COLELITÍASE Flashcards

1
Q

Tipos de cálculo - colesterol:

A
  • Principal constituinte dos cálculos biliares
  • Superasaturação de colesterol na bile
  • Cálculos de colesterol e cálcio = 70% (misto)
  • Cálculos puros de colesterol < 10%
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2
Q

Tipos de cálculo - pigmentados:

A
  • Cálculo preto:
    1) Causas: associado a doenças hemolíticas (anemia falciforme) e cirrose hepática
    3) Principal constituinte: bilirrubinato de cálcio
  • Cálculo marrom
    1) Secundários à dismotilidade biliar
    2) Associado com infecções bacterianas
    3) Populações asiáticas
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3
Q

Formação de cálculos - colesterol:

A
  • Superssaturação de colesterol
    1) Pouco solúvel na bile - precisa ter equilíbrio com lecitina e sais biliares
    2) Ocorre: aumento do colesterol e diminuição da lecitina e sais biliares
  • Nucleação (formar cristais)
    1) Promotores de nucleação elevam-se
    2) Reduz os inibidores de nucleação
  • Crescimento
    1) Dismotilidade biliar potencializa todo o processo
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4
Q

Formação de cálculos - pigmentar preto:

A
  • Doenças hemolíticas:
    1) Excesso de bilirrubina conjugada (hemólise) que leva ao aumento da bilirrubina não conjugada
    2) Bilirrubina não conjugada é menos solúvel na bile
  • Cirrose hepática:
    1) Aumento de secreção de bilirrubina não conjugada
    2) Diminui síntese e transporte de sais biliares
    3) Aumento da concentração de estrogênio (fator litogênico)
    4) Contração infetiva da vesícula biliar
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5
Q

Formação de cálculos - pigmentar marrom:

A
  • Dismotilidade: promove proliferação bacteriana
  • Bactéria mais comum: E. coli
  • Converter bilirrubina não conjugada (menos solúvel) que se une a cálcio e restos bacterianos
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6
Q

Históra natural da doença:

A
  • Prevalência: 10-20% da população
  • Maioria: ASSINTOMÁTICA (80-85%)]
    1) Taxa de conversão: 2-3% ao ano se torna sintomático
    2) 10% desenvolve sintomas em 5 anos
    3) 20% desenvolve sintomas em 10 anos
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7
Q

Quando indicar cirurgia - sintomáticos:

A
  • SEMPRE INDICAR:
    1) Risco de complicações graves: colecistite aguda e PA
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8
Q

Quando indicar cirurgia - assintomáticos:

A
  • Anemia falciforme: maior risco de cálculos pigmentados pretos e uma crise de cólica biliar ou colecistite –> crise falcêmica
  • Vesículo em porcelana: calcificação da parede da vesícula - fator de risco p/ CA de vesícula
  • Cálculos > 25 mm: fator de risco p/ CA de vesícula
  • Microcálculos: maior risco de migrar e causar PA
  • Submetido à bypass gástrico ou gastrectomias: perde acesso à via biliar por endoscopia
  • Pacientes que serão submetido à transplantes
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9
Q

Epidemiologia e fatores de risco:

A
  • 5 F’s:
    1) Feminino (Female)
    2) Caucasiana (Fair)
    3) Obesidade (Fatty)
    4) Gestação prévia (Fertile)
    5) Idade ≥ 40a (Forty)
  • Outros fatores: dislipidemia, perda ponderal rápida, uso de fibratos (reduz secreção de ácidos biliares), uso de ceftriaxone, análogos da somatostatina (octreoitide - diminui motilidiade), ACO e TRH, NPT e jejum prolongado, cirrose hepática, doença de crohn e ressecção ileal
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10
Q

Colelitíase sintomática:

A
  • Cólica biliar (costuma durar até 6h):
    1) Náuseas e/ou vômitos
    2) Dor CONTÍNUA em HCD
    3) Alimentação rica em gordura
  • Sintomas atípicos:
    1) Pirose, regurgitação, epigastralgia
    2) Dor retroesternal, dor torácica
    3) Náuseas e/ou vômitos SOMENTE
    4) Distensão abdominal
  • Sintomas atípicos = investigar outras causas (DRGE, síndrome do intestino irritável, dispepsia funcional)
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11
Q

Quais exames laboratoriais solicitar:

A

Útil p/ diagnóstico diferenciais
- HMG: leucocitose - pensar colecistite
- Amilase e lipase: quadro de dor abdominal, náuseas e vômitos - pensar em pancreatite
- TGO/TGP e FA e GGT - lembrar de coledocolitíase
- BTF: aumento da BD - obstrução biliar ou colecistite

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12
Q

Exames de imagem a solicitar - USG Abd:

A
  • USG abdominal: exame mais útil no diagnóstico
    1) Características: cálculos hiperecoicos, sombra acústica posterior com mudança de posição no decúbito
  • Limitações da USG abdominal
    1) Operador dependente
    2) Pacientes obesos; peristaltismo intenso e gases - dificultam realização do exame
    3) Microcálculos podem não projetar sombra acústica
    4) Cálculos < 3mm não são vistos da USG
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13
Q

Exames de imagem a solicitar - TC abdominal:

A
  • Não devem ser solicitados p/ diagnóstico de colelitíase
  • Maioria dos cálculos são isodensos à bile
  • Quando solicitar?
    1) Necessidade de avaliar árvore extra-hepática
    2) Suspeita de neoplasia de vesícula biliar ou das vias biliares p/ estadiamento
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14
Q

Como tratar?

A
  • Colecistectomia
  • Existe opções não cirúrgicas:
    1) Indicação: s/ condições cirúrgicas
    2) Litotripsia extracorpórea: pedra única, 0,5-2cm - recorrência em 20%
    3) Ursadiol: medicação que desfaz o cálculo, necessário ducto cístico pérvio (sucesso: 30-50%)
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15
Q

Colecistectomia laparoscópica:

A
  • Via preferencial:
    1) Melhor resultado estético
    2) Menos dor no pós-operatório
    3) Retorno mais precoce as atividades habituais
  • Contraindicações absolutas:
    1) Suspeita de CA de vesícula
    2) Instabilidade hemodinâmica
  • Contraindicação relativas:
    1) Incapacidade de tolerar anestesia geral
    2) Baixa reserva pulmonar ou cardíaca (DPOC grave e FEVE muito baixa) - não tolera pneunoperitôneo da laparoscopia
    3) Doença hepática avançada c/ hipertensão portal (maior dificuldade de desseccar o triângulo de Calot)
    4) Coagulopatia não-controlada
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16
Q

CCC laparoscópica - visão crítica de segurança de Strasberg:

A
  • 3 condições são necessárias:
    1) Observar SOMENTE 2 estruturas tubulares em direção a vesícula biliar - ducto cístico e a. cística
    2) Necessário “limpar” o peritôneo destas estruturas
    3) Borda inferior da vesícular deve estar livre do leito hepático
  • Caso dúvida na anatomia = colangiografia intraoperatória
17
Q

CCC laparoscópica - resultados:

A
  • Procedimento seguro
  • Mortalidade 0,1%
  • Conversão 5%
  • Lesão da via biliar se aplicar a visão segura: 0,4-0,6%
18
Q

CCC aberta:

A
  • Reservada p/ seguintes situações:
    1) Não toleram pneumoperitôneo
    2) Indicado nos casos suspeita pré-op de CA de vesícula
  • Incisão realizada: Kocher (incisão oblíqua subcostal direita)
  • Segue os mesmos princípios da laparoscopia (visão de segurança)