AA VASCULAR Flashcards

1
Q

Classificações:

A
  • Localização:
    1) Isquemia mesentérica: acomete intest. delgado
    2) Isquemia colônica: acomete intest. grosso
  • Tempo de evolução:
    1) Isquemia mesentérica aguda - clínica exuberante
    2) Isquemia mesentérica crônica
    ° Arteriopatia c/ aterosclerose
    ° Queixa de dor pós-prandial e medo de comer (emagrece)
  • Segmento vascular acometido
    1) Oclusão arterial
    2) Oclusão venosa
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Embriologia do intestino primitivo:

A
  • Intestino anterior:
    1) Estruturas: boca, faringe, esôfago, estômago, fígado, vesícula biliar, pâncreas e a 1/2 proximal do duodeno
    2) Inervação: plexo celíaco
    3) Irrigação: tronco celíaco
    4) Localização da dor: epigástrio
  • Intestino médio:
    1) Metade distal do duodeno, jejuno, íleo, cólon ascendente e 2/3 do trasnverso
    2) Inervação: plexo mesentérico superior
    3) Irrigação: a. mesentérica superior
    4) Localização da dor: mesogástrio/periumbilical
  • Intestino posterior:
    1) 1/3 distal do cólon transverso, cólon descendente, reto, e porção superior do canal anal
    2) Inervação: plexo mesentérico posterior
    3) Irrigação: A. mesentérica superior
    4) Localização da dor: hipogástrio/suprapúbica
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Anatomia vascular - órgãos abdominais:

A
  • 1º ramo abdominal da AA - tronco celíaco, se ramifica:
    1) A. gástrica esquerda
    2) A. esplêmica
    3) A. hepática comum
  • Irragação arterial e drenagem venosa - intestino delgado:
    1) A. mesentérica superior (AMS):
    ° A. jejunais, ileais, íleocólica
    2) Drenagem: veias acompanham artérias até veia mesentérica superior –> v. porta (após juntar c/ v. esplênica)
  • Irragação arterial e drenagem venosa - cólons:
    1) 2/3 proximais - a. mesentéria superior:
    ° A. cólica direita; média e superior
    2) 1/3 proximal - a. mesentérica inferior (AMI)
    ° A. cólica esquerda; sigmoidea e retal 0
    3) Drenagem: veias acompanham artérias até veia mesentérica superior + esplênica –> v. porta
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Anatomia vascular - anastomoses abdominais:

A
  • A depender velocidade de instalação: circulação colateral - demora ter sintomas, efeito protetor
  • Principais anastomose:
    1) Anastomose do tronco celíaco c/ AMS
    ° A. pancreaticoduodenal superior (vem da a. hepática) e a. pancreaticoduodenal inferior (vem da AMS)
    2) Arcada de Drummond: rede anastomótica de a. cólica direita, esquerda e média
    3) Arcada de Riolan: comunica a. cólica média c/ a. cólica esquerda ou diretamente c/ AMI
    4) A. mesentérica inferior e a. ilíaca interna:
    ° A. mesentérica (vem da AMI) anastomosa no reto c/ a. retais médias e inferiores (vem da a. ilíaca interna)
    ° Obs: por receber sangue da ilíaca, raramente o reto isquemia
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Fisiopatologia:

A
  • Insuficiência do aporte de O2 e nutriente necessário p/ o metab. celular
  • Causa: tromboembólica, trombose, vasoespamos
  • Sequência de eventos:
    Isquemia –> necrose –> perfuração –> peritonite
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Divisão das etiologias:

A
  • Isquemia colônica (> 50% dos casos)
  • Isquemia mesentérica aguda (+ cai em prova)
  • Isquemia mensentérica crônica
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Isquemia colônica - aspectos gerais:

A
  • Forma mais frequente (> 50%)
  • População: idosos e mulheres
  • Acomete: vasos menores e distais
    1) Isquemia localizada e inicialmente da mucosa
    2) 85% da isquemia s/ necrose - resolve s/ cirurgia ou complicações
  • Geralmente transitória e autolimitada
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Isquemia colônica - causas e locais:

