Transplantação Flashcards

1
Q

Transplantação alogénica

A

Transplantação de órgãos, tecidos ou células de um organismo para outro.

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2
Q

Em termos imunológicos, qual é a diferença entre um transplante alogénico e um transplante autólogo?

A

O autólogo não suscita reações de rejeição

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3
Q

Transplante autólogo feito tipicamente em associação a quimioterapia.

A

Colheita de Medula Óssea para transplante posterior à quimioterapia.

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4
Q

Quais são as células mais resistentes à radio/quimioterapia da MO?

A

Células dendríticas

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5
Q

Triângulo de compatibilização

A

Células B
Células T
MHC

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6
Q

Tipos de transplantes alogénicos

A

1 - Células
2 - Tecidos
3 - Órgãos

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7
Q

A origem dos tecidos ou órgãos alotransplantados pode ser…

A

Dador cadáver

Dador vivo

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8
Q

O dador cadá´ver deve ter uma morte…

A

Cerebral ou em assistolia

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9
Q

Os dadores vivos são comummente dadores de…

A

Rins
Fígado
MO
Membrana amniótica

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10
Q

Os dadores familiares podem ser..

A

Irmãos
ou
Haploidênticos

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11
Q

O que é um dador haploidêntico?

A

50% do genoma igual ao do receptor.

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12
Q

Quem são os dadores haploidênticos, habitualmente?

A

Pais ou os filhos do receptor

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13
Q

Os irmãos podem ter uma compatibilidade entre…

A

0% e 100%

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14
Q

Os dadores não relacionados com o doente chamam-se..

A

Não familiares ou de painel.

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15
Q

Alorreconhecimento

A

Mecanismos usados pelas células T do recetor para reconhecer as células do dador

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16
Q

Alorreconhecimento direto

A

Mediado por células dendríticas do dador que, depois da transplantação ou transfusão, migram para o tecido linfoide secundário, apresentando antigénios aos linfócitos T.

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17
Q

Alorreconhecimento indireto

A

Mediado por células dendríticas DO RECEPTOR, que, depois da transplantação processam os aloantigénios do dador e apresentam os péptidos às células T do próprio.

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18
Q

O que é o alorreconhecimento semi-direto?

A

As células dendríticas do recetor adquirem as moléculas HLA do dador e apresentam os antigénios do DADOR através do MHC do DADOR.

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19
Q

Causas de alossensibilização

A

Transfusão
Transplantação
Gestação
Reações cruzadas

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20
Q

Classificação das consequências da alossensibilização

A

Rejeição hiperaguda
Rejeição aguda
Rejeição crónica

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21
Q

Quando é que ocorre uma rejeição hiperaguda?

A

Em horas.

Pode ser autolimitada

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22
Q

Quais são as causas de rejeição hiperaguda?

A

Falha cirúrgica

Presença de anticorpos anti-dador, já presentes antes do transplante

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23
Q

Quando é que acontece uma rejeição aguda?

A

Até 100 dias após o transplante

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24
Q

Qual é a causa de uma rejeição aguda?

A

Presença de anticorpos - ENVOLVE SEMPRE a ativação de células imunes adaptativas

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25
Q

Quando é que ocorre uma rejeição crónica?

A

Mais de 100 dias após o transplante

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26
Q

Anticorpos tipicamente causadores de rejeições hiper-agudas.

A

Anti-HLA contra o dador, formados antes do transplante e causadores de doença por imunocomplexos.

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27
Q

Por que motivo existem muito menos rejeições hiperagudas atualmente?

A

Porque já existem muitos testes que permitem calcular o risco de reação hiperaguda com base no número de anticorpos pré-formados.

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28
Q

O que carateriza uma rejeição crónica?

A

Arteriosclerose dos vasos do enxerto, associados a fibrose tubular e atrofia.

29
Q

Causas de rejeição crónica

A
Inflamação secundária a tempo de isquémia
Episódios de crise de rejeição aguda
Aloanticorpos após a transplantação
CMV
Terapêutica imunossupressora errada
30
Q

Quais são as técnicas principais para estudo da alossensibilização?

A

Microlinfocitotoxicidade
Citometria de fluxo
ELISA

31
Q

Quantos poços tem uma placa de microlinfocitotoxicidade?

A

96

32
Q

Como funciona a técnica de microlinfocitotoxicidade?

A

Nos poços há células com antigénios HLA de um painel de dadores. Adiciona-se soro do receptor e deixamos que os anticorpos se liguem. Adicionamos complemento que vai levar à hemólise nos poços onde houve formação por imunocomplexos.

33
Q

Como funciona a técnica de estudo de alosensibilização por citrometria de fluxo?

A

Juntamos soro do recetor com células do dador. Juntamos anticorpos anti-IgG marcados. Quantifica-se a formação de imunocomplexos

34
Q

Como funciona a técnica de estudo da alosensibilização por ELISA?

