferior da órbita e vestibular posterior
- Enfisema dentro da órbita ou tecidos moles sobrejacentes da bochecha
- Trismo

Clínica oftalmológica
- Diplopia
- Enoftalmia
- Dist. de mobilidade do globo ocular
1) Comp. do N. infraorbitário/musc. extrínseca da órbita

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9
Q

Fratura zigmática:

A

Clínica: dor, edema e equimose periorbital
- Alt. visuais:
1) Enoftalmia
2) Aprisionamento musc. extraocular c/ distopia orbital
3) Parestesia em hemiface (aprision. do n. infraorbitário)
4) Exoftalmia (hematoma retrobulbar)

  • Paredes medial e inferior: locais mais comum
    1) Parede lateral - mais forte e espessa
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10
Q

Outras fraturas de face:

A

Mandíbula:
- Único osso móvel da face
- 2ª fratura mais comum
- Tratamento: reduzir e fixar o mais precoce possível

Frontal:
- Menos acometido (maior resistência)
- TCE associado - lesões mais graves
- Tratamento cirúrgico:
1) Incisão cirúrgica bicoronal
2) Expões regiões: frontal, nasal, orbital e zigomática

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11
Q

Trauma cervical - conceitos:

A
  • Lesões PENETRANTES são as mais comuns
    1) Precisa ultrapassar o músculo platisma

Zonas cervicais
- Zona I: cartilagem cricoide até abertura torácica
1) Local mais grave e maior morbidade e mortalidade
2) Além das estruturas, pior acesso cirúrgico
3) Zona de transição com o tórax

  • Zona II: cartilage cricoide até o ângulo da mandíbula
    1) Ferimentos mais comuns (mais exposto)
    2) Acesso cirúrgico mais fácil - cervicotomia
  • Zona III: acima do ângulo da mandíbula até base do crânio
    1) Local de difícil acesso cirúrgico devido arcabouço ósseo
    2) Zona de transição com o crânio
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12
Q

Trauma cervical - quadro clínico:

A

Lesões vasculares
- Hematoma (expansão ou pulsátil)
- Choque, sangramento ativo, sopros e frêmitos
- Pulsos periféricos diminuídos ou ausentes
- Déficit neurológico (AVC, hemiplegia)

Lesões laringotraqueais:
- Desconforto respiratório
- Estridor, enfisema subcutâneo
- Hemoptise, odinofagia e disfonia/rouquidão

Lesões faringoesofágicas:
- Disfagia, saliva com sangue
- Hematêmese e enfisema subcutâneo
- Alta morbimortalidade: risco de mediastinite

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13
Q

Trauma cervical - necessidade VA definitiva:

A
  • Hematoma VOLUMOSO no pescoço (desloc. e obst. da VA)
  • Distorção anatômica cervical (desvio de traqueia)
  • Hemoptise franca (sangramento das VAS)
  • Enfisema subcutâneo extenso do pescoço
  • Sopro ou frêmito
  • Estridor
  • Disfagia ou odinofagia
  • Rouquidão
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14
Q

Trauma cervical - tratamento (A):

A
  • IOT
  • Cricotireoidostomia
    1) Falha da IOT
    2) Dist. anat. das VAS (ex: desvio por hematoma volumoso)
    3) Traumatismo facial extenso c/ sangramento orofaríngeo importante que impossibilita IOT
    4) Edema de glote
  • Traqueostomia:
    1) Fratura de laringe: roquidão, enfisema subcutâneo e fratura palpável
    2) Crianças < 12 anos
    3) OBS: se paciente c/ fx de laringe em franca IRpA - autorizado fazer IOT e como medida salvadora uma crico
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15
Q

Trauma cervical - tratamento (B e C):

A

B - respiração e ventilação:
- Avaliar pulmão
- Principalmente de lesão penetrante em zona I

C - circulação:
- Reanimação volêmica + compressão direta da lesão
- Medida temporário possível: passar cateter balonado
-

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16
Q

Trauma cervical - cervicotomia exploradora imediata:

A
  • Instabilidade hemodinâmica
  • Sangramento ativo
  • Hematoma volumoso e/ou pulsátil e/ou em expansão
  • Lesões “óbvias” de via aerodigestivas:
    1) Ar borbulhando na ferida
    2) Insuf. respiratória
    3) Saída de saliva pelo orifício da lesão
    4) Enfisema subcutâneo ou mediastinal
    5) Disfonia/roquidão/estridor
    6) Disfagia
17
Q

Trauma cervical - lesão vascular:

A
  • Lesão de VJI:
    1) Na inviabil. de reparo imediato, pode-se fazer ligadura
  • Lesão da a. carótida: controle proximal e distal da carótida
    1) Lesões pequenas: reparo primário ou com anastomose termino terminal
    2) Lesões maiores: revascularização c/ uso de enxerto venoso autólogo ou sintético
  • Controle de danos:
    1) A. carótidas comuns e interna podem ser ligadas, embora possa haver comprometimento do fluxo cerebral
  • Carótida externa: pode ser ligada s/ grandes repercussões
  • Zona I e III: arteriografia c/ embolização ou colocar stent
18
Q

Trauma cervical - lesão esofágica:

A
  • Pouco tempo de evolução (< 12h) e pequenas:
    1) Debridamento + reparo primário + drenagem ampla
    2) Passar SNE sob visão direta
  • Maior tempo de evol. (> 12h) e/ou perda tecidual maciça
    1) Esofagotomia (desviar secreções e previnir mediastinite)
    2) Reconstrução tardia
    3) Associar: gastrostomia ou jejunostomia alimentar

Alimentação: enteral
Sempre associar: ATB!!!

19
Q

Trauma cervial - ex. complementares:

A
  • Lesão vasc.: angioTC; arteriografia ou USG Doppler
  • Lesão de laringe: laringoscopia
  • Lesão de traqueia: broncoscopia
  • Lesão de esôfago: EDA + esofagograma