A

Causas:
- > 95% dos casos: ISQUEMIA COLONICA NÃO OCLUSIVA
- Oclusão da a. embólica e trombótica
- Trombose da v. mesentérica

Locais mais comuns: irrigação colateral deficiente
- Ponto de Griffths (flexua esplênica)
- Ponto de Sudeck (junção retossigmoide)
- Logo: paciente sente dor no hemiadbome esquerdo

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Isquemia colônica - fatores de risco:

A
  • Idade: > 65a
  • Doenças de pequenos vasos:
    1) Diabetes mellitus
    2) Reumáticas: vasculites, SAAF, AR
    3) Outros: amiloidose e radiação
  • Choque:
    1) IAM, IC, hemodiálise (induz hipotensão), PA, anafilaxia
  • Iatrogênico
    1) Intrumentação aortoilíaca (ligadura de AMI, eventos embólicos; hipotensão): reconst. aortoilíaca; ruptura de aneurisma de aorta, cateterismo cardíaco, impl. de válvula
    2) Circulação extracorpórea
    3) Colonoscopia e enema baritado
    4) Exercícios extremos
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Isquemia colônica - fatores de risco:

A
  • Oclusão vascular principal: tombose de AM, embolia (arritmias)
  • Obstrução mecânica: hérnia estrangulada; CA de cólon; aderências, prolapso retal, Sd. Ogilvie e constipação
  • Trombose venosa mesentérica: trombofilias e hipercoagulabidade
  • Drogas:
    1) Indutoras de constipação: opioides
    2) Ilícitas: cocaína e anfetaminas
    3) Outras: digitálicos, ACO, vasopressores e AINES
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Isquemia colônica - quadro clínico:

A
  • Dor abdominal em cólica no lado esq. do abdome (Griffths e Sudeck - menor circulação colateral)
    OBS: dor menos intensa comparada à isquemia mesentérica aguda
  • Diarreia sanguinolenta e hematoquezia
  • Febre
  • Isquemia transmural (mucosa -> submucosa -> muscular -> serosa):
    1) Sinais de peritonite
    2) Febre alta
    3) Leucocitose
    4) Acidose
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Isquemia colônica - laboratório:

A
  • Podem indicar isquemia avançada (minoria dos casos):
    1) Aumento do lactato sérico
    2) Aumento do LDH, CPK e amilase
    3) Queda de Hb (sangramento retal)
    4) Leucocitose c/ desvio à esq.
    5) Acidose metabólica (fase mais avançada da isquemia)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Isquemia colônica - exames de imagem

A

Radiografia:
- Rotina radiológica de abdome agudo:
1) Radi. de tórax PA em ortostase
2) Radi. de abdome AP em pé e deitado (decúbito dorsal)
- Achados radiológicos (pouca informação):
1) Thumbprinting (sinal das impressões digitais): edema e espessamento da parede intestinal, padrão segmentar - sugestivo de isquemia
2) Pneumatose colônica (ar desenhando a alça): indicação absoluta de cirurgia - isquemia avançada irreversível

Tomografia:
- Espessamento do colo (locais de Griffths e Sudeck)
- Pneumatose intestinal ou sistema portal
- Pneumoperitôneo

Angiotomografia e arteriografia: pouco utilidade aqui (acomete pequenos pequenos vasos)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Isquemia colônica - colonoscopia:

A
  • Exame de escolha p/ diagnóstico
  • Achados:
    1) Mucosa edemaciada, friável, pálida e hemorrágica
    2) Eritema
    3) Nódulo hemorrágicos azulados: sangramento submucoso (são o equivalente a “impressões digitais” radiográfico)
    4) Dist. segmentar, transição bem delimitada entre mucosa lesada e normal ; preservação retal (ramos da ilíaca interna)
    5) Mucosa cianótica e erosões hemorrágicas dispersas ou ulcerações lineares (doença mais grave)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Isquemia colônica - tratamento (medidas de suporte):