A

Na base do poço pomos HLA do dador.
Cobrimos com soro do receptor.
Lavamos o excesso.
Juntamos um anti-IgG humano que se liga aos imunocomplexos.
É ativada a enzima que provoca uma mudança mensurável no meio.

35
Q

Momentos em que se faz o estudo da alossensibilização

A

Pré-transplante
Escolha do par dador+receptor
Após a transplantação

36
Q

Que testes de alossensibilização se fazem no período de pré-transplante?

A

Usa-se a técnica da microlinfocitotoxicidade mediada pelo complemento para quantificar a reatividade PRA.

37
Q

PRA

A

Panel Reactive Antibodies

38
Q

Um indivíduo com PRA de 80%, comparativamente a um com PRA de 40% tem…

A

Maior dificuldade em arranjar um dador compatível - tem mais anticorpos a reagir com HLA.

39
Q

Técnicas de estudo de alossensibilização no momento de escolha do par dador + receptor

A

Microlinfocitotoxicidade
OU
Citometria de fluxo

40
Q

PRA 80-85% no par dador + receptor

A

Não usar o dador em causa, a menos que seja uma situação de vida ou de morte

41
Q

A partir de que valor de PRA no dador/receptor é que NÃO PODEMOS TRANSPLANTAR?

A

PRA > 90%

Vai sofrer isquémia nas horas seguintes

42
Q

Por que motivo se faz estudo de alossensibilização após a transplantação?

A

No caso de haver células do dador congeladas, podem ser feitas provas de crossmatch por citometria ou CDC para identificar o possível aparecimento de anticorpos específicos.

43
Q

Factores de risco para crises de rejeição aguda em transplantação renal

A
Doentes hiperimunizados (PRA>85%)
Segundos transplantes
Tempo de isquémia fria prolongado
Número de missmatch HLA entre dador/receptor
44
Q

Factores de risco para rejeição crónica em transplantação renal

A

Crises prévias de rejeição aguda
Anticorpos anti-HLA detetados após o transplante (mesmo sem sintomas)
Missmatch HLA entre dador e recetor
Imunossupressão

45
Q

A transplantação será sempre um acto contra natura e, como tal, só é possível se…

A

For mantida uma imunossupressão eficaz sobre o sistema imunitário

46
Q

Azatiopina

A

Inibidor de síntese de purinas, utilizado nas doenças autoimunes e nos transplantes.

47
Q

Efeitos da terapêutica com corticosteróides

A

Diminuição da inflamação causada por citocinas
Diminuição da síntese de PGs e LTs
Diminuição da migração leucocitária

48
Q

Principais inibidores da calcineurina

A

Ciclosporina A

Tacrolimus

49
Q

De onde se extraiu a ciclosporina A?

A

Tolypocladium inflatum

50
Q

A ciclosporina A inibe…

A

A calcineurina

51
Q

Qual é a grande função da calcineurina?

A

Desfosforilação do factor de transcrição NF-ATc, muito importante para a atividade dos linfócitos T.

52
Q

Mecanismo de ação da ciclosporina A.

A

Ao inibir a calcineurina, o NF-ATc não é desfosforilado e não entra no núcleo.

53
Q

A ciclosporina A só consegue inibir a calcineurina quando está ligada à…

A

Ciclofilina (transportador intracelular)

54
Q

O tacrolimus foi isolado a partir de…

A

Streptomyces tsukubaensis

55
Q

O tacrolimus é um…

A

Inibidor da calcineurina

56
Q

Vantagens do tacrolimus sobre a ciclosporina A

A

Mais eficiente.

Administração p.o..

57
Q

Como é que o Tacrolimus inibe a calcineurina?

A

Liga-se ao FKBP. O complexo liga-se à calcineurina e impede a sua ativação pelo cálcio.

58
Q

Inibidor mTOR

A

Sirolimus / Rapamicina

59
Q

O Sirolimus (rapamicina) foi isolado a partir de…

A

Streptomyces hygroscopicus

60
Q

O Sirolimus(rapamicina) precisa de se ligar a…

A

FKBP

61
Q

Mtor

A

Mammalian Target of Rapamycin

62
Q

Bloquear o mTOR leva a…

A

Paragem do ciclo celular em G1

63
Q

Os inibidores do mTOR são seletivos para que células?

A

Células com receptores de citocinas

64
Q

A rapamicina tem capacidades antifungicas, particularmente contra..

A

Candida Albicans

65
Q

Inibidor da enzima iosina monofosfato desidrogenase

A

Micofenolato mofetil (MMF)

66
Q

O micofenolato mofetil (MMF) impede a produção de…

A

Guanina.

67
Q

Via de administração de MMF

A

p.o.

68
Q

Efeitos do anticorpo anti-CD3

A

Bloqueio do TCR se ligar ao antigénio.
Modulação da expressão de CD3
Opsonização de células T e sua deleção pelo SRE.
Ativação inespecífica T e produção de citocinas

69
Q

Os anticorpos anti-CD3 não são usados porque…

A

A imunossupressão era tão marcada que os doentes morriam.