Síndromes Autoinflamatórios Flashcards
Diferença entre DAMPs e PAMPs
DAMPs - padrões associados a danos
PAMPs - Padrões associados a patogénios
O que é um síndrome auto-inflamatório?
Inflamação sistémica importante, recorrente ou crónica, não causada por autoimunidade, infeção ou neoplasia
O que caracteriza os Síndromes Febris Monogénicos?
Febre recorrente
Quais são os Síndromes Febris Monogénicos?
Febre Mediterrânica Familiar (FMF) Sínd. Periódico ass. ao recep. TNF Sínd. Periódico ass. à Criopirinina (CAPS) Deficiência Mevalonato Quinase Síndrome Periódico ass ao NALP12
Outro nome para a Deficiência de Mevalonato Quinase
Síndrome de Hiper IgD
Síndrome Febril Monogénico
Os síndromes periódicos podem associar-se a…
Receptor TNF
Criopirinina
NALP12
CAPS
Síndrome Periódico Associado à Criopirinina
Via implicada na grande maioria dos síndromes auto-inflamatórios
IL-1
O que tem em comum a Sarcoidose de Início Precoce e a DITRA?
Mediados pela via do NF-kB
DITRA
Deficiência de antagonista do receptor da IL-36
Síndromes auto-inflamatórios com mais autoimunidade associada
Interferonopatias
Estrutura responssável pela ativação de IL1-Beta
Inflamassoma
caspase 1 cliva pro-IL-1beta
NLRP3
Criopirina
Inflamassoma mais frequentemente envolvido nos síndromes auto-inflamatórios
O NLRP3 associa-se a…
ASC e pro-caspase 1
Para ser um síndrome auto-inflamatório, tem de haver aumento de pelo menos 2…
Proteínas de fase aguda
Interleucina produzida a nível do endotélio
IL6
O amilóide é particularmente importante nas síndromes auto-inflamatórias porque…
Leva a amiloidose sistémica
A tua no termorregulador hipotalâmico, levando a febre
Síndrome auto-inflamatório mais frequente
Febre Mediterrânica Familiar
Quais são os Síndromes Periódicos Associados à Criopirinina?
FCAS
Sínd. Muckle Wells
CINCA
Outro nome para Síndrome de Blau
Sarcoidose de Início Precoce
O que são síndromes febris idiopáticos?
Não têm genes associados
As criopirinopatias são mediadas por…
IL-1
Forma de CAPS mais ligeira
Síndrome Familiar Autoinflamatório Associado ao Frio (FCAS)
Fenótipo de CAPS intermédio
Síndrome de Muckle Wells
Fenótipo de CAPS mais grave
Síndrome CINCA (Chronic Infatile Neurological Cutaneous and Articular Synd)
As CAPS têm início…
Antes do 1º aniversário
Padrão de transmissão de CAPS
Autossómico dominante
Gene mais associado a CAPS
NLRP3 (ganho de função)
O que desencadeia episódios de CAPS na sua forma ligeira?
Exposição generalizada ao frio (FCAS)
Quadro clínico de FCAS
24-48h de febre
Exantema urticariforme
Conjuntivite
Artralgias
Amiloidose em FCAS
Raro.
O que é que nos deve fazer pensar numa criopirinopatia?
Exantema urticariforme
Diferença entre urticária alérgica e exantema urticariforme.
A urticária alérgica dura até 48h, é pruriginosa e tem eosinófilos.
O exantema urticariforme não é pruriginoso, não responde aos anti-histamínicos, dura mais de 48 horas e tem neutrófilos.
Gene do CAPS
NLRP3 / CIAS1
O que distingue o Muckle Wells do FCAS?
Muckle Wells tem surdez neurossensorial progressiva em 40% dos casos, amiloidose em 25% e outros factores desencadeantes
O CINCA tem início…
Nos primeiros dias de vida
O que distingue o CINCA das outras formas de CAPS?
Início neonatal Febre constante Meningite asséptica Vómitos Atraso psicomotor Diminuição da acuidade visual Surdez neurossensorial Amiloidose
Alterações anatómicas num CINCA
Hipoplasia do maciço central da face
Aumento das bossas frontais
Rótula esferoide
Por que motivo é que alguns dos doentes com CAPS não são elegíveis a diagnóstico por estudo genético?
Porque alguns têm mutações somáticas e não germinativas, que tornam muito mais difícil a determinação com a sequenciação.
Critérios clínicos de classificação de CAPS
Presença:
Exantema urticariforme
Surdez neurossensorial
Conjuntivite
Ausência
Faringite exsudativa
Dor abdominal
Cut off a partir do qual temos diagnóstico clínico de CAPS
52
Fármacos usados na CAPS
Anakinra
Canakinumab
(anti-IL-1)
Posologia de Anakinra (para CAPS)
1x dia
s.c.
(resposta rápida)
Posologia de Canakinumab (para CAPS)
4 em 4 wks ou 8 em 8 wks
s.c.
Resposta à terapêutica no CINCA
Evita a amiloidose
Não se sabe se evirta a evolução neurológica.
Alívio sintomático forte.
Resposta à terapêutica no FCAS
Diminui a frequência de episódios desencadeados pelo frio.
A Febre Mediterrânica Familiar é mais frequente onde?
Na bacia do mediterrâneo (+ na Turquia)
toma esta de graça
Gene da Febre Mediterrânica Familiar
MEFV
Padrão de transmissão da febre mediterrânica familiar
Doença autossómica recessiva em 85%
Autossómica dominante em 15%
Proteína envolvida na Febre Mediterrânica Familiar
Pirina/Marenostrina (são a mesma) - existe nas células da imunidade inata
Fisiopatologia da Febre Mediterrânica Familiar
A pirina, mutada, recruta o ASC, uma das proteínas do NLRP3, levando à produção exagerada de IL-1
Idade de início da Febre Mediterrânica Familiar
Início tardio, após idade pediátrica
O que carateriza a Febre Mediterrânica Familiar?
Episódios de até 4 dias, com intervalos irregulares Peritonites (+++) Pleurites Pericardites Artrites Exantema semelhante a erisipela Amiloidose
Critérios clínicos para FMF
PRESENÇA: Episódios < 2 dias Dor pré-cordial Dor abdominal Mediterrânico do Este (+) ou do Norte
AUSÊNCIA: Estomatite com afta Enxantema urticariforme Adenopatias cervicais Crises com > 6 dias
Cut-off dos critérios para FMF
> 60
Percentagem de doentes com FMF que desenvolvem amiloidose
80%
Terapêutica para FMF intercrises
Colchicina
Como é que ajustamos a dose de colchicina na Febre Mediterrânica Familiar?
Pelo amilóide sérico.
Quanto mais amilóide, mais colchicina, independentemente da sintomatologia.
Terapêutica para FMF durante a crise
Antipiréticos
Analgésicos
(não responde aos corticóides)
Tratamento de FMF resistente a colchicina
Anakinra
Canakinumab