A

Maioria das vezes é o suficiente:
- Jejum (repouso intestinal)
- Descompressão gastrointestinal se houver íleo (SNG)
- Hidratação venosa (perfundir)
- Suporte cardiovascular
- Corrigir condições de baixo fluxo
- Retirar medicações que predispõe à isquemia colônica (vasopressores, digitálicos)
- ATBterapia: risco de translocação bacteriana
- Anticoagulação plena: não é indicada (vasos pequenos)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Isquemia colônica - tratamento (cirurgia):

A
  • Evidência de isquemia transmural c/ necrose e/ou perfuração e peritonite fecal
  • Falha no tratamento conservador: febre persistente, leucocitose, irritação peritoneal, diarreia prolongada ou sang. TGI maciço)
  • Ressecção intestinal na maioria das vezes (pacientes graves, isquemia importante - Hartmann ou fístula mucosa)
  • Revascularização: s/ indicação (pequenos vasos distais)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Isquemia colônica - complicações:

A
  • Colite isquêmica crônica: crises recorrentes de febre ou sepse, diarreia sanguinolenta e dor abdominal
  • Estenose:
    1) Sintomas de suboclusão: constipação, dor abdominal e fezes em fitas
    2) Diagnóstico: enema ou colonoscopia
    3) Cirurgia: sisntomas obstrutivos, incapacidade de excluir neoplasia e de avaliar o cólon proximal à estenose
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Isquemia mesentérica - divisão:

A

Arterial:
- Aguda
1) Oclusiva: embolia (50%) ou trombose (15-20%)
2) Não oclusiva (20-30%)
- Crônica

Venosa:
- Trombose venosa periférica (5%)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Embolia arterial mesentérica - aspectos gerais:

A
  • Trombo desalojado do AE, VE, válvula cardíacas ou aorta proximal
  • Local mais comum de obstrução: AMS (ângulo mais estreito c/ aorta e maior diâmetro)
  • Ausência de estenose pré-existente + maior redução do fluxo sanguíneo em comparação c/ outros casos:
    1) Falta de circulação colateral
    2) Maior gravidade e sintomas mais exuberantes
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Embolia arterial mesentérica - fatores de risco:

A
  • Doença cardíaca: arritmia (FA), IAM recente, doença valvular, IC, aneurisma ventricular, endocardite infecciosa
  • Doença aórtica: aterosclerose ou aneurisma de aorta
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Embolia arterial mesentérica - quadro clínico:

A
  • Dor abdominal DESPROPORCIONAL AO EXAME FÍSICO
    1) Súbita, intensa, mesogástrica ou difusa
    2) Não responde à opioides
  • Náuseas e vômitos
  • Isquemia avançada (tempo de evolução - necrose e perfuração): taquicardia, hipotensão, taquipneia e febre
  • 20% dos embolos são múltiplos (avaliar pulsos)
22
Q

Embolia arterial mesentérica - laboratório:

A
  • Leucocitose c/ desvio à esquerda
  • Ht elevado (hemoconcentração)
  • Aumento do PCR, amilase, fosfato
  • D-dímero: alto VPN
    1) Normal: praticamente exclui
    2) Alterado: não confirma nada
  • ACIDOSE METABÓLICA
  • Elevação do lactato
  • TGO, TGP, LDH, CPK podem estar elevadas
23
Q

Embolia arterial mesentérica - radiografia:

A
  • Achados inespecíficos:
    1) Distensão de alça (íleo paralítico) - progressiva (demora um tempo p/ ocorrer)
    2) espessamento da parede
    3) Pneumatose intestinal e pneumoperitôneo: isquemia avançada
24
Q

Embolia arterial mesentérica - angioTC:

A
  • EXAME INICIAL DE ESCOLHA
  • Principais achados:
    1) Espessamento da parede intestinal focal ou segmentar
    2) Pneumatose intestinal e gás no sistema portal (indica isquemia avançada)
    3) Dilatação intestinal
    4) Falha de enchimento abrupto (sinal do menisco) em seg. arterial não calcificado - porção média/distal da AMS
    5) Ausência de circulação colateral (processo agudo)
25
Q

Embolia arterial mesentérica - outros ex. de imagem:

A
  • Angiografia:
    1) Exame padrão-ouro
    2) Indicação: AngioTC inconclusiva
  • Angiorresonância
    1) Acurácica semelhante à angioTC
    2) Pouco disponível e alto custo
    3) Indicação: alergia à constraste iodado
  • US doppler:
    1) Pouco valor
    2) Prejudicado por distensão abdominal
    3) Não visualiza os êmbolos mais distais
26
Q

Embolia arterial mesentérica - tratamento (suporte clínico):

A
  • Jejum (repouso instestinal)
  • Descompressão gastrointestinal se íleo paralítico (SNG)
  • Hidratação venosa
  • Corrigir DHE e acidobásicos
  • Evitar vasopressores e suspender drogas vasoconstrictoras - podem exacerbar a isquemia
  • ATB empírica de amplo espectro (translocação bacteriana)
  • ANTICOAGULAÇÃO SISTÊMICA:
    1) Heparina não fracionada
    2) Previnir e evitar a propagação da trombose
27
Q

Embolia arterial mesentérica - tratamento (cirúrgico):

A

PACIENTE ESTARÁ ESTÁVEL - embolectomia cirúrgica
- Tratamento de escolha: retirar o êmbolo
1) Laparotomia
2) Abrir a cavidade
3) Isolar a. mesentérica superior - incisão transversa
4) Passagem de Forgaty - retirar o embolo
5) Fechar a artéria

  • Alternativa:
    1) Tratamento endovascular c/ trombólise por cateter
    2) Indicação: pcte c/ alto risco cirúrgico + menor duração dos sintomas (< 8h) + s/ indicação de laparotomia imediata
28
Q

Embolia arterial mesentérica - tratamento (cirúrgico):

A
  • Tratamento da isquemia estabelecida
  • Paciente: instável, sinais de peritonite, lab e radiografia de isquemia avançada
  • Conduta: ressecção intestinal das alças claramente necrosadas
    1) Normalmente não realizado anastomose primária
    2) Deixa em peritoneostomia - estabilização em UTI
    3) Realizar second look: após 24-48h de melhora clínica avaliar necessidade de mais ressecção - anastomose e fechar
29
Q

Embolia arterial mesentérica - prognóstico:

A
  • Mortalidade geral p/ isquemia mesentérica que requer interv. cirúrgica: 50%
  • Pós-op: uso de anticoagulantes e ant. da vitamina K
30
Q
A
31
Q

Trombose arterial mesentérica - aspectos gerais:

A
  • Local mais comum: AMS - na sua origem
  • Sobrepõe uma estenose pré-existente (placa ateroscletórica)
  • Apresenta sintomas prévios:
    1) Dor abdominal pós-alimentação
  • Presença de circulação colateral
  • Sintomas típicos de isquemia aguda: obst. de pelo menos 2 artérias mesentéricas (tronco celíaco, AMS ou AMI) devido boa circulação colateral
32
Q

Trombose arterial mesentérica - fatores de risco:

A
  • Fatores p/ aterosclerose: DM, tabagismo, dislipidemia
  • História de coronariopatia
  • História de insf. arterial periférica (claudicação intermitente, história de amp. de membro)
  • Outros dados que sugerem aterosclerose sistêmica
33
Q

Trombose arterial mesentérica - quadro clínico e laboratório

A

Clínica - semelhante à embolia:
- Dor abdominal DESPROPORCIONAL ao exame físico
1) Súbita, intensa, mesogástrica ou difusa
2) História de angina mesentérica
- Náuseas e vômitos
- Leve distensão abdominal e RHA diminuídos ou ausentes
- Não responde à opioides
- Isquemia avançada (necrose/peritonite): taquicardia, taquipneia, febre

Laboratório: igual à embolia (buscar por sinais de isquemia)

34
Q

Trombose arterial mesentérica - angioTC:

A
  • Exame de escolha p/ diagnóstico no paciente estável
  • Principais achados:
    1) Falha de enchimento em segmento calcificado - origem da AMS e/ou tronco celíaco
    2) Processo de circulação colateral (processo crônico)
    3) Sinais de isquemia avançada: pneumatose intestinal, gás no sist. mesentérico e portal, pneumoperitônio
    4) Infarto de órgãos sólidos: fígado e baço
35
Q

Trombose arterial mesentérica - outros ex. de imagem:

A

Arteriografia:
- Exame padrão-ouro p/ diagnóstico
- Indicação: angioTC inconclusiva
- Importante: planejamento terapêutico, seja endovascular ou aberto (by-pass)
- Paciente estável e s/ indicação de laparotomia imediata

36
Q

Trombose arterial mesentérica - tratamento (suporte clínico):

A
  • Igual na embolia
37
Q

Trombose arterial mesentérica - tratamento (revasc. mesentérica):

A
  • Aberta, endovascular ou combinada
  • Realizara em paciente ESTÁVEL
  • Realizar até 6-8h após início dos sintomas
  • Sem evidência clínica de isquemia avançada ou outras CI à terapia trombolítica - 2 tipos:
    1) Endovascular: trombólise c/ cateter e angioplasia c/ stent
    2) Aberta (by-pass mesentérico): TRATAMENTO DE ESCOLHA
    ° Enxerto autólogo (veia safena reversa ou prótese vascular) entre a aorta ou ilíaca p/ local distal à oclusão
    ° Abre a cavidade e observa necrose
38
Q

Trombose arterial mesentérica - tratamento (cirurgia):

A
  • Paciente: instável; peritonite; lab e radiografia de isquemia avançada
  • Conduta: ressecção intestinal das alças claramente necrosadas
    1) Normalmente não realizado anastomose primária
    2) Deixa em peritoneostomia - estabilização em UTI
    3) Realizar second look: após 24-48h de melhora clínica avaliar necessidade de mais ressecção - anastomose e fechar
  • Paciente c/ necrose de toda extensão da AMS: palitivo - incompatível c/ a vida
  • Após cirurgia: antiplaquetários e estatinas - reduzir RCV
39
Q

Trombose venosa mesentérica - aspectos gerais:

A
  • 5% dos casos de isquemia
  • Principal causa de isquemia aguda em paciente mais jovens (sem doença cardiovascular)
  • Tríade de Virchow: hipercoagulabilidade, lesão vascular, estase sanguínea
  • Geralmente envolve delgado (veia mesentérica superior), raramente o cólon
40
Q

Trombose venosa mesentérica - fatores de risco:

A
  • Infecções intra-abdominais
  • Massa abdominal: tumor, pseudocisto - compressão venosa
  • Hipertensão portal e cirrose: hipertensão portal
  • História familiar ou pessoal de TEV
  • Trombofilia adquirida/estados hipercoaguláveis
  • Trombofilias hereditárias
  • Cirurgia de obesidade
41
Q

Trombose venosa mesentérica - quadro clínico:

A
  • Agudo, subagudo ou crônico
  • Dor abdominal mais opaca - início menos súbito do que as outras formas de isq. mesentérica (duração 5 a 14 dias)
  • História de TEV pessoal ou familia: até 50% dos casos
  • Exame físico: abd distendido, s/ sinais de peritonite
  • Crônica: assintomática ou complicações de hipertensão portal (sangramento de varizes esofágicas/gástricas; ascite)
42
Q

Trombose venosa mesentérica - AngioTC:

A
  • Exame inicial de escolha: fase venosa tardia
  • Principais achados:
    1) Defeito no enchimento venoso ou ausência de fluxo nas veias mesentéricas durante fase venosa
    2) Refluxo de contraste p/ o sistema portal
    3) Importante espessamento da parede intestinal (+ evidente do que na isquemia arterial)
    4) Distensão de alças de delgado
    5) Borramento mesentérico
    6) sinais de isquemia instestinal avançada (- comum): pneumomatose intestinal, gás na veia mesentéria e/ou porta
43
Q

Trombose venosa mesentérica - tratamento:

A
  • Suporte clínico igual nas outras isquemias mesentérica
    1) Pode ser suficiente p/ reverter o quadro
    2) Principal e primeira medida: anticoagulação plena (HNF)
  • Indicação de cirurgia:
    1) Sinais clínicos ou radiológicos de isquemia avançada
  • Pós-tratamento: manter anticoagulação por 3-6 meses (ou prolongado na trombofilia hereditária/malignidade)
  • Solicitar teste de hipercoagulabilidade
44
Q

Isquemia mesentérica não oclusiva - aspectos gerais:

A
  • 30% dos casos de isquemia mesentérica aguda
  • Acomete pacientes que estão gravemente enfermos
  • Fisiopatologia: vasoconstrição arterial - geralmente ramos da AMS
  • Fatores de risco (pacientes graves):
    1) Choque cardiogênico ou séptico (desvia p/ órgãos nobres)
    2) DAOP, insf. aórtica, arritmia cardíaca
    3) Medicações vasoconstritoras: digoxina, alfa-adrenérgicos
    4) Abuso de cocaína (vasoconstrição)
    5) IRC/diálise
    6) Grande queimado (hipovolemia + choque associado
  • Prognóstico péssimo: A MAIOR mortalidade 70-90% (devido associação c/ doença grave de base)
45
Q

Isquemia mesentérica não oclusiva - quadro clínico:

A
  • Clínica: dor abdominal mais branda
  • EF: discreta distensão abdominal c/ ausência de sinais de peritonite inicialmente
  • Paciente grave
46
Q

Isquemia mesentérica não oclusiva - exame diagnóstico:

A
  • Escolha: ARTERIOGRAFIA MESENTÉRICA SELETIVA
  • Achados:
    1) Visualizar estreitamento segmentar ou espamos das artérias mesentéricas principais c/ aparência “cordão de contas”
    2) Fluxo diminuído ou ausente nos vasos menores e ausência de “blush” submucoso
    3) Vantagem da arteriografia: TRATAMENTO após identificar local - usar vasodilatador: papaverina
47
Q

Isquemia mesentérica não oclusiva - tratamento:

A
  • Medidas de suporte clínico
  • Retirar fatores desencadeantes (med. vasoconstritoras)
  • Tratamento da causa subjacente (IC, arritmia, sepse…)
  • Infusão intraluminal de vasodilatadores - papaverina: reverter a vasoconstrição mesentérica
  • Tratamento cirúrgico: se sinais clínicos ou radiológicos de isquemia avançada
48
Q

Isquemia mesentérica crônica - aspectos gerais:

A
  • Paciente c/ estreitamento aterosclerótico
    1) Origens do tronco celíaco ou da AMS
  • Presença de circulação colateral
  • Mais freq. no sexo feminino (3:1)
  • Paciente típico: > 60a; tabagista; história de DAC, DCV, DAOP
49
Q

Isquemia mesentérica crônica - quador clínico:

A
  • Clínica:
    1) Dor abdominal em cólica pós-prandial
    2) Região: epigástria ou mesogástria
    3) “medo de comer” e perda de peso
  • Exame físico:
    1) Emagrecido
    2) Sopro na região epigástrica (50% dos casos)
50
Q

Isquemia mesentérica crônica - exames de imagem:

A

AngioTC
- Exame inicial de escolha
- Achados:
1) Estenose proximal de alto grau em pelo menos 2 vasos (necessário bastante obst. p/ ter sintomas)
2) Extensa rede de colaterais

Angiografia: padrão-ouro
- Indicação: AngioTC inconclusiva e planejamento terapêutico

USG: exame de rastreio, mas não diagnóstico e planejamento

51
Q

Isquemia mesentérica crônica - tratamento:

A
  • Avaliação do suporte nutricional
  • Prevenção secundárioa p/ progressão de aterosclerose: terapia antiplaquetária, dislipidemia, HAS, DM, cessar tabagismo
  • Revascularização (aberta ou endovascular): Presença de sintomas e confirmação nos exames de imagem de estenose de alto grau dos vasos mesentéricos
    1) Endovascular (tratamento de escolha): angiplastia, com ou sem a colocação de stent - sobretudo nos paciente com diversas comorbidade (maior taxa de re-estenose)
    2) Cirurgia aberta: bypass aortomesentérico e/ou celíaco c/ veia safena ou autóloga ou prótese (paciente mais jovens e menos comorbidades). Menor tx de re-estenose